sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
É perigoso andar de zica?
POR ET BARTHES
Para você, que é um defensor do uso da bicicleta como meio de transporte, que tal um treino antes de sair para as ruas? Perigo por perigo, pelo menos esta vista é mais bonita e o percurso mais emocionante. E o melhor: você só depende da própria perícia, porque não corre o risco e ser atropelado por um carro cujo motorista pensa que a estrada é só dele. Aliás, dá para perguntar: é mais perigoso andar nesta trilha ou nas ruas de Joinville?
Os três primeiros meses e as mudanças
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Bullying de Natal
Os conformistas
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
De PIGS e putas
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Eis o meu último post do ano. E por estarmos em plena época festiva, seria normal desejar um feliz ano novo a todos os leitores do Chuva Ácida. Mas, como sabem, eu moro em Portugal e, do jeito que as coisas andam, não tenho garantias de que vá haver um 2012. Tudo depende de uma autorização da Sra. Merkel, que é quem manda nesta bodega toda.
O trem está feio, gente. Aqui deste lado andamos todos a comer nas mãos da “Troika da Merkel” (FMI, Banco Mundial e União Europeia). E os caras estão fazendo coisas do arco da velha. Imaginem que, por causa dessa corja, tive um Natal pela metade. Isso mesmo. Os puppets que governam a coisa por aqui (na verdade não governam, são paus-mandados) gudunharam parte do meu décimo-terceiro.
Foi um confisco na maior cara de pau. Só que para não parecer tão arbitrário, deram o simpático nome de “Contribuição Especial para o Ajustamento Orçamental”. Não sei se com a minha contribuição deu para ajustar o orçamento do país. Mas uma coisa posso garantir: eles certamente desajustaram o meu orçamento. Lembram daquela coisa antiga chamada “ouro para o bem do Brasil”? Aqui foi “euro para o bem de Portugal”.
Portanto, não sabemos se vamos ter um 2012. Se tivermos, tudo indica que vai ser uma porcaria. Porcaria? Ah... isso explica muitas coisas. Para quem não sabe, este cantinho à beira mar plantado é um dos integrantes do grupo de países carinhosamente chamado PIGS - Portugal, Italy, Greece e Spain. Os europeus do norte fogem de nós como os porcos deveriam fugir da salsicharia alemã.
A coisa está tão feia que todos estes países agora têm novos governos. Menos mal para Portugal e Espanha, onde Passos Coelho e Mariano Rajoy venceram eleições democráticas. Mas os manda-chuvas da Europa foram ao fundo do poço neoliberal e, em nome dos “mercados” (essa entidade que ninguém nunca viu), não se importam de atropelar a democracia.
Foi o que aconteceu na Itália e na Grécia, onde não houve eleições para escolher os novos governantes. Os ex-primeiros-ministros Silvio Berlusconi e George Papandreou foram defenestrados e substituídos por tecnocratas que não receberam um votinho sequer. Eleições? Ora, para quê? O mercado não gosta dessas sutilezas democráticas. Mas sou capaz de apostar que os italianos preferiam ir à urnas para dar um chute democrático no traseiro de Berlusconi.
E o mais chato. Segundo os donos da Europa, os PIGS são lugares onde as pessoas tiveram “vida fácil” nos últimos anos. Pelo que dizem, parece que andamos a gastar mais do que podíamos e agora é hora de liquidar a fatura. Não entendo. Porque tenho trabalhado feito um mouro e nunca me pareceu ser uma vida fácil. E se gastar o meu dinheiro em comprar casa e pagar educação é vida fácil, imagino o inferno que deve ser a vida difícil.
Peraê. Agora entendi, senhores da troika. Vida fácil é como muitos identificam a vida das prostitutas. É isso. Vocês emprestam dinheiro a juros escorchantes e , por causa disso, nós temos que nos portar como putas? Ok... vocês podem nos foder... mas sem beijo na boca.
Feliz ano novo. Onde houver ano novo...
Violência doméstica sem finais felizes
POR ET BARTHES
O filme mostra imagens violentas. Mas falar da violência mostrando os resultados da própria violência pode ser uma forma de passar a mensagem. E apesar de alguns considerarem as imagens chocantes, o fato é que em Portugal elas estão sendo exibidas sem problemas. E o texto faz sentido: “Nos últimos cinco anos 176 mulheres morreram vítimas de violência doméstica. Morreram porque continuaram a ter esperança de que ia voltar a ser como um dia foi. Mas ele não mudou e elas morreram”. A violência doméstica não costuma ter finais felizes.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Sobre crenças e apontamentos
Com certeza, a liberdade...
POR ET BARTHES
Não dá para entender o texto (está tudo em árabe em sem tradução), mas a moça do filme parecer ter um ponto de vista. E com certeza tem a ver com a liberdade.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
O dinheiro fala
Lamentável o artigo intitulado “NÃO NO MEU QUINTAL” , publicado no jornal A Notícia, em 22/12/2011. Com o devido respeito que nutrimos pelos integrantes do poder público, trata-se de uma visão distorcida acerca da legítima e sadia discussão que as entidades civis e associações demoradores estão buscando imprimir à nova LOT - Lei de Ordenamento Territorial Urbano, ato normativo cuja aprovação era favas contadas em 2011 e foi sabidamente postergada para o ano que vem.
O natural sentimento de contrariedade em razão da não aprovação desta lei no apagar das luzes, motivada por fatores políticos, aliado à mobilização social de treze entidades civis, é o mote do discurso orquestrado - e agora ideológico- dos comissários, copiosos em vender à opinião pública a imagem que a nova LOT- Lei do Ordenamento Territorial Urbano, do jeito que está, representa a panacéia universal para a resolução de todos os problemas da urbes, fruto da pretensa discussão democrática ocorrida no Senadinho dos comissários, o Conselho da Cidade.
Ao contrário do que foi dito nas entrelinhas, o Santo Antônio não é bairro de ricos. O Santo Antônio é bairro de gente honesta, trabalhadora, cuja população dedicou uma vida inteira de trabalho, sacrifício e renúncias nas indústrias localizadas no Distrito Industrial. Há pouco mais de 25 anos, o bairro era uma picada na Região Norte. Só havia mato, alagamentos e a circulação se dava por uma única via, a chamada NordstraBe, hoje Dona Francisca. É um bairro, como tantos outros, acolhedor e que está recebendo bem empreendimentos de relevante interesse social vinculados ao Programa Minha Casa Minha Vida, apesar dos sérios problemas detectados em termos de mobilidade urbana, verticalização, alagamentos, segurança, ausência de esgotamento sanitário, adensamento populacional, aliado à ausência de registro de investimentos em infra-estrutura pelo Poder Público nos últimos cinco anos.
Não somos contra o projeto de lei da LOT. Apenas concitamos o poder público a abrir o diálogo com a sociedade, principalmente diante da não realização de audiências públicas pelo Executivo nas comunidades - requisito exigido pelo Estatuto das Cidades, denominado de "gestão democrática das cidades". Do mesmo modo, asseveramos que não somos contra o ato normativo em discussão -LOT-, apenas manifestamos cautela e reserva em face dos poderosos interesses não republicanos que pautam o status quo - a conhecida e manjada corriola de agentes econômicos e generosos doadores da campanha eleitoral que se avizinha, que almejam contabilizar os lucros maximizados em razão da provável valorização de seus imóveis e investimentos, diante da modificação dos usos e em áreas residenciais próximas aos futuros eixos viários contemplados na LOT e nas polêmicas ARTs.
O Poder Executivo adotou a tática da tergiversação, as manobras evasivas e os rodeios para defender um posicionamento desprovido de argumentos sólidos e consistentes, para tentar votar o projeto ainda este ano. Alegou que corria riscos de perder investimentos de uma grande montadora, mas o argumento não foi aceito. Agora, muda o foco, procurando minimizar a importância do debate democrático com os movimentos sociais, desqualificando o trabalho e a preocupação das lideranças comunitárias ligadas às entidades civis e de associação de moradores. A importância do espectro da discussão da LOT não está circunscrito a este ou aquele Bairro, pois o nosso quintal contempla toda a Manchester Catarinense, a "Joinville de toda nossa gente". Conhecem este trocadilho?
Será que é pedir demais ao Poder Executivo a realização de audiências públicas para discutir alguns aspectos pontuais nesta lei, antes de prosseguir a tramitação na Câmara de Vereadores? Já tivermos a oportunidade de tecer elogios à LOT, reputando o ato normativo como sendo um avanço, mas, em contrapartida, não abrimos mão do exercício de nossos direitos como cidadãos, sugerindo aos legisladores, democraticamente, modificações no texto da LOT necessárias à harmonização de divergências havidas com o tecido social, buscando encontrar um caminho de consenso, um diálogo aberto e construtivo com a sociedade. Por estas e inúmeras razões, respeitosamente divergimos: a expressão idiomática do inglês a ser aplicada à discussão da LOT não é "not in my backyard" (não no meu quintal), mas "money talks" (o dinheiro fala).
(*) Gustavo Pereira da Silva é advogado, morador do Bairro Santo Antônioe Presidente da Associação Viva o Bairro Santo Antônio.
Nota do Blog Chuva Ácida. Este texto é a versão completa do publicado no jornal A Notícia. No blog, ao contrário do jornal, não há uma limitação que restringe o tamanho dos textos. O espaço para o contraditório está aberto.
domingo, 25 de dezembro de 2011
O futebol e a praga dos ratos
sábado, 24 de dezembro de 2011
Cartinha ao Papai Noel
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Caro Papai Noel.
Eis o que queremos no nosso sapatinho este ano: o senhor pode pedir ao deputado clarificador Clarikennedy Nunes para desbloquear o Twitter do Chuva Ácida? É sério. Porque a nossa vida mudou muito – e para pior – desde que perdemos esse privilégio. É impossível viver a sem a sabedoria com que ele brinda os seus seguidores todo (santo) dia.
É difícil assimilar a perda, Papai Noel. Se não formos desbloqueados só nos restará o divã. O pensamento do deputado clarividente Clarikennedy Nunes é inspirador. É um exemplo da mais esmerada filosofia, expressa em apenas 140 caracteres.
Ok... ele atropela a língua portuguesa repetidas vezes. Mas isso é parte de uma inteligentíssima estratégia de comunicação: os ataques à língua-mater são uma forma de ficar mais parecido com os eleitores comuns, pessoas que também erram.
É deprimente ficar sem ler - em primeira mão - aqueles twitts cheios de coragem, ousadia e ímpeto inovador. As palavras do deputado dão a esperança de que, quando estiver na prefeitura (sim, porque é apenas uma questão de tempo), finalmente teremos lá um homem que vai por, ao serviço da cidade, toda a sua vasta experiência profissional – testada nos longos anos de trabalho fora da política.
Se não formos desbloqueados, Papai Noel, onde iremos buscar o alento necessário para acreditar num futuro melhor para Joinville? Queremos acompanhar cada passo até a chegada à Prefeitura. Porque então, como temos lido, todos os problemas serão resolvidos num ápice. Temos a certeza de que ele será incansável. E só descansará ao sétimo dia.
Será que ele não gosta de nós, Papai Noel? Será que levou a mal o texto do Charles Henrique? Aquele post a dizer que os deputados joinvilenses recebiam a bagatela de R$ 670 de diária para “visitar” Joinville? Ou terá sido outro texto feito com base nos seus twitts? Aquele a mostrar que talvez a história das diárias tivesse pontas soltas? Nada disso, Papai Noel.
Só pode ser um mal-entendido. O deputado que nos livrou da presença de Hugo Chávez em Santa Catarina (num dos seus mais indômitos atos como político) só pode ser um democrata que sabe conviver com todas as opiniões. Temos a certeza de que tudo não passa de um engano e a culpa é do Twitter. Damn you, Jack Dorsey!
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Frágil versus ágil
Sabe aqueles produtos que você compra e a caixa tem a inscrição “frágil”? Mas talvez o conceito de fragilidade possa levantar algumas dúvidas, como podemos ver nesta entrega de um monitor. E o dono do aparelho estava em casa. Mas, aqui entre nós, talvez em vez de “frágil” o entregador tenha lido apenas “ágil”. E ágil ele foi, sem qualquer dúvida.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Não tem jeito
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Vocação esportiva e a Arena Joinville
Foi anunciada nessa semana a possível ampliação da Arena Joinville. Essa que foi a grande obra eleitoreira de Tebaldi, pode ser um belo reforço na campanha de reeleição de Carlito. E, sem querer misturar as coisas (cada área e projeto tem a sua verba), fico indignado com a felicidade que dá nesse povo cada vez que se fala nesse estádio.
Fico indignado porque não vejo ninguém brigando por uma pista de atletismo adequada, por mais projetos esportivos junto à comunidade, por uma piscina olímpica ou por mais estrutura para os nossos atletas. Não quero também criticar o trabalho da Felej, pois considero um trabalho bem feito e que, na medida do possível, tem atuado em todas as áreas do esporte. Ressalto que essa é uma visão de fora, superficial. Enfim, quero apenas dizer que a cidade tem potencial para ser uma potência esportiva do país, que tem vocação para o esporte, mas que para isso também precisa contar com o apoio das pessoas que atualmente se contentam com a ampliação da Arena Joinville.
Joinville é uma cidade com vocação para o esporte e 2011 foi um ano que, apesar de alguns resultados ruins, mostra a força esportiva da cidade. Quais cidades no Brasil podem se orgulhar de ter um time na forte série B do campeonato brasileiro, um time de basquete no campeonato nacional, um time de futebol americano disputando o nacional, um time de futsal campeão da taça Brasil, uma promessa olímpica como a Tamiris de Liz e outros tantos atletas que são referências nacionais e estaduais em diversas modalidades, como o caratê, a natação e outras tantas. E, claro, isso é apenas uma visão superficial da coisa, de quem nem é muito ligado em esportes.
Muitas vezes não reconhecemos a qualidade da cidade neste âmbito, mas é inegável a grandeza esportiva de Joinville. Preferimos reclamar de resultados ruins, como as quedas do JEC, a má campanha da Krona, principalmente neste ano, o fechamento do time de vôlei da Tigre. Claro que há coisas ruins, mas o esporte é cheio de altos e baixos mesmo, e a consistência e a insistência são fatores determinantes. O time de basquete de Joinville, por exemplo, deu um susto na cidade este ano. Parecia que ia fechar, e quando chegou o início do NBB, parecia que não iria pra frente. Hoje, no entanto, está sendo formado um time forte, bem treinado pelo José Neto e com reforços importantes. O futsal da Krona é outro exemplo. Depois de uma campanha muito ruim na Liga, com um bom time, poderia ter abandonado o barco, mas pelo que se vê está montando uma seleção para ganhar tudo em 2012. Se vai ganhar alguma coisa, são outros quinhentos.
Em qual das duas imagens está a nossa maior riqueza esportiva?
Virei um porco capitalista
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Pimenta nos olhos dos outros...
As imagens já são do mês passado, mas mesmo assim vale a pena recordar o tratamento que a polícia deu aos manifestantes na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Os protestantes, que instalaram 25 barracas no campus, não mostraram qualquer resistência à ação da polícia. Mas mesmo assim o tratamento foi o que se vê no filme: os policiais atacaram com gás pimenta sem dó nem piedade. É claro que houve uma onda de indignação por todo o país.
O 2011 de nossos representantes
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Coreanos choram a morte de Kim Jong Il
O generalíssimo Kim Jong Il bateu o coturno. E parece que os norte-coreanos vão aproveitar a morte do Querido Líder para bater o recorde do mais histérico e mais ruidoso choro coletivo da história da humanidade. As imagens impressionam, o som chateia. Agora só resta saber se é mesmo choro pelo pesar ou se são lágrimas de crocodilo.
Santos 0 x 4 Barça
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O Barcelona tratou o Santos como trata a maioria dos seus adversários. Ou seja, deu uma aula de futebol. Mas o jogo de ontem pôs frente a frente duas realidades muito distintas. E as comparações não podem ficar restritas ao que aconteceu no relvado do Nissan Stadium. Foi, antes de tudo, um confronto cultural.
Para começar, o torneio é encarado de forma diferente nos dois continentes. Yokohama parecia ser o único objetivo para o Santos, ao ponto de a equipe não dedicar atenção suficiente ao campeonatos que disputou. E mesmo jogadores que poderiam estar a fazer carreira na Europa, desde o início das ligas, decidiram ficar no Brasil apenas por causa desse jogo.
Os times europeus não dão importância a esse torneio. É claro que os torcedores comemoraram (afinal, é um título mundial), mas a ida ao Japão obrigou a equipe a se desligar das competições que realmente importam: a liga espanhola e a Champions. É só ver as audiências das televisões para perceber que esse campeonato não é um produto apetecível na Europa.
Sobre o que aconteceu em campo, foi o jogador Puyol quem, no fim do jogo, deu a melhor definição, ao dizer que o Santos joga numa liga mais lenta. E ao falar em “liga”, está a falar do futebol brasileiro como um todo. O fato é que o melhor time brasileiro não teria grandes chances ao disputar qualquer uma das cinco melhores ligas europeias.
Na prática isso explica por que os técnicos brasileiros não tem mercado na Europa. E até os jogadores, mesmo os craques, precisam de passar por um período de adaptação quando mudam para clubes europeus. Aliás, se uma crítica pode ser feita a Muricy Ramalho é o fato de ele não ter iniciado o jogo com Elano, jogador com experiência na Europa.
E por falar no técnico santista, a imprensa europeia destaca hoje uma análise sua, quando diz que o Barca joga num esquema tático 3-7-0. “No Brasil seria um absurdo, viraria caso de polícia e mandariam prender o técnico. Temos o costume no Brasil de que o número de atacantes indica ofensividade, mas o Barcelona prova que é possível jogar bem e fazer gol sem nenhum atacante. Quem sabe aos poucos a gente não comece a aceitar isso no futebol brasileiro também”, disse Muricy Ramalho.
Certíssimo. Os brasileiros vivem com o mito de que o Brasil é o país do futebol. Mas produzir craques não é tudo. O fato é que existe uma indústria do futebol. E, assim como em outros setores da economia, o Brasil precisa deixar de ser fornecedor de mão-de-obra (ou, neste caso, pé-de-obra) barata e tentar ganhar competitividade. Isso exige uma reorganização, um modernização e uma mudança de mentalidades.
José António Baço é torcedor do Santos
Barça 4 x 0 Santos
sábado, 17 de dezembro de 2011
Defensoria Dativa x Defensoria Pública
Uma alternativa para Joinville?
Para muitas pessoas a chuva é sempre sinal de problemas. Mas para outras uma enchente pode ser a oportunidade de experimentar algo completamente novo. É o que mostra este filme: há pessoas que mostram criatividade até baixo de chuva.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Aumento pode? (lá no P.S.)
POR FELIPE SILVEIRA
Ontem acompanhei o show de horror, digo, a última sessão da Câmara de Vereadores. Pra não dizer que só falei mal, um elogio: foi hilário. Ok, isso não é novidade, todo mundo diz. Mas quero destacar um ponto, quando o Bisoni disse que o Bento gosta de aparecer.
Lá pelas tantas, na discussão sobre a criação do Fundo de Proteção Civil, o vereador disse que a Prefeitura deveria indenizar as famílias construíram terrenos em loteamentos permitidos pela Prefeitura. Aí o Bento, líder do governo, ficou puto e pediu a palavra. A revolta se devia ao fato de o Bisoni fazer parte da gestões PMDB-PSDB, que, segundo ele, teriam aprovados inúmeros lotes em condição de alagamento. Assim, o Bisoni não teria moral para sugerir algo desse tipo (e eu, particularmente, acho que não tem o menor cabimento mesmo).
Na volta da fala do Bisoni, ele solta essa: "O Bento gosta de aparecer, mas só quando tem gente. Vem até de vermelho pra aparecer". Depois disso só dava pra ouvir o Bento reclamando, mesmo com o microfone fechado, da fala do Bisoni. Sob protestos Bisoni justificava. “É brincadeira, é brincadeira. Mas é verdade”.
Enfim, vocês tinham que ter visto. É uma pérola atrás da outra.
No entanto, o que eu quero dizer com isso, é que o que deixa a desejar na Câmara é a falta de qualidade dos nossos vereadores. É um absurdo, gente, que certas figuras sejam eleitas. O Bisoni, coitado, já deu o que tinha que dar. Ele é uma figura carismática, engraçada, mas isso não pode garantir uma eleição, muito menos as quatro que ele tem.
A Câmara é um lugar para o debate de ideias que resultem em ações para melhorar a vida do cidadão e a cidade. Hoje ela é um festival de remendos, no qual cada um puxa uma sardinha para o seu lado. É difícil encontrar um argumento que preste sobre qualquer discussão que se tenha nessa casa.
No entanto, essa discussão é fundamental para a democracia e ela vai acontecer. Ela só acontece nesse nível por causa das nossas escolhas tortas, por causa do nosso descrédito no sistema democrático (se fosse for anarquista, posição que respeito e admiro, o descrédito tem razão de ser).
Esse descrédito que só aumenta com a ideia “de que político é tudo vagabundo mesmo”, com a ideia de que ter menos vereador é melhor do que mais, com a ideia que política não vale a pena, e, principalmente, que as discussões não devem “partir para o campo ideológico”.
Enfim, fica o meu apelo para que elevemos a qualidade da Câmara da próxima eleição, para votarmos em gente inteligente, que debate, que tem idéias, que tem ideologia, que quer o melhor não só para a cidade, mas para as pessoas.
P.S.: Ontem, aos 45 minutos do segundo tempo, na última sessão ordinária do ano, os vereadores aumentaram o próprio salário. Quer dizer que não pode aumentar o gasto com mais vereadores, mas aumento de salário pode?
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Quer protestar? Tire a roupa...
POR ET BARTHES
Sempre que há um protesto do movimento feminista ucraniano Femen, uma coisa é certa: vamos ter seios à mostra. Há alguns dias as moças foram até Moscou para protestar contra os resultados das eleições na Rússia, que elegeram Putin e levantaram muitas questões da oposição. E como lá por aquelas bandas está um frio danado, os barbados da polícia trataram logo de cobrir as moças... que espernearam.
Arborização urbana ou comédia de erros?
No caso de Joinville, em algumas ruas a fiação elétrica, que é aérea, está em um ou outro lado e é preciso prestar atenção. Os técnicos municipais determinaram que, no lado que não tem fiação elétrica, se plantem árvores maiores e no lado com fiação elétrica se opte por árvores menores. Parece simples.
A prefeitura escolheu uma lista de árvores adequadas para arborização urbana e se estabeleceu que devem ser nativas. Definido, árvores de porte maior de um lado e as de porte menor do outro, aonde tem fiação elétrica, que é facilmente visível, até porque há postes de concreto que ajudam a identificar qual é cada lado.
Então vamos lá. Na avenida Marques de Olinda a prefeitura optou por plantar Canelinha e Magnólia Amarela, árvores de porte, de um lado, e Murta, que é um arbusto de pequeno porte, no outro.
Aparentemente tudo resolvido? Não. Tanto a Magnolia Amarela (Michelia campacha) como a Murta (Murraya paniculata) são plantas exóticas. Originárias da Ásia, vizinhas das figueiras da Beira-Rio, pelo que não é difícil imaginar que no futuro próximo grupos de puristas proponham também o seu corte e a sua troca por outras árvores nativas. É este o problema mais grave? Claro que não. Os vizinhos estão esperando que a Celesc venha trocar os postes e a fiação de lado, porque as árvores de porte maior foram plantadas em baixo da fiação e as menores no outro lado da rua. Como os técnicos da prefeitura não cometem erros, ou tem dificuldade em reconhecê-los quando esta eventualidade acontece, devem ser os da Celesc os que erraram ao colocar a fiação do lado errado faz uns quinze anos.
Faz muito bem a prefeitura em se sentir injustamente criticada, porque nesta administração não se fazem as coisas como eram feitas no passado. Agora são bem feitas. A população que é excessivamente critica e exige uma perfeição inatingível