POR FELIPE SILVEIRA
Tava de bobeira esses dias e pensei numa coisa meio bizarra. Vamos supor (só supor, não torcer) que o prefeito Udo Döhler desista de tentar a reeleição em 2016. Afinal, esse negócio de ser prefeito é estressante e o homem trabalha sem receber salário. Talvez ele queira largar tudo e aproveitar a vida, como lhe é de direito, sei lá. Lembrando: isso é apenas uma suposição.
Suposição que me leva a pensar no atual contexto da política eleitoral joinvilense e em quem seriam os candidatos daqui a três anos. Claro que muita água vai rolar e os caciques vão mexer seus pauzinhos, mas é bom estar antenado desde já.
Dá pra começar pensando no que o próprio PMDB faria. Dificilmente abriria espaço para a candidatura do atual vice-prefeito Rodrigo Coelho, que saiu do PDT e não sei se já tem novo partido. Acredito, então, que o deputado federal Mauro Mariani, que disputa e tem conseguido espaço dentro do PMDB em âmbito estadual, teria alguma força. Contra ele, o fato de ter sido um candidato rejeitado em 2008 e também a divergência com LHS, que ficaria doido atrás de um novo nome.
O PT, que saiu estropiado da última eleição, talvez já tenha se refeito do baque daqui a três anos. Sem contar que nunca deixa de ser um partido forte, pelo tamanho e principalmente pela força do governo federal. No entanto, teria que encontrar um novo nome que ainda não existe entre os seus. Não poderia mais contar com Carlito Merss, que foi o seu principal nome nas últimas décadas, e dificilmente abriria brecha para Adilson Mariano, que conta com a fidelidade da Esquerda Marxista mas é detestado pela ala majoritária do partido.
O PSDB, pobre PSDB, tem mais é que se f… digo, tem mais é que se renovar de alguma forma. Marco Tebaldi já mostrou que não tem gás nenhum na última eleição e dificilmente largaria o osso de deputado federal em Brasília. De resto, não há nenhum nome forte atualmente no partido.
Quem pode incomodar mais nesse quadro é o deputado estadual Kennedy Nunes, do PSD, que saiu tanto fortalecido quanto rejeitado da última eleição. Quase ganhou, mas tenho a sensação de que a chance foi única. Ou era em 2012 ou nunca. Posso estar errado, claro, e morder a língua em 2016. No entanto, a rejeição de Kennedy é um senhor obstáculo e talvez seja insuperável.
Meu voto, já declaro, vai para Leonel Camasão, se for candidato pelo PSOL. Surpreendeu na última eleição e nesse sentido se destaca como o nome mais conhecido do partido na região. E é óbvio que se o PSOL lançar outro candidato também contará com meu voto. Porém, a sigla ainda trabalha pra se fortalecer, na região e no Brasil.
Fora esses, não me lembro de nomes fortes nos outros partidos para concorrer. Talvez o vereador Maycon César se arrisque por alguma sigla, mas acho difícil. Tem também o PSTU, que como o PSOL tem trabalhado pra definir seu espaço no campo da esquerda.
De qualquer forma, 2016 tá muito longe e muita água vai rolar. As eleições do ano que vem (para deputados, governadores e presidente) vão definir muita coisa. E não dá pra esquecer que essa é apenas uma suposição. Udo Döhler deve ser um forte candidato em 2016.