quinta-feira, 31 de maio de 2012

Quem faz terrorismo neste filme, Gebaili?

POR ET BARTHES
E aproveitando o texto do Jordi Castan, um filme que é um clássico sobre o bom "jornalismo" que se pratica em Joinville. Deve ter mais de cinco anos, mas parece que certas coisas duram para sempre. Verdade seja dita, um dos três até tentou fazer a coisa direito, mas foi atropelado pelos outros dois.



A Joinville que você não vê

POR GUILHERME GASSENFERTH

Com os nove anos de voluntariado pelos bairros de Joinville, passei a perceber algumas realidades que preferiria não ter que conhecer. Com as apologias à grandeza de Joinville e à pujança de sua economia somos forçosamente induzidos a crer que os problemas sociais daqui são mínimos. Isto está bastante afastado da realidade. Como a pobreza é escondida, parece que vivemos na Escandinávia. Mas nossos bairros mais pobres são subsaarianos.

Em Joinville, há 10 aglomerados subnormais, ou seja, favelas. Um aglomerado subnormal é, para o IBGE, “cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa.”

7.198 pessoas vivem em favelas em Joinville. Para uma cidade cujo ex-prefeito venceu uma campanha eleitoral ao governo do Estado afirmando que Joinville não tinha favelas, o número é assustador. Você leitor, sabe onde estão estas favelas? Provavelmente não.

Joinville possuía em setembro do ano passado 4.700 famílias que recebiam o Bolsa Família, benefício que apenas famílias com renda per capita inferior a R$ 70,00 ou com renda inferior a R$ 140 mas com filhos adolescentes têm direito. O leitor aí consegue imaginar como passar o mês com R$ 140? 4.700 famílias não tem a opção de apenas imaginar, elas sabem como é.

Observando os dados do Censo 2010, o IBGE informa que dos 277.453 joinvilenses ocupados na semana em que fez a pesquisa, 11,2% ganhavam salário entre R$ 0,00 e R$ 565,00 mensais, sendo que o total de habitantes ocupados que ganhavam menos de dois salários mínimos batia na casa de 53,27%.

Joinville tem alguns índices que assustam e desafiam o status de cidade com 13º IDH do Brasil. Confiram alguns índices educacionais: 1,77% das nossas crianças entre 7 e 14 anos estão fora da escola. 1.130 crianças que não estudam. Quando se analisa a idade de ensino médio (15 a 17 anos), o índice sobe para 15,71%. São 4.175 jovens fora da escola nesta faixa etária. Todas informações quentinhas, agora de 2010.

A situação precária em que alguns de nossos moradores vivem também é assustadora. 359 residências não tem nenhum tipo de abastecimento de água – poço, captação do rio, nada. 1.224 casas não tinham geladeira! Só 72,7% tinham condições de saneamento consideradas adequadas pelo IBGE. 6.203 casas tinham esgoto a céu aberto! 40% dos domicílios particulares estão em ruas não pavimentadas. Para a cidade mais rica de Santa Catarina, os números e dados são muito vergonhosos.

Trouxe a situação à tona porque os joinvilenses não conhecem a realidade social da cidade. E os miseráveis costumam ser invisíveis na sociedade. É a invisibilidade social. Percebam como há diversos motoristas que quando um pedinte aparece na janela fazem de conta que não há nada ali ao lado. Se uma mosca estivesse ali na janela iriam querer expulsá-la, mas como é apenas um pedinte, nem percebem.

Espero que os leitores esmerem-se para auxiliar esta população (ainda que tão somente no voto) a sair desta realidade. Estas pessoas não são assim porque querem, mas porque a falta de oportunidades lhes deu esta vida, se é que se pode usar algum termo relacionado a "viver" para descrever a situação.

Falar para estes joinvilenses de coisas como educação de qualidade, saúde digna, saneamento e qualidade de vida é como explicar a um ateu sobre Deus. Não apenas não conseguem acreditar que existe como ainda zombam de você. Mas é preciso que juntos os façamos acreditar!

Agradecimento especial à amiga Charlotte Maehl por aceitar meu maluco convite de fazer um passeio pela periferia de Joinville para fotografar num belo sábado ensolarado!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

CÃO TARADO


Melhor desarmar os idiotas 4

ET BARTHES
O que faz uma mulher decidir usar uma arma de elevado calibre? Ou melhor, de qualquer calibre? Parece que a senhora do filme aprendeu uma lição: as armas têm coice.


CÃO TARADO


Gebaili é o cara


POR JORDI CASTAN

Quando Beto Gebaili anunciou a sua provável candidatura à Câmara de Vereadores, duvidei que pudesse ser verdade. Não se trata de saber se Beto Gebaili está à altura da política, mas se a política está à altura de Beto Gebaili. Alguém como ele, que ao longo de anos construiu um capital político de elevadíssimo quilate, deve planejar a sua carreira política com extremo cuidado.

Beto Gebaili tem potencial para chegar muito mais longe. Então, é importante que meça cada um dos seus passos com cuidado e parcimônia. Primeiro precisa fazer a escolha do partido político que melhor se adapte ao seu perfil. Há partidos que torcem o nariz antes de aceitar alguns candidatos. Mas não para Beto Gebaili.


Alguns, ainda que poucos, buscam filiar só gente que seja uma referência para os eleitores e que projete uma imagem de seriedade e moralidade acima da média. Mas escolher o partido político em que o radialista se sinta à vontade para compartilhar o espaço com companheiros do seu mesmo perfil e valores não é uma decisão fácil.

Depois de escolhido o partido e assinada a ficha, convenientemente avalizada por um bom padrinho político, é hora de planejar o futuro, seja para disputar um cargo eletivo ou pleitear um cargo comissionado de primeiro escalão. Já imaginaram como poderia mudar a forma da prefeitura se comunicar com a sociedade, se Beto Gebaili fosse o Secretario de Comunicação? Seria uma verdadeira revolução.

Alguém com uma capacidade de trabalho e potencial como ele deve avaliar muito bem cada uma das alternativas que se apresentam. Com a sua conhecida habilidade dialética, sua capacidade para discursar durante horas a fio e dominando um vocabulário rico e variado, o Legislativo pareceria uma opçäo lógica.

Mas pela capacidade empreendedora, facilidade para os negócios e uma vida de sucesso há quem veja potencial para ser, inclusive, prefeito de Joinville. Os que o conhecem melhor defendem que o Legislativo Municipal é pouco para ele e que não encontrará, neste ambiente, oradores do seu nível. Defendem que a Assembleia Legislativa seria uma meta mais adequada ao seu perfil e capacidade.

Inclusive há os que consideram que, pelo seu perfil e sua experiência, deveria preparar diretamente a conquista de uma vaga no Congresso, como Deputado Federal. Em pouco tempo - com a sua popularidade e inteligência - facilmente seria um dos líderes do partido que escolher e poderia até aspirar a um cargo de ministro ou senador num futuro muito próximo.

Avaliar corretamente e tomar as decisões mais adequadas são as tarefas que tem pela frente nas próximas semanas.

 Sobre seu futuro político e os seus planos ele deu algumas dicas no artigo publicado nesta semana no JDC - Jornal da Cidade. Os eleitores precisam saber.



terça-feira, 29 de maio de 2012

Melhor desarmar os idiotas 3

ET BARTHES
Parece que em algumas culturas, é hábito atirar com revólveres em dia de festa. Neste caso parece que a coisa não correu bem, porque a arma acabou nas mãos de uma criança. E ela acertou o pai. Tem gente a dizer que é montagem. Confira você mesmo.


Post 500


Ao dizer “não”, Clarikennedy caiu na armadilha


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Muitas pessoas já estão atentas para as Eleições 2012, principalmente após os últimos movimentos dos partidos, os quais apimentaram demais o cenário da disputa para a Prefeitura, servindo a todos os interessados uma deliciosa omelete de ovos de ornitorrinco (utilizei-me da análise de ontem do Baço) com salada de comunistas e progressistas para sobremesa. Entretanto, o último fato gerou um grande burburinho nos papos dos bolhas, da periferia joinvilense e dos integrantes do Chuva Ácida: Clarikennedy Nunes (PSD) disse não ao convite do todo poderoso Luiz Henrique da Silveira e rejeitou ser vice de Udo Dohler.

O deputado gritou aos quatro ventos nas redes sociais que tem um projeto de se eleger Prefeito (e é o seu único projeto de vida partidária), mas “esqueceu” de dizer que o seu partido ainda não decidiu nada (todos os partidos decidem seus rumos até o dia 30 de junho), sem contar que ele não possui maioria no diretório municipal do PSD. E mais: o PSD diz amém a tudo que o governador Colombo solicita. Darci de Matos, o outro postulante do PSD, desistiu faz algumas semanas de ser candidato, por dois motivos: 1) é aliado histórico de Marco Tebaldi (o pré-candidato do PSDB) e 2) o PSD (leia-se: Colombo) fará de todo o possível para isolar o tucano, até como continuação da fritura feita desde a época de Secretário da Educação. Creio em um acordo prévio entre Colombo e LHS, levando o PSD para o PMDB.

Considerando tais fatos, Clarikennedy pode estar no meio de um grande fogo amigo e de uma fantasia sem fim. De um lado da mesa está o Governador que fará de tudo para derrubar Tebaldi (e conchavar com LHS), e do outro, Darci, que vai jogar de acordo com as cartas mais altas postas no jogo. Ao dizer não para este convite de LHS, um novo nome pode surgir para atrapalhar os planos do jornalista-deputado. Já pensaram na possibilidade do PSD se juntar ao PMDB com um Patrício Destro de vice? Sobraria a LHS – em mais uma de suas manobras - dar a (in)direta para aquele que rejeitou o convite, isolando-o e jogando-o contra seus companheiros de partido, retomando o controle total da política local.  Ao Colombo, felicidade, pois conseguiria o seu maior objetivo em terras joinvilenses e forçaria uma coligação inexpressiva aos tucanos.

Clarikennedy, ao fazer barulho sobre a sua decisão, pode estar se condenando em 2012. O projeto pessoal de chegar à Prefeitura é muito frágil se elencarmos os atores políticos e seus interesses em comum. Claro que, ainda temos Carlito, Novaes, Camasão, Coelho, Xuxo... e muita coisa pode acontecer até as convenções do fim de junho. Mas, fica o recado: com LHS e Colombo no controle, qualquer outro projeto pessoal de ascendência ao poder é minado.

PS. Uma futurologia boba: Clarikennedy, ao se ver deixado de lado pelo PSD, romperia (assim como fez com o PP) e apoiaria Tebaldi? Veremos!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Melhor desarmar os idiotas 2

POR ET BARTHES
Aí o homem vai sacar o revólver, como se estivesse num duelo. O problema é que a arma era de verdade, a bala era de verdade e a carne era de verdade.


CÃO TARADO

Um ornitorrinco na Prefeitura de Joinville?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Você sabe o que é um ornitorrinco? É aquele bicho esquisito que tem bico de pato mas não é pato. De fato, é apenas um pato construído a partir das ideias de políticos numa aliança. E a política joinvilense corre o risco de ter o seu próprio ornitorrinco nas próximas eleições. Segundo a imprensa, Luiz Henrique convidou Clarikennedy Nunes para ser vice de Udo Dohler. Sério?


É o tipo de aliança que parece tão natural quanto ver porcos a andar de bicicleta. E que levanta algumas perguntas. Será que a coisa sai? Será que Clarikennedy vai abrir mão da sua obsessão pela Prefeitura? E será que Udo Dohler vai querer aparecer junto com ele na fotografia?  Afinal, quem ganha e quem perde com essa costura? Vamos ver...

O principal beneficiado só pode ser o próprio Luiz Henrique. Houve quem tratasse a jogada do senador como ousadia. Nada disso. Parece apenas um velho cacique a caminho do ocaso, tentando mostrar que ainda consegue fazer bater os tambores da pajelança política. Afinal, até as crianças do pré-primário sabem que se Udo Dohler não chegar à Prefeitura, o cacife político de Luiz Henrique sai muitíssimo arranhado.


Clarikennedy Nunes também teria a ganhar, apesar de ter que largar o sonho da Prefeitura. Ao aparecer ao lado de Udo Dohler ganharia tempo de antena, poder de fogo e uma credibilidade que não tem. Afinal, apenas os incautos e as ovelhas do seu rebanho o levam a sério. Ok... mas parece ser muita gente, porque ele conseguiu se eleger deputado estadual e até aparece com alguma expressão nas pesquisas de opinião.


Clarikennedy Nunes é o tipo de político que pode contar cabeças, nunca cérebros. Qualquer pessoa com dois dedos de testa não leva a sério os seus delírios de poder. Mas tem o lado menos ruim: caso a aliança se concretizasse e ganhasse as eleições, ele não teria muito a fazer enquanto vice-prefeito. E a cidade ficaria a salvo da sua estroinice política. Pior se ele fosse prefeito: porque a projeção da sua imagem é a de um macaco numa loja de porcelanas.


Enfim, temos Udo Dohler. E aqui a equação é mais difícil. Porque ele poderia ganhar a Prefeitura, mas o preço é deitar por terra o capital de credibilidade com que chega à política. Qualquer aritmética simples permite ver que a soma dos votos de Udo Dohler e de Clarikennedy Nunes aumenta as hipóteses de ganhar as eleições. Mas até onde Udo Dohler está disposto a ir apenas para chegar ao poder?


Vale relembrar. Udo Dohler aparece como alguém que tem um projeto de governo. Mas se logo na sua primeira eleição começa a trabalhar por um projeto de poder, então desaparece a respeitabilidade que hoje faz diferença na sua candidatura. Todos sabemos que até este momento Udo Dohler tem sido poupado das críticas mais duras. Os seus dois principais adversários - Carlito Merss e Marco Tebaldi - não têm tido vida fácil, enquanto Udo Dohler fica a ver tudo de camarote, com a imagem intacta.


O fato é que se aderir a essa lógica de maningâncias políticas, as coisas mudam de figura. Para começar, há as circunstâncias em que a costura foi anunciada: com o empresário fora, sem tugir nem mugir. É mau para a gestão da sua imagem. Se a articulação foi feita com o empresário em viagem, o leitor pode ficar com a ideia de que ele é um puppet de Luiz Henrique. E a oposição pode começar a bater nessa tecla. Dá um bom (anti)slogan político.


Mas vamos esperar para ver o que acontece. Se você é daqueles que acham a política a segunda mais antiga profissão, o ornitorrinco está aí para provar que talvez seja a hora de rever os seus conceitos.

domingo, 27 de maio de 2012

Melhor desarmar os idiotas 1

POR ET BARTHES
Aí o mané vai para a frente da câmara do computador mostrar que entende de armas, que é fodão. Mas...


sábado, 26 de maio de 2012

Não voto em Carlito porque ele abandonou as suas bandeiras


POR GUSTAVO PEREIRA DA SILVA
Eu não voto em Carlito Merss. A pergunta parece fácil de ser respondida, mas não é. Na década de 90, então aluno da Escola Técnica Tupy, namorei a filha de um ex-funcionário graduado da Fundição Tupy, amigo de Carlito. Quando ele era o assunto nas reuniões de família, a impressão era que se falava de um semideus. Eram só elogios. Carlito era o exemplo. Carlito era disciplinado. Carlito era arrojado. Carlito era o cara.

Não o conheci o santo, mas iniciada a fase universitária no Curso de Engenharia da UDESC, passei a observar pelos jornais os passos do iluminado. Movimento sindical, Câmara de Vereadores, deputado estadual, deputado federal, relator do Orçamento da União. Nunca fui eleitor declarado do Carlito, mas confesso que já admirei e muito sua pessoa. Precisávamos de sangue bom na política e Carlito era o exemplo para muitos como eu - um imigrante que chegou em Joinville com a roupa do corpo e a vontade de trabalhar.

A visão olímpica começou a cair em 2005 quando estourou o escândalo do mensalão. Acostumada a jogar laranjas nos adversários, a agremiação passou a levar laranjadas - e das grossas. Acompanhei pela internet as sessões no Congresso, depoimentos e a desfaçatez dos cardeais envolvidos. A imagem do semideus ruiu quando assisti o então deputado federal Carlito Merss (e a ministra Ideli Salvatti) ser(em) escalado(s) para defender o indefensável escândalo, em sessões no Congresso Nacional.

Foi um desrespeito para nós, eleitores catarinenses. Mas, embalado pelo governo populista do ex-presidente Lula, Carlito Merss chegou ao poder em 2009, com a promessa viva da mudança, que nunca se revelou. Passados quase quatro anos da sua administração, o prefeito ainda não disse a que veio. Detentor do toque de Midas inverso e índices de rejeição nababescos, tornou-se o melhor cabo eleitoral de seus adversários. Nas redes sociais pulula a máxima jocosa que a atual administração não consegue dar uma dentro. Soa injusta a alusão, mas vamos ver...

No primeiro ano de Governo, tivemos o maquiavélico aumento do IPTU, taxando os humildes proprietários de imóveis sem calçada. No segundo e terceiros anos, greve e insatisfação generalizada dos professores e no serviço público como um todo. Problemas na saúde pública. Disputa com os camelôs. Escolas interditadas, obras de esgotamento sanitário que se assemelham à campos de guerra, espalhados pelos quatro cantos de Joinville. A agonizante Rua Timbó. Problemas no IPREVILLE. Avenidas e ruas esburacadas. As flores e canteiros mal cuidados. Museus e bibliotecas fechados. Desabamento de telhados em espaços públicos. Secretarias regionais que não funcionam a contento porque faltam recursos.

Até na formulação das bases da lei de ordenamento do solo urbano o prefeito enfrentou desgastes. Pagou para ver e, por enquanto, perdeu a batalha na Justiça para as nanicas associações de moradores, tendo que admitir, perante a Promotoria de Justiça, que algo não andou bem no Conselho da Cidade.

Em suma, não voto no Carlito, porque o candidato abandonou suas bandeiras, esqueceu suas origens, relevou promessas e compromissos na eleição anterior, cercando-se de néscios inexperientes e desinformados. Enfeitiçado pelo poder, reproduziu modelos políticos de comportamento de seus antecessores, que tanto condenava. O cavalo encilhado passou e a oportunidade ímpar de demonstrar à população suas qualidades, predicados e seu inegável carisma foi-se. Dizem que a unanimidade é burra, mas para este articulista há uma única certeza: nós, joinvilenses, definitivamente, estamos anestesiados, pois os pirulitos de morango travestidos de luminárias espalhados nas ruas e avenidas representam a cereja do bolo, o coroamento desta gestão.

Que venham as eleições.



Gustavo Pereira da Silva é advogado e Presidente da Associação Viva o Bairro Santo Antônio

MELHOR E PIOR - Semana 7


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Band promete demitir repórter

POR ET BARTHES
As redes sociais têm a sua importância. A atuação da repórter nesta matéria gerou uma onda de protestos por todo o Brasil, em especial no Facebook e no Twitter. As condenações foram tantas que a Band prometeu demiti-la. Que sirva de exemplo para esses "jornalistas" que se alimentam da desgraça e ignorância alheia. Em tempo: tem gente que concorda com a moça. É o pessoal do "bandido bom é bandido morto". Ou seja, neste caso é "bandido bom é bandido zoado".



CÃO TARADO x VAMPIROCÃO


Os prêmios do Carlito


POR GUILHERME GASSENFERTH

Sei que este texto vai gerar bastante polêmica... mas acho importante escrevê-lo. É para ajudar a reparar um pouco uma injustiça.

Estou longe de considerar a gestão Carlito Merss como boa. Talvez porque eu seja exigente com quem se diz habilitado para bem governar e na hora H não mostra a que veio. Ele não foi  competente na hora de conseguir maioria na Câmara – quem consegue fazer um bom governo tendo o Legislativo contra? Cercou-se de gente boa mas também de gente ruim. Faltou traquejo para saber tocar a máquina. E tem uma comunicação muito falha, tanto é que mesmo sendo o melhor prefeito dos últimos 15 anos amarga posições desconfortáveis em pesquisas. Provavelmente eu não teria feito melhor que ele – mas eu não me candidatei.

No entanto, considero o Carlito vítima de uma injustiça. Para mim, parece que ele foi alvo de um complô bem organizado por alguns ex-ocupantes da Hermann Lepper, 10, articulado com vários setores da mídia e da política. O ditado que se ouve pelas ruas de que “Carlito nem pra síndico” é tremendamente injusto com ele. Sabemos que há muitos radialistas e “jornalistas” vendidos para políticos joinvilenses, o que torna difícil para alguém que queira fazer com honestidade conseguir sobressair-se. Por isso, resolvi mostrar que a situação não é assim tão ruim. Tanto é que o governo do Carlito ganhou diversos prêmios, sobre os quais falo a seguir.

O primeiro prêmio é prata da casa: Municípios Que Fazem Render Mais, uma iniciativa da ACIJ, mas em parceria com federações de associações comerciais e industriais de SC, PR e RS, além de certificação pela FGV. Este prêmio identificou e reconheceu municípios que foram destaque em 
quesitos como crescimento e uso dos recursos públicos.

Em 2011, o Carlito recebeu o prêmio Prefeito Empreendedor, do SEBRAE/SC, graças às ações desenvolvidas em prol do surgimento e desenvolvimento de micro e pequenas empresas.

A educação foi palco de vários reconhecimentos: Prêmio nacional de Gestão da Educação Infantil (CEI Raio de Sol), Prêmio de Gestor Eficiente da Merenda Escolar (única premiada na categoria Grandes Cidades e Capitais), além das excelentes notas no IDEB. Escolas de Joinville ficaram em primeiro lugar na faixa de cidades entre 400 e 600 mil habitantes, deixando municípios como Londrina e Ribeirão Preto para trás. Em SC, que reconhecidamente possui escolas reconhecidamente de qualidade, seis escolas de Joinville figuravam entre as 10 melhor colocadas. E 14 dentre as 23 melhores escolas do Estado.

Além de prêmios, há realizações. Falando na educação, a notícia quentinha (de ontem) é que o turno intermediário FINALMENTE foi erradicado! A partir de segunda-feira, acaba o famigerado horário que nem LHS nem Tebaldi conseguiram acabar.

Ninguém pode tirar do Carlito o mérito de ter executado as obras (encaminhadas pela gestão anterior, é verdade) do esgoto, o que fez Joinville sair dos incômodos e vergonhosos 14% de esgoto tratado. A atual gestão executou 130km de esgoto, cerca de 25x mais em relação ao governo que antecedeu Carlito.

Foi no governo Carlito que começou o Orçamento Participativo – embora tenha sido descontinuado, eles tiveram a coragem de tentar!

A Expoville está sendo privatizada – o que deverá contribuir muito para a economia e o turismo de eventos de Joinville. Após décadas sem reformas, a Casa da Cultura está sendo bem encaminhada, além da reforma feita no Mercado Municipal (que ficou lindo). E já foram 30 praças e espaços de lazer, a maior parte nos bairros.  E o Carlito deixa à cidade o legado de seu primeiro grande espaço de lazer público, o Parque da Cidade. Não é o ideal, mas no espaço onde foi feito ficou muito bom – já passeei várias vezes por lá.

Esta gestão parece preocupar-se com a qualidade de suas obras. O zelo pode ser visto no asfalto que foi feito nas ruas Aubé, Nove de Março e JK. Aliás, como ficou linda a JK. Eu fui um que criticou mas deu a mão à palmatória após ver o resultado final. Aposto que as obras que o Carlito iniciou e executou não estarão cheias de infiltração e problemas como era o praxe operacional de gestões felizmente passadas.

Foi feita importante obra de drenagem, além da limpeza de valas e rios que fez com que as enchentes em 2010 e 2011 não fossem tão graves. Carlito conseguiu ainda construir e recuperar várias pontes na área rural.

Cito apenas algumas das realizações do governo atual, sem a pretensão de esgotá-las.

Por fim, peço que façam um exercício: se vocês fossem donos de uma empresa e precisassem contratar um gerente, tendo apenas duas opções: um honesto mas que nada sabe de gestão, o outro desonesto e capaz de gerir bem. Quem você escolheria? Sei que é triste a sina que o eleitor joinvilense se encontra, mas o meu voto vai pro primeiro candidato a gerente. Não sabe fazer ainda, mas é honesto.

Penso que o Carlito é como o primeiro gerente. Mesmo que ele não tenha feito uma boa gestão, é preferível optar por alguém honesto mas que está aprendendo do que um tipo malufista que sabidamente rouba mas faz um pouco mais – porém com menos qualidade.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Crocs versus mico

POR ET BARTHES
O que você faria se o seu filho fosse viciado em crocs? Tudo, menos dar uma entrevista para a televisão, claro.





As promessas de campanha e os charlatães


POR JORDI CASTAN


A vida dos políticos é feita de promessas, a maioria sem cumprir. Aqui em Joinville as promessas por cumprir são mais e maiores que as cumpridas e elas formam parte da nossa história desde a época colonial, quando os primeiros colonizadores encontraram nestas terras uma realidade bem diferente da oferecida pelos marqueteiros da Companhia Colonizadora de Hamburgo.

Esta prática não é nova, mas ultimamente tem aumentado de forma vertiginosa. Por citar alguns exemplos recentes. Na "despoluição" do Cachoeira, primeiro foram os R$ 80 milhões que permitiriam a recuperação do rio. Depois o dinheiro nunca apareceu, o rio continuou sujo e ninguém mais lembrou dos milhões.


Na gestão Lula foi apresentado o projeto da construção de um pólder, como resultado da construção de um dique entre a ilha dos Espinheiros e o Morro do Amaral, a proposta que nos converteria na Holanda do Sul. Também caiu no esquecimento.


Depois a promessa foi a instalação do Flot-flux, uma das joias da coroa da gestão do prefeito e engenheiro sanitarista Marco Tebaldi. Foi até instalada uma unidade didática na própria praça Dario Salles. O resultado parecia mais com a feira de ciências do Bom Jesus que com uma alternativa concreta e viável. Até chegou a ser construída uma unidade, que hoje só serve para acumular detritos e lixo que o rio traz.


A construção de uma hidrovia entre São Francisco do Sul e Joinville permitiria oferecer uma nova alternativa de transporte para atender a crescente demanda das duas metrópoles do Norte do Estado. Nunca foi uma realidade econômica viável, apesar do investimento feito a fundo perdido para a dragagem e sinalização da hidrovia com recursos públicos.


Sem precisar remontar à época em que os sambaquianos ocupavam estas costas o projeto da Beira mangue. É outra promessa esquecida. O projeto do teleférico que permitiria o transporte rápido de passageiros entre o Bairro Boa Vista e o Centreventos, se une ao projeto de um túnel por baixo do morro do Boa Vista. Poderíamos citar dezenas de promessas nunca concretizadas e que caem no esquecimento rapidamente, não sem antes haver contribuído para a eleição de um ou outro charlatão.


As promessas da última campanha ainda estão frescas na mente da maioria dos eleitores e foram oportunamente registradas pela imprensa no chamado promessômetro. Uma coleção de promessas que devem repetir-se novamente nos próximos meses e que servirão para iludir um que outro incauto. O ideal seria que o eleitor fique mais esperto e deixe de acreditar nestes discursos e nestas promessas para boi dormir.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

CÃO TARADO x VAMPIROCÃO


Propaganda antecipada?



Leitor do Chuva Ácida pede para mostrar e insiste que é propaganda eleitoral antecipada. Será? O prefeito é citado, mas não há indícios de que seja o autor da mensagem. De qualquer forma, ser for uma peça publicitária é mal feita. Usa um tipo de letra infantil, que passa a ideia de fragilidade e de improviso. Se for propaganda, melhor repensar.



Eu, cidadã, confio


 POR AMANDA WERNER
Em época de eleições todo o cuidado é pouco. O assédio vem de todos os lados. Como conseguir confiar em um candidato depois de tanta frustração política acumulada? Como qualificar o voto? Eis algumas atitudes que me inspiram confiança:

Confio naqueles que desde a tenra idade são sensíveis às causas sociais. Que atuaram na escola como representantes de classe, participaram do Diretório Acadêmico, ou com causas do seu bairro. Confio nas lideranças naturais. Bem mais do que nas fabricadas.

Confio nos que têm vocação para a política. Nos que têm dedicação apaixonada pela causa. E nos que têm senso de responsabilidade e proporção.

Confio nos que tomam partido. Nos que ao serem indagados sobre temas cabeludos, como aborto, pena de morte e eutanásia assumem a sua opinião. Mesmo que a opinião seja contrária à minha. Confio naqueles que não escorregam como sabão. Confio nos candidatos que não procuram agradar a todos, mantém-se firme em suas convicções, mesmo que isso signifique perder alguns votos.

Confio naquele que não faz crítica vazia. Naquele que propõe ideias para resolver a situação, e confio mais ainda naqueles que fazem acontecer.

Confio em quem não fica só a tecer elogios.

Confio em quem não é onipresente. Confio naquele que considera mais importante ficar com a família do que participar de várias feijoadas em um mesmo final de semana, ou marcar presença em cultos religiosos diversos, e confio mais ainda naquele que, como eu, acredita que ter trânsito livre de festas a enterros não é a melhor forma de fazer política.

Confio em quem faz, infinitamente mais, do que em quem fala que vai fazer se for eleito.

Confio no marketing pessoal obtido com realizações e não com o dinheiro.

Confio em quem pensa que se fazer algo pelos idosos é mais do que dançar com eles em bailes de terceira idade.

Confio no político de uma palavra só. Não naquele que tem uma palavra no atacado e outra no varejo. Creio ser a votação secreta a madrinha da corrupção. Confio nos que não defendem os interesses públicos com palavras, e os próprios, com o voto.

Confio nos humildes, e que não costumam se autoproclamar virtuosos.

Nunca voto em alguém que está no poder por mais de dois mandatos. Pois acredito que as raízes criadas pelo poder são as mais difíceis de extirpar.

Pesquiso o comportamento pregresso e valores do candidato.

Confio no candidato que não financia a mídia.

Lembro, que a legislação, tão somente, permite a propaganda eleitoral a partir do dia 06 de julho do ano da eleição.  Entrevistas de rádio ou televisão são permitidas pela lei, mesmo as anteriores à esta data. Nessas entrevistas, os candidatos podem falar de propostas, desde que não peçam votos. 

Reflito apenas,  se, quando ocorre superexposição, esta é por conta da significância das ações do candidato, ou, por causa do seu poder econômico.

Ainda, lembro que  a lei não permite propaganda eleitoral em outdoor. Contudo,  felicitações ao dia das mães, pais, ou ao dia do trabalhador são permitidas. Pois são consideradas  apenas marketing pessoal. Confio, como você poderia imaginar, no candidato que não se utiliza desse meio. 

É caro (e)leitor. O candidato que possui essas qualidades conseguiria facilmente me conquistar. É bem provável que o meu voto vá para alguém assim. Só desconfio de uma coisinha... desconfio que terei dificuldades para encontrar candidato na próxima eleição. Eu devo ser mesmo muito exigente.

terça-feira, 22 de maio de 2012

CÃO TARADO


O palco preferido das bizarrices eleitoreiras


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Estamos acompanhando, mais uma vez, um fato muito comum na história desta cidade: o Centro como palco de alguma intervenção polêmica da Prefeitura, com vistas a ser retumbante até as eleições. A pequena ponte em frente ao Fórum e as imponentes luminárias na Avenida-feita-para-especulação-imobiliária-dos-terrenos-daquele-famoso-empresário são os novos capítulos desta longa novela. Enquanto isso, a periferia da cidade cresce territorialmente e a cada dia fica mais carente da atenção do poder público.

As luminárias podem iluminar blá-blá-blá, ou dar segurança para a turma da bolha caminhar e dizer que é da geração saúde, mas o grande fato consiste em que a gestão Carlito utiliza-se de artimanhas que os seus antecessores também usaram: criar obras pontuais no Cento com eficiências duvidosas, e as utilizando ideologicamente como essenciais para toda a cidade. E como o Centro é a região da cidade com maior visibilidade da mídia e da população em geral, torna-se o palco preferido das bizarrices ou das conspicuidades.

Wittich Freitag alterou o perfil dos passeios do Centro em uma de suas gestões, e na outra inaugurou a nova Prefeitura; Luiz Gomes (aquele que prometeu limpar o Cachoeira) criou um teatro que quase morreu na casca se não fosse LHS se apoderar dele e transformar  na maior ilusão eleitoreira já feita por um prefeito na história dessa cidade (se você ainda não matou a charada, digo que é o Centreventos, aglutinação que assassinou a língua portuguesa e ilude muitos ingênuos, os quais pensam que a cidade é ótima por causa daquilo). Pedro Ivo rasgou o centro para abrir a JK, e Brustlein criou a “companhia de embellezamento” para valorizar as suas terras próximas ao rio Cachoeira. Não foi o suficiente para igualar Carlito aos outros? E a Rua das Palmeiras, aberta para acalmar uma população sofrida e que acreditou na possibilidade de ser comune a uma realeza? E a cobertura de cinza que Tebaldi promoveu nas praças da região central, derrubando árvores, abrindo a Rua do Príncipe e matando a vida do comércio ambulante? E o Flotflux? Agora deu?

O discurso sempre foi o mesmo, pois todos tentaram passar a ideia de que investir no centro era investir na cidade. Ao valorizar o centro, estaria valorizando a cidade. A periferia (termo que teve seu uso proibido durante anos aqui em Joinville) sofre com escolas fechadas, RUAS MAL ILUMINADAS, insegurança, transporte coletivo precário, etc. Tudo jogo. Tudo história pra joinvilense dormir. E o mais delicioso: os críticos de ora, sempre serão os pais das bizarrices de outrora. Por fim, os técnicos que legitimam tudo isso são os de sempre! O ciclo é cíclico, e vice-versa.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Uma pessoa muito zangada (sic)







E já que o tema são as luminárias, eis o exemplo de alguém que não está nadinha contente. Caso não consiga ler, o texto é o seguinte:
"Uma palhaçada que o Sr. Carlito Mers (sic) fez com os postes da cidade de Joinville. Cade (sic) o MP que não vê que é propaganda para o PT? Alguém sabe quanto custou (sic) esses postes?
Essa cor vermelha ficou ridículo (sic) que nem a cara do PT.
Vê se nas próximas eleições votem (sic) no PT de novo!!!!
Curta e compartilhe para uma Joinville melhor.

Em tempo: sic (latim, sik = assim) indica que o texto original é assim, por errado ou estranho que pareça.




Luminárias vermelhas: mais uma tramóia do PT

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Notícia bombástica. O prefeito Carlito Merss pode ser alvo de pedido impeachment pelo Ministério Público, que está a investigar as denúncias envolvendo o novo sistema de iluminação na avenida Beira-Rio. O caso é gravíssimo e pode revelar uma maquiavélica conspiração articulada pelo prefeito, os seus sequazes do Partido dos Trabalhadores e até gente de fora, como gostam de dizer os nossos radialistas.

Eis a tramóia. As luminárias da avenida Beira-Rio têm que ser vermelhas por uma razão: elas impedem a difusão da luminosidade e direcionam a luz das lâmpadas, que emitem raios hipnóticos (conhecidos como raios pathso). A coisa funciona assim: sempre que um eleitor desavisado passar pelo local à noite, os raios penetram na retina e colocam a pessoa em transe. E qual o objetivo? É que durante o transe a pessoa decide votar em Carlito Merss nas próximas eleições.

A informação foi passada a este jornalista por uma fonte fidedigna (aliás, em Joinville todas as fontes são fidedignas) que denunciou o esquema. O plano foi elaborado com o apoio tecnológico de xiitas da célula terrorista chamada Inferno Vermelho (نت البلهاء), que têm o quartel-general clandestinamente instalado no subsolo do prédio da Prefeitura. O plano dos terroristas é impor uma ditadura petista no Brasil, a partir de Joinville.

Ainda segundo essa mesma fonte, o único problema é que o plano de Carlito Merss revelou uma falha: os adversários (em especial alguns tucanos, que são  indivíduos de QI mais elevado)  são refratários aos raios hipnóticos e começaram uma campanha de denúncia através da imprensa e das redes sociais.

VOCÊ VAI MUDAR O SEU VOTO? Você, leitor e leitora, que leu este texto até aqui já percebeu que é uma escancarada paródia, puro escracho. Mas estou apenas a reproduzir o nível de besteirol que temos assistido por causa das tais luminárias. Catso, tem gente achando que o vermelho é parte de uma estratégia de comunicação do PT. Daqui a pouco dizem o mesmo do Papai Noel, da camisa do JEC ou do pôr-do-sol. Ah... os olhos de Satanás não são vermelhos?

Há idiotia para todos os gostos. Aliás, até já li um cara a dizer que, por causa das luminárias tinha vergonha de morar em Joinville. Ora, se é por falta de adeus: a rodoviária é no bairro Atiradores, o aeroporto na Santos Dumont e todos os caminhos vão dar à BR-101. Outro tipo estava indignado, não apenas com aquilo que chama “propaganda” do PT mas porque o Ministério Público deixou passar essa barbaridade e não tomou providências.

Não bastassem os pacóvios comuns, também há políticos e uns tipos da imprensa a dar eco ao besteirol.  O que mostra bem o nível de qualidade intelectual dessa gente que quer apontar os destinos na cidade. Ei, vocês não têm mais o que fazer a não ser babar na gravata? Que tal trabalhar a sério em vez de perder tempo com o nada, com fait-divers, com oba-oba?

Fala sério. Você acha mesmo que o fato de as luminárias serem vermelhas vai fazer algum eleitor votar no partido do prefeito? Você é tanso ao ponto de mudar o seu voto por causa da cor das luminárias? Ora, o que se conseguiu, até ao momento, foi levar um monte de abestados a invadirem as redes sociais com as mais estapafúrdias teorias.

Uma coisa é certa. Essa gente quer tanto parecer "primeiro mundo" que já está a importar o conceito de silly-season. Ok... a silly season começou... e as eleições ainda estão longe

sábado, 19 de maio de 2012

Acesso à justiça mais difícil para os pobres


POR ROBERTO J. PUGLIESE
O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo peça estratégica para que se decrete jurisdição, impondo-se necessariamente atuação dinâmica com liberdade no seu exercício, limitado apenas à própria consciência, sem qualquer vinculação ou limites que inibam condições indispensáveis para a concretização do múnus social da profissão, salvo as regras próprias impostas pelo ordenamento jurídico vigente.
A Constituição Federal, diante da condição fundamental para a defesa de interesses privados, impõe aos Estados, Distrito Federal e à União, a criação de Defensoria Pública para representar judicialmente e assessorar extrajudicialmente aqueles considerados hiposuficientes nos termos da lei federal.
A Defensoria Pública é, pois, órgão estatal independente destinado a promover a defesa dos pobres, coletiva ou individual, inclusive nos embates contra o Poder Público, fortalecendo assim os direitos individuais e o regime democrático. Trata-se de órgão técnico abalizado a dar sustentação jurídica aos necessitados que não dispõem de meios econômicos para custear processo judicial para defesa de seus direitos.
Santa Catarina não dispõe de Defensoria Pública. O Estado mantém, numa tentativa de substituí-la, convênio com a OAB, que indica advogados para a  promoção da defesa de interesses privados daqueles que não podem arcar com os custos processuais. Trata-se de paliativo incompleto, pois muitas das atribuições constitucionais da Defensoria não são incluídas nas atividades previstas no convênio, deixando um claro perigoso que impede, muitas vezes, prática de medidas que melhor e de modo mais célere decrete-se a justiça, quer atendendo reclamos individuais, quer no âmbito dos interesses coletivos e igualmente nos pleitos da sociedade civil, de interesses indistintos.
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal por unanimidade decretou a legislação estadual que rege o dito convênio inconstitucional, escamoteando assim a legitimidade dessa prática e impondo que no prazo de um ano se institua a Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina. Decisão coberta de méritos que impõe a vergonhosa condição de ser a única unidade federativa agindo oficialmente ao arrepio da Constituição.
Reconhecida a situação de inconstitucionalidade da prática e execução do convênio, a Fazenda Estadual não tem como remunerar a OAB e esta repassar aos advogados que prestam o serviço de assistência judiciária, provocando intrincada consequência jurídica de contornos políticos. Os profissionais, salvo alguns poucos abnegados, em sua grande maioria não mais atendem os pobres, deixando-os à própria sorte.
Ninguém tem obrigação de prestar serviço sem remuneração. Os hiposuficientes não dispõem de meios para custear suas demandas ou defenderem-se das que lhes são intentadas. Vislumbra-se o caos.
Enfim, sem delongas o povo mais humilde vive momentos difíceis, inclusive a massa de advogados que sobreviviam dos honorários que percebiam em razão do convênio suspenso. Situação crítica que exige providencia imediata em defesa da estabilidade e da paz social que se traduz na insegurança geral que propicia arbitrariedades e oficializa e fomenta a prática de injustiças dos maiores contra os menores.
Roberto J. Pugliese
Advogado, professor de Direito, autor de livros jurídicos, ministra palestras. Sócio de Pugliese e Gomes Advocacia.
www.pugliesegomes.com.br
http://vidaexpressovida.blogspot.com/

Deputado que desiste, satanás e luminárias


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Fugindo da raia, deputado Darci?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Darci de Matos anunciou que não vai ser candidato a prefeito nas próximas eleições. Ah... que surpresa! Ninguém poderia imaginar um desfecho tão inesperado. O deputado divulgou um comunicado e, lá pelas tantas, diz que vai apoiar Clarikennedy Nunes. Que remédio, né? Mas foi impressão minha ou o leitor e a leitora também notaram que é um apoio meio envergonhado?

É fácil entender a decisão de Darci de Matos. Há pessoas que nascem sem a fibra dos líderes. E vivem a eterna síndrome de Zorro e Tonto. O chato é que acabam sempre encarnando o Tonto e não se importam de viver à sombra dos projetos de outros mais ávidos pela liderança. Ops! No caso da velha política joinvilense “liderança” é um termo inadequado: não há líderes, há chefetes. Os líderes guiam, apontam caminhos, vislumbram soluções. Os chefetes apenas dominam, exercem o poder.

Darci de Matos entrou no papel Darci de Matos. E tratou de ser o que sempre foi: um ator secundário no palco da política joinvilense. O deputado é como os “escadas” dos programas de humor: levanta a bola para o ator mais importante chutar. Se fosse nos “Trapalhões”, por exemplo, ele seria uma espécie de Dedé, que não tem qualquer marca distintiva. Nunca seria um Didi, um Zacarias ou um Mussum, que tinham bordões próprios.

Se para algumas pessoas ser coadjuvante pode ser uma fatalidade, para outras é pura vocação. Há os que gostam do risco das montanhas russas, cheias de altos e baixos. E há os que preferem a platitude do lugarzinho ao sol, onde não há desafios... só consensos. Mas os consensos, todos sabemos, são negociações nas quais os mais frágeis se submetem aos interesses dos mais fortes.

Darci não parece estar talhado para liderar, correr riscos ou tormar decisões disruptoras. A vida é assim. Há pessoas que não têm genica suficiente para tomar as rédeas das situações e preferem se  submeter ao beneplácito de outros. É o perfil de alguém que nunca será líder. Porque líder é alguém que as pessoas desejam seguir. Mas nem Darci de Matos demonstra vontade de seguir Darci de Matos. A desistência de ontem é a prova.

A nota divulgada na imprensa tem statements curiosos. Ser formos ler com mais acuidade, logo na primeira frase fica evidente um grandioso nada: “É do conhecimento de todos meu compromisso com Joinville”. Não, deputado, não é evidente. Aliás, se tivesse um compromisso com Joinville temos a certeza de que iria pegar o touro pelos chifres, partir para a luta e tentar impor as suas ideias, por mais escassas que possam ser.

O seu entendimento de “compromisso com Joinville” é apoiar Clarikennedy por formalidade e acatar Tebaldi por submissão? Não, isso não é compromisso com Joinville. É compromisso com uma democracia pouco qualificada. O que os joinvilenses podem esperar de um político que se secundariza à frente de improficuidades políticas como Tebaldi e Clarikennedy?


Pearaê. Tebaldi não é aquele cara que saiu da Prefeitura com a fama de incompetente e deixando o rastro do caos atrás de si? Ei, leitores, há quem não esqueça os fatos, por mais que alguns tentem apagar essas memórias. Um compromisso com Joinville, deputado Darci de Matos, é impedir que a cidade descaia para um passado azíago e de muitas dúvidas sobre o decoro das pessoas (aliás, a justiça tem trabalhado bastante).

Não, deputado Darci de Matos, a cidade também não precisa arriscar o seu futuro com um ególatra do calibre de Clarikennedy Nunes. Afinal, é um político que criou a religião de si mesmo e venera a própria personalidade. E esse homem crente - que parece possuído por um delírio de poder - pode representar um perigo para a sanidade política da cidade. Vou relembrar algo que todos já devemos ter ouvido algum dia: um homem mentiroso mente para os outros, um homem perigoso mente para si mesmo. Vai dar mole para o perigo, deputado Darci de Matos?

Outra coisa curiosa. Darci de Matos diz ainda que “nunca escondi meu desejo de estar à frente da Prefeitura de Joinville e poder contribuir ainda mais”. É patético. Quem quer vai à luta. Mas Darci não vai, claro. Talvez para sorte de Joinville. Porque as cidades não querem ser governadas por políticos fujões.

Sabe, deputado Darci de Matos, existe uma coisa chamada história. É onde ficam registrados os fatos, especialmente os feitos mais audazes. Mas quero crer que se a história de Joinville registrar o seu nome certamente será en passant (no xadrez é também um movimento para capturar o peão). Porque, caro deputado, todos estamos cientes que dos fracos não reza a história.

Foto: Fábio Queiroz - ALESC

CÃO TARADO


A moça não gostava de nordestinos...

POR ET BARTHES
Mayara Petruso disse que para melhorar as coisas era só afogar um nordestino. Deu com os burros n'água...