POR REJANE GAMBIN
Passado o furor eleitoral, que mais
uma vez deixou ganhadores, perdedores e “viúvas e órfãos”, penso que já é hora
de voltarmos a pensar na nossa vã existência!
Digo isso porque tenho observado, já há algum tempo, e também durante a campanha eleitoral, como estamos embrutecidos. E não é só por conta dos crimes que todos os dias vemos nas páginas de jornais e sites de notícias. É só observar: em casa, no trabalho ou até quando estamos a passeio por aí, temos e vemos momentos de pura grosseria! E aí você que lê esse texto vai dizer que estou exagerando. Certo?
Errado!
Vamos aos fatos. Um dia desses vi
um pai que ficou falando sozinho, depois que a filha desligou o telefone na
cara dele. E não foi por nenhum absurdo não, apenas uma pequena chamada de
atenção. Aliás, que eu saiba faz parte da missão de um pai orientar os filhos!
Vi também, outro dia desses, um vizinho que ao passar pela porta do prédio, na
minha frente, sequer pensou um segundo em segurá-la para que eu também passasse.
Acabei quase atropelada pela porta!!rsrs
E nas filas, hein? Ah... as filas.
Vejo por aí jovenzinhos tentando apressar o passo na porta da lotérica ou banco
para chegar no caixa antes do velhinho que vem com passos lentos.
Ah... e ainda tem o “por favor”, o
“muito obrigada” e o “com licença” que parecem nem existir mais que para uma
maioria. Sem falar no que vemos no trânsito, andando pelas ruas da cidade... Feio
né? Mais ainda para uma civilização que se diz evoluída e preparada inclusive,
para até quem sabe, habitar outros planetas.
Em meio a tudo isso, sempre lembro
do exemplo de um homem que não tive o prazer de conhecer pessoalmente: o
Profeta Gentileza! Para quem não sabe, Profeta Gentileza ou José Agradecido
(nome verdadeiro dele) viveu no Rio de Janeiro e ficou conhecido por pregar o
amor, a paz e a gentileza. Foi ele que escreveu as frases que ficaram famosas
em viadutos e paredes da cidade maravilhosa. Entre elas, uma que me encanta em
especial e que rege a minha vida: gentileza gera gentileza!
Tento todos os dias ser gentil, e
até quando me canso, respiro fundo e penso nessa frase. Afinal, acredito firmemente
que “o plantio é livre, a colheita obrigatória”! Então, como dizia o Profeta,
realmente gentileza vai gerar mais gentileza.
Que tal a gente pensar nisso!?
E a propósito, só a título de
curiosidade: Não sou apenas eu que admiro o Profeta Gentileza. Ele virou nome
de praça no Rio de Janeiro, a vida dele se tornou filme, livro e tese em
faculdades, e também a Escola de Samba Grande Rio, através de Joãozinho Trinta,
fez do Profeta Gentileza enredo do carnaval de 2001.
Ah... e ainda tem Marisa Monte que
homenageou o Profeta Gentileza com uma música. Quer ouvir!? Por gentileza... fique
a vontade!