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sábado, 1 de setembro de 2012

Basquete de Joinville na boca do garrafão

POR GABRIELA SCHIEWE
UM TIME VENCEDOR - A cada final de temporada, o Basquete de Joinville passa por turbulências. Não foi diferente na temporada 2011/2012, que se encerrou com o término do NBB. Mas, novamente com a competência, força de vontade e determinação o mais novo presidente do NBB, Leonardo Roesler, com apenas 24 anos, e o já conhecido das quadras Luisão, como diretor técnico (Luis Silva), juntamente com seus apoiadores "não deixaram a peteca cair" e, mais uma vez, colocam o Basquete de Joinville pra jogar.

O nosso basquete, mesmo com todas as adversidades, é um time vencedor. Vem sofrendo desde 2007, quando então o atual presidente (após a saída de um patrocinador master), por meio de seu pai começou, de fato, a se envolver com o basquete. E, desde lá, este envolvimento toma mais corpo e fica mais aguerrido, culminando com a atual gestão a frente da presidência do Basquete de Joinville.

HEGEMONIA NO SUL - A hegemonia no sul do país é impressionante: cinco títulos do Sul Brasileiro, oito do Campeonato Estadual e sete do JASC. E, na última disputa do NBB, apesar de toda dificuldade, terminou na sétima colocação. De maneira brilhante, finalizando a competição numa melhor de com com um dos melhores times do país, o Pinheiros.

Para Leonardo Roesler, este ano as pretensões não são menos audaciosas do que nas temporadas passadas.  "Pretendemos manter a hegemonia no sul do país e terminar a primeira fase do NBB entre os 12 melhores, para disputar a primeira etapa dos play off's", explica.


Nesta temporada, os valores repassados através dos patrocinadores está reduzido e, segundo o presidente e o diretor técnico -
demonstrando indignação com o poder público local -,  a ajuda da Prefeitura de Joinville, na atual gestão, foi reduzindo até ser cortada. Hoje conta apenas com o bolsa atleta pelo investimento público, que se trata de uma verba mínima e que não chega a atingir 100% dos atletas contratados.

"Não consigo acreditar que uma equipe que leva três mil pessoas ao Centreventos, leva o nome da cidade para tão longe e, assim mesmo, os empresários e o poder público da cidade viram as costas", diz Leonardo Roesler, presidente do Basquete de Joinville acerca da falta de investimentos local.


NÚMEROS EXTRAORDINÁRIOS - Como novamente foi amplamente noticiado pela mídia, a equipe do Basquete de Joinville teve que suar muito a camisa para poder entrar em quadra. Ao final da temporada 2011/2012, a equipe atingiu números extraordinários. Um sucesso que levou o seu staff ao auge, com e  a maior parte sendo contratada por outros clubes, inclusive o técnico José Neto, que também é auxiliar técnico da Seleção Brasileira de Basquete.



O presidente Leonardo Roesler e o diretor Luisão alegaram alguns fatores preponderantes para a dificuldade de manter estes atletas aqui em Joinville:

1- fallta de investimento local;
2- período do campeonato;
3- duração dos contratos de 10 meses;

Esses fatores impedem grandes atletas de permanecer no projeto. Nem tanto pelo valor dos contratos mas, principalmente, pela falta de segurança, pela impossibilidade de um contrato mais duradouro com um período de, pelo menos, 12 meses. O que na atual realidade, é inviável.

POR A MÃO NA MASSA - Tudo isso torna o trabalho muito difícil, com muitos atalhos em que todos fazem exatamente tudo no time apesar das nomenclaturas de presidente, diretor etc. No dia a dia, todos colocam, literalmente, a mão na massa e, sem demérito algum ( muito pelo contrário), com amor e dedicação. Mas quando colhem os frutos, parece ser muito mais saboroso.


No entanto, segundo Leonardo Roesler, "tem horas que dá um desgosto, vontade de largar tudo". O presidente repete que não é fácil trabalhar desse jeito, pois poderia estar se dedicando muito mais do seu tempo a projetos de maior eficiência para o time. Mas, no entanto, precisa dedicar quase todo o seu tempo e de seus apoiadores e parceiros na gestão financeira, para ver como conseguirão pagar as contas. E, segundo ele, a temporada 2010/2011 foi a mais perniciosa, já que perderam o patrocinador master no meio da temporada e trabalharam, pela primeira vez, no negativo. Mas mesmo assim colheram os frutos.


Leonardo Roesler destacou alguns pontos fundamentais para o sucesso do projeto. Razões pelas quais a caminhada, apesar de cheia de obstáculos, segue sempre adiante. O apoio da empresa Romaço, desde 2007, e que hoje conta como uma das patrocinadoras da equipe. A relação de todos os componentes da equipe com a comunidade, que tinha no capitão Shilton o seu maior exemplo e que, agora, mesmo sem esta referência - que será sentida por todos, continua com as mesmas experiências. Não por acaso, o primeiro compromisso desta nova equipe foi fazer uma visita no Lar Abigail para sentir o espírito do projeto e estar com elo direto com os cidadãos de Joinville.


Situações pontuais estas que são visíveis a "olho nu" e sentidas por todos na cidade e região. Jogadores e comissão técnica se entregam completamente ao projeto, lutando todo o dia, vivendo alguns momentos de dificuldades, mas sem esmorecer por haver um verdadeiro sentido de equipe.


NOVA TEMPORADA, NOVAS ESPERANÇAS - Este ano, mais precisamente nesta temporada 2012/2013, o Basquete de Joinville inovou de novo com o projeto Sócio Torcedor de Vantagens. Na opinião de Leonardo Roesler, um diferencial que permitirá as pessoas assistir aos jogos emocionantes do basquete e, ainda, obtendo vantagens através de empresas parceiras.


Parabéns à equipe do Basquete de Joinville. Por mais uma temporada colocar esta grande equipe de novo na boca do garrafão. E, demonstrando sua eficiência e competência, trouxe para o comando do time o consagrado técnico Enio Vecchi.


Estaremos todos, novamente, juntos com vocês, apoiando este belo projeto e que tanto enobrece a nossa cidade de Joinville. Mesmo que o poder público não tenha "percebido" esse marketing fantástico que ocorre Brasil afora.


NO CHUVEIRINHO -
A equipe está treinando desde 1º de agosto para as principais competições, incluindo o NBB, com previsão de início apenas para final do mês de novembro.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Os políticos e o esporte


SINCERO APOIO - Política e esporte deveriam sempre caminhar juntos no nosso país, de maneira ordenada. Estamos em plena campanha para pleitos municipais e, mais precisamente, na Manchester Catarinense, os candidatos são pessoas que prestigiam, sobremaneira, o esporte local. É até extenuante a marcha aos campos, quadras e afins pelos propensos a ocupar os cargos políticos de Joinville.

Jornadas intermináveis, torcedores fervorosos que, penso na minha vã e modesta sabedoria, sempre estiveram lá, apoiando. Ajudando naquele momento que o JEC era um time "fora de série" com certeza e, absoluta ainda (como não poderia deixar de ser), que todos estes almejantes aos cargos da política local se embrenhavam em dia chuvoso, numa míngua tarde de domingo, se fazendo presentes na Arena.

Assim como no momento que a Krona Futsal foi desclassificada pela luta ao título da Liga Nacional, também lá estavam eles apoiando, juntamente com a Conexão Tricolor a equipe desacreditada pela maioria. E o basquete, final de mais um NBB, sem um patrocinador macro que tivesse condições de manter o projeto que acabava de ser muito vitorioso.

Tenho plena convicção que todos estes candidatos colaboraram na busca fervorosa pela mantença financeira do time, que arregaçaram as mangas e foram bater de porta em porta solicitando apoio.
Ainda, não podemos deixar de destacar o "destaque" nas redes sociais, em seus Facebook, Twitter se vangloriando de estar presentes jogo a jogo. Até do lançamento, na noite de segunda-feira (20), do novo time de basquete de Joinville, "choveram as tuitadas políticas".

MARKETING FAJUTO - Vamos deixar a ironia de lado, já que, infelizmente, isso não passa de marketing político. E, na minha opinião, muito fajuto, pois a forçar a barra a este ponto, nem o mais fanático e inebriado torcedor fará coro. É evidente que esses candidatos só estão tentando, de maneira vil, amealhar votos dos torcedores que sempre acompanham seus times e tanto orgulham o esporte joinvilense.

Pois mesmo sendo um time "fora de série" se faziam presentes na Arena, jamais deixando de acreditar que, como hoje se vê, o Joinville estaria despontando na Série B com almejo à Série A. Que a Conexão Tricolor nos dias mais frios e na distante Univille, alçavam aos quatro cantos daquela quadra o seu som inquietante "Pra cima deles Krona" ao compasso do tan tan. E o basquete que, por alguns momentos muitos pensaram que o projeto se encerraria, não o ruiu graças aos seus executores que jamais deixaram de acreditar que era possível e não desistiram, apenas eles, de correr atrás para viabilizar, mais uma vez, um grande projeto.

CAMPANHA - Faço aqui um pedido: marquem estes rostos que hoje compõem as arquibancadas joinvilenses e, após o pleito eletivo, passados os louros, os procurem... faço crer que apenas restou um assento vazio.

NO CHUVEIRINHO - Foi dada a largada para os voluntários da Fifa para a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014. Os requisitos para a inscrição prévia são, possuir 18 anos ou mais e trabalhar, voluntariamente, por 20 dias corridos. Informações junto ao endereço da Fifa https://ems.fifa.com/Volunteer/Brazil/Login/