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segunda-feira, 9 de maio de 2016

É de pequeno...

POR ET BARTHES

As artes marciais produzem efeitos benéficos sobre as crianças, mesmo nas mais novas. Mas também proporcionam alguns momentos interessantes, como a técnica e a perseverança do pequeno taekwondista para quebrar a tábua.



quinta-feira, 6 de março de 2014

Por um país SEM publicidade infantil



POR FERNANDA M. POMPERMAIER

Ser pai ou mãe é fazer difíceis escolhas, todos os dias.
Mas, digamos que algumas dessas escolhas podem ser mais facilmente tomadas quando boa parte da sociedade tende para o mesmo sentido. Um exemplo: publicidade infantil.

Sempre detestei propaganda direcionada ao público infantil. Acho sujo, desonesto, inapropriado, para dizer pouco. No Brasil a propaganda é pesada, todos sabemos. Brinquedos, alimentos, roupas de cama, sucos, acessórios... todo tipo de baboseira desnecessária. E mesmo que os pais se esforcem e paguem tv por assinatura, muitos canais infantis também tem propaganda. Direcionada à um público, diga-se de passagem, que ainda não tem capacidade de identificar exatamente o que é supérfluo e o que é necessário e que ainda está a desenvolver suas concepções sobre o mundo real  e o da fantasia. Não é uma conversa entre iguais. É uma conversa entre uma poderosa empresa que deseja vender mais e mais e um ser inocente facilmente manipulável.

No supermercado são centenas de produtos licenciados que enchem os olhos das crianças de cores e a barriga de gordura saturada. Turma da mônica, Bob Esponja, princesas, todo mundo empenhado em vender produtos duvidosos com carinhas atraentes.
Produto licenciado também deveria ser proibido.

Os amantes do liberarismo dirão que o mercado se regulamenta e que esse é um problema dos pais. Que quem tem o dever de dosar o tempo de tv, a quantidade de propagandas que a criança assiste ou os produtos que compram são os pais. O que é uma estupidez sem tamanho, que minimiza bastante o problema e o torna até quase impossível de solucionar, tirando totalmente o principal responsável de jogo: o estado.

É dever do estado proteger as crianças. E não expor crianças à propagandas é protegê-las.

Na Suécia anúncios televisivos para crianças abaixo de 12 anos são PROIBIDOS. Simples assim. Não existem. Minha filha não me pede coisas que não precisa, eu não preciso conversar com ela sobre o motivo pelo qual não compraremos uma mochila nova das princesas e tudo fica bem mais fácil, não é?!

A escolha de não criar uma pequena (ou grande) consumista é minha, mas que fica bem mais fácil de colocar em prática na Suécia em comparação ao Brasil, ou à França, ou aos Estados Unidos. Não é um problema só nosso. Mas é um problema que já foi resolvido em alguns países nos quais podemos nos espelhar.

Para proteger as crianças: ZERO publicidade infantil.



sábado, 12 de outubro de 2013

As fotos que você não viu no Dia das Crianças

POR FABIANA A. VIEIRA

Essa semana fomos brindados com imagens antigas nos perfis das redes sociais para comemorar o Dia das Crianças. Muita gente entrou no clima e procurou alguma pose de criança para fazer sua homenagem a uma das fases mais gostosas de nossas vidas. Eu também aderi e postei uma foto dos meus sete anos para relembrar minha primeira série escolar. 

Dando uma zapeada nas fotografias, foi possível constatar que a infância realmente é uma das fases mais doces de nossas vidas e, de fato, trazem boas lembranças. Mesmo para aqueles que não se interessaram por isso nas redes sociais, e outros tantos que torceram o nariz para essa prática, foi inevitável para todos, olhar para trás e ter nas suas memórias, as lembranças de uma infância feliz, onde a regra número um era aprender brincando. Mas isso, claro, aqui no mundo encantado das redes sociais, ou como já mencionou o Felipe em outro texto, "na bolha". 

Infelizmente isso não é realidade para muita gente. Mais precisamente para 3,5 milhões de crianças brasileiras que não tiveram esse direito garantido e, ao invés de bicicletas, cadernos ou bichinhos de estimação, convivem com outros instrumentos na fase que é para ser a mais doce da vida. Para estes, é depositada uma carga de responsabilidade incompatível com seu tamanho. Estou falando do trabalho infantil e os números atuais impressionam. 



Mesmo que tenha caído em um terço nos últimos 12 anos, hoje ainda são 168 milhões de crianças no mundo que tem uma parte de sua vida sequestrada pelas dificuldades da sobrevivência, pela cultura autoritária dos pais ou pela violência da exploração do homem pelo homem. Desse total, segundo a OIT, 85 milhões de crianças convivem com trabalhos perigosos ou degradantes. Falamos aqui em crianças que perdem dedos e olhos no cultivo do sisal ou da cana, que tem pés esmagados por cilindros ao socar o barro na fabricação de tijolos ou, o que é pior, tem a pureza roubada pela mercantilização sexual e pela degradação da prostituição infantil. 

A Conferência Global contra o Trabalho Infantil realizada em Brasília nesta semana reconheceu o exemplo brasileiro de promoção da renda mínima condicionada à frequência escolar e acompanhamento da saúde pública. São crianças que rompem o perverso ciclo da pobreza, da indigência e do abandono, fogem do trabalho forçado nos semáforos, e passam a frequentar com assiduidade e rendimento a escola. É uma criança que passa a ter esperança. 



Sempre se falou que a educação era a saída para a desigualdade. Mas muito pouco se fez. Agora, com o Bolsa Família, com mais de 1 milhão de estudantes no ensino profissionalizante do Pronatec, a construção massiva de creches e escolas infantis pelo país, a valorização do professor e o aumento dos recursos para a educação com o pré-sal, termos grandes oportunidades de reverter o atraso e pagar uma dívida social que precisa ser quitada. 

Grande parte do trabalho infantil está na zona rural, determinado pela compreensão de que as crianças têm que ajudar no sustento das famílias. Na zona urbana é a miséria que produz o trabalho infantil degradante. O tempo do trabalho infantil não volta, a pureza e a ingenuidade das crianças não pode se perder assim, impunemente. Criança tem que brincar, tem que estudar, tem que ter oportunidades para ser uma gente grande melhor que seus pais, cada vez mais preparada para ajudar a sociedade a ser melhor a cada dia. 



A Carta de Brasília, que finalizou o encontro, diz apenas o óbvio, governo e sociedade precisam trabalhar juntos para erradicar o trabalho infantil e garantir a necessária proteção social para assegurar algum futuro para essa população. A educação é, de novo, apontada, como a melhor saída. O compromisso de 140 países de acabar com o trabalho infantil degradante até 2016 só vai acontecer, entretanto, se cada um de nós olharmos bem no fundo do olho pueril de uma criança e, ao mesmo tempo, para nossa própria consciência, e fizermos de cada momento uma oportunidade para fazer diferente. 

Que o Dia das Crianças um dia seja comemorado pelo fato de que todos, absolutamente todos, tenham a condição de lembrar que já foram crianças felizes, alimentadas, saudáveis e bem educadas.

As datas e a idiotice

POR FERNANDA M. POMPERMAIER

O dia das crianças está se aproximando e essa é mais uma data que eu só lembro porque tenho muitos amigos brasileiros no facebook. Assim como dia dos pais, das mães, dos namorados, da secretária, do engenheiro, da árvore, do ônibus, da calçada, enfim,...  a lista segue on and on.... 

A pressão comercial nessas datas na Suécia é tão insignificante que chega a ser desprezível, quase inexistente. Não vejo propagandas, não existem outdoors, não se vê cartazes nas lojas... nada que lembre que alguma data importante para o comércio esteja próxima, durante o ano todo. É claro que isso também faz parte de uma política ferrenha do governo de não permitir propaganda de qualquer forma e em qualquer lugar porque enfim, o capitalismo não venceu no mundo todo. Existe além disso, uma influência cultural forte de não consumir o que não é necessário. 

Nas escolas nenhum cartão para os pais e lógico, nenhum apresentação cultural com esse tema. As pouquíssimas datas comemoradas nos centros de educação infantis estão relacionadas: às mudanças de estações: uma festa no verão, outra no outono, o natal, a páscoa e o dia de Santa Luzia (tradição é tradição, não dá de fugir de tudo). Mas de qualquer maneira, o apelo comercial é muito menor e sou grata por isso.

Sentia que no Brasil, eu passava o ano todo comprando presente pra alguém por alguma data que se aproximava, uma idiotice. Fazemos mesmo um big deal desses momentos afirmando que são uma desculpa para lembrar-se de alguém e fazer algo legal para essa pessoa, quando na verdade isso acaba sendo uma grande encheção de linguiça.

A verdade é que como mãe eu não quero nada de flor, chocolate ou perfume, muito menos um dia por ano para ser lembrada. Eu quero licença maternidade de 1 ano. Quero o direito de acompanhar meu filho ao médico sem encarar cara feia de chefe. Quero salário igual ao de um homem na mesma função. Quero vaga num centro de educação infantil público e de qualidade. Quero o direito de amamentar em público sem nenhum marmanjo com síndrome de punheteiro achar que tô usando a mama para o ofício errado. Resumindo, quero respeito e reconhecimento genuíno, que não dura um dia mas o ano todo e atinge à todas da mesma forma.

O mesmo acontece com a infância. Quem precisa de dia da criança quando em Joinville mesmo existem crianças em condições desumanas de vida? Quando os ceis tem listas de espera quilométricas porque não tem vaga para todos? Quando nossos espaços públicos, de parques a calçadas não acolhem a criança? Nossos espaços não são pensados para a vivência da infância. Em boa parte da cidade é impossível ir à escola de bicicleta ou à pé em segurança. É impossível correr num grande gramado, soltar pipa, conhecer diferentes árvores, dormir nas suas sombras,...... a não ser que seu pai trabalhe numa empresa que ofereça uma boa associação, aí a criança pode ter ALGUM direito. Mas essa prática segrega, oferece à criança uma convivência selecionada e isola uma parte da cidade com a qual ela não terá contato, a não ser que seja obrigada. E isso é viver à margem da realidade. Dá quase de processar a prefeitura por negligência. Por deixar de oportunizar aos seus pequenos moradores experiências verdadeiramente participativas e prazeirosas na cidade.
Sem comentar as  restritas oportunidades que terão os pequenos das periferias que se contentarão com os presentes que ganharem nos programas de fim de ano dos funcionários de empresas, uma hipocrisia.

A mudança cultural começa conosco.
Começa em casa tirando o foco do material e oferecendo outras vivências.
Mas continua com o mais importante: envolvendo-se de verdade nos movimentos sociais que podem definitivamente mudar o destino de crianças, mães e mulheres à longo prazo. Nas associações de moradores, nas decisões da política local, nas lutas por vagas, nas denúncias de maus tratos,... inúmeras são as formas de ajudar e eu sei que muita gente já faz muito, mas sempre é bom engrossar o coro e exigir direitos de verdade. Se nós, mulheres e mães não o fizermos, ninguém fará por nós.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A famosa (e desnecessária) palmada educativa




POR FERNANDA M. POMPERMAIER




Eu vivo num país onde a palmada educativa é crime. 
Crime mesmo, caso de polícia. 
Como professora de educação infantil sou orientada a denunciar se alguma criança me contar: "papaí/mamãe deu um tapa no meu bumbum!". Correndo o risco de ser considerada cúmplice do crime se não denunciar. Isso acontece porque:

1. Para ir de uma palmada para algo mais - até espancamento, não é tão difícil. (Ainda mais considerando o tanto que o povo gosta de beber por essas bandas...)
2. É desnecessário. Verdade. É realmente, realmente, realmente, desnecessário. E lógico, prejudicial ao crescimento psicológico e social da criança. 

Eu trabalhei 6 anos na educação infantil de Joinville e trabalho há um ano no sistema sueco. É lógico que são inúmeros os fatores que determinam as diferenças que eu percebo no dia-a-dia, mas vou arriscar a afirmar que: quanto mais calmo e respeitoso o ambiente, consequentemente mais calmas e respeitosas são as crianças. E aqui tudo é muuuuito mais calmo. As crianças tem liberdade de serem crianças, fazerem coisas de criança, sem stress.

Existem regras, claro. A maioria das famílias tem horários bastante fixos para jantar, tomar banho, organizar a casa, cada um limpar a sua bagunça, etc... essa responsabilidade é esperada e desejada das crianças. E elas fazem porque são convencidas a fazer, tratadas com carinho e respeito pelos adultos. Ninguém obriga as crianças a nada. O ambiente geralmente é de elogio, motivação e colaboração mútua.
Me recordo que no Brasil usávamos muito "não", e tínhamos uma rotina um pouco estressante, para professoras e para crianças. 

Se as crianças são educadas com respeito, elogio e carinho, é isso que elas tem a oferecer também aos outros. Se elas são criadas com violência, e a palmada É uma violência, acabamos legitimando a agressão física como uma forma válida de relação. O que não é verdade. 
Nenhum conflito deve ser resolvido com violência física. 
Se violência física é o que você recebe do seu cuidador, a pessoa que deveria representar segurança, equilíbrio, confiança, isso demonstra claramente para a criança que em alguns momentos podemos sim, partir para a agressão. Dependendo do tamanho da frustração ou da raiva que sentimos.

Conversar - com afeto e fiirmeza.
É possível educar crianças, e o fazê-lo muito bem, diga-se de passagem, sem palmadas. 
A receita?: Amor. Verdade. Parece clichê, mas funciona. Muitas vezes a criança que agride, provoca, faz escândalo, está querendo atenção.
Afeto com regras é a melhor receita para lidar com crianças. Regras e limites são fundamentais, ensinam a viver em sociedade com respeito ao espaço próprio e do outro.  As crianças precisam disso, transmite segurança. Mas essas regras/limites precisam ser explicados com amor. Usando palavras curtas, voz firme, olhando no olho e demonstrando respeito para a compreensão da criança. Sem esquecer de elogiar depois.
Para tanto é necessário que existam momentos de aprendizado e esses acontecem quando se disponibiliza tempo com qualidade, 100% disponível à criança, não um olho no celular e outro nao filho.  É estar com ele por completo naquele momento e oportunizar situações em que a criança se sinta frustrada, perca ou tenha de esperar... são preciosos momentos para educar.

São os pais que estabelecem o limite nas técnicas de correção da criança. Se os pais gritam, a criança sabe que o limite dos pais é o grito e enquanto eles não gritarem ela não vai parar. Se o limite dos pais é "sentar na cama para pensar", o famoso cantinho do pensamento, a criança entende que ali é o extremo e que agora deu. Se os pais batem, toda essa lógica pula adiante e a criança não pára com cantinho do pensamento, nem com gritos, ela continua até apanhar. Cria-se um círculo vicioso. Pense qual o seu limite na educação do seu filho e com isso em mente não se deixe estressar. Por uma relação o mais saudável possível. 

É claro que em se tratando de seres humanos, nenhuma conta é exata, vamos de tentativa e erro.
Mas o caso da palmada é certo, não precisa. Educa-se melhor sem ela.

Foto:link.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A zica que cresce com as crianças

ET BARTHES
Já pensou numa bicicleta que cresce junto com os seus filhos? A marca espanhola Orbea pensou e lançou a linha Grow. À medida que a criança cresce, tem peças adaptáveis que permitem fazer a bicicleta crescer também. 




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Criança fica pendurada no terceiro andar


POR ET BARTHES
Na província de Guangdong, na China, uma criança ficou suspensa no ar, presa pela cabeça, no terceiro andar de um prédio (caiu por uma rachadura na varanda). Enquanto as pessoas no solo arranjam um lençol, um homem do apartamento vai pelo beiral e tenta empurrar a criança de volta para a varanda. Não existem mais imagens, mas há relatos de que o pequeno escapou com vida. Os sons da reportagem é que são meio estranhos.