quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Barbie, maricas, filho da...

POR ET BARTHES
A vida do jogador Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, não é nada fácil. Em qualquer estádio que vá jogar, a torcida adversária solta o verbo. É um xingamento atrás do outro. Barbie, maricas, filho da... E ele devolve com o que sabe fazer melhor: gols. Vejam como foi em Mallorca.


Eu e o 50 tons


POR AMANDA WERNER

Na semana passada, acabei de ler o fenômeno literário do momento: "Cinquenta Tons de Cinza". Já fazia algum tempo que estava ouvindo efusivos comentários sobre o livro e, confesso, estava curiosa. Ao iniciar a leitura, tentei me despir de todo e qualquer preconceito em relação a best sellers.

Apesar do livro envolver sadomasoquismo, o 50 tons segue a tradicional receita dos romances femininos: homem multimilionário, complicado + mulher comum. Christian Grey, o galã da vez, além de rico, não usa drogas, não trai, e é louco pela protagonista - Anastasia Steele, que é uma garota comum, insegura, frágil e  sem sal, mas consegue a proeza de fazer o moço se apaixonar perdidamente. Qualquer semelhança com Bella Swan e Edward Cullen, de Crepúsculo, não pode ser mera coincidência.

A sensação de déjà vu se repete a cada parágrafo. A autora recriou uma espécie de cinderela moderna. O conto de fadas onde Grey não é um príncipe, mas um ricaço, e realiza a fantasia de grande parte das mulheres. Com muito mais do que a conhecida pegada forte.

Ultrapassado e clichê, o que atraía mulheres nos idos da rainha do romance, Barbara Cartland, continua fisgando muitas em 2012. O livro não tem plano de fundo, e a única complexidade é o sadomasoquismo.

Me causa espanto a quantidade de mulheres adultas que estão caindo de amores por Christian Grey.  Com linguagem adolescente, o livro é sim meio bobinho. E segue o mesmo roteiro de tantos outros como Sabrina, Júlia e Bianca. Quem não se lembra? Enquanto o lia, não pude evitar a comparação.

Juro que curto literatura de entretenimento, não acho que a leitura deve servir somente para intelectualizar. Mas daí a transformar um livro comum no preferido de muitas mulheres maduras, já é exagero. A coisa na vida real deve estar feia mesmo.

Talvez o livro sirva de alguma forma como porta voz da mulher que quer ser considerada descolada. E liberada sexualmente. Mas apesar da mulher, depois de tantas batalhas, ter conseguido conquistar sua autonomia financeira, e ser mantenedora de grande parte dos lares brasileiros, não consegue se desvencilhar do sonho de princesa. E creio que a personificação do homem ideal pelo imaginário feminino continua sendo o real motivo pelo qual o livro 50 tons de cinza tem tudo para quebrar o recorde de vendas mundial.

Valdin: "quem sabe o resultado teria sido outro"

POR GABRIELA SCHIEWE

Amanhã tem início ao Mundial de Futsal, a ser realizado na Tailândia, com o Brasil na disputa e defesa do seu título.

Os melhores atletas estão lá, inclusive Falcão, que, apesar de todo o bafafá com a diretoria da CBFS e recuperando-se de lesão, está confirmado.

O jogo de estréia será contra o Japão, com quem a Seleção Brasileira de Futsal realizou um amistoso há poucos dias, ficando num empate de 3 x 3.

O Brasil e a Espanha são as principais forças desse mundial. Mas o Brasil, diferente das Eliminatórias Sul Americanas para o Mundial, não pode ir com o "já ganhou" porque pode se dar mal de novo!

Agora, esses jogadores que lá estão para disputar o Mundial de Futsal, apesar da FIFA já estar tentanto apagar as "estrelas" brasileiras, terão a possibilidade de "brilhar". No entanto, há uma estrela que não irá brilhar.

O craque Valdin, nome certo das convocações do "Pipoca", atuante e fiel parceiro de Falcão, assim como um cometa, na sua velocidade sagaz, e com um brilho incandescente, se apagou e partiu!

Há exatos 5 meses e 10 dias realizou uma cirurgia extremamente delicada no seu joelho. E além daquilo que o bisturi permitiu, cortou o seu sonho de participar, pela primeira vez, do Mundial de Futsal.

Num bate papo breve, Valdin expressou o seu sentimento, como segue:

Gabriela - Você está pronto para voltar?

Valdin - Sem dúvida. [Ele esclareceu que ainda não está 100%, que nesses 5 meses e 10 dias de recuperação sempre buscou a sua melhora, aperfeiçoamento e readaptação, que é normal para a lesão que sofreu, sentir um certo desconforto no início, mas espera que isso logo passe].

Gabriela - No seu entendimento, o que teria sido diferente na final da Liga, se você estivesse jogando?

Valdin - Não digo que teria sido diferente, mas eu e Pixote poderíamos ter ajudado muito mais e quem sabe o resultado teria sido outro, ou não.

Gabriela - Você se sente frustrado por não ter participado da final da liga, assim como do Mundial?

Valdin Frustrante. Me sinto sim. Há 8 anos venho me preparando. No mundial de 2008, por opção do técnico não fui chamado e agora que acreditava, por estar sempre sendo convocado e ter a confiança do técnico, que estaria lá, sofri a lesão. A final da Liga também, pois é o principal campeonato e não pude jogar.

Gabriela - Quais os planos para a próxima temporada?

Renato e Valdin
Valdin - Voltar bem! Espero renovar o meu contrato com a Krona, que termina agora no final do ano e poder elevar o nome da Krona e disputar as finais. Agora no final do ano terá a Taça Brasil e espero estar jogando bem e chegar na final.

Gabriela - Você tem receio de não restabelecer o seu futsal?

Valdin - Tenho receio porque é uma lesão muito grave, mas como o Renato [fisioterapeuta do Krona] falou, sou muito dedicado e está minha dedicação ajudou muito na minha recuperação."

Nesse bate papo bem informal, com um olhar cheio de dúvidas mas emaranhado de muita esperança e força de vontade, Valdin falou que os primeiros 10 dias após a sua lesão foram os mais tensos.

Pairava nos seus mais nebulosos e atordoados pensamentos a dúvida de arriscar a sua saúde física e tentar jogar o Mundial ou pensar num bem maior, no seu futuro como atleta e nos 4 anos, pelo menos, que terá pela frente como atleta de alto nível no futsal.

Disse ainda que a "sua ficha só caiu" de verdade após a cirurgia. Aí conseguiu entender o que realmente estava acontecendo e que, ao apagar das luzes, lhe restava recomeçar.

Acrescentou que a sua família, assim como a sua determinação e vontade foram primordiais para a sua paz de espírito e continuidade do trabalho.

A verdade é que a sua estrela solitária, o cometa "levou", o brilho se apagou, mas sempre volta, por vezes menos intenso e muito mais rápido, sem sequer ser notado, em outras com um brilho ofuscante, deixando seu rastro transcender no horizonte e que assim seja para esse atleta, que busca todo dia, a certeza de que lhe será possível, brilhar novamente mas, principalmente, apenas jogar!

Boa sorte ao Brasil nesse Mundial. Boa sorte, Valdin, no seu retorno!

Obs.: o link a seguir mostra parte do treinamento do atleta http://globotv.globo.com/sportv/sportvcom/v/valdin-do-joinville-faz-treinamento-de-resistencia-fisica-com-paraquedas/2161717/

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sexo e novas tecnologias...

POR ET BARTHES
É um comercial feito especialmente para o público masculino. E mistura as novas tecnologias com a vida das pessoas. Check...



E agora?

POR JORDI CASTAN


E agora?

Num rompante de lucidez e de bom senso, o eleitor escolheu votar com a cabeça. Sem se deixar levar pelos cantos das sereias, pela fantasia e pelo discurso fácil. Depois de 10 anos de péssimas administrações e de ver Joinville diminuída e quase convertida numa caricatura da cidade que foi - e deve ser -, o eleitor deu um sonoro “basta”.

A maioria do eleitorado sinalizou que é a hora de arregaçar as mangas e trabalhar por Joinville. As últimas experiências não tem dado bons resultados e o velho bom senso recomenda não continuar apostando em propostas arriscadas, especialmente estas que  tem se mostrado tão desastradas. A resposta do eleitorado segue a lógica do pêndulo. Ir passando de um extremo ao outro, na esperança que o equilíbrio se encontre localizado em algum ponto indefinido. O resultado desta sucessão de decisões faz que o eleitor se encontre sempre numa voragem.

Na eleição passada, talvez o voto que elegeu Carlito fosse muito mais um voto contra a continuidade do modelo de gestão tebaldiana. O eleitor escolheu entre uma gestão competente, ao seu modo, mas que cheirava a peixe podre, e outra que se apresentava casta e virginal mas sem nenhuma experiência. Deu no que deu. Agora a opção foi escolher alguém que entenda de administração, mesmo que o preço a pagar seja uma boa dose de autoritarismo e de inexperiência política.

Joinville escolheu de novo trilhar um caminho desconhecido, mas desta vez o eleitor escolheu a opção mais conservadora, alguém com mais experiência administrativa, mais maduro, que não tem idade para fazer do seu cargo um trampolim para novas aventuras. A favor desta escolha o fato que o Udo Dohler tem muito mais a perder que a ganhar. Sempre é perigoso quando entra em cena alguém que não tem nada a perder, pode ser capaz dos maiores desatinos.

Vamos tomar assento, a viagem que temos pela frente nos próximos quatro anos não deverá ser vertiginosa. Deverá ter poucos solavancos e no máximo permitirá corrigir alguns os erros do passado. É bom não esperar muito, um parque aqui, um asfalto lá, pagar as contas, melhorar a saúde e pouco mais, porque quem muito espera se desespera. Se esta nova gestão conseguir colocar de volta a máquina nos trilhos, acho que já poderíamos nos dar por satisfeitos. Seria até um grande avanço.

Sejamos realistas, o candidato que prometia milagres não se elegeu. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Chuva prossegue no caminho do debate e da crítica


É Nóis!


Todos por Joinville!


Os fatores que levaram à vitoria de Udo

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

A vitória de Udo Dohler era pouco esperada, da mesma forma que a sua candidatura, um puro boato para muitos. Os meses foram passando, e seu nome conseguiu unir um partido que há anos estava rachado. O PMDB de Joinville não encontrava um norte desde que LHS saiu da Prefeitura e foi para o Palácio d'Agronômica. Esta foi a grande vitória de Udo, pois, sem isso, não seria eleito.

Conseguiu o apoio de um partido médio da cidade (o PDT) e alguns outros, formando uma coligação modesta, longe daquelas montadas por LHS nos anos 90. Mas, com um PMDB fortalecido como há tempos não se via. A campanha começou com Udo em quarto lugar, atrás mesmo de Carlito Merss e sua péssima gestão. Com uma chapa de vereadores consistente (a qual acabou elegendo quatro pessoas) e uma propaganda eleitoral diferenciada, mostrando propostas enquanto os outros se criticavam, subiu nos índices de uma hora para a outra, passando Carlito e assustando Clarikennedy e Tebaldi, os líderes intocáveis até então.

Com os ataques diretos a Tebaldi por parte dos adversários, Udo subiu e se consolidou como a segunda força ao fim do primeiro turno. E de fato era, junto com Clarikennedy, a candidatura que mais tinha vontade de chegar ao cargo de Prefeito. Tebaldi estava sonolento e Carlito apanhava nas cordas. Leonel era a surpresa, mas não encorpou a ponto de chegar.

Udo conseguiu não cair na armadilha de revidar os ataques, principalmente aqueles que surgiram após a sua ascensão (o vídeo da mulher "amarrada" vai ficar para a história). Ao não dar mídia para seus ataques, respondendo-as, sua candidatura se consolidou como um nome que estaria no segundo turno, pois continuou mostrando propostas, e apenas isto. 

O segundo turno mostrou a inversão de estratégia do empresário, atacando diretamente o seu opositor. E foi aí que Clarikennedy perdeu. Não foi nem no aceite dos apoios de Tebaldi e Carlito. O revide aos ataques prejudicou muito a sua imagem perante o eleitorado. E essa era a única arma que restou ao Udo e a sua competente equipe (ter uma campanha rica ajuda nessas horas...), revirando todo o passado documentado da vida do deputado, e espalhando através de sua militância. Como uma bola de neve, atingiu grande parte do eleitorado. Mais uma vez, o PMDB unido fez a diferença.

Como uma boa parcela do eleitorado de Clarikennedy ainda não estava decidida sobre o seu voto (aí que se encontra o grande erro dos institutos de pesquisa, pois estes não acompanham a maleabilidade do comportamento eleitoral das pessoas), e acabou invertendo sua intenção após o revide dos ataques, e da proliferação de todo o passado revirado. Udo pode não ter sido o candidato mais coerente, e com fatos estranhos (como o da renúncia de seu salário dias antes da votação) mas sabia que o pessedista iria cair na armadilha e "dar ibope" aos ataques, evidenciando-os. O feitiço persuasivo do deputado virou contra o feiticeiro, pois não conseguiu sustentar o seu discurso incoerente demonstrado através dos ataques.

O empresário Udo, um intruso no rachado ninho peemedebista, que falava com sotaque carregado, incomodado perante os belos discursos dos adversários nos debates (muitos deles desnecessários, tema para um post futuro), representante durante anos dos empresários, indicação do coronel urbano LHS, desconhecido do povão e sem apoios substanciais no segundo turno acabou levando. O seu sucesso deve-se muito também aos erros dos outros. Carlito teve tudo na mão para se reeleger, mas não soube aproveitar. Já Tebaldi sucumbiu após anos desastrosos.

Aos aliados, cabe agora a realização de uma ótima gestão, sempre visando o melhor para a cidade. Aos adversários (principalmente Tebaldi e Carlito) é hora de repensar as atitudes E AS PESSOAS QUE OS CERCAM. Caso contrário, não terão sucesso em 2014. A cidade de Joinville tem um novo Prefeito (o primeiro nascido em Joinville desde Rolf Colin), eleito em uma campanha que entrará para a historia, duplamente: pelo baixo nível dos debates e ataques e também pela virada histórica de Udo Dohler. 

Prever a vitória de Udo: dá pra fazer!

POR GUILHERME GASSENFERTH

O Chuva Ácida foi um dos primeiros espaços a analisar e acreditar no fenômeno que foi a virada de Udo Döhler.

Além do mais, aqui criou-se um espaço democrático de participação do leitores, com praticamente todos os comentários liberados (à exceção dos ofensivos, caluniosos ou criminosos) e espaço (que continua) aberto ao envio de textos.

Não se pode também menosprezar o fato de que este blog foi unânime no combate ao Kennedy Nunes e suas promessas vãs, demagógicas e lunáticas. Daqui, saíram várias das armas de Udo e contra Kennedy ao longo do pleito – algumas forjadas ainda em 2011.

Foi o Sandro quem cunhou o termo KCT, que caiu nas graças do povo e foi pras redes sociais. Há um ano, o Charles escreveu sobre as diárias usadas pelo Kennedy para visitar a própria cidade, o que acabou tornando-se uma das principais armas de combate ao candidato deputado. Foi aqui no Chuva Ácida que o Baço alertou-nos da diferença entre o Udo gestor e o Udo político, e fez abrir os olhos para quem era o candidato do oba-oba. O Jordi escreveu o texto recordista em acessos, explicando motivos que levavam o eleitor a não escolher Udo Döhler – o que felizmente acabou por não acontecer. Amanda abriu os olhos dos leitores sobre os perigos da mistura da religião com política. Até mesmo a Gabriela, que escreve sobre esporte, conseguiu demonstrar que Udo era mais preparado e tinha propostas mais factíveis para o esporte. E eu consegui fazer a análise que se mostrou certeira: de que Udo sairia vencedor nestas eleições.

Devo confessar que me arrependo apenas de ter ajudado a contribuir para divulgar a canção A Jumenta Vai Falar. Foi um ataque ao Kennedy Nunes pessoa, não ao político. Ele tem o direito de acreditar no que quiser e criticar sua música foi algo que não considerei nobre nem bonito, pelo contrário. Mas são águas passadas.

Nestas eleições, atingimos a histórica marca de 70 mil visitas neste mês de outubro, marcado pelo período entreturnos. Sabemos que este número vai diminuir consideravelmente no pós-eleição, mas não podemos usar de falsa modéstia e ignorar a importante participação do Chuva Ácida como um novo player da política e cotidiano locais.

Na minha opinião, Udo não é o prefeito ideal, e o partido onde está abrigado é o pior do Brasil. Mas depositamos esperança em seu governo, principalmente se LHS se mantiver afastado das tetas (santa ingenuidade).

Agradeço a todos os nossos leitores pela visita e comentários, além dos convidados que enviaram textos. Continuem utilizando este espaço! E agradecemos também a quem acreditou em nosso improvável prognóstico de sexta-feira.

A Udo Döhler e Rodrigo Coelho, nossa saudação pela importante vitória e histórica virada. Saibam, no entanto, que este blog não deixará de fazer seu papel de crítica e haverá de posicionar-se contra quando entendermos necessário – para que sempre a grande vencedora seja Joinville e seu povo.

domingo, 28 de outubro de 2012

Kennedy ou Udo, faça a sua escolha!


POR GABRIELA SCHIEWE

Caros leitores e eleitores de Joinville, até o momento pouco ou quase nada tratei acerca do embate político no que tange o esporte joinvilense.

No entanto, amanhã é dia de decisão e agora não haverá mais possibilidade de se adiar tal escolha entre Kennedy (Clarikennedy) x Udo.

Não vamos elencar aqui propostas que dá ou ná pra fazer, até por que tem tantas tão estapafúrdias que me julgo totalmente incapaz de tecer qualquer comentário.

Mas vamos falar sobre o que nos interessa nesse espaço, o Esporte. O que foi falado pelos candidatos à Prefeitura de Joinville para o albergamento do esporte joinvilense, assim como de seus atletas?

Praticamente nada, a não ser o que vimos nesses últimos diasd a discussão de que Udo é apoiador do JEC há anos e que Kennedy só "ajudou" o Avaí e nada para Joinville.

Gente, em primeiro lugar, o esporte de Joinville não se resume ao JEC (tudo bem que é o de maior notoriedade), entretanto é o que mais possui patrocínios e ajudas tanto da iniciativa privada como da pública (por mais pífia que seja).

A grande verdade é que Joinville a anos está abandonada por seus gestores no que diz respeito o esporte e seus atletas. A base do esporte tem e precisa ser nas escolas, na iniciação escolar, como já houve um projeto valioso a respeito mas abandonado pelo atual Governo, em que mirava crianças de escolas, com renda inferior.

Apoiar os que já alcançaram nível de competição de alto rendimento, até eu cara pálida. Quero projetos de maneira maciça para aqueles que não detem condições, que estão na iniciação escolar e física, o que poderá acarretar grandes atletas e, caso assim não for possível, com certeza seres humanos muito melhores.

As propostas de Udo Doehler para o esporte, conforme seu Palno de Governos, são as que seguem:

O Esporte é uma das ferramentas mais eficazes na formação do caráter, na preparação física e na manutenção de uma sociedade saudável. Não pode ficar de fora das prioridades de uma administração preocupada com o social.
  • Concluiremos a Arena Joinville, de acordo com o projeto original.
  • Dotaremos praças de quadras poliesportivas e de areia, pistas de skate e de caminhada e palco de eventos.
  • Reformaremos e modernizaremos os ginásios Abel Schulz e Ivan Rodrigues.
  • Basearemos a gestão esportiva em cinco pilares:
  1. Desporto educacional: inclui toda a estrutura escolar e milhares de jovens entre 12 e 17 anos.
  2. Desporto comunitário: com realização de miniolimpíadas interbairros e o fortalecimento de modalidades tradicionais, como Bolão, Tiro-seta, Bocha, Futebol de Salão, Vôlei, Handebol, Judô, Atletismo e Ciclismo, entre outros.
  3. Desporto de rendimento: preparação de equipes para os Jogos Abertos de Santa Catarina e convênios com ligas de esporte amador.
  4. Desporto de participação: valorizaremos a participação da Terceira Idade e o paradesporto.
  5. Qualificação de equipamentos esportivos.(http://www.udo15.com.br/propostas/esporte)
Já as do candidato Kennedy (tive que pesquisar muito para achar as suas propostas), são as seguintes:

- Aumentar a oferta de programas complementares, como microcrédito, capacitação profissional, alfabetização de adultos, cooperativismo e ações de educação, cultura, esporte e lazer para famílias em situação de vulnerabilidade social.

- Ampliar o acesso e a infra-estrutura de esporte e lazer municipal. (Plano de Governo, localizado no site do TSE)

É, se for pela forma que as propostas para o esporte foram apresentadas, o peemedebista foi bem mais claro e específico no que pretende (e esperamos que faça) pelo esporte joinvilense. De outra ponta Kennedy Nunes foi bastante conciso e abrangente nas suas parcas propostas pelo esporte de Joinville. Nesse caso fica até difícil cobrar e esperar algo na área, sendo tão breve e alheio. Vamos torcer que, se eleito for, dê pra fazer!

O que não poderemos aceitar, eleito qual deles for, com mais ou menos propostas, que realmente se faça, que esse abandono dos espaços poliesportivos (se assim é possível se denominar) que Joinville já possui sejam resolvidos e verdadeiramente aproveitados, assim como projetos nas escolas, apoio aos atletas em ascenção etc.

E, também, não se pode deixar de falar no abandono político das próprias equipes de alto rendimento da cidade, como o Krona Futsal ter que disputar, possivelmente, a Taça Brasil no ginásio da Univille, já que o Centreventos já está locado para outros eventos, como formaturas e afins. E, pior, o basquete que, provavelmente jogará seus primeiros jogos em outra cidade por não haver disponibilidade de local apropriado em Joinville.

Que palhaçada, acho isso lamentável, enojante e por horas até parece piada da atual gestão.

Então leitor, faça a sua análise, tire suas próprias conclusões e VOTE, isso mesmo, não deixe de votar, não se exima da sua responsabilidade e depois ainda ficar garganteando aos quatro cantos que o esporte de Joinville está isso ou aquilo. Por pior que seja, sempre devemos fazer uma escolha, eis que vivemos num país democrático de direito que depende de seus cidadãos para a manifestação concreta da democracia e sua atuação de fato.

Cidadãos vamos à urna elotrônica e escolham, diante das propostas apresentadas e das suas conclusões, Kennedy ou Udo e tecle Confirma

Em defesa do voto nulo


POR ÍCARO ENGLER

Sofro de esquizofrenia. Não teria doença melhor para definir a minha visão e divisão do mundo social. Por um lado,sou cientista político e esta profissão me responsabiliza de entender o campo político, suas práticas e leis; seus padrões e recursos; sua profissionalização e símbolos. Assim, entender o campo político como ele é, a realidade, e não como ele deveria ser, no sentido típico ideal (utópico).

A partir da teoria do campo político, construída pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, corrente na qual me filio como pesquisador (Sim, não sou marxista, como já fui acusado, por esquizofrenia – desta vez dos acusadores), compreendo que os profissionais da políticavivem mais da do que para apolítica, e uma vez que perdem seus mandatos, estão desempregados. E aí se basearia a explicação para várias atitudes na política que me deixam perplexo, como eleitor.

Pois nesta condição de cidadão, tenho ideologias, anseios, vontades! Procuro votar de forma consciente, analisar as propostas, partidos, pessoas e delegar meu poder a quemacredito que faria o que eu considero melhor para minha cidade, estado e país.

Por partir destas premissas, não delego o meu poder ao menos pior! Este é o discurso que vejo na cidade onde nasci efui criado. Nela moram meus familiares e amigos. Os sujos falando dos mal-lavados. Acusações de coligação enormes, em que numa temos seis partidos, desde o 1º turno, e na outra sete, com as alianças para o 2º turno. Falam de fisiologismo, onde todos são profissionais da política.

Daí vão me dizer: “Mas o Udo é empresário, nunca foi político. É renovação! Renovação aliada ao PMDB?! Com o seu padrinho Luiz Henrique da Silveira?! E se ele nunca foi político, como se enquadra ao argumento de “experiência”? O discurso de gestor esvazia a política de dentro da política e isso só serve pra legitimar uma lógica que simplesmente não se aplica a este campo. A prefeitura não é uma empresa! É um órgão político do poder executivo municipal (aqui opina ocientista político). Não considero um empresário o porta-voz dos meus interesses (aqui o cidadão). Clarikennedy Nunes, muito menos! Por todas as questões que estão aí, mais freqüentes nas redes sociais, concordando em boa parte com os textos com as críticas ao Kennedy, publicados aqui no blog nestas últimas duas semanas.

O que fazer? Voto nulo! Não vou delegar o meu poder ao menos pior. Vou anular meu voto conscientemente como forma de protesto. Como um recado que diz: vocês não me representam.” Alguns vão argumentar que 50% mais um de votos nulos não anulam as eleições. Verdade! Está bem claro isso na lei. Agora pense um minuto, 50% mais um dos eleitores de uma cidade votam nulo e uma lei é que vai dizer o peso e o significado que uma manifestação social como essa tem?

Meu voto nulo está muito longe de ser uma abstenção. Seria se eu fosse para a praia e justificasse, mas não. Vou sair da cidade onde moro atualmente para, no dia 28 de outubro de 2012, anular meu voto na eleição municipal de Joinville. Ademocracia me permite isso! O regime democrático é muito mais do que eleições a cada quatro (ou dois?) anos.

Não delegue o seu poder ao menos pior. Isto sim é se abster de propor um debate maior e uma mudança real.

Icaro Gabriel da Fonseca Engler – Joinvilense e doutorando em Ciência Política(UFRGS)

sábado, 27 de outubro de 2012

Siga o sapo!

POR ET BARTHES
Se você não entende inglês vai perder alguma compreensão deste filme. Se entende provavelmente vai gostar. Siga o sapo.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Nudez verdadeira, mensagem falsa

POR ET BARTHES 
O comercial aí, cheio de peladões, foi retirado do ar pelas autoridades britânicas. Mas não é por causa da nudez. É que eles dizem que o presunto é o único com ingredientes 100% naturais. E não é. Mensagem falsa, filme fora do ar.


A vitória de Udo Döhler pode estar próxima

POR GUILHERME GASSENFERTH

Udo conta voto a voto :P
A estreia de Udo Döhler nas urnas, com de mais de 85 mil votos, calou muita gente. Para quem amargava o quarto lugar durante boa parte do processo, a votação de Udo foi surpreendente e demonstrou a força que possuem na cidade o PMDB, LHS e o próprio empresário.

Embora Colombo tenha vencido ainda no primeiro turno, foi da mesma forma nas eleições de 2010. Largou lá de trás e veio crescendo, até suplantar as duas candidatas favoritas ao título. Por que a comparação com o governador? Porque a capacidade de crescimento e de virar o jogo são aspectos que caminham juntos dos vencedores.

No primeiro turno, a campanha peemedebista foi Udinho Paz e Amor, numa louvável postura de evitar ataques e de apresentar propostas - o que deve ter sido um dos fatores do seu sucesso. Mas no início do segundo turno, Döhler estava muito atrás nas pesquisas. A maior parte delas apontava cerca de 65% para Kennedy e 35% para Udo, numa diferença gritante e que parecia carimbar o passaporte pessedista para o gabinete ocupado hoje pelo Carlito Merss. Ao perceber a disparidade, Udo partiu para o ataque, promovendo quase que táticas de blitzkrieg contra o seu oponente, que em muitas vezes ficou atordoado com a inesperada artilharia.

Udo 'kennedyzou' no segundo turno. Usou os mesmos expedientes que seu adversário, lançando mão de vídeos acusativos (pelo menos sem denúncias anônimas), ataques diretos e bombardeando as redes sociais. Quem não curtiu, compartilhou ou pelo menos viu alguma das ilustrações da cômica série "Dá Pra Fazer"? É uma alusão às sandices que Kennedy promete mesmo sem qualquer nível de realidade maior que a do "mundo de Bobby". Teve também o vídeo que mostra Kennedy afirmando: "isto é compromisso, nós vamos baixar o valor da água em Joinville". Alguns meses depois, o mesmo Kennedy diz: "eu nunca disse que iria baixar o valor da água em Joinville". Pegou mal e certamente tirou votos do Kennedy e deu pra Udo.

Além disso, a postura de Udo passou a se aproximar da demagogia que parece encantar o povo. Abrir mão do salário é uma dessas iniciativas. Embora o cardápio sirva política a la Kennedy, parece que é neste restaurante que os eleitores gostam de comer. E talvez Udo tenha acertado nas estratégias. Doar seu salário de prefeito significará um milhão de reais no bolso de entidades beneficentes da cidade. O povo, que acha que os políticos emprestam suas carinhas para as fotos da urna eletrônica só em troca de altos salários e poder, vê com bons olhos um candidato que abra mão de um salário polpudo como este. Mais um pontinho na caderneta do 15.

Há de se considerar o inesperado - pelo menos por mim - apoio dos sindicatos de trabalhadores à campanha de Udo. Invalidou o discurso de que Udo é o candidato dos patrões, uma vez que quase 30 sindicatos aderiram à sua candidatura, inclusive o sindicato dos trabalhadores em indústrias têxteis. Este apoio é o mais simbólico de todos, porque demonstra que a relação de Udo (presidente do sindicato patronal) com o sindicato laboral é, no mínimo, respeitosa. "São pelegos", alguns dirão. Pode ser, acredito que há sindicatos pelegos. Mas 29 pelegos? Aí dificulta um pouco. A propósito, o vice do Kennedy é de uma das quatro associações empresariais mais importantes da cidade, a ACOMAC. Ele não é patrão?

Outra fonte de votos importante para Döhler é a coligação-ornitorrinco formada na cidade, por Kennedy, Carlito e Tebaldi. Assim como Tebaldi saiu de mais de 40% dos votos para 15%, a população não ficaria impassível diante dos programas de TV que mostram que votar Kennedy representa fazer voltar Tebaldi e continuar Carlito, os dois candidatos mais rejeitados. Tem gente de que tanto nojo desta súcia junção resolveu abandonar a orientação partidária e votar Udo.

Não se deve deixar de considerar as pessoas que estavam inclinadas a anular o voto mas, diante das circunstâncias e do medo da vitória do Kennedy, sufragarão Udo para evitar o mal maior. Não é em quem gostariam de votar, mas entendem que um dos dois vencerá as eleições de qualquer forma e pretendem passar a atuar para que o PSD não vença. Disse Max Weber: "neutro é quem já se decidiu pelo mais forte". 

Todos estes fatores somados mostram que o número de eleitores de Döhler está crescendo muito. Informações extraoficiais recebidas na noite passada demonstram que Udo e Kennedy entraram num empate técnico, o que corrobora esta tese. Mas se antes Kennedy e Udo tinham uma diferença gritante e agora colaram, é porque há forte viés de queda de Kennedy e ascensão de Udo. Desta forma, diferentemente do que vinham pensando algumas pessoas, Udo não só está no páreo como é possível que neste momento já tenha ultrapassado Kennedy e esteja a dois dias de sagrar-se prefeito da maior cidade de Santa Catarina!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Professora distribui tabefes entre as crianças

POR ET BARTHES
Lembram de um vídeo postado há alguns dias, onde uma professora chinesa espancava uma criança autista? Pois o vídeo de hoje é um autêntico show de distribuição de tabefes e pontapés. Em 30 minutos, nada menos do que 120 agressões. E quem apanha mais é sempre a criança que está mais perto. Imaginem o terror.


Por que Kennedy virou Clarikennedy

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Estamos na última semana desta memorável campanha eleitoral. Os preconceitos que permearam os debates e conversas de botequim nos últimos noventa dias esconderam as reais propostas dos candidatos e as visões de cidade de cada um. Porém, desde o ano passado eu já tinha bem definido em quem não votar, e este é o deputado estadual Kennedy Nunes. Após meses comentando na rádio Mais FM, e acompanhando o dia-a-dia do cenário político local, cheguei à conclusão que as ações e ideias de Kennedy são extremamente fantasiosas, sofistas e vão na contramão do que se faz fora das terras joinvilenses. E desde então passei a chamá-lo de Clarikennedy (seu nome de batismo), para tentar demonstrar a todos como suas atitudes são incoerentes da mesma forma que precisa de um nome artístico para se apresentar ao povo.

Nunca passei a chamá-lo assim por menosprezo ao seu nome de batismo, ou algum tipo de preconceito, muito menos por ser cabo eleitoral de outro candidato (não consigo ser simpatizante de uma ideia pró-Udo, por exemplo). Fiz isto pela simples necessidade de criar um fato novo em torno de seu nome e demonstrar tudo o que não concordo sobre sua atuação. Cada um tem sua opinião e eu tenho a minha. Inclusive, é a primeira vez que falo aqui no blog sobre o surgimento do "apelido" (que ironia!), o qual pegou nas redes sociais a ponto de todos os internautas saberem que Kennedy, na verdade, é Clarikennedy.

***Algumas de minhas opiniões estão neste link: http://www.chuvaacida.info/search/label/Clarikennedy%20Nunes

Agora Clarikennedy está no segundo turno e com ótimas chances de ser eleito. É óbvio que ele não terá o meu voto, ainda mais depois de aceitar o apoio de Carlito Merss e Marco Tebaldi. Faz parte do jogo fazer alianças em um segundo turno, eu sei, mas passou anos batendo nas últimas gestões e agora se alia a elas. Porém, para refrescar a memória dos esquecidos ou incrédulos em minhas palavras, reforçarei aqui meus pensamentos sobre três ideias centrais da campanha do Clarikennedy:

1 - A política de planejamento urbano do candidato resume-se em abaixar a tarifa de ônibus (com subsídios da Prefeitura, ou seja: os usuários pagarão pelo transporte coletivo duas vezes, e sem saber) e construir elevados. É cada vez mais consenso que, quanto mais espaço dermos para os automóveis, mais automóveis teremos nas ruas, em um ciclo perigoso. Além disso, o candidato se esquece do preço absurdo de uma obra destas, pois, se lembrasse, preferiria propor investimentos no transporte coletivo e outras formas não-motorizadas, diminuindo o problema de circulação intra-urbana. Quando vai para a Europa em feiras de mobilidade adora andar de ônibus, mas quando chega no Brasil propõe elevados. Isso é muito Clarikennedy!

2 - O uso de diárias da Assembleia Legislativa para "visitar" Joinville, em um escândalo denunciado pelo Chuva Ácida. Preciso falar mais? E o deputado nem estava na cidade, em desacordo com o relatório apresentado. Isso é muito Clarikennedy!

3 - A transferência das obrigações da Prefeitura para a iniciativa privada, através do "cheque-consulta" ou do "vale-creche". Se ele for eleito Prefeito, é para criar mecanismos públicos que atendam os cidadãos, e não transferir o problema para empresários ou profissionais que visam lucro com suas atividades. Isso é uma falsa social-democracia travestida de "resolução dos anseios das pessoas". Isso é muito Clarikennedy! A minha visão de Estado não é a mesma dele. Simples assim.

Por estas e outras que milhares de pessoas fazem questão de sempre chamá-lo de Clarikennedy. O fato dele ser pastor e utilizar-se da igreja para seminários de lideranças, cantar no seu grupo dedos de david, sair do PP e ir para o PSD em um projeto essencialmente pessoal, ter um vice representante de uma entidade empresarial e ser um dos principais defensores do trágico governo Raimundo Colombo não influenciou diretamente em minhas opiniões. As propostas pesaram mais. Salvo melhor juízo, é assim que deveria ser construída a rejeição ou a intenção de voto, por mais que o preço de uma câmera de vigilância ou a renúncia do salário de Prefeito pareçam ser mais importantes.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Um segundo turno dos diabos

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Parece que o diabo anda a fazer as suas maldades neste segundo turno. Primeiro o candidato Kennedy Nunes divulga uma foto ao lado do bispo católico. Aí a diocese do bispo emite uma nota a dizer que a publicação não foi ética, porque dá a entender que seria um apoio à candidatura. O candidato devolve a acusação, insinuando que a diocese teria sido induzida por outros a tomar essa posição.

É fácil entender os dois lados. Kennedy Nunes tem razão em dizer que, ao veicular a imagem, não falou em apoio. Mas qualquer estudante com duas aulinhas de semiótica sabe que a coisa acabaria por ter outro significado. Kennedy Nunes, que tem diploma de jornalista, deve ter feito essa cadeira e provavelmente sabe: não é preciso falar em apoio para sugerir um apoio efetivo.

A questão é saber até que ponto essa pequena patranha valeu a pena. Para começar, Kennedy Nunes deixou o bispo numa batina justa, porque ficou a ideia de uma quebra do princípio da neutralidade da Igreja. E criou um fait-diver desnecessário que, para fazer coro com a imprensa, acabou com uma “nota de repúdio” à sua conduta. E repúdio é uma palavrinha chata de ouvir.

Resta saber se Kennedy Nunes ganhou algum voto católico com isso. Não parece. Quando muito, pode ter perdido uns dois ou três votinhos. O hábito do cachimbo deixa a boca torta. Se o voto de cabresto ainda é possível em certas confissões religiosas, em que os pastores levam o rebanho para o próprio curral eleitoral, o mesmo não vale para os católicos. É que há muitas reses tresmalhadas, desobedientes e indiferentes.

Ah... passou quase despercebido. Quando parecia que ia ficar por isso mesmo, eis que os assessores de Kennedy Nunes decidem jogar um pouquinho de gasolina na fogueira. Os caras partilharam, nas redes sociais, uma foto na qual Udo Dohler aparece numa missa católica. Qual é pecado? Ah... parece que ele é luterano e, ao visitar uma igreja da concorrência, estaria a ofender os fiéis católicos.

Sim... o raciocínio é bastante torcido. O post é uma obra literária: “Que feio, seu Udo. É assim que o senhor quer governar Joinville? Se não respeita nem a fé alheia. Acha que os fiéis não viram isso?” Sério, amigo? Fico a perguntar que mente brilhante pariu esse texto. Aliás, que fique entre nós, leitor ou leitora, mas se a burrice fosse pecado havia uns caras que jamais entrariam no céu.

Para finalizar. Eu juro que tentei evitar o tema religião durante as eleições. Mas como não fui eu quem começou essa palhaçada, fiquei à vontade meter o meu bedelho. Afinal, a coisa só vem referendar a minha tese: misturar política com religião só pode dar cagada. Aliás, é uma coisa que se sabe desde os tempos de antanho, quando se dizia “a César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.


Pratique esporte. Faça sexo!

POR GABRIELA SCHIEWE

Hoje, comprovadamente, uma das maneiras mais simples e barata para se ter uma vida saudável é praticando esportes.

Não precisamos ser nenhum Usain Bolt, fazer as peripécias de Armstrong para alcançar a vitória, basta que praticamos alguma atividade física. Opa, aí que tá o negócio bom!

Vocês já ouviram falar nas tais premissas que geram um resultado, então:

1- Atividade física faz bem à saúde;

2- Sexo é cientificamente considerado uma atividade física;

3- Resultado: sexo faz bem à saúde!

De onde estou tirando essas idéias? Será que o Livro 50 tons de cinza me deixaram assim? Não, pessoal, nem li este "sucesso das frígidas", como comentei com a minha amiga e colega de blog Amanda Werner. A questão é científica mesmo. Foram realizados estudos por especialistas que concluíram ser o sexo, além de prazeroso (que os puritanos não me ouçam), muito saudável.

"O cardiologista Dr. Nabil Ghorayeb, especialista em Medicina de Esporte e diretor da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), explica que a relação sexual normal equivale a uma atividade física de intensidade leve a moderada."


Valéria Alvin Igayara de Souza CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento

Conforme o quadro acima e as explicações do especialista, claro que a prática casual do sexo não lhe levará a perda dos quilinhos a mais. Para isso, a prática, como qualquer outra atividade física, deve ser regular, regrada, acompanhada de uma alimentação balanceada (sem insanas interpretações neste caso).

Apesar de ter mencionado no meu título que o sexo seria um esporte, também não será à toa que afirmarei uma sandice dessas.

Nos estudos realizados, o professor de educação física Mauro Guiselini faz questão de diferenciar esporte de atividade física: "atividade física é um termo genérico que significa fazer qualquer movimento, como lavar louça, arrumar a casa ou varrer o chão. Já o exercício físico é uma prática frequente e regular de movimentos corporais."

Agora, quem quiser levar a sua atividade física à sério e eleger o sexo como opção, basta parametrizá-lo, fazendo constantemente, por tempo determinado e controlando batimentos cardíacos, frequência respiratória e alimentação baleanceada. Fica a opção sexual, quer dizer, esportiva.

Tudo bem. Você até pode achar, num primeiro momento, uma grande baboseira essa meia dúzia de palavras que acabei de escrever. No entanto, a verdade é que se pode unir o útil ao muito agradável; praticar uma atividade física que lhe gera prazer, bom humor e ainda, dependendo como a fizer, poderá, também, lhe deixar em forma.

Quer melhor ou está bom pra hoje?

Atividade física deve ser praticada sempre, em qualquer idade, sem qualquer distinção e, quando isso pode ser feito com prazer, melhor ainda.

Faça sexo fisicamente ativo!

Obs.: este link traz alguns exemplos das benesses do sexo para a saúde, http://meublogcafecomcanela.blogspot.com.br/2011/08/sexo-e-atividade-fisica.html