sábado, 3 de novembro de 2012

Um pouco de delicadeza, por favor!


POR REJANE GAMBIN

Passado o furor eleitoral, que mais uma vez deixou ganhadores, perdedores e “viúvas e órfãos”, penso que já é hora de voltarmos a pensar na nossa vã existência!

Digo isso porque tenho observado, já há algum tempo, e também durante a campanha eleitoral, como estamos embrutecidos. E não é só por conta dos crimes que todos os dias vemos nas páginas de jornais e sites de notícias. É só observar: em casa, no trabalho ou até quando estamos a passeio por aí, temos e vemos momentos de pura grosseria! E aí você que lê esse texto vai dizer que estou exagerando. Certo?

Errado!

Vamos aos fatos. Um dia desses vi um pai que ficou falando sozinho, depois que a filha desligou o telefone na cara dele. E não foi por nenhum absurdo não, apenas uma pequena chamada de atenção. Aliás, que eu saiba faz parte da missão de um pai orientar os filhos! Vi também, outro dia desses, um vizinho que ao passar pela porta do prédio, na minha frente, sequer pensou um segundo em segurá-la para que eu também passasse. Acabei quase atropelada pela porta!!rsrs
E nas filas, hein? Ah... as filas. Vejo por aí jovenzinhos tentando apressar o passo na porta da lotérica ou banco para chegar no caixa antes do velhinho que vem com passos lentos.

Ah... e ainda tem o “por favor”, o “muito obrigada” e o “com licença” que parecem nem existir mais que para uma maioria. Sem falar no que vemos no trânsito, andando pelas ruas da cidade... Feio né? Mais ainda para uma civilização que se diz evoluída e preparada inclusive, para até quem sabe, habitar outros planetas.

Em meio a tudo isso, sempre lembro do exemplo de um homem que não tive o prazer de conhecer pessoalmente: o Profeta Gentileza! Para quem não sabe, Profeta Gentileza ou José Agradecido (nome verdadeiro dele) viveu no Rio de Janeiro e ficou conhecido por pregar o amor, a paz e a gentileza. Foi ele que escreveu as frases que ficaram famosas em viadutos e paredes da cidade maravilhosa. Entre elas, uma que me encanta em especial e que rege a minha vida: gentileza gera gentileza!

Tento todos os dias ser gentil, e até quando me canso, respiro fundo e penso nessa frase. Afinal, acredito firmemente que “o plantio é livre, a colheita obrigatória”! Então, como dizia o Profeta, realmente gentileza vai gerar mais gentileza.
Que tal a gente pensar nisso!?

E a propósito, só a título de curiosidade: Não sou apenas eu que admiro o Profeta Gentileza. Ele virou nome de praça no Rio de Janeiro, a vida dele se tornou filme, livro e tese em faculdades, e também a Escola de Samba Grande Rio, através de Joãozinho Trinta, fez do Profeta Gentileza enredo do carnaval de 2001.

Ah... e ainda tem Marisa Monte que homenageou o Profeta Gentileza com uma música. Quer ouvir!? Por gentileza... fique a vontade!


Clássico catarinense: como a arbitragem vai decidir?

ARBITRAGEM - Darth Vader é de outro mundo e sua luta é implacável. Assim como a arbitragem brasileira que, regida por forças extracampo, tem afetado diretamente os resultados, tanto da série A como da série B.

Mas não vamos nos gabar desta capacidade interplanetária de nossos árbitros. No jogo Manchester x Chelsea, lá também, Darth Vader autou com suas forças "magnéticas".

Como foi amplamente noticiado pela mídia, o STJD colocou um asterisco na tabela do Brasileirão, que na prática se trata de um ato formal para apuração dos fatos e que, como já previu o Procurador do Tribunal, dificilmente algo será modificado pois tudo ocorreu nos ditames legais. E o Palmeiras vai continuar no buraco e o colorado terá os seus pontos "liberados".

CLÁSSICO - O Tricolor dá uma descidinha no mapa para encarar o temido Criciúma na sua casa. Tarefa muito difícil para o nosso JEC, que hoje se encontra a 9 pontos do 4º colocado e havendo só mais 5 rodadas (incluindo esse jogo).

Esperemos que esse jogo hoje, que realizar-se-á as 16:20 horas, não seja atrapalhado pela arbitragem e apenas o melhor futebol impere, se é que podemos esperar isso do Joinville.

Mas, por mais difícil que seja, mesmo assim temos que continuar acreditando enquanto for possível.

FUTSAL - Brasil estreiou vencendo o Japão mas perdendo seu mais importante jogador. E, após a matéria de recuperação e força de vontade do craque Valdin, agora Falcão passa por um momento delicado e de total indecisão.

A Seleção, mesmo vendo o seu principal atleta lesionado no banco, desenvolveu um bom jogo que apareceu de maneira mais assuntosa no segundo tempo. Amanhã será o segundo jogo e continuaremos na torcida pela luta de mais um título.

Falando em futsal, o nosso Krona está bem "malecho". Apagão? Falta de vontade pelo teor da competição? A verdade é que o jogo que a equipe vem apresentando está pífio, refletindo diretamente nos últimos resultados. O que ficou evidente, na equipe sub-20 que, apesar do empate que não lhe levou à final do Campeonato Estadual, fez um jogo parelho com Jaraguá.

Que na fase final agora, enfrentando o Concórdia na semi-final, o time principal faça valer o investimento do seu gestor e o apoio irretocável da sua torcida fiel.

NO CHUVEIRINHO - Absurdo, lamentável, nojento ver que o velódromo que foi construído para o Pan Rio-2007, ao custo de R$ 14 milhões, será desmontado por estar fora das exigências mundiais e será construído um novo para as Olimpíadas Rio-2016 pela bagatela de R$ 134 milhões. É piada. Governo Federal rasgando o nosso dinheiro.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Darth Vader no mundo da fantasia...

POR ET BARTHES
A Disney ficou os direitos do Star Wars. Os fãs da série torceram o nariz para o acordo. Mas a mistura parece já ter começado. Certo, Darth Vader?


Invista na felicidade

POR GUILHERME GASSENFERTH

Na cordilheira do Himalaia, entre a China e a Índia, existe um pequeno país de 700 mil habitantes chamado Butão. Em 1972 o soberano daquele país, rei Jigme Wangchuck, decidiu que não fazia sentido para eles avaliar seu pequeno reino sob a ótica do Produto Interno Bruto, e decidiu inverter a lógica usando um nome similar: Felicidade Interna Bruta, ou FIB. O rei entendeu que para seus habitantes, tidos como o povo mais feliz do mundo, o que importava não era crescimento econômico ou riqueza, mas tão somente a felicidade.

Para poder quantificar o FIB, o rei Jigme desenvolveu o conceito e dividiu-o em quatro pilares: desenvolvimento socioeconômico sustentável e igualitário, preservação dos valores culturais, conservação do meio-ambiente natural e estabelecimento de uma boa governança. O rei asseverou que a observância destes pilares levaria o Butão a ser um país ainda mais feliz.

O que pode parecer um devaneio de um pequeno monarca asiático já é, na verdade, uma realidade, em países e mesmo em empresas. O FIB é medido (e levado a sério) em países desenvolvidos da Europa, como a Inglaterra, além de diversas organizações. Por que sua empresa deveria ficar de fora?
Em setembro, foram colocados vários outdoors pela cidade com uma frase: “felicidade dá resultado”. A afirmação foi patrocinada por uma empresa joinvilense, que passou a figurar na lista das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil segundo a revista Você S/A. O outdoor mostra uma tendência nas organizações: a busca da felicidade.

Um dos motivos para se buscar a felicidade entre os colaboradores da empresa é a ideia de sustentabilidade. Imagine-se o contrassenso que não seria uma empresa que constrói uma escola na África ou resolve preservar a Amazônia enquanto estabelece horários para o colaborador usar o banheiro e submete-o a pressão desumana. A sustentabilidade (e, em muitos casos, o respeito à dignidade humana) deve ser compreendida como um todo, mas deve iniciar principalmente dentro da própria organização.

Outra razão que justifica a atenção à felicidade é a melhoria da produtividade. Estudos conduzidos pelo professor Shawn Achor, em Harvard, demonstram que o cérebro de pessoas felizes desenvolve-se até 31% a mais que o de um indivíduo comum. E uma pesquisa da revista britânica Management Today revelou que pessoas infelizes produzem 40% menos.

Quando falamos de mais produtividade, estamos falando de produzir mais com os mesmos recursos, ou seja, mais lucro. É uma conta simples. Qualquer colaborador feliz trabalha melhor, rende mais, falta menos no trabalho, adoece menos, troca menos de emprego. Rendimento, assiduidade, turnover¸ saúde: estes são aspectos que usualmente representam uma dor de cabeça para quem administra uma equipe. A felicidade corporativa chega como uma aspirina para estes líderes.

Embora subjetiva, a felicidade nas empresas é muito fácil de ser trabalhada. Geralmente, não é preciso fazer grandes investimentos: basta que as empresas alterem alguns processos e procedimentos e repensem o trabalho para começarem a colher os primeiros frutos.

O assunto é uma novidade, pelo menos no ambiente corporativo. Poucas empresas medem e buscam melhorar seus índices de felicidade corporativa ou sua Felicidade Interna Bruta. As que já começaram a fazer estão, com o perdão do trocadilho, muito felizes com os resultados.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Udo Dohler vai dar um murro na mesa?


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
A frase é muito repetida em política: a vitória tem muitos pais, a derrota é sempre órfã. E parece que no caso da vitória de Udo Dohler a paternidade anda bastante dividida. Há uma óbvia vitória pessoal do candidato. Mas também tem gente a falar na vitória de Luiz Henrique. Outros reivindicam uma vitória do PMDB. E os opositores, claro, apontam uma vitória das oligarquias. Tem para todos os gostos.

Esse vício de contar armas é coisa da velha política de Joinville. Quem ganhou, quem perdeu, quem vai ficar com o butim. O problema é que quase ninguém discutiu o essencial: em democracia a vitória só pode ser do eleitor. Udo Dohler conquistou o mandato, mas o mandante é o cidadão joinvilense. O futuro prefeito terá que responder ao cidadão e, ao mesmo tempo, definir o papel que quer ter na história da cidade.

Dito isto, não restam dúvidas de que a primeira decisão do prefeito eleito terá que ser uma escolha de base: optar por um projeto de governo ou por um projeto de poder. E é aí que o bacorinho torce o rabo. Todos sabemos que Udo Dohler entrou para o quadro eleitoral nas vestes de gestor de empresas. Mas as relações políticas estabelecidas nesse processo obviamente vão deixá-lo refém de interesses partidários.

Há coisas que nunca mudaram ao longo de décadas: para os partidos da velha política joinvilense, a conquista do poder nada mais é do que o assalto ao aparelho da administração pública (vide cargos e posições). E é evidente que o PMDB e demais aliados vão atuar no sentido de empurrar Udo Dohler para um projeto de poder. Porque é disso que os partidos sobrevivem.

Mas há o reverso da medalha. O que o cidadão espera do novo prefeito? Ora, que ele trabalhe para resolver os problemas da cidade e não os problemas dos partidos. Tem muita gente a se indagar se Udo Dohler terá pulso suficiente para dar um murro na mesa e dizer que é ele quem manda. Ou seja, fazer uma opção clara por um projeto de governo (o que, claro, não exclui os partidos aliados). Mas é isso que os joinvilenses esperam.

E uma coisa é certa. Um percentual bastante expressivo dos eleitores de Udo Dohler espera um governo profissionalizado, com pouca politicagem. Mas a relação com os partidos aliados – e não vamos esquecer também a necessidade de negociar com a Câmara de Vereadores – vai exigir concessões. E de concessão em concessão, o prefeito corre o risco de fazer uma administração que, no final, acabe parecendo mais do mesmo.

Eis as opções: dar o murro na mesa e fazer um governo com pouca politicagem ou se deixar devorar pela voracidade dos partidos políticos. Esse é o primeiro e talvez principal dossier sobre a mesa de Udo Dohler.

P.S.1.: Sobre as eleições. Luiz Henrique da Silveira deve ter dado boas gargalhadas no segundo turno. Aposto que nem ele sabia que era tão poderoso quanto os seus opositores pintaram. A oposição tanto insistiu no seu nome que o tiro saiu pela culatra: retiraram o senador do seu ocaso e recriaram o mito de raposa política.

P.S.2.: Para quem estiver interessando na discussão do tema Udo Dohler-PMDB, recomendo a leitura deste texto escrito em janeiro. Reli e parece que continua valendo.