POR JORDI CASTAN
A Albânia é um país
relativamente pequeno. Situado nos Balcãs, faz divisa com Montenegro, Kosovo,
Macedônia, Grécia e é banhado pelo mar Jônico.
No pós-guerra ficou no lado comunista da Cortina de Ferro e se converteu numa das piores e mais fechadas ditaduras comunistas da época. E escolheu a aliança com o comunismo radical de China de Mao, que o stalinismo soviético considerado moderado demais.
Durante os anos mais duros da ditadura o governo criou o mito do inimigo externo como uma forma de manter a população preparada e unida para defender o país da ameaça que vinha de fora. Numa época em que o país tinha menos de 2,5 milhões de habitantes, foram construídos mais de 700.000 bunquers para formar uma linha de defesa para proteger o pais. Mais de um bunker para cada família. Nunca existiu um perigo real e imediato de invasão por parte de nenhum vizinho ou de nenhuma potencia estrangeira. A Albânia era - e continua sendo - um objetivo estratégico pouco importante para que alguem possa imaginar uma invasão.
Criar inimigos externos reais ou imaginarios é uma pratica comum na política. A Argentina fez isto em plena ditadura militar, para unir um pais e uma sociedade fragmentada frente a um suposto inimigo externo. O resultado foi a desastrada guerra das ilhas Falklands/Malvinas. Agora de novo tentou reviver o tema das ilhas, com pouco êxito e optou por fazer da expropriação do capital espanhol na petrolera YPF, uma nova versão de união de todos contra um inimigo externo. A Bolívia vem fazendo isso em doses menores, com maior frequência. A brasileira Petrobras já foi vítima deste jogo político.
Ao nível local há uma propensão de também construir - ou até inventar - inimigos externos ou internos. Às vezes é o Governo do Estado, outras o PI (Partido da Ilha), outras os estados vizinhos e, em épocas passadas, o governo federal, nosso atual melhor amigo. Outras vezes os inimigos são internos, as viúvas de um , os aliados de ontem, os críticos de sempre. Às vezes até os elementos da natureza têm sido apresentados como inimigos que ameaçam a paz e a harmonia desta magnífica cidade.
Mas é bom saber separar os inimigos reais dos fantasmas e dos monstros imaginários, que inventamos para amedrontar crianças e eleitores.
No pós-guerra ficou no lado comunista da Cortina de Ferro e se converteu numa das piores e mais fechadas ditaduras comunistas da época. E escolheu a aliança com o comunismo radical de China de Mao, que o stalinismo soviético considerado moderado demais.
Durante os anos mais duros da ditadura o governo criou o mito do inimigo externo como uma forma de manter a população preparada e unida para defender o país da ameaça que vinha de fora. Numa época em que o país tinha menos de 2,5 milhões de habitantes, foram construídos mais de 700.000 bunquers para formar uma linha de defesa para proteger o pais. Mais de um bunker para cada família. Nunca existiu um perigo real e imediato de invasão por parte de nenhum vizinho ou de nenhuma potencia estrangeira. A Albânia era - e continua sendo - um objetivo estratégico pouco importante para que alguem possa imaginar uma invasão.
Criar inimigos externos reais ou imaginarios é uma pratica comum na política. A Argentina fez isto em plena ditadura militar, para unir um pais e uma sociedade fragmentada frente a um suposto inimigo externo. O resultado foi a desastrada guerra das ilhas Falklands/Malvinas. Agora de novo tentou reviver o tema das ilhas, com pouco êxito e optou por fazer da expropriação do capital espanhol na petrolera YPF, uma nova versão de união de todos contra um inimigo externo. A Bolívia vem fazendo isso em doses menores, com maior frequência. A brasileira Petrobras já foi vítima deste jogo político.
Ao nível local há uma propensão de também construir - ou até inventar - inimigos externos ou internos. Às vezes é o Governo do Estado, outras o PI (Partido da Ilha), outras os estados vizinhos e, em épocas passadas, o governo federal, nosso atual melhor amigo. Outras vezes os inimigos são internos, as viúvas de um , os aliados de ontem, os críticos de sempre. Às vezes até os elementos da natureza têm sido apresentados como inimigos que ameaçam a paz e a harmonia desta magnífica cidade.
Mas é bom saber separar os inimigos reais dos fantasmas e dos monstros imaginários, que inventamos para amedrontar crianças e eleitores.
Meu bunker minha vida, emprego público Para Todos.
ResponderExcluirPra frente Brasil,que Joinville vai no rumo "certo" alternando as moscas.
"Meu bunker, minha vida". Muito bom. Tirada de publicitário.
ExcluirFantástico Jordi. É muito bom ler um texto lúcido por aqui.
ResponderExcluirSabes, acho mesmo que esta paranóia da criação de inimigos imaginários, ora em voga os midiáticos, são coisa de “licenciadozinhos arrogantes que não conseguem ver o óbvio e vivem agarrados à "importância" do próprio canudo”, sejam eles “doutores” ou não.
TW
Texto fraco, argumentos fracos.
ResponderExcluirJordi, se me permite, gostaria de fazer uma pequena reparação e uma sugestão: a Albania foi alinhada da URSS durante a vigência do regime de Stalin. Rompeu com o modelo soviético depois do famosos Congresso em que Kruschev denunciou os crimes do stalinismo que, convenhamos, de moderado não tinha nada.
ResponderExcluirO alinhamento com a China nunca passou de uma tentativa pálida de aproximação. Na prática, a Albania e o camarada Enver Hoxa ficaram isolados de quase tudo e quase todos, o que contribui enormemente para o quadro que você descreve em seu texto.
A sugestão: o filme "Mera coincidência", com Robert de Niro e Dustin Hoffman, embora a princípio nada tenha a ver com discussões sobre socialismo e que tais, é uma comédia política saborosa e inteligente que ilustra, meio tangencialmente, o que você escreve sobre o desconhecimento e a insignificância da Albânia.
Clóvis, tenho uma sugestão de filme para você: "Uma Mente Brilhante", de Ron Howard e com Russel Crowe.
ExcluirTalvez você fique com um pouco de medo, mas valerá a pena.
Clovis, obrigado pela correção. Absolutamente pertinente. A minha relação aqui em Albania é com gente que teve uma participação mais ativa na epoca da aproximação com China, por isto o destaque maior no texto.
ExcluirTranquilo, Jordi. No Brasil há até pouco tempo - não sei se ainda - o indefectível PCdoB era alinhado com a Albania do camarada Hoxa. Lembro, dos meus tempos de militância e de congressos estudantis, do povo da UJS defendendo a última trincheira do socialismo contra os avanços do imperialismo ianque e do capitalismo. E pensar que os caras hoje estão no mesmo governo em que o Crivella é ministro. Putz! Os inimigos mudam...
ExcluirE Anônimo, eu também gostaria de lhe indicar um filme: "Quanto mais idiota melhor". Você e seus colegas anônimos se identificarão instantaneamente.
Pronto Clóvis... calma... calma... já passou, já passou...
ExcluirPutz... que paulada em seus "colegas" hein?
ResponderExcluirA maior de todas. Vão ficar atordoados por algum tempo. Entretanto, duvido que algum deles admita que o chapéu serviu... (e esta é a melhor parte hehehehe)
ExcluirVEJA só...
ExcluirJordi.muito bom .O inimigo não é mais Stalin. Esse felizmente já morreu, e está bem enterrado.
ResponderExcluirAvante Brasil,Joinville rumo ao crescimento..
isso se chama fogo amigo !
ResponderExcluirrsrs
Para quem só descobriu o blog nas últimas semanas, eis um statement feito logo no primeiro dia: "O grande diferencial do coletivo Chuva Ácida é não ser um bunker ideológico, onde todos pensam de forma igual. Pelo contrário. A sua riqueza é precisamente a diversidade de opiniões e a reunião de diferentes sensibilidades políticas".
ResponderExcluirBom texto, Jordi.
ResponderExcluirGosto desta sua invejável capacidade de buscar histórias alheias e contextualizar à realidade local, atual ou os dois.
Parabéns
Guilherme,
ExcluirObrigado pelo comentário. Viajar com tanta frequencia faz que olhemos as coisas sempre a partir de novas persoectivas. Com os mesmos olhos, mas com outro olhar.
Abraço
Obra prima de Jordi. Parabéns!
ResponderExcluirCurioso que quando um texto é bom, lógico e esclarecedor pouco se discute.
ResponderExcluirPor isto que era legal a insanidade do Felipe Silveira.
Os textos concisos não geram polêmicas. São precisos.
ExcluirZé Bolacha