POR ET BARTHES
Quem disse que a publicidade não produz coisas boas? Este filme é o exemplo de uma história bem contada e que emociona. No espírito das Olimpíadas, as mães que se sacrificam pelo sucesso dos filhos atletas. E a mãe brasileira, uma das personagens, chama a atenção.terça-feira, 31 de julho de 2012
Público e privado
POR JORDI CASTAN
O post do Guilherme, na sexta-feira, despertou
uma enxurrada de comentários de um e outro lado. Curiosamente o seu texto
despertou um novo exército de zumbis - na verdade, um segundo exército de zumbis,
porque o primeiro está acordado e pentelhando desde umas semanas - postando como enlouquecidos, uma repetição ensandecida de mensagens que
insistem em que #joinvilletem.
Mas voltando ao post do
Guilherme, é evidente que quando vários comentários do mesmo teor, utilizando
as mesmas expressões e postados com diferença de poucos minutos chegam ao Chuva
Ácida, é fácil identificar uma articulação de um ou outro interessado em replicar
ou retuitar mensagens a favor de um ou em contra de outro.
O interessante dos comentários é que vários
deles abordaram o tema do que é público e do que é privado e defendem a ideia
que há que saber separar as duas coisas. Este é um tema interessante e que
merece um debate mais profundo. O que é o público e o que é privado? Em que
momento e como separar ou diferenciar um do outro? É ainda mais interessante
este debate, dependendo do papel ou da importância do envolvido ou dos
envolvidos.
Primeiro ponto que
deveria ficar claro é que tudo o que envolve um candidato a prefeito de
Joinville deve ser público. Foi o candidato quem de forma
voluntária decidiu participar da campanha e aspira a ser eleito e governar a
cidade e os seus cidadãos durante os próximos quatro anos. A partir desta
premissa não há duvida, nada pode ser ocultado e tudo precisa ser transparente,
diáfano e deve ser informado aos cidadãos.
Se analisarmos cada um
dos candidatos a partir das informações que já foram divulgadas, os que são de
domínio público e as que surgem dia a dia durante a campanha, os eleitores
terão a oportunidade de votar melhor. Reduzir o risco de
cometer erros e escolher o melhor candidato para governar Joinville.
Um dos candidatos
declara abertamente a sua simpatia com a comunidade GLBT e o faz desde uma posição militante e firme. Ao fazê-lo, sinaliza que, caso
seja eleito, seu governo fará uma gestão mais inclusiva, respeitará as
diferenças. Um caso claro em que o privado influencia o público.
Outro mostra de forma
escancarada o seu patrimônio, evidencia sem remorso que a vida pública lhe fez
bem ao seu patrimônio privado, de novo há uma permeabilidade interessante entre
um e outro. O eleitor atento saberá fazer a leitura
correta do que é melhor para a cidade.
Tem ainda o candidato
que exibe o seu bom fazer como gestor. Os resultados estão aí e os balanços das
empresas são publicados periodicamente. A forma e o modelo
de gestão são também públicos. Numa cidade como Joinville o modelo de gestão de
cada uma das maiores empresas da cidade é um segredo a vozes.
O grupo de zumbis que
invadiu as redes sociais com dezenas de mensagens com a etiqueta #ficacarlito,
#joinvilletem ou #carlito+4 insiste em querer convencer os eleitores, através da exaustão, que agora a coisa engrenou, que ter um candidato honesto é
um enorme diferencial nesta campanha e que a gestão do atual prefeito merece um
voto de confiança. Alguém insistir de forma estulta que a
honestidade do seu candidato é o seu grande diferencial nesta campanha é uma
ofensa ao bom senso. Honestidade não é um diferencial para nenhum candidato. O
diferencial é a desonestidade e neste caso um diferencial negativo. Por outro
lado, a capacidade para arrumar a casa parece mais algo que faria mais sentido
no currículo de uma boa faxineira que no de um candidato a prefeito de uma
cidade com 500.000 habitantes. Levar quase quatro anos para conseguir fazê-lo
mostra ainda pouca produtividade e empenho.
Cantar, gravar vídeos
e fazer da pregação um projeto de vida não tem nada de errado, cada um é livre
de praticar o culto que desejar. A crítica que se pode
fazer, e é pertinente, e se o vídeo este bem produzido, se a música é ruim ou
se será um sucesso. Nada disso me parece importante. Me preocupa sim quando
alguém perde completamente a noção do ridículo, quando não há mais referencia e
parece que tudo vale para alcançar o objetivo. Passo a imaginar alguém com este
perfil chegando à prefeitura.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Ele mudou de ideia...
Lembram daquele texto do Felipe Silveira a dizer que não votava no Tebaldi nem que o adversário fosse Satanás? Pois nada como o tempo para trazer a conciliação entre as pessoas. E eis que o Facebook revela que afinal ele gosta do Tebaldi. Eis a prova...
Respeito é bom...
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Há
por aqui um leitor anônimo (espero que seja apenas um, porque se houver mais já
será uma burricada) que não perde uma oportunidade para me exigir uma
declaração de apoio a Carlito Merss. É uma obsessão do cara. E como eu já estou
de saco cheio das abobrinhas desse energúmeno, hoje vou dedicar dois dedos de
prosa ao assunto.
Sim, de fato há uma coisa que me liga a Carlito Merss: eu respeito o cara. Mais do que isso, eu respeito a sua história. Não vou ficar a filosofar porque a coisa é muito simples. Eu comecei a trabalhar na imprensa diária de Joinville na década de 80 e nem preciso dizer que era um tempo em que a ditadura - já um tanto enfraquecida, vale salientar - ainda dava cartas. Permaneciam as estruturas autoritárias e não era fácil peitar o sistema.
É bom lembrar que nesse tempo ainda funcionava a lógica que vinha do tempo dos dois partidos: o partido do
“sim” e o partido do “sim senhor” (no papel, o bipartidarismo acabou em 1979, mas os partidos de esquerda só foram legalizados mais tarde). Era o autoritarismo a dominar a vida das
pessoas, a impor silêncios. Se na esfera privada as pessoas pensavam em liberdade,
na esfera pública pouca gente se atrevia a questionar, brigar ou correr o risco de ir contra o poder instituído.
O jornalista que quisesse fazer alguma reportagem a envolver temas
políticos, mesmo os mais irrelevantes, ficava sempre numa situação incômoda.
Não havia dois lados a ouvir, porque o contraditório simplesmente não existia. E não vamos esquecer que por muito tempo Santa Catarina foi governada por oligarquias que estendiam o seu poder por toda a malha social. Mas
houve um momento em que surgiu um pessoal de esquerda – Carlito estava entre
eles – que tinha os tomates no lugar. Que enfrentava o autoritarismo e mostrava a
cara.
É certo que a ditadura perdera muito da sua força, mas ainda havia
riscos. Você podia até nem ir preso, mas bastava um simples telefonema de um
poderosão e os caras podiam arruinar a sua vida (o famoso "pedir a cabeça"). Eu próprio sou testemunha de que muitos tiveram prejuízos
pessoais por terem feito oposição ao sistema. Aliás, pode parecer estranho para os
mais jovens, mas houve um tempo em que ter um simples adesivo do Lula no carro
podia provocar problemas no trabalho. Havia ameaças de demissão, trabalhadores
marcados e aquilo que hoje chamamos assédio moral.
O fato é que como jornalista aproveitei para ouvir também a versão
dessas pessoas nas minhas matérias. E como cidadão passei a admirar os caras.
Porque finalmente começava a aparecer na cidade uma geração que
demonstrava ter coragem intelectual e coragem física para mudar a situação. Aliás, vale o comentário: se é difícil ser de esquerda no Brasil, em Santa Catarina é ainda pior. Porque o fato de uma ditadura acabar não implica no fim da lógica do autoritarismo.
Eis as minhas razões, energúmeno anônimo. Mas duvido que você entenda.
Porque parece que a sua noção de militância política é sentar à frente do
computador e escrever meia dúzia de besteiras. E com a covardia do anonimato, claro. Os machos do teclado não gostam das pessoas que demonstram coragem física, dão o corpo ao manifesto e vão à luta.
P.S.: Aproveito para fazer uma pergunta: vocês sabem onde estavam, naqueles tempos, muitos desses caras de uma certa comunicação social que hoje faz da crítica Carlito Merss uma profissão de fé? Eu respondo: ou estavam caladinhos como ratos (fazendo do silêncio uma conivência) ou engajados no processo autoritário e aproveitando as benesses do poder para se ajeitarem na vida.
domingo, 29 de julho de 2012
E as vaginas saem à rua para mostrar o poder
POR ET BARTHES
Eis o que aconteceu. Havia um debate sobre o aborto na Casa dos Representantes, em Michigan. E a deputada Lisa Brown encerrou a sua participação com esta frase: “Finalmente, sr. presidente da mesa, estou lisonjeada por estar tão interessado na minha vagina, mas 'não' quer dizer 'não'".Ora, era uma mulher a criticar os homens que queriam legislar sobre o seu corpo. E sabem o que aconteceu? Ela acabou por ser censurada, proibida de voltar a falar na Casa dos Representantes. A acusação: usou a palavra vagina, que não está de acordo com o decoro parlamentar.
É claro que um absurdo desses não ia passar batido. E a coisa virou uma tremenda manifestação das vaginas em frente ao Capitólio de Michigan, à qual estiveram presentes mulheres, políticos e Eve Ensler, criadora dos famosos “Monólogos da Vagina”.
Aviso aos moralistas: a manifestação está cheia de referências à palavra vagina.
sábado, 28 de julho de 2012
E o espírito olímpico?
POR GABRIELA SCHIEWE
Ontem, sexta-feira, se deu oficialmente início aos 30º Jogos Olímpicos da era moderna, este ano na cidade de Londres.
Os Jogos Olímpicos sempre trazem à tona o tal "espírito olímpico" que, na utopia de Pierre de Coubertin, tinha em mente que todos os atletas que estivessem participando desta congregação mundial em nome do esporte. E que automaticamente se ungiriam dele, voltados apenas ao respeito a todos os participantes, glorificando tão somente a competição e, jamais, se permitindo ao uso de "doping", ato este praticado quando da abertura dos jogos, no momento do juramento por um atleta da delegação do país anfitrião.
O Barão de Coubertin foi um ideologista com uma contribuição maravilhosa. Mas, infelizmente, o que temos visto jogos após jogos não tem relação alguma com esse espírito esportivo. Tanto que a busca desenfreada pela conquista da medalha mais nobre, a de ouro (não a honraria de receber a Medalhe de Pierre de Coubertin, pois trata-se apenas de uma honraria), se faz com a utilização exaustiva, por diversos atletas de inúmeros países, de substâncias proíbidas para atingir sempre a melhor marca, transgredindo as leis do homem, querendo atingir a perfeição, algo que não cabe ao ser humano médio.
O espírito olímpico é tão distorcido que a honraria da Medalha Pierre de Coubertin é dada a aqueles que enfrentam alguma atitude tida como nobre nos jogos e que, quase nunca, está relacionada com a conquista do melhor resultado. Este é galgado pela ganância de ser melhor do que o seu opositor, isso mesmo, assim que se ve os demais atletas, um mero adversário. Um dos recebedores da honraria foi o brasileiro Vanderlei de Lima, em 2004, pois quando liderava a maratona dos Jogos na Grécia, foi atacado por um ex-sacerdote irlandês e, mesmo assim, não desistiu da sua luta, chegando em terceiro lugar.
Claro que somos brindados com atos de heroísmo e brilhantismo, mas estes são isolados, trata-se de exceções. O todo, na verdade, é baseado na disputa direta e por muitas vezes desleal, pois o único interesse é ganhar, ser o melhor e, ainda, se possível, imbatível.
Desde ontem até o dia 12 de agosto de 2012 estaremos ligados nas Olimpíadas, com a participação de 204 Comitês Olímpicos competindo em 39 disciplinas. E salve-se quem puder, quer dizer, vença o melhor e, não esqueçam, o que importa é competir e só!
Boa sorte, Brasil! Nós estamos esperando medalhas...ah, de ouro, por favor!
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Uma ajudinha para a mãe ursa
POR ET BARTHES
Parece estranho o que os caras estão fazendo. Mas depois fica explicado. Muito interessante e era uma boa ação. A mãe ursa agradece.quinta-feira, 26 de julho de 2012
Elegia à mediocridade
POR JORDI CASTAN
Nāo é justo que nos queixemos da falta de bons
candidatos. Os candidatos que aí estāo postos sāo o reflexo da nossa sociedade,
de nós mesmos. Ninguém mais que nós pode ser responsabilizado pelo quadro
atual. A situaçāo deveria nos levar a aceitar a nossa responsabilidade e a
assumir as consequências.Nāo há que esperar alguma mudança significativa no rumo da cidade. Os problemas que Joinville vive vāo além deste ou daquele político, deste ou daquele partido, da cobiça dos especuladores imobiliários, da construçāo de um ou outro binário, da revitalizaçāo deste ou daquele espaço, da preservaçāo da história, da promoçāo da cultura ou de uma educaçāo de qualidade e uma sociedade sadia.
Há que reconhecer: o principal problema de Joinville nāo é a falta de recursos, nem o governo estadual, nem o federal. Seria o momento de admitir, para tentar mudar as coisas, que temos nos convertido numa sociedade medíocre. Ninguém chega a este estágio de uma hora para outra. Tampouco se alcança um nível de mediania como o nosso em três ou quatro anos. A nossa mediocridade é o resultado de um processo longo e constante que começa na escola e chega até à nossa classe dirigente.
Criamos uma cultura da mediocridade. Os mediocres sāo os alunos mais populares da escola, os primeiros a serem promovidos nas organizaçōes. Sāo eles os referenciais de opiniāo, os ícones das nossas instituiçōes, os que vencem as eleiçōes. E votamos neles mesmo sabendo que nāo sāo honestos ou nem sequer têm a competência para ocupar os cargos que postulam. E os elegemos porque eles sāo dos nossos. Estamos tāo acostumados a conviver com a mediocridade que a aceitamos como natural. Ela passou a formar parte da nossa vida.
Vivemos numa sociedade que persegue a criatividade, castiga a diversidade e nāo permite a discordância. Que tem feito da mediocridade a grande aspiraçāo nacional. Uma sociedade constituída por milhares de candidatos a próxima ediçāo do BBB ou cuja máxima aspiração é serem aprovados num concurso público, não para servir mas pela segurança que a estabilidade oferece. Uma sociedade em que os chefes se rodeiam de medíocres para encobrir a sua propria mediocridade. Uma sociedade em que o estudante que estuda e se esforça é ridicularizado e estigmatizado.
Medíocre é uma cidade que tem permitido, apoiado e até celebrado a vitória dos medíocres. Uma cidade que persegue a excelência, a competência e o sucesso que resulta do trabalho e do esforço. Uma Joinville em que viceja a mediania escancarada, agora na pobreza das nossas opçōes de escolha nas próximas eleiçōes. Aonde a melhor opçāo será a de escolher o menos ruim, porque nāo é possível identificar um candidato que seja melhor. E se este candidato existisse, nāo teria a menor oportunidade porque nāo seria o candidato que a maioria identificaria como o seu.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Uau! Parecem dominós
POR ET BARTHES
Uma espantosa demonstração do exército da Bielorrússia. Os sujeitos parecem dominós.JEC fez o dever de casa, já a Krona...
POR GABRIELA SCHIEWE
DEVER DE CASA - O Joinville fez o dever de casa. Num jogo muito equilibrado e com oscilações de ambos os times, ganhou do bom time do América-RN pelo placar suficiente de 1 x 0. Melhor fazer só 1 e ganhar, do que fazer 3 e tomar a virada. O jogo passado dispensa comentários, pois é inadmissível, depois de fazer 3 gols e ter a partida nas mãos, perder o controle e levar 4. O Tricolor, apesar da vitória de ontem, se manteve na 7ª colocação, mas apenas 4 pontos do G-4 e o "Limatador" novamente deixou a sua marca (quem sabe o Lima da uma ajudinha para o ataque da Krona).OLIMPÍADAS - E chegou o grande dia. Hoje o Brasil tem estréia nos Jogos Olímpicos de Londres. A seleção feminina de futebol tem o seu primeiro jogo contra a fraca seleção de Camarões, às 14h45min. A seleção do Mano começa amanhã a sua jornada, às 15h45min contra Egito, seleção que também não deverá impor dificuldades ao Brasil. Pelo menos assim esperamos. O grupo da seleção masculina, em tese, não terá nenhum problema para se classificar para a fase seguinte. Meta esta que já não será tão tranquila para a seleção feminina.
E A KRONA - A Krona mais uma vez jogou bem e, no jogo de ontem, contra o seu carma Florianópolis, merecia a vitória... mas não venceu! É o que sempre digo, de nada adianta jogar bonito se, no final, não ganha a partida. A regra é clara (já diz Arnaldo), só ganha quem fica a frente do placar. E, no caso da Krona, com esse time de estrelas que foi montado, tendo no seu comando o mestre Ferretti, o time tem que jogar bem e vencer. Dever de casa! Com esse empate, não resta outra opção que não seja vencer as duas partidas restantes e, ainda, depender dos seus adversários. Time existe. Agora é ganhar e, infelizmente, esperar!
NO CHUVEIRINHO - E a bola não pode parar, Figueirense não ficou parado e já joga hoje sob o comando DE Hélio dos Anjos. Será que vai? A partida será páreo duro, contra o empolgado colorado que vem de vitória larga e, também, de técnico novo.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Esperava mais do primeiro debate para a prefeitura
POR CHARLES HENRIQUE VOOS
O texto de hoje pretende ser um pouco mais curto que o usual. Esperava ter mais coisas para escrever sobre o primeiro debate eleitoral na BAND SC para a prefeitura de Joinville, mas o nível que assisti me obriga a ser rápido por aqui. A emissora já está com a tradição de abrir os embates, sendo a primeira a reunir os candidatos, mas erra ao fazer o evento em Florianópolis e em uma associação comercial (FIESC). Até entendo os motivos de estrutura, pois é caro fazer um evento desde em Joinville, mas valeria a pena! Sobre o desempenho dos candidatos... bem... haja trabalho para as assessorias de agora em diante! Alguns pitacos sobre o que vi:
Carlito Merss - Se defendeu muito e lançou poucas propostas. Estava visivelmente incomodado com a presença de Clarikennedy Nunes ao seu lado, a ponto de querer fugir quando só sobrava o deputado estadual para fazer perguntas. Em uma das passagens, questionou o mediador: "mas não posso perguntar para o Camasão? Nem para o Udo?" Mesmo assim, com fala tranquila, não se comprometeu demais. Duvido se ele teria comparecido se fosse líder absoluto nas pesquisas.
Clarikennedy Nunes - O candidato enfático de 2004 e 2008 deu lugar a um candidato cínico, com indiretas e as mesmas propostas que compõem a sua plataforma desde a primeira vez em que concorreu. Acusou Carlito de uma agressão verbal, situação que foi ignorada pela comissão organizadora do debate (ou os assessores que não agiram nos bastidores pedindo direito de resposta, etc).
Leonel Camasão - Foi bem. Apresentou as suas propostas, mas em alguns momentos desperdiçou réplicas para leves ataques, principalmente quando questionado sobre o sentimento de mudança de 2008. Como desempenho individual, foi o melhor, apesar da voz travada e vários ataques de tosse ao vivo. Fui informado por pessoas próximas que a saúde dele estava debilitada a semana toda. Fica a dica para a assessoria: o que fica mais frágil em uma campanha é a saúde do candidato, pela extensa agenda e correria. Em uma semana de debate na TV, esse item deveria ter recebido mais atenção.
Marco Tebaldi - Ele estava no debate ou na cama, dormindo? Postura corporal péssima, fala em tom muito baixo, olheiras (maquiagem que nem em seus santinhos era uma boa!) e uma vontade enorme de que tudo acabasse logo. Somado a isto, errou várias questões sobre projetos importantes, como quando citou que iria "ampliar a Caravana da Cultura". Detalhe: a Caravana da Cultura era um projeto com muitas falhas, e encerrado em 2009 pela gestão Carlito.
Udo Dohler - Um senhor de idade, com cabelos brancos, estar vestido com cores claras (apesar de ter gostado da jaqueta, quebrou o clima) só o escondeu mais ainda naquele cenário claro. Pode parecer besteira, mas estas questões de semiótica fazem a diferença. Udo sumiu, assim como a sua fala: usava míseros segundos quando tinha até dois minutos para responder. Estava travado, ao contrário de seu microfone que a cada novo bloco aparecia numa posição diferente. Nunca vi o Udo falar daquele jeito "escondido" enquanto era presidente da ACIJ.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Um cão com duas pernas consegue correr?
POR ET BARTHES
Quando a gente pensa que um cão com apenas duas pernas só pode ser um filme triste, uma coisa mondo cane, eis que o greyhound mostra uma enorme vitalidade. E não para de correr. Para quem gosta de reclamar da vida, eis um exemplo interessante.Quanto vale o seu voto?
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Sabe quanto vale o seu voto, eleitor joinvilense?
A imprensa local divulgou, faz alguns dias, alguns dados interessantes sobre a campanha para a Prefeitura de Joinville: a declaração de bens dos candidatos e o valor que cada um pretende gastar nas eleições. E, logo à partida, chama a atenção a dinheirama que vai rolar na campanha: somando os cinco candidatos, a coisa vai chegar a R$ 13,65 milhões. Já imaginaram, leitor e leitora, o que dava para fazer com essa grana toda? Até obras para a cidade...
A imprensa local divulgou, faz alguns dias, alguns dados interessantes sobre a campanha para a Prefeitura de Joinville: a declaração de bens dos candidatos e o valor que cada um pretende gastar nas eleições. E, logo à partida, chama a atenção a dinheirama que vai rolar na campanha: somando os cinco candidatos, a coisa vai chegar a R$ 13,65 milhões. Já imaginaram, leitor e leitora, o que dava para fazer com essa grana toda? Até obras para a cidade...
Aliás, ao dar uma olhada para os
números, em especial no que se relaciona aos rendimentos, fica a sensação de que o Pinóquio deve ser o contabilista de alguns candidatos. Ou o Mandrake. Não concorda? Ora, é só dar uma olhada naquela coisa chamada "sinais exteriores de riqueza". Mas podemos ficar descansados porque a vida parece correr bem à maioria, uma vez que todos têm um patrimônio no mínimo razoável, à exceção de Leonel Camasão (aliás, jornalista sem dinheiro é pleonasmo).
Tem outro dado interessante. Se formos comparar a declaração de bens de Udo Dohler com a de Marco Tebaldi, por exemplo, fica fácil perceber que a carreira política é muito mais vantajosa que a empresarial. Afinal, ao longo de uma vida de trabalho como empresário, Dohler amealhou R$ 5,9 milhões. E Marco Tebaldi, um funcionário público que virou político, em muito menos tempo conseguiu obter quase metade desse patrimônio.
É uma coisa que leva a pensar, leitor e leitora. Eu, por exemplo, passei a vida toda na iniciativa privada e continuo pobre de marré. Fico aqui a imaginar que talvez devesse seguir o exemplo de Tebaldi e ingressar no serviço público. Parece que é mais fácil fazer o pé de meia. E não é uma crítica. Pelo contrário, é um elogio: talento é talento, temos que respeitar.
Outro dado curioso. Todos os
candidatos, à exceção de Udo Dohler, pretendem gastar mais do que possuem. É óbvio que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, mas não resisto ao raciocínio: será que os caras iriam concorrer se
tivessem que tirar o dinheiro do próprio bolso? Ok... mas isso não vem ao caso,
porque todos sabemos que a grana vem de doações de empresas, de pessoas físicas
ou dos próprios partidos.
Ooopa! Mas também não deixa de despertar curiosidade. Todos sabemos que nem mesmo os loucos
rasgam dinheiro. E se há empresas e pessoas dispostas a largar a grana,
é legítimo que o eleitor pense que em contrapartidas. Afinal, para uma mão lavar a outra é preciso que alguém as molhe. E, no Brasil, investir em rabos
presos sempre foi um negócio lucrativo. Afinal, todos sabemos que a política é a
segunda mais antiga profissão.
No frigir dos ovos, e usando a matemática
simples, você já sabe quanto vale o seu voto: o maior
valor é de R$ 15,4. É pouco, se tivermos em conta os tempos em que a moeda eram as carradas de saibro. Se formos olhar bem com essa grana não
dá nem para tomar umas cervejinhas. Então, o melhor mesmo é votar em consciência. Porque
essa não deve ter preço.
P.S.: a maioria dos candidatos afirma
que os valores são estimativos e que provavelmente os gastos serão menores. Sim,
Pinóquio, a gente acredita.
domingo, 22 de julho de 2012
Autógrafo no traseiro?
POR ET BARTHES
Lá no Equador, a repórter decidiu pedir um autógrafo para o jogador. Só que adivinhem onde... Mas o jogador recusou e saiu apenas com um beijinho.sábado, 21 de julho de 2012
E se os candidatos a prefeito fossem vinhos?
POR ALEXANDRE SETTER
Convidado Alexandre Setter, do blog Veni Vivi Vinho degusta
os candidatos a prefeito de Joinville como se fossem vinhos e nos brinda com
essa obra fictícia de cunho meramente sarcástico. Qualquer semelhança é apenas
mera coincidência decorrente de uma mente embriagada.
E se os candidatos a prefeito fossem vinhos?
Marco Tebaldi
aquele vinho gaúcho barato fabricado no fundo
de quintal, que em algum momento fez sucesso na nossa cidade por ter sido
exaltado por um figurão da vida pública, famoso por enfiar goela abaixo os
rótulos que carrega consigo. Deixou uma turma de fãs fiéis e inebriados, que
volta e meia clama por sua volta nos bares da vida, sem saber (ou querer saber)
que existem vinhos de custo x benefício bem melhores por aí. Carece de
elegância, corpo e consistência. Aroma enjoativo, dizem que no final sempre vai
bem com pizzas, apesar da dor de cabeça ser quase certa no dia seguinte.
Udo Dohler
Proveniente de um terroir nobre da cidade,
essa espécie de riesling tupiniquim é um vinho de muita grife mas limitadíssimo
nas harmonizações mais populares. Investe pesado agora em uma manobra de
marketing para fazer com que o bebedor comum adote-o no dia-a-dia. Sua presença
ainda causa algum frisson em mesas mais nobres. É vinho que, por suas
características naturais, já passou do tempo de ser bebido. Alguns podem
arriscar a consumir mesmo assim, mas não é aconselhável presenteá-lo a enófilos
mais exigentes. Apesar de tudo, é o novo rótulo queridinho do figurão citado
acima, o que lhe garante ainda uma fatia do mercado.
Kennedy Nunes
Ah, o vinho de garrafão. 5 litros de puro sumo
de uvas de segunda, açúcar e alcool. As massas 'pira'! É barato, facinho de
tomar e por isso tem o poder de encantar uma grande parcela dos bebedores. Faz
a alegria nas grandes mesas, onde o pessoal está mais preocupado com a
aparência daquilo que estão bebendo do que propriamente com a qualidade do
conteúdo. Afinal, qualquer vinho em uma taça é mais chique do que cerveja, pelo
menos no visual, não é mesmo? Aí é que mora o perigo desses vinhos de garrafão.
Onde alguns vêem alguma chinfra, eu vejo uma estrutura e corpo rasíssimos. Deve
ser muito bom para se fazer aquele sagu de fim de semana, mas nada mais
elaborado do que isso.
Carlito Merss
O famoso 'vinho da casa'. Não tem lugar onde
você vá hoje em dia que não tentam te empurrar uma taça desse tinto polêmico,
às vezes a jarra inteira. Maturou por tanto tempo, que ao longo dos anos perdeu
muito de seus atributos iniciais, inclusive sua cor rubra desbotou um pouco.
Como todo 'vinho da casa', não se sabe o que está passando no processo de
vinificação e nem como foi engarrafado e distribuído. O que contribui com a
confusão que se formou entre seus primeiros consumidores, que sempre esperaram
que ele evoluísse em um baita vinho, daqueles que dá prazer de servir aos
amigos. Terá mais uma chance de ganhar admiração, mas por enquanto é apenas um
vinho que não mostrou a que veio.
Leonel Camasão
É praticamente um vinho da Romênia. A gente
até sabe que existe, mas não conheci ninguém que tenha degustado um.
Alexandre Setter é publicitário e publica o www.venividivinho.com.br
Um fim de semana intenso no esporte
POR GABRIELA SCHIEWE
KRONA - Garotada da Krona, muito bem dirigida pelo técnico Maneca, conhecido por lapidar grandes atletas, chega a semi-final da Taça Brasil Sub 20. O jogo é hoje, sábado, às 18 horas. Estamos na torcida. Pra cima deles, Krona! SELEÇÃO OLÍMPICA - Também aqui a garotada do Brasil, mas não tão empolgante como o futsal do tricolor joinvilense, realizou seu último amistoso ontem. Brasil venceu, mas não convenceu. Fala aí torcedor, qual a sua aposta para a agora Seleção Olímpica do Mano? Até pouco tempo era tudo misturado, seleção principal, seleção olímpica. Mas nos últimos 3 amistosos, devido à proximidade das Olímpíadas, Mano resolveu (um pouco tarde) definir a Seleção Olímpica. Você acha que o Neymar está "estrelinha" demais? E o Ganso, vai voltar a jogar futebol de verdade ou vai continuar só de resenha?
BRASILEIRÃO - Mercado agitadissimo, jogadores que vão e vêm, técnicos que caem (nada de anormal no nosso futebol), Corinthians destruindo o Flamengo lá no Engenhão, as coisas começam a esquentar. E o Ronaldinho já está bem no jeito mineirinho de ser, quietinho no canto dele, mas deixando a sua marca e ajudando o Atlético se manter na ponta da tabela. E hoje tem estreia internacional: Seedorf irá jogar contra o Grêmio e já numa pedreira, pois estarão disputando vaga direta e ambos vem de boas vitórias. Mas ainda, pra mim, o campeonato não pegou fogo. Acredito que só após as Olimpíadas é que vai incendiar o Brasileirão da Série A.
JEC - O Joinville fez longa viagem pra encarar o CRB e precisa mostrar trabalho fora de casa, arrancar pontos preciosos. E quem será que irá assumir o lugar do Alex que sempre estava deixando a sua marca? Leandro Campos vem deixando a equipe bem ajustada, mas em certos momentos isso não basta, precisa ousar, arriscar mais e avançar o time quando necessário. Partida com início as 16:20 horas, em Maceió/AL.
NO CHUVEIRINHO - Fim de semana acelerado, com F1 na área. Será que Massa vai manter a recuperação da última corrida? Assim esperamos! E no ritmo do Festival de Dança, a Iziane "dançou" e não irá mais participar dos Jogos Olímpicos, sendo cortada da seleção feminina de basquete. Ela só quis ser carinhosa com o amado, que falta de romantismo do técnico. O amor virou ódio! E o Argel, mandando bem lá na capital, hein?! Acho que a brisa marítima não fez bem para o ex-técnico do Joinville.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Psicopata mata 12 (pelo menos) na estreia de Batman
POR ET BARTHES
É o balanço mais recente: 12 pessoas mortas e
50 feridas por tiros por um mascarado, num cinema da cidade Aurora (Colorado),
na pré-estréia do filme "The Dark Knight: The Legend Reborn". A relação
dos norte-americanos com as armas é, realmente, algo incompreensível. As
pessoas continuam a ser massacradas, mas os conservadores insistem na manutenção
das suas armas.
E no palco do mundo, Joinville!
POR GUILHERME GASSENFERTH
Começou antes de ontem o maior festival de dança do mundo!
São milhares de bailarinos, dançarinos, coreógrafos, estudantes, familiares e
apreciadores da arte da dança que se encontram nestes 11 dias de evento no
Centreventos Cau Hansen. Sejam bem-vindos!
Neste ano, o Festival completa 30 anos de uma cidade
orgulhosa de sua realização. Foram diversos visitantes e bailarinos ilustres,
como a primeira vinda da bailarina Ana Botafogo, em 1987, da bailarina Cecília
Kerche, em 1989, e Mikhail Baryshnikov, em 2007, entre tantos outros. Em 1991,
houve a internacionalização efetiva do Festival; em 1998 o Festival ganhou novo
palco, agora no Centreventos Cau Hansen; a criação do Instituto Festival de
Dança de Joinville ocorreu em 1999; e a citação no Guinness Book, o Livro dos
Recordes, em 2005, coroou todo o trabalho, esforço e dedicação com o título de
maior festival de dança do mundo.
Com a profissionalização do Festival, hoje o joinvilense
respira menos o Festival. Mas há cerca de quinze anos, diante da carência de
leitos nos hotéis da cidade, as famílias joinvilenses abriam suas portas para
que os bailarinos e dançarinos pudessem pernoitar. Os jovens da cidade
disputavam a honra de atuar como voluntários no Festival de Dança! As baladas
abriam suas portas gratuitamente para quem tinha um crachá de dançarino ou
bailarino. Mesmo para quem não tinha nenhuma ligação com o Festival ou nem
gostasse de dança, era impossível passar incólume ao maior evento da cidade:
sempre havia um grupo de bailarinos e bailarinas andando pela cidade – quem não
os reconhece pelo jeito de andar?
Toda essa aura e a magia do Festival criaram tamanho orgulho
no joinvilense que a cidade ganhou mais um título: Joinville, a cidade da
dança. Mas será que fazemos jus ao apelido?
SOMOS A CIDADE DA DANÇA?
A instalação em Joinville da Escola do Teatro Bolshoi do Brasil,
uma grande honraria concedida pelos russos à cidade, é uma iniciativa
artística, cultural, educativa e social única! Boa parte dos estudantes é
proveniente de famílias de baixa renda espalhadas por todo o Brasil, o que
confere um status de projeto
inigualável no país! Temos algumas escolas com aulas de ballet, temos a Escola
Municipal de Ballet, os grupos e escolas de dança ligados à Anacã, grupos de
danças folclóricas e iniciativas individuais desta bela arte. Ótimo, sem dúvida
nossa situação é privilegiada. Mas será que isto é tudo?
Por que não há em Joinville uma escola superior de dança?
Somos o único Estado do Sul a não ter um curso superior na área, embora
tenhamos aqui uma vocação reconhecida nacionalmente. Consta que uma reunião foi
feita na Udesc em junho, mas nada de concreto até agora foi anunciado. E se
Joinville não se mexer, o curso vai pra capital também. É plenamente possível
que tenhamos uma universidade da dança! Por que não? Cursos superiores de
dança, coreografia, figurino, cenário, música, com cursos de graduação,
pós-graduação, especializações, cursos rápidos, cursos de verão, eventos,
workshops! Afinal, temos professores qualificados, temos alunos, temos
reconhecimento e temos vocação. É possível, sim!
O Instituto Festival de Dança de Joinville já lançou um
programa excelente, chamado Unidança – Universidade Livre da Dança. A Unidança (http://www.unidanca.com.br) possui alguns cursos à distância na área.
Ainda é muito pouco, mas é muito bom saber que a base está lançada para uma
futura universidade voltada somente a esta manifestação artística. Parabéns ao
Instituto!
Joinville poderia ter também um museu dedicado à dança;
monumentos dedicados à dança; palcos ao ar livre e em empresas e shoppings
ocupados nos outros 355 dias do ano; comércio especializado, numa espécie de Feira
da Sapatilha permanente e ampliada; produtora de material de referência; entre
diversas outras atividades que podem ser desenvolvidas na cidade.
UMA REFERÊNCIA MUNDIAL
E se tudo isso estivesse reunido num só lugar? Poderia ser
construída a Cidade da Dança, o espaço que reuniria a Universidade Livre de
Dança (com cursos técnicos, superiores, de pós-graduação na área), o Museu da
Dança, o Instituto do Festival de Dança, as lojas especializadas, um grande teatro
e outros auditórios menores para recitais e apresentações. Sonho? Sim, e os
sonhos são possíveis! Alie-se o esforço à vontade e o sonho está realizado!
Tal qual é Florença uma referência na escultura; Nova
Orleans e Liverpool na música; Antuérpia em logística; Haia no Direito; Orlando
na diversão; por que não pode ser Joinville, a cidade com mais população dentre
as que citei, uma referência mundial na dança?
Na Cidade dos Príncipes em que Suas Altezas nunca pisaram;
na Cidade das Flores cheia de concreto, asfalto, grama e mato; na Cidade das
Bicicletas dominada pelos carros, ônibus e motos; quem sabe a dança não pode
despontar e fazer Joinville ser internacionalmente reconhecida como a legítima
e verdadeira Cidade da Dança!
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Ainda há heróis...
POR ET BARTHES
Brooklin, Nova Iorque. Uma
menina de sete anos, que conseguiu abrir a janela do apartamento, brincava sobre
a unidade externa do aparelho de ar condicionado. Como era fácil adivinhar,
caiu de uma janela do terceiro andar. Mas foi salva por um vizinho. O nome do
herói é Steve St. Bernard, um motorista de ônibus de 52 anos. Vejam as cenas.
Redes sociais e eleições: diga sim ao bom conteúdo e não aos enojados
POR CHARLES HENRIQUE VOOS
Esta é a primeira eleição que estamos convivendo com o uso massivo das redes sociais (Facebook, Twitter e afins) como estratégia eleitoral. A maioria das cidades entrou nesta onda quatro anos após Barack Obama emergir de Illinois para o mundo usando o Twitter. Em 2008 o
Que fique bem claro: fazer campanha eleitoral na rua ou na internet não é repetir a mesma coisa inúmeras vezes, mesmo que a pessoa não tenha vontade de ouvir aquilo novamente. Na internet isto é bem definido como SPAM. O que presenciamos nestes primeiros dias de corrida eleitoral vai mais ou menos nesta linha. Uma enxurrada de tweets e mensagens no Facebook praticamente implorando que tal fato seja aceito ou apenas lido. Este tipo de mensagem não é saudável e não fomenta a democracia.
Por outro lado, as pessoas reclamam de campanha eleitoral em suas contas, postadas por terceiros. E reclamam por reclamar, sem ao menos entender o processo eleitoral, ou, a qualidade do que ali está colocado. Como a maioria das pessoas tem nojo de política, mas adoram usar as redes para entupir de mensagens sem conteúdo, que estampem os “FFFFFFFUUUUUUUUSSSSSS” da vida, este tipo de comportamento é uma agressão a todo movimento democrático. Se a pessoa considera como abusiva a forma do contato do candidato ou do militante, é simples: basta não seguir mais aquela pessoa (mesmo sabendo que, quando a adicionou, ela tinha alguma espécie de envolvimento partidário e algum dia poderia falar sobre isso).
Está certo que a qualidade das mensagens está fraca, com poucas propostas, e muitas vezes (não todas) apelam simplesmente para o número e o nome do candidato. Quase ninguém está usando vídeos, ou outras ferramentas da web 2.0 para cativar a pessoa com vistas ao diálogo (eu usei em 2008 e deu muito resultado... se ficar como dica!). Se por um lado a mensagem é fraca, do outro a consciência de coletividade dá lugar para as individualidades e bizarrices da vida alheia sem receptividade alguma ao debate do que é melhor para nossas vidas. Triste cenário, pois quem perde é a cidade, e depois sempre aparecem os enojados com a política mostrando - nas mesmas imagens que tanto adoram compartilhar - que estão com a impressão de que escolheram o(a) candidato(a) errado(a). Mentecaptos!
quarta-feira, 18 de julho de 2012
A zica que cresce com as crianças
ET BARTHES
Já pensou numa bicicleta que cresce junto com os seus filhos? A marca espanhola Orbea pensou e lançou a linha Grow. À medida que a criança cresce, tem peças adaptáveis que permitem fazer a bicicleta crescer também. Consumo, logo existo
Estamos
na metade de julho e já faz um mês que as lojas começaram as liquidações de
inverno. Para o consumidor, nunca foi tão bom comprar vestuário. É o auge do
inverno e compramos casacos, botas e roupas quentes, tudo pela metade do preço.
A promoção agora é regra. Só paga preço cheio quem quer.
A
lógica é a seguinte: O lojista que não comprar a coleção primavera/verão até o
início do inverno, perde a vez. Após determinado período, o lojista somente
consegue comprar peças para reposição. Assim funciona em todas as estações,
principalmente para as lojas que trabalham com marcas conhecidas. Compra-se a
coleção nova com muita antecedência e consequentemente, vende-se com
antecedência também. Afinal, não dá pra ficar com o estoque estacionado.
Existem contas para pagar e folhas de pagamento vencendo ao final do mês.
E
nessa lógica, o tempo vai correndo. Daqui a pouco é Natal. O Natal sempre foi no
mês de dezembro. Costumávamos entrar no clima de Natal quando montávamos o
pinheirinho, bem no início de dezembro. O tempo do Natal era em Dezembro. Hoje,
em meados de outubro começamos a ver enfeites natalinos nas vitrines e, no
susto, percebemos: Já é Natal! E, com esta percepção, temos uma sensação de encurtamento
de tempo. O ano está acabando... e todas as coisas que queríamos fazer até
dezembro? Não cumprimos grande parte de nossas promessas. Mal demos início a
muitos de nossos projetos, planejados com tanto entusiasmo no Ano Novo. E isso nos
causa um stress danado. Fracassamos.
Será esta uma percepção local?
Perdemos
o referencial de tempo. O inverno é primavera. O verão virou outono. E o Natal,
já está chegando.
Mas,
enfim, o que aconteceu? O comércio anda antecipando as datas? Quem é
responsável por nos fazer sentir impotentes perante o tempo?
Einstein
demonstrou, que a percepção do tempo depende do ponto de vista do observador.
Outros
dizem que é a tal Ressonância de Schumann. E que a percepção de que tudo está
passando mais rápido não é ilusória, mas, que devido a aceleração geral, o dia
não teria mais 24 horas e sim 16. Loucura, loucura...
Mais
fácil porém, é crer que somos responsáveis pela correria toda. Vivemos tão
acelerados que não vemos o tempo passar. O comércio? Só nos acompanha, pois é
um sistema vivo, interativo, e reflete a aceleração geral. Afinal, consumir, é quase um imperativo. Nem
prestamos mais a atenção no que estamos adquirindo, estamos em constante
déficit de atenção, por excesso de informação.
A
saída? O consumo consciente. O entendimento de que o poder de escolha do consumidor
influencia toda a cadeia de produção industrial, a preocupação com os recursos
naturais, se na confecção do produto adquirido teve trabalho infantil, ou uso
de agrotóxicos, faz com que consigamos compreender as consequências que o comportamento de compra nos traz. E a
falta de tempo que o consumo predatório nos gera. Afinal, já dizia
Saramago: “Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”.
Chuva de gols na Arena
DE LAVADA - O que faltou no jogo contra o São Caetano, no sábado, sobrou ontem à noite na Arena: o Tricolor goleou o Ipatinga por 6 x 0. Mesmo com o gramado castigado pela chuva que caiu torrencialmente durante todo o dia em Joinville, o JEC desde o início impôs o seu jogo, não permitindo que o Ipatinga, estreando novo técnico, demonstrasse alguma qualidade de jogo.
Com jogadas rápidas e eficientes (coisa que faltou no primeiro tempo contra o São Caetano, quando o JEC conseguiu impor o seu ritmo de jogo apenas no tempo final da partida), utilizando muito bem os seus laterais e aproveitando as bolas paradas, que se tornam muito perigosas com o campo e bola molhados, o gol surgiu cedo. Aos 5 do primeiro tempo, Lima, após uma longa temporada sem marcar, faz o primeiro, vindo depois a marcar mais dois: um de pênalti, sofrido pelo Alex, e o terceiro num cruzamento da esquerda, lance em que pegou na veia e marcou um belíssimo gol. Os outros três foram marcados por Leandro Carvalho aos 8 e por Alex aos 38 (ele fez o seu último jogo pelo Joinville, onde desenvolveu um bom trabalho), todos no primeiro tempo.
No segundo tempo ainda teve mais um gol, em jogada individual do Adailton, muito bem trabalhada pelo lado esquerdo do Tricolor: ele chutou colocado no canto esquerdo do goleiro, finalizando essa "chuva" de gols nessa noite "estrelada" em Joinville.
No jogo de ontem, diferente do anterior, o Tricolor foi beneficiado com um pênalti inexistente, mas também nem era preciso. Nem sempre é assim. No jogo em São Caetano, o JEC foi "garfado" com um pênalti que não existiu, além de ter vários impedimentos marcados em lances legais nos quais o ataque joinvilense estava em condições de marcar.
Mais uma vez em casa e, debaixo de muita água, o Joinville desempenhou muito bem o seu papel. Agora é trabalhar forte para realizar esse bom jogo fora de casa e conquistar pontos importantes para subir na tabela de classificação.
FUTSAL - A Krona foi até Niterói e protagonizou, com o Botafogo, uma partida de alto nível, apesar do 0 x 0. Tiago trabalhou muito bem no gol. Agora só é preciso calibrar os lançamentos de longa distância. Na Taça Brasil Sub 20, a Krona venceu na estréia o Afagu/Russas pelo placar de 4 x 2 e volta a jogar hoje contra o Vasco da Gama.
terça-feira, 17 de julho de 2012
E por falar no Museu da Chuva...
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
No seu texto de domingo, o Guilherme Gassenferth relembrou o Museu da Chuva. Se você acha que a ideia meio maluca, então é legal dar uma olhada (ou melhor, mergulhada) no Museo Subacuático de Arte, perto de Cancún, no México. Tabuísmo para a pequepê!
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Você acha a linguagem dos blogs exagerada? Que a liberdade é muita e o
pessoal abusa nos palavrões? Pois é... o texto de hoje não é diferente. Traz
palavras "horríveis" e por isso só pode ser publicado num blog, onde
a linguagem é mais livre – a até libertina. Vou falar sobre o tabuísmo.
O quê? Tabuísmo? Sabe o que é isso? Não, nada a ver com tábuas. É a
expressão usada para falar dos tabus na língua. Ou seja, aquelas palavras ou
expressões que, por causa do moralismo das sociedades, acabam sendo
consideradas grosseiras, obscenas e ofensivas. Em suma, tornam-se palavrões sem
o ser.
OLHA O DICIONÁRIO – Se fosse numa universidade eu seria obrigado
a escrever ou falar palavrões para discutir a questão do tabuísmo. Mas este é um texto
que não pode, por exemplo, ser publicado num jornal, porque temos que
considerar os leitores que se sentem ofendidos. De qualquer forma, para que não
me acusem de ser besteirento, vou reproduzir a definição que está
no Dicionário Houaiss.
- Tabuísmo: palavra, locução ou acepção tabus, considerados chulas,
grosseiras ou ofensivas demais na maioria dos contextos [São os chamados
palavrões e afins e referem-se geralmente ao metabolismo (cagar, mijar, merda),
aos órgãos e funções sexuais (caralho, pica, boceta, vulva, colhão, cona,
foder, pívia, crica, pachoucho etc.), incluem ainda disfemismos pesados como
puta, veado, cabrão, paneleiro, expressões tabuizadas (puta que pariu) etc.].
Oooopa! Não fui eu quem escreveu isso. Foi publicado no dicionário. Se
está publicado, então é público. Se está no dicionário, então é legítimo.
Aliás, a descrição do dicionário traz algumas palavras que nada dizem para um
brasileiro (cona, por exemplo) ou que têm um significado inocente para um
português (boceta, que é caixa). E as duas palavras falam da mesma parte da
anatomia feminina.
TRÊS PONTINHOS - O tabuísmo torna ridículos alguns textos dos jornais.
Porque obriga a inventar truques idiotas. Alguém se lembrou de usar os três
pontinhos como uma espécie de hábeas corpus das palavras. Então, os textos dos
jornais acabam cheios de expressões como “m...”, “b...eta”, “c...alho”. Ou
abreviaturas, como “cdf”. E o que dizer de contenções linguísticas como caraca
(no Brasil) ou caraças (em Portugal)? Ou expressões como “vai para a pequepê”?
Ora, o que torna uma palavra ofensiva? É a sua cabeça, leitor e leitora.
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