quarta-feira, 31 de julho de 2013

Se o seu pastor é ladrão, não se meta

POR ET BARTHES
Ah... o Malafaia recomendando que se alguém vir um pastor ladrão, o melhor é deixar para lá.


Mulher também consome pornografia


POR FERNANDA M. POMPERMAIER

Filmes pornográficos fazem parte da nossa vida. Eu sempre assisti, gosto, e honestamente sinto falta de alguns um pouco mais direcionados ao público feminino. Filmes que ponham as mulheres no controle, com corpos reais, celulite, barriguinha, cicatrizes, menos siliconadas,... enfim, pessoas normais. Filmes com respeito e sem violência.
Eu entendo que controle e violência no sexo podem ser fetiche, mas fica meio repetitivo colocar sempre a mulher em situação de submissão e serviço, e raramente o homem. Mesmo quando a mulher é a estrela do filme, ela nunca é a protagonista, o objetivo gira sempre em torno do prazer do homem. Elas também tampouco aparecem nas produções.

Eu sempre admirei as atrizes de filmes pornôs. As imaginava as mulheres mais livres do universo. Pessoas que decidiam: "agora vou fazer um bom sexo com aquele ali, tranquilo, sem grilos e  pronto. Meu corpo serve ao meu prazer, ao seu também e os usamos como bem entendermos."
Tamanha foi a minha decepção quando assisti na semana passada o documentário: "After porn ends" (algo como Após o fim do pornô, link para IMDB). Tá bom que o filme aparentemente teve a intenção de sugerir que o porn não compensa, não entrem nessa vida, você vai ficar marcada para sempre. O que não funciona bem assim. Apesar das histórias da maioria, existe sempre alguém que realmente curte o que está fazendo, lucra com sexo e faz por prazer (hehe) até se aposentar.

Mas, voltando ao assunto, minha decepção com a maioria foi por me deparar com relatos de atrizes que realmente odiavam o que estavam fazendo. Que se sentiam humilhadas, que choravam após as cenas, que fingiam/atuavam em todos os takes, sem sentir nenhum prazer genuíno ou orgulho pelas suas carreiras profissinais. Mesmo as mais famosas relatavam uma certa tristeza pelo preconceito de pais dos colegas dos filhos, dos companheiros na igreja, de conhecidos no bairro... Enfim, de toda a sociedade que, incrivelmente, consome pornografia.

É estranhíssimo perceber que as pessoas desejam ter uma vida sexual ativa, gostam de assistir porn, e julgam suas atrizes como pessoas menores. Como pessoas que não merecem respeito, como se fosse uma atividade desmoralizante. Nem vou entrar no mérito do que é moral, que seus conceitos são relativos, socialmente construídos, porque não tenho leitura suficiente.
Trabalhar com o sexo é utilizar o próprio corpo para tirar sustento, como o fazem muitos outros profissionais. Como fazem atletas, atores... O problema é que o sexo AINDA é tabu. Pessoas que fazem sexo com muitos parceiros AINDA são julgadas.

Isso não tem outro nome para mim senão hipocrisia.

Uma boa notícia vem desses lados frios (nem tanto) do mundo com a produtora sueca Erika Lust. Ela mudou-se para a Espanha com o marido e abriu uma produtora de filmes pornôs que enseja pôr a mulher em situação de protagonismo. Ela é formada em Ciências Políticas na Universidade de Lund e pretende com seus filmes explorar não apenas os temas feministas, mas questões ligadas ao desejo e à luxúria. Ela faz filmes num estilo meio erótico chique e vale mesmo a pena conhecer (link abaixo*). Uma mulher normal, com duas filhas, 12 anos de casamento que trabalha com uma necessidade real do mercado mundial: absorver o consumo de produtos relacionados a sexo pelas mulheres.

*Making of do filme "Handcuffs":

E o plano de governo?

POR GABRIELA SCHIEWE

Hoje, mais uma vez, me vejo obrigada a misturar esporte e política e, o que é pior, sobre um assunto já falado.

Bom seria só falar das conquistas do esporte joinvilense e do apoio incondicional que o Governo dá aos atletas em todos os sentidos.

E será que é assim mesmo?

Por um acaso alguém reconhece o que virá baixo?

"Concluiremos a Arena Joinville, de acordo com o projeto original.
  Dotaremos praças de quadras poliesportivas e de areia, pistas de skate e de caminhada
  e palco de eventos.
  Reformaremos e modernizaremos os ginásios Abel Schulz e Ivan Rodrigues.
  Basearemos a gestão esportiva em cinco pilares:
 1. Desporto educacional: inclui toda a estrutura escolar e milhares de jovens
 entre 12 e 17 anos.
 2. Desporto comunitário: com realização de miniolimpíadas interbairros e o
 fortalecimento de modalidades tradicionais, como Bolão, Tiro-seta, Bocha,
 Futebol de Salão, Vôlei, Handebol, Judô, Atletismo e Ciclismo, entre outros.
 3. Desporto de rendimento: preparação de equipes para os Jogos Abertos de
 Santa Catarina e convênios com ligas de esporte amador.
 4. Desporto de participação: valorizaremos a participação da Terceira Idade e o paradesporto.
 5. Qualificação de equipamentos esportivos"

Então, lembrou?????

É isso mesmo. Pode parecer uma pegadinha, mas esse foi o plano de governo do nosso prefeito, no que tange o esporte.

E o basquete? Ah sim, o projeto foi para o brejo por falta de apoio...

E o Abel Schulz? Então, continua lá, no mesmo lugar...

E o Ivan Rodrigues? Pois é, gente, também continua exatamente do mesmo jeitinho, quando não está absorvido pelas tenras águas das cheias...

A ampliação da Arena. Bom, com esse ponto não concordo, pois entendo que antes se faz necessário qualificar e não quantificar. De que adianta ficar maior e com os mesmo problemas de acabamento, infraestrutura.

Não vou aqui falar do plano de governo no âmbito geral, até porque não é a minha praia, por isso vou me ater ao que se refere a minha área, o esporte.

Será que sou eu ou este plano ainda não se fez valer? Pois não tenho visto o apoio necessário ao esporte joinvilense.

Como que a Prefeitura permitiu que um projeto vencedor como o basquete ruísse? A Krona ter que jogar em Pomerode pois não tem local para mandar seus jogos na cidade? O Abel começou a ser "tapeado" mas não passou disso. No Ivan nada acontece. E que tal lembrarmos da desistência dos Joguinhos Abertos.

Até pouco tempo tudo isso era culpa única e exclusiva do PT. Agora as letrinhas mudaram e tudo continua a mesmíssima coisa.

Os cinco pilares devem ter sido fincados além mar, pois por estas bandas nada se fincou, nada se estabeleceu. Podemos ver uma total dispersão e nenhuma preocupação com a bancarrota do basquete, que tanto engrandeceu a nossa cidade aos quatro cantos do país.

Confesso que esperava muito mais deste governo e estou vendo muito menos.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Bruce Lee dá uma aula de tênis de mesa

ET BARTHES
É certo que são efeitos de pós-produção, mas o filme é muito interessante. Se ainda não viu, aproveite.


Reintegração de posse

POR JORDI CASTAN

O que deveria ser uma cidadela cultural, acabou se convertendo num cortiço. Quando, na condição de Secretário do Desenvolvimento Econômico, na gestão Luiz Henrique, fui incumbido de negociar com a Antarctica, em São Paulo, a compra do imóvel da antiga fábrica de cerveja na rua XV de Novembro, o objetivo era dotar Joinville de um espaço cultural capaz de reunir, num único local, a maioria das manifestações culturais da cidade.

O estado de abandono e o desvio de função de um espaço tão nobre é o resultado da falta de um projeto concreto de ocupação da Cidadela Cultural e, principalmente, a falta de mobilização do setor cultural. Hoje, o que poderia ter sido um polo gerador de cultura, um centro de referência e local de encontro de todas as tribos que formam o tecido cultural de uma cidade viva, não é mais que um decrépito conjunto de edifícios, galpões e espaços abertos caindo aos pedaços, mal cuidados e que em alguns pontos apresentam risco iminente de ruína.

Não adianta grafitar também os muros da Cidadela, porque não há como ocultar por mais tempo o descaso com o patrimônio de Joinville. Um espaço abandonado e sem dono é um espaço que desperta o desejo e a cobiça de muitos. Nem o ITTRAN deveria estar instalado lá, nem outros serviços que nada têm a ver com cultura. Tampouco a simples cessão de uso dos diversos espaços a uns e outros parece a melhor solução, porque a soma das partes neste caso é menor que o todo.




A solução para a Cidadela passa por uma ampla discussão com a sociedade, não só com os produtores culturais. Passa por retirar do local o ITTRAN e elaborar um projeto de uso, ocupação e viabilidade econômica para o conjunto. Que preserve as suas raízes históricas e culturais. E que possa fazer com que a Cidadela Cultural recupere o seu destino original e se converta num celeiro de atividades culturais, um berçário para a criatividade joinvilense e um local que nos encha de orgulho e não nos envergonhe ainda mais.


Seria bom que tudo isso iniciasse logo, antes que os cupins que mantêm em pé parte das estruturas de madeira decidam deixar de fazê-lo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Que bosta!?!?

POR ET BARTHES
Opa! E no meio do programa, uma expressão pouco católica. O pessoal fez merda e exibiu o filme onde a mulher errou.




Quando Colombo irá atender as demandas populares de Joinville?

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Fonte da foto: desacato.info
A morte de uma mulher, semana passada, após esperar um leito de UTI por 11 horas nos corredores do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, evidencia as prioridades do governador Raimundo Colombo, as quais privilegiam os empresários locais e esquecem das demandas populares, como a resolução das constantes crises na saúde pública. Desde que assumiu em 2011, Raimundo Colombo dificilmente vem até Joinville para dedicar seu precioso tempo para a população da cidade. Em contrapartida, é arroz de festa em eventos empresariais, como jantares, posses, inaugurações de montadoras e reclamações de setores específicos da economia joinvilense.

Infelizmente a pauta do empresariado local não é popular. Ela se resume à segurança pública no centro (querendo claramente uma proteção às lojas de comerciantes da CDL), à duplicação da Santos Dumont e outras questões que dificilmente irão beneficiar as pessoas da periferia, que sofrem com a violência urbana nos bairros, com escolas depredadas, e parentes morrendo esperando um leito de UTI. Os R$ 14 milhões liberadores para o São José (em troca da sede dos jogos abertos), por exemplo, ainda não foram aplicados, enquanto que as obras da Santos Dumont iniciaram-se rapidamente após a pressão dos empresários. Sem contar as próprias promessas de melhoria na saúde estadual. Até a antes  referência Darcy Vargas perdeu este título com Colombo.

Sem hospitais de qualidade, escolas com infraestrutura mínima, e segurança nos bairros populares, a cidade de Joinville padece perante uma ordem invertida das prioridades. Suplica atenção de quem não quer dar, principalmente ao que realmente necessita ser feito. Definha com uma classe política que abdicou da oposição e não sabe cobrar, apenas se juntar à camarilha de Colombo e seu reino de maravilhas (onde as OS's são a solução para os hospitais, a vinda de empresas irá transformar toda a realidade social de uma cidade, e tinta na parede das escolas irá transformar alguma coisa) e discursar ao vento na Assembleia Legislativa, em uma omissão jamais vista entre os deputados estaduais da região de Joinville.

Pode ser "apenas" mais uma morte em corredor de hospital, mas significa muita coisa. Mostra tudo o que vem acontecendo de errado na gestão estadual, mesmo com o esforço de alguns para fazer parecer que tudo está certo e funcionando perfeitamente. A gestão Colombo precisa de um banho de povão, mas, se isso acontecer um dia, não envolverá mais a pauta empresarial nas prioridades do governo. É este o ponto que me faz perder todas as esperanças por possíveis mudanças e esperar, infelizmente, a próxima morte em um corredor do Hans Dieter Schmidt.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Imagine a sua marca no meio disto...

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Por isso vou ser curto. Essa é a capa da "Advertising Age", uma revista de referência lida por empresários e marketeers de todo o mundo, mas também por gente de outras áreas. A pergunta é: “imagine a sua marca no meio disto”.

Quando falei na Copa do Mundo e das Olimpíadas, há alguns dias, era a isso que me referia: o risco de o país não ver o dinheiro dessas marcas entrar no país. O risco de perder a oportunidade de construir uma imagem de marca para o país. O risco de afugentar o investimentos essenciais em tempos de economia global.

Tem gente que prefere ficar apegada ao provincianismo, ao ódio político ou à filosofia da terra queimada. Mas o fato é que o Brasil chamou a atenção do exterior. E não foi pelas melhores razões. Quem quer dinheiro para a educação e a saúde não pode rejeitar o dinheiro que vem de fora. Não sou eu a dizer... é o mundo.

Sim. É a economia global, estúpido.


P.S. – Vou repetir pela enésima vez. Não sou contra as manifestações, mas isso não faz com que fique cego para a instrumentalização das massas por gente que só pensa em projetos de poder. Porque hoje em dia nenhum país pode viver "orgulhosamente só".

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dane-se a Toulon! Cadê o Amarildo?

POR CLÓVIS GRUNER 

Uma imagem e uma pergunta circularam intensamente pelas redes sociais nos últimos dias. A imagem é esta ao lado: a de um homem comum, 47 anos, casado, pai de seis filhos, pedreiro e morador da Rocinha, no Rio de Janeiro. No dia 14 de julho, ele foi levado por policiais para averiguações à sede da UPP – Unidade de Polícia Pacificadora – que ocupa a favela desde setembro de 2012. Não voltou para casa e está desaparecido desde então. “Cadê o Amarildo?” é a pergunta que vem sendo feita, repetidamente, desde a semana passada. Mas nem mesmo o humilde Papa Francisco, certamente interessado no destino de Amarildo, um pobre, conseguiu resposta.

O Comando de Polícia Pacificadora (CPP), disse que ele foi levado à base da unidade por se parecer com um suspeito procurado e que foi liberado quando se constatou não se tratar da mesma pessoa. À imprensa – ou ao menos aqueles jornalistas interessados no desaparecimento de seu marido –, Elizabeth Gomes afirmou não ter esperanças de encontrá-lo vivo e pede apenas o corpo para enterrá-lo. Nem o comando da UPP, nem a secretaria de Segurança Pública e muito menos o governador Sérgio Cabral parecem dispostos a lhe dar alguma satisfação.

O silêncio contrasta com a reação do governo quando a loja Toulon, no elitizado Leblon, foi atacada durante manifestação na noite de 17 de julho. Bastaram apenas seis horas para o governador convocar a cúpula da segurança pública e instituir uma bizarra Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas. A chacina na Favela da Maré, ocorrida no final de junho, não apenas não mereceu nenhuma comissão especial de investigação, como foi necessário mais de uma semana até que Cabral lamentasse a morte de dez pessoas, barbaramente assassinadas por soldados do BOPE, a tal “Tropa de Elite” da polícia guanabara.

O QUE RESTA DA DITADURA – É claro que a violência policial não é exclusividade do Rio de Janeiro. Pelo contrário, ela é prática recorrente, especialmente nas capitais e grandes cidades, onde não apenas o aparato militar é maior, mas também a demanda por sua presença mais ostensiva, uma coisa alimentando e justificando a outra. Por paradoxal que pareça, nossa crescente obsessão por proteção e segurança fez aumentar justamente a sensação de insegurança e o medo, estimulando ações defensivas que tornam tangíveis e conferem proximidade e credibilidade às ameaças de violência, mesmo às mais imaginadas e imaginárias.

O resultado é que tornamo-nos cada vez mais, e com o estímulo estratégico dos grandes meios de comunicação e de uma verdadeira "indústria do medo", reféns de uma política de segurança baseada, fundamentalmente, no aparato policial repressivo e na sua crescente necessidade de produzir sempre mais e mais inimigos. Historicamente, este inimigo foi personificado na figura do pobre, quase sempre negro. Um roteiro típico, em que se nomeia o outro a partir de certos atributos principalmente de classe e etnia – um processo definido por um sociólogo carioca, já nos anos de 1970, de marginalização da criminalidade e criminalização da marginalidade –, permitiu principalmente às camadas médias urbanas uma indiferença crônica sempre que o assunto era a violência policial. Especialmente se ela recaía sobre territórios e grupos não apenas periféricos – as favelas e os favelados, por exemplo –, mas considerados marginais e desviantes, como os oito menores assassinados na Candelária, os 111 presos massacrados no Carandiru ou as dez vítimas na chacina da Maré.

Nas últimas semanas, no entanto, algo mudou. A repressão policial recaiu também sobre jovens de classe média e jornalistas; profissionais foram ameaçados, virtual ou presencialmente, e pelo menos um sociólogo foi sequestrado por soldados depois de uma entrevista onde criticava as ações da PM carioca; nas mídias sociais pipocaram denúncias de infiltração de policiais à paisana nas manifestações, com o propósito de incitar a violência e justificar a repressão e prisão de manifestantes – tática, aliás, que remonta aos anos de exceção. Descobrimos, enfim, que o inimigo nem sempre precisa ser pobre e negro – embora ele continue sendo preferencialmente pobre e negro. 

A polícia militar brasileira é uma das instituições onde se percebe mais claramente os resquícios da ditadura e o profundo descompasso entre as políticas de segurança pública e o processo de democratização iniciado há quase três décadas. Discutir seu papel, sua estrutura e o lugar que deve ocupar na sociedade é uma tarefa urgente, porque não é tolerável a um país que pretende consolidar sua democracia conviver com a truculência institucionalizada. Precisamos de uma política de segurança que não se limite a investimentos vultosos e eleitoreiros no aparato militar e prisional – duas faces da mesma moeda –, e de uma polícia que não aja como se estivesse em uma guerra permanente. A rua não é um front e cidadãos não são inimigos a serem combatidos, independente da idade, posição social, etnia ou de seus antecedentes.

A desmilitarização da polícia, assunto para um próximo texto, é uma discussão não apenas necessária como urgente. Mas, neste momento, ainda mais urgente é saber onde está Amarildo. Embora, desconfie, todos nós saibamos a resposta.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

JEC sem técnico, de novo!


Arthurzinho não conseguiu se manter no cargo após mais uma derrota do Tricolor.

Os últimos resultados não foram animadores, principalmente o empate contra a Chapecoense, dentro de casa, após estar vencendo por 2 x 0 no primeiro tempo.

E falando sobre este jogo em particular, realmente foi do céu ao inferno, pois no primeiro tempo jogou com velocidade e de maneira coerente, conseguindo a vantagem.

Mas quando retornou para o segundo tempo foi lamentável, não conseguiu ir ao ataque, errando muitas bolas e parecendo perdido em campo.

Após o final da partida, o técnico soltou o verbo contra o presidente do clube e, com um empate em Natal e a derrota para o Icasa, dançou mais um técnico.

Eu não sei aonde essa diretoria pretende chegar com este samba do crioulo doido, trocando de técnico a todo instante, vendendo e comprando jogadores como se estivesse na feira.

Assim fica difícil chegar à elite do futebol.

Aguardemos cenas dos próximos capítulos!

Afinal, por que tantas garantias aos criminosos?


Fonte foto - CB Notícias.
POR ANA CAROLINE TEIXEIRA

Estamos vivendo em uma época em que parece haver um excesso de direitos às "pessoas do mal em detrimento das "pessoas do bem" (pessoas do bem x pessoas do mal: dicotomia fictícia, mas que serve para ilustrar).
Os questionamentos são muitos: foi condenado, mas por que recorrer em liberdade? Foi pego em flagrante, por que foi solto? Confessou, por que ainda se falar em produção de provas?
A resposta é simples: porque ninguém pode ser considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória! É o artigo 5º, LVII, da Constituição da República. Parece balela, mas não é.
É justo o anseio da população (dentro da qual me enquadro) para que a justiça seja feita rapidamente, para garantir que aquele que matou friamente alguém não esteja solto por aí, podendo a qualquer hora matar outra pessoa. Também é justa a revolta com a quantidade de crimes brutais que a cada dia parecem aumentar.
Mas não podemos esquecer que vivemos em uma sociedade em que se tem uma polícia deficitária, mal preparada, sem estrutura, e mesmo havendo boa vontade, é muito difícil fazer um bom trabalho.
Que temos uma mídia sensacionalista e irresponsável que publica matérias condenando pessoas sem mesmo ter havido o mínimo de investigação. Mostram seus nomes, seus rostos, marcas essas que mesmo com uma futura absolvição nunca serão apagadas.
Temos uma Defensoria Pública que caminha a passos de tartaruga. Em Santa Catarina,os primeiros defensores tomaram posse esse ano. No Paraná já houve concurso, mas o senhor governador ainda não nomeou defensores (ele diz que não tem dinheiro, mas um levantamento aponta que o número de cargos comissionado aumentou em 10% em sua gestão).
O resultado de tudo isso – e muito mais – sem as garantias citadas é: injustiça (não que com garantias haja sempre justiça).

Estamos vivenciando um caso muito simbólico aqui no Paraná.
No dia 28 de junho foi encontrado na cidade de Colombo (região metropolitana de Curitiba) o corpo da Tayná, jovem de 14 anos que estava desaparecida há três dias. A família obteve a informação de que os responsáveis pelo delito eram três funcionários do parque de diversões da redondeza. A câmera de segurança do parque mostrou que ela havia passado ali pela frente no dia que sumiu. Revoltada (de fato foi terrível o crime: estupro e homicídio), a população local incendiou o parque de diversões. Saiu na Veja: “Adolescente é estuprada e morta por funcionários de parque de diversões no PR”. Os três suspeitos confessaram o delito. Ou seja, caso praticamente solucionado. Cadeia neles! Pena de Morte! Castração química!

No entanto, dias depois, descobre-se que o sêmen encontrado na garota não era dos acusados. A OAB foi averiguar e descobriu que um dos “acusados” estava com suspeita de perfuração intestinal e com a costela quebrada; outro está com ossos à mostra de tantos ferimentos e está surdo, pois teve o tímpano rompido; o outro não tinha ferimentos aparentes. Eles então afirmaram que não cometeram o delito e que confessaram sob tortura. A polícia admite um possível erro.

E agora? O que mudou? Será que não teria que se ter aguardado a perícia antes da mídia estampar nos jornais o nome e os rostos dos garotos? Será que as pessoas não teriam que ter aguardado a investigação criminal antes de atear fogo no parque? Antes disso ainda, será que a polícia não deveria ter investigado ao invés de torturar três pessoas para dar uma “solução” ao crime? Mas vale a pena torturar, Jack Bauer salvou muitos americanos assim.
Não estou dizendo que esses jovens não mataram a garota, pode ser que tenham matado. Mas isso só vai se descobrir ouvindo testemunhas; fazendo perícia; colhendo demais provas. Não se faz em um dia, em uma hora.

Enfim, esse é um caso emblemático para exemplificar o quão importante é não se ter um julgamento imaturo. Nem pela polícia, nem pelo judiciário, nem pela mídia, nem pela população. Casos iguais a esse existem diversos por aí.
Isso não nos tira o direito de nos indignar com a maldade humana, nem de cobrar que se apurem os delitos com agilidade, pelo contrário, devemos cobrar o governo para que ele estruture a polícia, devemos cobrar do judiciário que os casos sejam julgados.

Mas nunca se devem suprimir as garantias processuais, até mesmo porque qualquer dia pode ser nossa vez na fila dos condenados, por estar no lugar errado, na hora errada.

*Ana Caroline Teixeira é advogada, formada em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, com especialização na Fundação Escola do Ministério Público.

É a economia, estúpido!

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Durante a Copa das Confederações, escrevi aqui que misturar os (legítimos) protestos nas ruas com o futebol era um tiro no pé. Porque em tempos de globalização as coisas estão interligadas e se um país passa a imagem errada para o exterior, isso certamente terá repercussões negativas para a economia.

Hoje volto ao assunto por duas razões. A primeira foi o fato de, naqueles dias, ter havido críticas à minha posição sob o argumento de que eu estava a ir contra os movimentos populares. É tolice, claro. E a segunda é que a Embratur acaba de divulgar os resultados do primeiro semestre, que reproduzo aqui, num texto distribuído à imprensa:

-       Os estrangeiros que visitaram o Brasil neste ano injetaram quase US$ 3,5 bilhões na economia brasileira em 2013. O valor equivale a R$ 7 bilhões pela cotação média do dólar neste ano. O resultado foi divulgado, nessa terça-feira (23), pelo Banco Central. O resultado é 9,6% maior do que no primeiro semestre do ano passado.

E mais. A Copa das Confederações teve influência nos resultados, na mesma medida em que a Jornada Mundial da Juventude, a decorrer neste momento, também terá quando as contas do ano forem fechadas. O fato é que, apesar de muitos não estarem interessados em destacar o fato, o turismo é uma fonte de renda da qual nenhum país pode abrir mão.

“Já estávamos batendo o recorde se considerarmos os resultados até maio, mas, com certeza, a Copa das Confederações contribuiu muito nesse caminho, não só pelos dólares que entram nos dias de jogos, mas pela visibilidade que o país ganha”, anunciou o presidente da Embratur, Flávio Dino, na mensagem para a imprensa.

Repito o que disse no texto anterior. A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos permitem vender a imagem do país no mundo. E, num prazo mais longo, essa mediatização poderia ter retornos ao nível do turismo, da atração de investimentos empresariais e da consolidação da imagem do país no exterior. Isso sem falar que temos direitos televisivos, viagens, ocupação dos hotéis, merchandising, publicidade.


É a economia, estúpido.

Sai desse porco!!




terça-feira, 23 de julho de 2013

Quem acreditou dançou

POR JORDI CASTAN

Em época de festival é bom falar de dança. Em Joinville, porém, dançar não é sempre sinônimo de coisa boa. Quem acreditou que esta administração vinha para mudar alguma coisa dançou.

O loteamento de cargos comissionados continua firme e forte: 77% dos cargos foram preenchidos e os outros não foram extintos, pois continuam como reserva à espera da próxima negociação entre os membros da base aliada ou a oposição. É verdade que o processo é lento, mas também é verdade que nada anda muito rápido.

A oferta de emprego em cargos comissionados continua e tem sido usada como moeda de troca para atrair desafetos e empregar desocupados, apaniguados e correligionários. Curiosamente, são o IPPUJ e a FELEJ os que junto com a SEINFRA que têm o maior número de vagas disponíveis. Quem esperava redução de cargos ou uma nova forma de fazer política, dançou.

Também dançou quem acreditou numa gestão que rompesse com os vícios de sempre. E quem esperava um choque de eficiência, com uma administração pública moderna e inovadora. É evidente que um dia sim e outro também continua a eterna cantilena da falta de recursos, as obras paradas, os projetos incompletos ou parciais, os prédios públicos interditados. O pior é que se depara com uma ausência de ideias e propostas que rivaliza com a aridez do Jalapão e que os mais desavisados confundem com a seca verde nordestina. Se cria a sensação de que alguma coisa esta sendo feita, mas rapidamente fica claro que se trata de uma nova sessão de pirotecnia.

Se um dia a duplicação da Santos Dumont é prioritária e é preciso motivar, de pires na mão, os empresários para doarem seus terrenos e viabilizar a obra. Poucas semanas depois ninguém mais lembra e só duas placas no início da avenida lembram do foguetório e dos discursos que emolduraram a assinatura da ordem de serviço. Depois será a ponte do Ademar Garcia ou qualquer outra cortina de fumaça. De novo o velho modo de fazer política, com muito barulho e pouco resultado. Nem vamos falar aqui das obras inconclusas da Rua Timbó, que demoram mais que catedral gótica na Idade Média.

No outro dia o tema principal é a Joinville do milhão de habitantes. Ou a Joinville que superará o PIB de Porto Alegre ou de Curitiba para se converter na segunda maior economia do Sul do Brasil. Fico preocupado quando vejo que tem gente, até ontem esclarecida, que além de acreditar numa bobagem dessas ainda aplaude. O prefeito visionário defende que em poucos anos cada joinvilense terá um carro e que a saída para que os problemas do trânsito serão as avenidas duplicadas, os elevados e outras grandes obras de infraestrutura.

Se não fosse um homem tão viajado, proporia aqui uma coleta para arrecadar uns trocados para lhe pagar uma viagem a Europa. Quem sabe assim acordava e mudava de opinião sobre o uso do automóvel nas cidades do futuro e poderia rever os seus conceitos sobre cidades inovadoras ou as que buscam qualidade de vida. Mas como é alguém que tem viajado muito, a conclusão é que não enxergue direito. O mais provável é que, pelo seu perfil, não se detenha a procurar aquilo que acha que já sabe e conhece. Ou lhe baste com uma olhada rápida para entender toda a complexidade dos temas que envolvem a gestão de uma cidade com 500.000 habitantes. Como aquela viagem relâmpago que o prefeito Carlito Merss fez a Europa quando visitou 4 ou 5 cidades, em uma semana, e voltou discorrendo e sentando cátedra sobre ciclovias, bicicletários e transporte coletivo.

Menção à parte merecem as licitações, seja a do estacionamento rotativo, a do lixo ou a do transporte coletivo, a das bicicletas de aluguel, apenas para citar as mais lembradas. Parece que há uma cabeça de burro enterrada as margens do Cachoeira, porque não é possível que seja tão complicado. Se o prefeito, de verdade, não quiser passar vexame, seria bom que avaliasse melhor o nível de desempenho da sua equipe mais próxima. Por que esta impossível identificar traços de uma gestão moderna e eficiente no dia a dia de Joinville. O risco maior que corremos seria se ele estiver convencido que está fazendo uma gestão impecável. Por que aí, sim, dançamos todos.