POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
É muito positivo que o governo do Estado crie missões para contatos com outros governos ou empresas no exterior. Os tempos são de globalização e, quanto maior for a integração econômica, melhor será o desempenho. Portanto, pontos para o governo Raimundo Colombo ao promover uma visita a Portugal. Aliás, acho que se der certo, essa aproximação pode ser muito frutífera.
- Mas fica a pergunta. O que fazia o radialista Toninho Neves na comitiva? Seria alguma espécie de especialista em assuntos internacionais indispensável às negociações?
Também é recomendável que o governo estadual envie os seus líderes máximos para esses contatos no exterior. Faz todo sentido que a missão catarinense tenha sido comandada pelo vice-governador Eduardo Pinho Moreira. E foi uma boa escolha a visita à JP Sá Couto, uma empresa de tecnologia que, a investir em Santa Catarina, poderá contribuir com um relevante aporte tecnológico para o Estado.
- Mas fica a pergunta. O que fazia o radialista Toninho Neves na comitiva? Seria alguma espécie de especialista em comércio exterior indispensável às negociações?
Também merece elogios a presença do secretário Marco Tebaldi. Para quem não sabe, a JP Sá Couto produz computadores a preços muito reduzidos. O Magalhães, nome do portátil fabricado pela empresa, foi usado em Portugal no programa de inclusão digital realizado nas escolas. Todas as crianças tinham acesso ao seu aparelho, às vezes gratuito ou então em condições especiais. Se aplicado um plano parecido em Santa Catarina, o sistema educacional só tem a ganhar.
- Mas fica a pergunta. O que fazia o radialista Toninho Neves na comitiva? Seria alguma espécie de especialista em inclusão digital indispensável às negociações?
Ora, não acredito que governo, que fez tudo certo e de forma irrepreensível, deixasse cair essa nódoa no pano. Levar os amigalhaços a passear no exterior é coisa de outros tempos. Já não se usa. Aliás, por mais que procure explicações, não encontraria motivos para a missão catarinense incluir o tal radialista. Porque em termos práticos a sua presença parece tão útil como uma banda de rock numa biblioteca.
Claro, se a viagem fosse bancada pelo governo não haveria ilegalidade. Apenas seria um dispêndio desnecessário em termos de racionalidade econômica e de aproveitamento de recursos humanos. Se é para gastar o dinheiro dos impostos, que seja com alguém que ofereça algum mais-valor às operações.
É improvável que o meio onde trabalha o tal radialista tenha arcado com todas as despesas da viagem. Mas pode acontecer. Se foi esse o caso, fica ainda mais estranho. Porque iria um radialista gastar do seu próprio dinheiro para acompanhar os governantes?
A Venezuela tem comprado bastante desse magalhães
ResponderExcluirMeu caro Ivan.
ResponderExcluirMilhões de computadores. O fato é que ninguém gosta de ser visto ao lado do Chávez. A não ser quando é para vender alguma coisa. Aliás, é um caso paradigmático. Todos odiamos Chávez, mas nunca reclamamos do capitalismo autoritário de resultados da China, com quem negociamos de bom grado. Não é estranho?