Na cordilheira do Himalaia, entre a China e a Índia, existe
um pequeno país de 700 mil habitantes chamado Butão. Em 1972 o soberano daquele
país, rei Jigme Wangchuck, decidiu que não fazia sentido para eles avaliar seu
pequeno reino sob a ótica do Produto Interno Bruto, e decidiu inverter a lógica
usando um nome similar: Felicidade Interna Bruta, ou FIB. O rei entendeu
que para seus habitantes, tidos como o povo mais feliz do mundo, o que
importava não era crescimento econômico ou riqueza, mas tão somente a
felicidade.
Para poder quantificar o FIB, o rei Jigme desenvolveu o
conceito e dividiu-o em quatro pilares: desenvolvimento socioeconômico
sustentável e igualitário, preservação dos valores culturais, conservação do
meio-ambiente natural e estabelecimento de uma boa governança. O rei asseverou
que a observância destes pilares levaria o Butão a ser um país ainda mais
feliz.
O que pode parecer um devaneio de um pequeno monarca
asiático já é, na verdade, uma realidade, em países e mesmo em empresas. O FIB
é medido (e levado a sério) em países desenvolvidos da Europa, como a
Inglaterra, além de diversas organizações. Por que sua empresa deveria ficar de
fora?
Em setembro, foram colocados vários outdoors pela cidade com
uma frase: “felicidade dá resultado”. A afirmação foi patrocinada por uma
empresa joinvilense, que passou a figurar na lista das 150 melhores empresas
para se trabalhar no Brasil segundo a revista Você S/A. O outdoor mostra uma
tendência nas organizações: a busca da felicidade.
Um dos motivos para se buscar a felicidade entre os
colaboradores da empresa é a ideia de sustentabilidade. Imagine-se o
contrassenso que não seria uma empresa que constrói uma escola na África ou
resolve preservar a Amazônia enquanto estabelece horários para o colaborador
usar o banheiro e submete-o a pressão desumana. A sustentabilidade (e, em
muitos casos, o respeito à dignidade humana) deve ser compreendida como um
todo, mas deve iniciar principalmente dentro da própria organização.
Outra razão que justifica a atenção à felicidade é a
melhoria da produtividade. Estudos conduzidos pelo professor Shawn Achor, em
Harvard, demonstram que o cérebro de pessoas felizes desenvolve-se até 31% a
mais que o de um indivíduo comum. E uma pesquisa da revista britânica
Management Today revelou que pessoas infelizes produzem 40% menos.
Quando falamos de mais produtividade, estamos falando de
produzir mais com os mesmos recursos, ou seja, mais lucro. É uma conta simples.
Qualquer colaborador feliz trabalha melhor, rende mais, falta menos no
trabalho, adoece menos, troca menos de emprego. Rendimento, assiduidade, turnover¸ saúde: estes são aspectos que usualmente
representam uma dor de cabeça para quem administra uma equipe. A felicidade
corporativa chega como uma aspirina para estes líderes.
Embora subjetiva, a felicidade nas empresas é muito fácil de
ser trabalhada. Geralmente, não é preciso fazer grandes investimentos: basta que
as empresas alterem alguns processos e procedimentos e repensem o trabalho para
começarem a colher os primeiros frutos.
O assunto é uma novidade, pelo menos no ambiente
corporativo. Poucas empresas medem e buscam melhorar seus índices de felicidade
corporativa ou sua Felicidade Interna Bruta. As que já começaram a fazer estão,
com o perdão do trocadilho, muito felizes com os resultados.
Guilherme, só os visionários percebem essa quebra de paradigmas. As empresas só alcançarão esse estágio de evolução, quando entenderem a sutil diferença entre "Integração e Inclusão". Integrar é fazer "para", Incluir é fazer "com".
ResponderExcluirConstruir com as pessoas é entendê-las e atender às suas especificidades. Construir para as pessoas é forçá-la a se adaptar ao que é feito para ela.
Exatamente isso, Mário César! Infelizmente a cabeça da maioria dos empresários é dura demais para aceitar mudanças. Ainda partem do princípio que em time que está ganhando não se mexe... Conheço alguns em Joinville, que aceitam nem mudar a posição das mesas, quanto mais fazer algo que melhore a vida dos colaboradores.
ExcluirEsse trabalho 'e feito no brasil pelo instituto visao futuro, que forma facilitadores pelo Brasil. Em joinville tem um grupo do qual ja fui algumas vezes que pessoas buscam por esses pilares, e por trazer mais pessoas para este pensamento.
ResponderExcluirLucas, podes me passar mais informações no guigassen@gmail.com? :)
ExcluirQue dizer...
ResponderExcluirRealmente ir
em busca da felicidade...
E como ja se cantava
Viver e nao ter a vergonha de ser feliz.
Sou gestora
vejo sim que quando a empresa tem por parametro o SER HUMANO e implanta uma gestao de cuidado e respeito e nao da aitoridade abusiva
Tudo flui melhor.