sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Turismo Sexual


Enquanto isso, em Blumenau...

POR ET BARTHES
Podia ser sempre assim com os motoristas babacas...



A maior cidade rural de Santa Catarina

POR GUILHERME GASSENFERTH
Você sabe qual é a cidade com a maior população que vive em zona rural de Santa Catarina? Chapecó? Campos Novos? Lages? Não. É Joinville. Sim, nós temos a maior população rural do Estado! E o que isto significa, além de presumivelmente uma informação nova para você? Que o mínimo que Joinville (estamos incluídos aqui, OK?) precisa fazer pela zona rural é dar mais atenção.

Antes de começarmos de verdade, atente para o fato de que nem todo mundo que vive na zona rural é agricultor. Aquele pessoal que vive no Golf Club e no Country Club não me parece do tipo que acorda com as galinhas, calça uma Havaianas surrada e vai pra roça arar a terra, ordenhar a vaca e plantar milho. Mas eles são habitantes da zona rural! Muito bem, feito o necessário nivelamento de informações, vamos ao texto.

Quero pedir licença aos moradores que se aposentaram e foram pro campo ou que preferiram uma vida mais calma e foram viver num sítio mesmo trabalhando na área urbana. Não é de vocês que eu quero falar. Meu papo é sobre a zona rural agrícola.

Vamos falar de infraestrutura. Pense em qual é a estrutura que estradas como Mildau, Quiriri, Piraí ou do Atalho, por exemplo, oferecem aos seus habitantes. A população que vive no sítio, nas estradas rurais esburacadas, com pontes precárias, sem sinal de telefone, sem internet, sem TV à cabo, estará satisfeita com sua condição de vida? Ou vocês acham que agricultor é obrigado a assistir o Faustão no domingo à tarde?

E mais: será que os jovens que vivem nas estradas rurais estão satisfeitos com sua condição de vida? São jovens como nós e querem lazer, cultura, saúde, educação, oportunidade, infraestrutura – iguaizinhos a nós. A diferença é que daqui de casa ao Centreventos, ao SESC, à academia, à UNIVILLE, ao Shopping Garten, aos grandes supermercados etc. dá 3 km ou menos. Para quem mora no fim da estrada Dona Francisca ou no Quiriri, dá 30. E o ônibus é bem escasso!

A preocupação com os jovens explica-se porque eles precisam continuar lá. É preciso fazer com que ser agricultor seja rentável, prazeroso e motivo de orgulho. Joinville não pode correr o risco de perder o cinturão verde e agrícola para a especulação imobiliária, por razões econômicas e ambientais.

Econômicas porque o abastecimento agrícola é um trunfo da cidade. Temos boas plantações de arroz, banana, milho, aipim, além de outras culturas em menor número mas que contribuem no abastecimento interno, na redução do custo dos alimentos e num alimento mais fresco! :)

Ambientais porque do nosso território de mais de 1.100 km², mais de 50% é Mata Atlântica preservada. Desnecessário contar que a absoluta maioria deste pulmão verde está na área rural da cidade. Com pequenas propriedades orgânicas, isto permanece inalterado. E é preciso incentivar a produção agrícola orgânica nas bacias do Piraí e Cubatão, fazendo com que a terra seja menos agredida, o ambiente seja mais preservado e, principalmente, nossa água seja pura. 

Já falei isto outras vezes, mas é também plenamente possível incentivar ainda mais o turismo rural, e não só pros turistas de fora, mas principalmente para o joinvilense. É tão bacana visitar sítios, saber como funciona a produção de melado ou de geleia, comprar produtos coloniais direto do produtor, aproveitar as paisagens, tomar um revigorante banho de rio... E poucos joinvilenses sabem o privilégio que têm no próprio quintal. Tem gente hoje em dia que tá tão urbana que não sabe nem como é um peru (tô falando do animal!).

Minha maior tristeza é ver que os candidatos a prefeito não apresentaram planos consistentes ou coerentes para valorização da zona rural da cidade. Não é difícil: infraestrutura completa, incentivo à produção orgânica, programas de apoio aos agricultores, em especial os jovens, turismo rural, incentivo à comercialização direta com mais feiras pela cidade (sem atravessadores, valorizando o produtor), entre outras ações e projetos que devem ser feitos para fazer Joinville não ser apenas a maior cidade rural, mas também a melhor cidade rural catarinense. Tô sonhando muito?

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Duas cabeças, um corpo, um reality show

ET BARTHES
Elas vivem nos Estados Unidos. Tem 22 anos, duas cabeças, dois corações, dois estômagos e dois sistemas nervosos. Mas mas apenas duas pernas e dois braços. E agora vão ser tema de um reality-show.


Planejamento urbano não é a mesma coisa que mobilidade urbana, senhores candidatos!

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

A campanha eleitoral já está chegando a sua reta final (pelo menos neste primeiro turno), e as propostas dos candidatos a Prefeito são evidentes. Ao analisar a proposta dos cinco postulantes ao executivo, percebi algo preocupante: muitos deles confundem planejamento urbano com mobilidade urbana.

Sempre vale lembrar que o planejamento urbano é a visão estratégica sobre todos os elementos que compõem a vida urbana, os quais, organizados através de legislação específica (Plano Diretor e outros instrumentos urbanísticos), irão ditar o ritmo da organização da cidade de Joinville. A mobilidade urbana é apenas um item, assim como os cuidados com o meio ambiente, integração com os municípios vizinhos, etc. Um exemplo: 2013 é um ano de revisão do Plano Diretor e nenhum candidato parece estar preocupado com isto. Analisaremos caso a caso, de acordo com os materiais disponibilizados pelos candidatos na internet.

Marco Tebaldi: em seu site, Tebaldi mostra como seu discurso sobre planejamento urbano é inexistente. Diz que vai “retomar o Planejamento Estratégico desenvolvido pelo governo do PSDB que apontou o tipo de cidade que queremos: “Ser uma cidade sustentável, solidária, hospitaleira, empreendedora, voltada à inovação, com crescente qualidade de vida, motivo de orgulho da sua gente, onde se realizam sonhos”. Deve ser a mesma visão que norteou suas atuações nos manguezais de Joinville. Em nenhum outro momento cita-se planejamento urbano como proposta, mas mobilidade urbana sim. Nem preciso dizer que as políticas voltadas para o automóvel e pavimentação estão presentes na maioria das propostas...

Clarikennedy Nunes: como o candidato ainda não disponibilizou o seu site, a análise fica por conta de um vídeo postado na internet e que causou muita “comoção” nas redes sociais.


Fica bem clara a visão de Clarikennedy sobre a cidade de Joinville: existem problemas apenas no trânsito, e o automóvel é o principal prejudicado. Para isso, elevados, túneis e demais facilidades estudadas por uma equipe especializada (sic!). Enquanto urbanistas e demais estudiosos da área propagam uma cidade mais humana, excluindo o carro de seus projetos, este candidato aparece na contramão, em um discurso fraco, pois nem considera o que propaga o Plano Diretor, e muito menos as dificuldades dos outros modais de transporte. Não fala nos impactos de vizinhança que um elevado causa, e nem cita como irá fazer isto, apoiando-se em Raimundo Colombo para resolver tudo. Parece-me o Carlito em relação ao Lula em 2008...

Udo Dohler: em seu site, o candidato apresenta um setor de propostas apenas para a mobilidade urbana, esquecendo completamente das políticas de planejamento urbano. Das 17 propostas apresentadas, a maioria está voltada para o automóvel, com duplicações, eixôes, etc. Fala-se até em redesenhar o sistema viário. Mas como? Ignorando o Plano Diretor? Ou ainda, mudando toda a dinâmica da urbanização joinvilense?

Leonel Camasão: o socialista distingue bem o que propõe para mobilidade urbana e transporte coletivo, das propostas de planejamento urbano. Promete dar uma atenção especial à Lei de Ordenamento Territorial, criar a outorga onerosa, e desapropriar as mansões de luxo ou terrenos de alto valor que dão “calote” na Prefeitura através do IPTU. E é o único candidato que está levantando a bandeira de fechar algumas ruas do centro e criar calçadões.

Carlito Merss: também distingue as propostas de mobilidade urbana das propostas de planejamento urbano. Dentre os cinco itens específicos apresentados, destaque para a intenção de “Assegurar a compatibilidade de usos do solo nas áreas urbanas, oferecendo adequado equilíbrio entre empregos, transportes, habitação e equipamentos socioculturais e esportivos, dando prioridade ao adensamento residencial nos centros das cidades”. Carlito teve a oportunidade de fazer isto com o Minha Casa, Minha Vida... mas não fez! Colocou mais de 700 famílias do Trentino I e II em uma região longínqua do centro da cidade, sem a instalação da infraestrutura social adequada.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O JEC e a arbitragem



Quem assistiu o jogo de ontem mais uma vez ficou putrilho da cara com vossa excelência, o árbitro!
Jogo após jogo essa premissa vem se repetindo, arbitragem ruim (ou seria tendenciosa???) prejudicando o Joinville. Ou, pelo menos, tentando e de maneira fervorosa.
Você acha que a arbitragem está "garfando" o JEC? Responda a enquete e deixe sua opinião aqui.

Mobilidade


O Piriquito e o mico

POR ET BARTHES
Sem palavras... 



Cão Tarado


Um JEC bravo na hora da verdade

QUE ARBITRAGEM! - O nosso Tricolor foi até Paranaguá jogar com o seu algoz do primeiro turno. Apesar da arbitragem ter tentado levar o JEC à bancarrota, o Tricolor não se quedou e bravamente arrancou um empate em 1 x 1 com o Atlético-PR. Com este resultado, o Joinville permanece na terceira colocação.

Assim deve continuar o JEC, focado no seu jogo, avesso às arbitrariedades, escalando um degrau de cada vez, como fez na primeira parte do campeonato. As chances hoje são reais. Deixou de ser apenas um sonho aquilo que, no começo do Brasileirão, parecia distante: chegar à elite do futebol brasileiro. Não sei se essa escalada tão rápida e fulminante seria o ideal para o JEC, mas quem não quer estar na Série A?

SEGUNDO TURNO - A hora da verdade chegou! Não há mais tempo para nada. O segundo turno do Campeonato Brasileiro já entrou em campo, tanto na cambaleante Série A como na emocionante Série B. A rodada começou ontem na Série B e hoje é a Série A que pede passagem.

A elite do futebol brasileiro está com os seus primeiros colocados muito bem encaminhados. Apesar de estar só começando o segundo turno, está bem limitada a disputa pelo título. Resta a emoção na parte final da tabela, na briga do rebaixamento, pra ver quem conseguirá se manter na Série A do Brasileirão - série da qual o JEC está cada vez mais próximo, diferente do time da Ilha que vai de mal a pior, amargando a última colocação.

US OPEN - Deu início esta semana o último Grand Slam de tênis do ano, o Aberto dos Estados Unidos. Esta edição não contará com a presença do guerreiro Rafael Nadal. Novak Djokovic, o atual campeão, e Roger Federer, que vem arrasando nesta temporada, já estrearam e ambos com vitória. Contrário ao brasileiro Thomas Bellucci que, mais uma vez, sucumbiu e nos momentos decisivos falhou, sendo derrotado e dizendo adeus à competição.

Vale a pena conferir essa disputa e ver se o sérvio conseguirá mostrar que ainda é aquele homem fora do normal da temporada passada. Da forma que jogou o ano passado não se tratava dos parâmetros de homem médio, era algo simplesmente incrível. Nem o fenomenal Roger Federer era capaz de algo assim. No entanto, este ano o suíço vem dominando as quadras, tornando a ser o número 1 e com direito até a pneu (6-0) no sérvio.

NO CHUVEIRINHO - E amanhã a Krona encara o Botafogo, lá em Niterói, pelo jogo de ida das quartas de final da Liga Futsal. A partida será às 19 horas, com transmissão dos canais SporTV e ESPN Br. Estaremos na torcida e confiantes!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cão Tarado



Acabaram as virgens?

POR JORDI CASTAN

O José António Baço escreveu ontem sobre a casa grande e a senzala e, tendo tido acesso ao texto antes da publicação, afirmo que a sua referência a virgens, vestais e pureza era certa. Ele tem razão  em relação à virgindade, que é, em alguns setores, um valor em alta, talvez por ser escasso. Em política definitivamente a virgindade, a pureza ou a honestidade são pouco comuns. Há quem seja mais critico e considere estas virtudes como pertencentes à mitologia.

A notícia da cassação da candidatura do prefeito Carlito Merss pegou muita gente de surpresa. Independentemente de ser uma sentença em primeira instância - e que toda a equipe jurídica da coligação liderada pelo PT esteja empenhada em recorrer e provavelmente até vai conseguir reverter em instâncias superiores - ficou claro que já não há ninguém que possa presumir de possuir uma pureza e honestidade superior. Aliás, este complexo de superioridade moral do PT é um dos maiores mistérios da política brasileira, que se repete com a mesma intensidade aqui em Joinville.

No caso do PT tem havido uma forte movimentação nas redes sociais em que a honestidade do candidato Carlito Merss era colocada como um diferencial sobre os demais candidatos. A mensagem insinua que um dos candidatos é mais honesto e faz desta honestidade um dos motivos para votar nele. A sentença da juíza Hildemar Meneguzzi de Carvalho da 19ª Zona Eleitoral de Joinville colocou os candidatos no mesmo patamar e serve para lembrar que honestidade, tanto em política, como na vida diária não é um diferencial, como alguns insistem em propagandear e sim um pré-requisito.

Independentemente dos desdobramentos que esta sentença condenatória tenha durante os próximos dias, e com certeza terá, é um fato que não há mais virgens nesta eleição. O discurso de votar nas vestais caiu por terra e o PT hoje faz política da mesma forma que tanto criticou nos seus oponentes, no passado. Conforme a decisão de primeiro grau, o PT usa os recursos públicos para se manter no poder, concentra obras nos últimos meses do governo e governa priorizando o compadrio e a fidelidade canina e partidária, antes da competência e da inteligência.

O prefeito Carlito é o maior perdedor, porque com esta condenação, mesmo cabível de recurso, perdeu a imagem que ainda mantinha de ser um político honesto. A cassação mostra que não é verdadeira a imagem da senzala pobre mais honesta. Não há diferenças entre a casa grande e a senzala, uns e outros se misturam em promíscua cumplicidade. A cassação colocou Carlito no mesmo nível dos demais candidatos. O faz dele um mortal igual a todos. E a eleição ficou não só ainda mais difícil para a sua coligação, como também pior para todos. Igualando a todos na sujeira e na baixaria.


O tema da honestidade Não é novo neste espaço já foi objeto de outros posts como “Corrupção e honestidade”





segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Temporada de caça!


A cassação e a festa na casa grande

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Como não podia deixar de ser, vou falar do tema do dia: a cassação da candidatura de Carlito Merss. Mas não vou comentar os fatos jurídicos, porque isso é tarefa dos especialistas. A Justiça decidiu, está decidido. Agora é esperar para ver se o recurso dos advogados de Carlito Merss consegue ou não reverter a situação.

O meu tema é outro. É que houve uma festa de arromba na casa grande. Os caras que não curtem a senzala foram efusivos na demonstração de alegria pela cassação. O meu lado acadêmico fica tentado a analisar a coisa do ponto de vista sociológico, antropológico ou o escambau. Mas não vale a pena e vou no popular.

Por que o pessoal da casa grande ficou feliz? É simples. A cassação equivale a uma condenação. E isso atira a todos para o pântano. Eis uma evidência. A casa grande não se importa propriamente com a limpeza. Pelo contrário. A alegria vem do fato de que, se todos parecem sujos, nenhum partido pode se pronunciar como “dono da ética”. É como se estivessem a dizer:
-       Ei, vocês que ficam aí posando de virgens imaculadas, agora mostram que são tão putas como nós.

E fazem uma tremenda festa quando a putaria parece ser geral. É o que temos...


P.S. Antes que me acusem de estar a defender Carlito Merss ou o PT, eu explico: tenho uma enorme simpatia pela senzala.

Não há eleitores negros em Joinville?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Vou esclarecer logo de início, apenas para evitar confusões: este texto é baseado no primeiro dia de horário eleitoral gratuito na televisão. Repito: o primeiro dia. Estive a ver os filmes de todos prefeituráveis e a minha conclusão – que vale o que vale, mas parece óbvia – é que para alguns deles Joinville não é uma cidade de negros.

Os dados estatísticos mais recentes mostram que 17,4% da população de Joinville é formada por negros (estimativa do IBGE para 2011). E, no entanto, esse número não está refletido nas peças publicitárias exibidas por alguns candidatos. Mas onde fui buscar a ideia de verificar a presença de negros na publicidade?

O que despertou a minha curiosidade para esse ponto específico foi  a candidatura de Udo Dohler. Todos sabemos que corre o boato, aí pela cidade, de que ele não emprega negros na sua empresa. O que não é verdade. Eu próprio constatei, nos meus tempos de repórter, que não passava de boato. Aliás, vale dizer: o empresário tem sido acusado de coisas que não fez.

Fiquei a imaginar como os publicitários de Udo Dohler iriam tratar a questão. Pensei que haveria um bom número de negros no filme. Mas não. Quem se der ao trabalho de ver vai perceber que os tais 17,4% não estão representados entre os figurantes. Culpa do candidato? Não. O problema é  que os publicitários pensam apenas como publicitários... e têm vistas curtas para a política.

Mas, para minha surpresa, o grande apagamento de negros foi no filme de Marco Tebaldi. Entre as mais de uma centena de figurantes, aparecem apenas cinco ou seis negros (e a maioria, pelo que imagino, em fotos compradas em bancos de imagens - já prontas). Aliás, alemães com roupas típicas parecem ser imagens recorrentes. A Joinville de Tebaldi é branquinha, branquinha, branquinha.

O filme de Kennedy Nunes tem mais negros, mas parece ter sido obra do acaso. Aliás, li em algum lugar que foi o filme mais comovente nesse primeiro dia. Comovente? Ora, é um filme igrejeiro que tenta, em vão, uma lagriminha no canto do olho. Só é capaz de funcionar se o cara tiver mais glândulas lacrimais do que neurônios.

Mas o filme prova que Kennedy Nunes não faz distinção entre brancos, negros, amarelos ou verdes. Para ele são todos iguais: ou seja, um rebanho de eleitores que precisam ser salvos pelo seu enorme talento de administrador. Porque ele promete ser nada mais, nada menos, do que o melhor prefeito de todos os tempos. De presunção e água benta...

No horário de Carlito Merss, os negros estão presentes numa proporção claramente superior aos tais 17,4%. Mas correndo o risco de recorrer a estereótipos, nada mais natural, já que o jingle do atual prefeito é um samba. Por brincadeira, poderia parafrasear a campanha e dizer: “Negros em Joinville, agora tem”. Mas vai que algum juiz encrespa e cassa o meu espaço no blog.

P.S.: Não dá para fazer a avaliação do filme de Leonel Camasão porque, ao que parece, não há muito a ver em termos de captação de imagens de vídeo.

sábado, 25 de agosto de 2012

Resultado do teste sobre Joinville

POR GUILHERME GASSENFERTH

Galera, vamos lá!

Em primeiro lugar, quero parabenizar a todos os 12 corajosos que se expuseram (alguns nem tão corajosos, né Colorado, Figurão e AS?) e tentaram acertar as perguntas que fiz no quiz de sexta-feira.

O quiz estava bastante difícil mesmo! A maioria não acertou sequer metade das respostas, mas todos acertaram algumas.

As respostas corretas:

1. Qual o primeiro nome de nossa cidade?
Resposta C. Ainda antes de chamar-se Colônia Dona Francisca, nossa cidadezinha chamou-se Schroedersort, algo como "lugarejo do Schroeder". O senador alemão Mathias Schroeder era o proprietário da Sociedade Colonizadora de Hamburgo, que adquiriu da Coroa brasileira o direito de colonizar nossas terras. :-) Acertaram Eduardo Gassenferth e "Figurão Indolente".

2. Em que dia desembarcaram na cidade os primeiros colonizadores às ordens da Sociedade Colonizadora de Hamburgo?
Resposta A. Esta talvez seja a mais difícil de todas, justamente porque as três datas fazem sentido. Embora 9 de março de 1851 seja a data oficial de fundação da cidade, é na opinião de muitos historiadores e estudiosos uma data incorreta. Segundo me lembro, dia 9 de março os colonizadores fundearam a barca na Lagoa do Saguaçu, mas só vieram a alcançar terra firme e efetivamente pisar Joinville no dia 10 de março de 1851, data que também faria sentido na resposta. No entanto, foi em 22 de maio de 1850 que 10 pessoas chegaram à cidade (incluindo Leonce Aubé), a serviço da Sociedade Colonizadora de Hamburgo, para preparar o local para receber os colonizadores que chegariam 9 meses e meio depois. Acertaram Alfredo Cardozo, Figurão e o Eduardo Gassenferth. O Colorado, coitado, tinha acertado e depois pediu pra mudar a resposta! Hehehehe

Curiosidade: A data oficial de fundação de Blumenau é 2 de setembro de 1850, mas esta foi a data em que os primeiros pioneiros chegaram para preparar a cidade, tais quais os nossos 10 que vieram em 22 de maio  de 1850 - razão pela qual eu afirmo sempre que, na verdade, Joinville é 3 meses e meio mais velha que Blumenau.

3. Você saberia informar qual dos bairros abaixo pertencia a São Francisco do Sul até a década de 1990?
Resposta B. A lei 8.563 anexou o Jardim Paraíso a Joinville em 6 de abril de 1992. Até então, o local pertencia ao município de São Francisco do Sul. Acertaram:  Figurão e Eduardo.

4. Qual destes sobrenomes é o mais antigo em terras joinvilenses?
Resposta B. Além da família Cercal, que até hoje tem terras no Cubatão, havia ainda famílias como Cidral, Budal, Arins, Vieira e outros sobrenomes que ainda são bastante comuns na cidade e já estavam aqui desde antes da colonização germânica. Acertou somente o Figurão.

5. Em que ano foi fundada a Empadas Jerke?
Resposta A. Este é o ano em que foi criada a mais típica e famosa marca gastronômica da cidade. Os apreciadores de empadinhas (e prováveis bebuns!) que acertaram foram: Figurão, Dione Carina, PatimPudim, Dalane Quaiato e Giorgia Paese.

6. Qual destas localidades joinvilenses NÃO está localizada sobre uma ilha?
Resposta C. É a Estrada da Ilha... foi fácil, né? Quase todos acertaram!

7. Quem desta lista já foi prefeito de Joinville?
Resposta A. Embora não tenha nome germânico, Victorino Bacellar foi prefeito ainda no século XIX, entre 1881 e 1883. Até 1889, o presidente da Câmara Municipal assumia as funções do executivo. Além dele, há outros vários ex-prefeitos desconhecidos do grande público, como Paulino João de Bem, Nabor Monteiro e Joaquim Wolf, e alguns até mesmo razoavelmente recentes (1982-1983), como Violantino Rodrigues.

8. Qual das sociedades abaixo é a mais antiga?
Resposta B. A Sociedade dos Ginásticos foi fundada apenas 7 anos após a data oficial de fundação de Joinville, ou seja, em 1858.

9. Em qual dos rankings abaixo Joinville aparece melhor posicionada nacionalmente?
Resposta B. Somos o 13º município em IDH no Brasil! 

10. Quantos iates clubes e marinas Joinville possui?
Resposta C. Para surpresa de todos, nossa cidade é bem servida neste tipo de empreendimentos. 

11. Qual a área de mata atlântica preservada de Joinville?
Resposta A. Nossa cidade é a orgulhosa proprietária de 600 quilômetros quadrados (ou 600.000.000 de metros quadrados) de mata atlântica preservada, o que significa mais de 50% de todo o território municipal. Proporcionalmente, somos a cidade com a maior área de mata atlântica preservada de SC e provavelmente uma das melhores colocadas no país. Grande riqueza pra Joinville!

12. Em que ano foi inaugurada a Estação Ferroviária de Joinville?
Resposta B. 1906 foi um ano importante na história da cidade. Foi na inauguração da Estação Ferroviária que recebemos a primeira visita presidencial de nossa história, com a chegada do presidente Afonso Pena. Encantado com os jardins bem cuidados de Joinville, ele declarou, há mais de cem anos, uma frase que foi estampada em alguns jornais brasileiros: "Joinville é o jardim do Brasil!"

13. Qual conjunto de cidades faz fronteira com Joinville?
Resposta A. Fácil, né?

14. Qual é o ponto mais alto da cidade?
Resposta A. Confesso que taí a única resposta que eu não sabia de cabeça. Sempre achei que fosse o Pico do Jurapé.

15. Onde estava instalado o primeiro templo maçônico de Joinville?
Resposta A. A Loja Maçônica Freundschaft zum Südlichen Kreuz (Amizade ao Cruzeiro do Sul) ficava onde hoje deve ser o altar da Catedral. Diz-se que havia uma imagem de São João (o padroeiro da Maçonaria) sobre a entrada do templo. E o bispo Dom Gregório Warmling é citado num livro italiano (A Igreja Católica e a Maçonaria) como um provável caso de sacerdote católico de alto escalão pertencente à ordem dos pedreiros-livres. Interessantes estas "coincidências" e encontros entre a história da ordem e da Igreja Católica na cidade.

OS VENCEDORES

1º - Eduardo Gassenferth (meu irmão) - 12 acertos
1º - Figurão Indolente - 12 acertos
3º - Dione Carina - 8 acertos
3º - Giorgia Paese - 8 acertos

PARABÉNS A TODOS!

TSE - Pesquise o passado do candidato


ET BARTHES
Em período de eleições, o Chuva Ácida está a veicular os filmes da campanha Vote Limpo, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral.


Baixinho detona Seleção, JEC no auge

POR GABRIELA SCHIEWE
BIZARRO - Esta semana tivemos mais uma convocação para amistosos da Seleção Brasileira e, infelizmente, a única coisa que chamou a atenção dos torcedores foi a atitude pífia do baixinho Romário. Apesar de ter razão em muita coisa que pronunciou e estarmos num país democrático, o respeito ao próximo e a maneira como, principalmente, um deputado federal coloca as suas palavras, é de extrema importância e relevância. Esse é o Brasil. E, quanto à Nossa Seleção continuo preferindo não tecer demais comentários, pois a decepção e tristeza não me permitem. É esperar pra ver.

JEC - Pra que falar de Seleção Brasileira se nós temos o JEC. É isso aí, galera, o Tricolor está no G-4 e na disputa real a ascensão à tão sonhada e, até pouco tempo, distante Série A. Neste sábado o jogo é "osso duro de roer". Mas o Joinville tem enfrentado bravamente os seus obstáculos e avançado de maneira brilhante. Hoje o jogo é em casa, contra o forte Goiás, que tem apenas três derrotas no campeonato e é o quinto colocado, logo atrás do JEC e com a mesma pontuação, 33. Será um jogo fundamental para que o Tricolor termine o turno no G-4. Não percam. Hoje, às 16 horas (e não 16:20) todos os caminhos e raios de sol levam à Arena.

GRENAL - É chegada a hora do clássico mais acirrado do país. Amanhã é dia de Grenal, às 16 horas, no remendado Beira-Rio. Espetáculo que só será acompanhado, in loco, por 17 mil pessoas devido às obras para a Copa. Ocorrerão estréias importantes neste clássico caliente. Elano, pelo Grêmio, e Forlán, pelo Inter, disputarão pela primeira vez este temido jogo. Grêmio com ligeira vantagem pelo que vem apresentando nos últimos jogos, com um time coeso. Coisa que o Colorado não conseguiu emplacar ainda. Será o Fernandão o técnico que vai fazer o Inter jogar? Bom, esperemos e, se olharmos para os últimos clássicos, aí o Colorado leva vantagem.

ATÉ ONDE VALE? - Na quinta-feira (23) o campeoníssimo (será?) Lance Armstrong informou que não se defenderia das acusações de doping da USADA e, com esta desistência, foi decidido pelo seu banimento dos esportes e, como consequência, a perda de todos os títulos, incluindo os sete da Volta da França.

“É um dia triste para todos os que amam o esporte e para os nossos heróis esportivos. Este é um exemplo doloroso de como a cultura de vencer a todo custo no esporte, se não for reprimida, superará a competição leal, segura e honesta. Para os atletas limpos, esta será uma lembrança reconfortante de que há esperança para as gerações futuras de competição em igualdade de condições sem o uso de substâncias proibidas”, anunciou Travis Tygart, diretor-executivo da USADA.

Até onde vale a competitividade de um atleta, a sua gana por vencer, a qualquer custo? De grande valia para o esporte esta decisão para mostrar que, a princípio, aquele que tentar ganhar por meios escusos, não será poupado.

Temos visto com frequência atletas serem punidos pela ocorrência de doping e, devido a vontade de vencer por qualquer preço, eles continuam tentando burlar os regulamentos e ir além do que o corpo humano lhes oferece.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

TSE - Vote limpo

ET BARTHES
Em período de eleições, o Chuva Ácida está a veicular os filmes da campanha Vote Limpo, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (o filme mostrado hoje tem outro título porque o original do TSE não tem som).



Fidido!!


Teste para joinvilenses: você conhece sua cidade?

POR GUILHERME GASSENFERTH

Vamos averiguar o quanto vocês conhecem a cidade em que moram. E é sem consulta, hein? :P

Para participar, responda às perguntas abaixo informando nos comentários do texto a opção que você julga ser a correta, da seguinte forma: para responder à pergunta 1 com a opção d, escreva 1-d e assim por diante.

Neste fim de semana eu postarei aqui um texto com os nomes de quem ficou nos primeiros lugares e as respostas corretas. 

Boa sorte!

1) Qual o primeiro nome de nossa cidade?
a) Colônia Dona Francisca
b) Dona Franziska-Kolonie
c) Schroedersort
d) Chuville

2) Em que dia desembarcaram na cidade os primeiros colonizadores às ordens da Sociedade Colonizadora de Hamburgo?
a) 22 de maio de 1850
b) 9 de março de 1851
c) 10 de março de 1851
d) 22 de abril de 1500

3) Você saberia informar qual dos bairros abaixo pertencia a São Francisco do Sul até a década de 1990?
a) Espinheiros
b) Jardim Paraíso
c) Morro do Amaral
d) Centro

4) Qual destes sobrenomes é o mais antigo em terras joinvilenses?
a) Döhler
b) Cercal
c) Doerffel
d) Tebaldi

5) Em que ano foi fundada a Empadas Jerke?
a) 1922
b) 1923
c) 1951
d) Empadas o quê?

6) Qual destas localidades joinvilenses NÃO está localizada sobre uma ilha?
a) Morro do Amaral
b) Espinheiros
c) Estrada da Ilha
d) Floripa

7) Quem desta lista já foi prefeito de Joinville?
a) Victorino Bacellar
b) Jacob Richlin
c) Felipe Schmidt
d) Rosa do Pé Inchado

8) Qual das sociedades abaixo é a mais antiga?
a) Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville
b) Ginásticos
c) Liga de Sociedades
d) Estrela da Vila Baumer

9) Em qual dos rankings abaixo Joinville aparece melhor posicionada nacionalmente?
a) Produto Interno Bruto - PIB
b) Índice de Desenvolvimento Humano – IDH
c) Orçamento municipal
d) Número de buracos na rua

10) Quantos iates clubes e marinas Joinville possui?
a) 2
b) 3
c) mais de 10
d) Marina pra mim é só a Silva!

11) Qual a área aproximada de Mata Atlântica preservada de Joinville?
a) 600 milhões de metros quadrados
b) 200 milhões de metros quadrados
c) 900 mil metros quadrados
d) 49 metros cúbicos

12) Em que ano foi inaugurada a Estação Ferroviária?
a) 1951
b) 1906
c) 1881
d) 1851 né, como tu acha que os imigrantes chegaram em Joinville?

13) Qual conjunto de cidades faz fronteira com Joinville?
a) Guaramirim, Schroeder, Garuva, Araquari, Jaraguá do Sul, Campo Alegre, São Francisco do Sul
b) Guaramirim, Massaranduba, Garuva, Araquari, Jaraguá do Sul, Campo Alegre, São Francisco do Sul
c) Guaramirim, Schroeder, Massaranduba, Garuva, Araquari, Jaraguá do Sul, Campo Alegre, São Francisco do Sul, Balneário Barra do Sul
d) Pirabeiraba, Itinga e Vila Nova.

14) Qual é o ponto mais alto da cidade?
a) Pico Serra Queimada
b) Monte Crista
c) Castelo dos Bugres
d) O teto do Edifício Hannover.

15) Onde estava instalado o primeiro templo maçônico em Joinville?
a) Onde hoje é a Catedral
b) Onde hoje é o Colégio Bom Jesus
c) Na Rua Dona Francisca
d) Diz que ainda fica sete palmo debaixo da terra... Deuzolivri!

E aí? Quais são suas respostas? Deixe seu nome e suas respostas nos comentários e até Domingo você verá se ficou em primeiro lugar! :-)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

TSE - Valorize o seu voto

ET BARTHES
Em período de eleições, o Chuva Ácida está a veicular os filmes da campanha Vote Limpo, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral.



O primeiro dia de campanha na TV: as bizarrices e um pouco do que vem pela frente

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Propaganda eleitoral sempre me fascinou, desde quando era criança. Jingles, propostas, bizarrices e outras coisas referentes a este processo da corrida eleitoral sempre me fizeram sentar em frente à TV e acompanhar tudo. Você pode me achar um louco sem noção, mas, gostos são gostos! Hoje consigo avaliar tudo de forma menos passional, ao contrário de alguns anos atrás, onde ai de quem falasse mal do jingle “Voltolini, Voltolini...”. Nem preciso dizer como fiquei quando me vi na TV em 2008 (para quem não sabe, fui candidato a vereador naquele ano e fiz 503 votos), né?

Passado tudo isto, o certame de 2012 apresenta cinco candidatos a Prefeito. Após 45 dias de campanha liberada, a propaganda na TV e no rádio começou (não pretendo discutir aqui o mérito nem a eficácia deste tipo de abordagem “obrigatória”, fica para outro post). O primeiro programa, por mais que não pareça, é um grande indicador de como serão aqueles minutinhos que cada candidato tem. Somente após as próximas pesquisas teremos alguma mudança no perfil do programa veiculado, a fim de conquistar alguns pontos a mais, nem que para isso seja necessário atacar o concorrente ao invés de apresentar propostas.  Relatarei algumas impressões que tive a partir do que foi veiculado na TV neste dia 22 de agosto, às 13 horas.  Sem patriotadas nos comentários, ok?

Leonel Camasão: deve ter acontecido algum problema:  a tela ficou azul e nada foi veiculado. Todos sabem que a campanha do socialista possui poucos recursos, mas não se pode deixar uma furada destas, ainda mais para quem é desconhecido da maioria da população. Fui atrás do programa de rádio e achei um link. Programa simples, bom e bem objetivo. Só faltou ao candidato Leonel ser mais enfático em suas falas, pois pareceu estar lendo um roteiro pré-montado.

Udo Dohler: tecnicamente deu a impressão de ter sido a melhor propaganda do dia. Como característica da DPM (produtora dos vídeos da campanha de Udo), prática que advém desde as campanhas de LHS, muitos símbolos da população local foram mostrados, em clichês que funcionam para o povão, a ponto de emocionar. Udo se apresentou de forma bem tranqüila (olhar disperso foi o ponto fraco), acompanhado de várias falas de LHS em comícios peemedebistas (algumas até desnecessárias). Já deu para perceber que a figura de LHS vai ser sempre citada nessa campanha. O candidato é o Udo ou o LHS?

Carlito: o programa começou com muitas pessoas cantando (pior que playback) o jingle da campanha. Familiares e pessoas próximas deram depoimentos (o que é normal em todo o primeiro programa). Mas uma questão me deixou muito intrigado: por qual motivo o candidato mostra imagens internas dos órgãos da Prefeitura? Ele, por mais que seja o atual Prefeito, é um candidato como os outros, e não poderia se utilizar de imagens internas das “coisas públicas”. A “continuidade” foi um discurso amplamente utilizado e deve ser o tom de campanha (ao bom estilo Lula e o “deixa o homem trabalhar”). O ponto negativo é que nunca vi uma propaganda eleitoral, no primeiro dia de TV, onde o candidato não fala nada!!! Seria uma camuflagem frente à ampla rejeição indicada nas pesquisas? E Carlito deve ser o candidato que mais irá explorar a imagem de seu vice. No caso, Eni Voltolini.

Tebaldi: piada pronta ao dizer que os bairros de Joinville estão abandonados, como se em quatro anos tudo tivesse mudado. Piada pronta ao se enrolar todo para falar o sobrenome de seu vice, Gilberto Boettcher. Gilberto, inclusive, mostrou uma relativa dificuldade com as câmeras. O mote de campanha deve ser o “voltar para o que era bom” (sic!). Mas o troféu Jacaré Fritz desta primeira semana de campanha na TV já é do ex-Prefeito, por ressaltar em seu programa que foi o “responsável por políticas habitacionais nas áreas de mangue de Joinville, dando qualidade de vida a estas regiões”. Preciso comentar?

Clarikennedy Nunes: começou o programa se apresentando e dando indiretas que doeu na espinha de muita gente, ao explicar o porquê de alguns não quererem a sua candidatura. O Darciiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii-um-homem-honesto-do-povo-é-trabalhador (quem lembrou agora de 2008?rs) apareceu dando seu depoimento, junto com várias outras pessoas. Cobrem-me, mas se ele aparecer mais umas 5 vezes pra falar de Clarikennedy, será muito. A mesma coisa em relação a Colombo (o qual queria apoiar Udo, mas sabe como é a política...). O “passado ruim”, o “presente pior ainda” e o “eu sou um homem de compromisso” (em clara alfinetada a Carlito) será o mantra do candidato.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Eleições 2012


TSE - Vote pela sua cidade

ET BARTHES
Em período de eleições, o Chuva Ácida está a veicular os filmes da campanha Vote Limpo, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (o filme mostrado hoje tem outro título porque o original do TSE não tem som).


Campanha Sustentável


Os políticos e o esporte


SINCERO APOIO - Política e esporte deveriam sempre caminhar juntos no nosso país, de maneira ordenada. Estamos em plena campanha para pleitos municipais e, mais precisamente, na Manchester Catarinense, os candidatos são pessoas que prestigiam, sobremaneira, o esporte local. É até extenuante a marcha aos campos, quadras e afins pelos propensos a ocupar os cargos políticos de Joinville.

Jornadas intermináveis, torcedores fervorosos que, penso na minha vã e modesta sabedoria, sempre estiveram lá, apoiando. Ajudando naquele momento que o JEC era um time "fora de série" com certeza e, absoluta ainda (como não poderia deixar de ser), que todos estes almejantes aos cargos da política local se embrenhavam em dia chuvoso, numa míngua tarde de domingo, se fazendo presentes na Arena.

Assim como no momento que a Krona Futsal foi desclassificada pela luta ao título da Liga Nacional, também lá estavam eles apoiando, juntamente com a Conexão Tricolor a equipe desacreditada pela maioria. E o basquete, final de mais um NBB, sem um patrocinador macro que tivesse condições de manter o projeto que acabava de ser muito vitorioso.

Tenho plena convicção que todos estes candidatos colaboraram na busca fervorosa pela mantença financeira do time, que arregaçaram as mangas e foram bater de porta em porta solicitando apoio.
Ainda, não podemos deixar de destacar o "destaque" nas redes sociais, em seus Facebook, Twitter se vangloriando de estar presentes jogo a jogo. Até do lançamento, na noite de segunda-feira (20), do novo time de basquete de Joinville, "choveram as tuitadas políticas".

MARKETING FAJUTO - Vamos deixar a ironia de lado, já que, infelizmente, isso não passa de marketing político. E, na minha opinião, muito fajuto, pois a forçar a barra a este ponto, nem o mais fanático e inebriado torcedor fará coro. É evidente que esses candidatos só estão tentando, de maneira vil, amealhar votos dos torcedores que sempre acompanham seus times e tanto orgulham o esporte joinvilense.

Pois mesmo sendo um time "fora de série" se faziam presentes na Arena, jamais deixando de acreditar que, como hoje se vê, o Joinville estaria despontando na Série B com almejo à Série A. Que a Conexão Tricolor nos dias mais frios e na distante Univille, alçavam aos quatro cantos daquela quadra o seu som inquietante "Pra cima deles Krona" ao compasso do tan tan. E o basquete que, por alguns momentos muitos pensaram que o projeto se encerraria, não o ruiu graças aos seus executores que jamais deixaram de acreditar que era possível e não desistiram, apenas eles, de correr atrás para viabilizar, mais uma vez, um grande projeto.

CAMPANHA - Faço aqui um pedido: marquem estes rostos que hoje compõem as arquibancadas joinvilenses e, após o pleito eletivo, passados os louros, os procurem... faço crer que apenas restou um assento vazio.

NO CHUVEIRINHO - Foi dada a largada para os voluntários da Fifa para a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014. Os requisitos para a inscrição prévia são, possuir 18 anos ou mais e trabalhar, voluntariamente, por 20 dias corridos. Informações junto ao endereço da Fifa https://ems.fifa.com/Volunteer/Brazil/Login/

Militantes interrompem Chávez em rede nacional

POR ET BARTHES
O presidente venezuelano Hugo Chávez falava em rede nacional em Caruachi, quando o local foi invadido por um grupo de militantes com palavras de ordem. A imagem foi logo cortada, substituída por planos de outros lugares, mas o som permaneceu.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

DDT Resolve!!


BOMBA!!!!!


Leitores do Chuva Ácida são mais informados

Encerrou hoje a enquete que perguntava que eleitores já tinham definido seu voto para prefeito.

Ao tudo 273 leitores votaram.

72,73 % dos leitores que responderam já decidiram em quem votar e 27,27 % ainda estão indecisos.

72,73% - sim
27,27% - não

Eleitor bem informado decide antes.

A nova enquete quer saber se a propaganda eleitoral gratuita ajuda a definir o seu voto. 

TSE - Lei da ficha Limpa

ET BARTHES
Em período de eleições, o Chuva Ácida está a veicular os filmes da campanha Vote Limpo, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (o filme mostrado hoje tem outro título porque o original do TSE não tem som).



O ruim, o mau e o efeito Tiririca

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O que explica o fato de candidatos tão desprovidos de atributos quanto Marco Tebaldi e Kennedy Nunes se manterem com certa folga à frente nas pesquisas para a prefeitura? Parece óbvio. É só tentar adivinhar o perfil dos seus eleitores. Não tenho qualquer pesquisa qualitativa em mãos, mas imagino que seja uma massa onde predominam eleitores pouco informados, pouco politizados e pouco participantes em ações cívicas. E, no caso de Tebaldi, com péssima memória. Ou não?

Ok... admito que alguém possa questionar o estereótipo. Mas vamos aos fatos. Não parece haver aí projetos de governo, apenas projetos de poder. O resultado é que esse tipo de proposta não atrai pessoas com convicções firmadas em idéias políticas bem desenhadas. Ou melhor, não há política com “p” maiúsculo. É gente que vai no oba-oba: ou torce pelo “time” do candidato ou tem interesses nos projetos de poder.

Vamos teorizar um pouquinho? A situação traz à tona um pequeno diferendo que tenho com o pessoal das esquerdas. É que ao contrário deles sempre fui contra o voto obrigatório. Acho que desqualifica a democracia (aliás, se sou obrigado a votar a coisa não é muito democrática). Sem a obrigatoriedade, acorre às urnas apenas quem se preocupa em decidir sobre questões de cidadania. O cidadão que não se interessa por “coisas da política” pode ficar em casa tranquilo a ver televisão.

A maior preocupação: o voto é coisa séria demais mais para ser deixado nas mãos de quem não quer votar. E o voto facultativo valoriza o livre arbítrio: se o cara acha que é uma chatice sair de casa para votar, então não devia ser obrigado a ir às urnas. Numa democracia representativa os absenteístas também devem estar representados. É uma evidência. Aliás, a expressão “índice de abstenção” também é estruturante para a democracia.

Podia ficar aqui a tentar dissecar a tese, mas basta a convicção de que isso faria subir o quociente de inteligência dos processos eleitorais. E isso resultaria em melhor democracia. Com o voto facultativo, algumas das distorções da política brasileira, como a eleição de muitos espertalhões e oportunistas, poderiam ser corrigidas. Pode ser uma forma de barrar o “efeito Tiririca”. Vocês, leitor e leitora, não vivem a pedir mais qualificação entre os eleitos? Eis...


Um dos argumentos em favor do voto obrigatório é que ele serve como fator de educação política. Nada a ver. O que educa é o exercício da cidadania. Um eleitor que passa quatro anos totalmente alheado da vida política da sua cidade provavelmente prefere não ir votar. Afinal, são pessoas que encaram o voto como um dever e não como um direito. E acabam por se tornar presas fáceis para discursos fáceis.

Se uma pessoa vota porque é obrigada, estamos à frente de uma distorção da lógica da democracia. E não tenho dúvidas de que, num sistema de voto facultativo, sujeitos como Marco Tebaldi e Kennedy Nunes, que pouco têm a oferecer à cidade, ficariam com a margem de manobra reduzida. E Joinville poderia estar a salvo do vexame de ter que ficar entre o ruim e o mau, como as pesquisas indicam até ao momento.

De qualquer forma, vale salientar aqui uma ressalva: o nome do jogo é democracia. 
Posso achar que os candidatos nada têm a oferecer para o bem da cidade. Mas respeito a decisão do povo, porque ela é soberana. O que não me impede de insistir na ideia. Já parece ser tempo de tentar melhorar as regras do jogo. E o voto facultativo pode ser um bom começo.


P.S.: Na Europa, o voto é facultativo na expressiva maioria dos países. E a democracia não ruiu. Apesar de que mesmo assim tem muita gente que vai votar como quem vota num time de futebol.