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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Casar virgem. Por quê?



POR FERNANDA M. POMPERMAIER

Fiquei sabendo recentemente que existe um movimento novo entre jovens religiosos: o de casar-se virgem. 

Ok. Não parece um movimento novo já que nos faz lembrar os anos 1950, mas é recente. 
O interessante é que ele está atingindo meninos e meninas, o que faz com que o movimento seja menos machista, convenhamos.  
Afinal, a quem interessa que os jovens casem-se virgens? 
Não ter nenhuma experiência na cama pode fazer de alguém melhor ou pior parceiro na vida? Só posso concluir que é para pior porque a ausência dessa intimidade antes do casamento faz com que ambos se conheçam ainda menos. E fiquem curiosos, E acabem casando cedo porque né, é difícil segurar.

O tabu que existe em torno de experiência sexual no Brasil é extremamente contraditório, já que o que mais vendemos da nossa imagem são as mulheres seminuas nas praias e nas festas de carnaval. Todo mundo conhece o turismo sexual do Brasil e imagina que somos o país mais liberto e libertino da América. Mas, leve engano, pura hipocrisia, pode olhar, mas não pode tocar, pode tocar mas não pode comer. Deu? Tá rodada, minha amiga, não serve pra casar. Aliás o que é rodada, né, uma menina que fez sexo com 10 homens diferentes durante toda a vida, ou outra que faz todos os dias com o mesmo homem? A segunda pode ser bem mais experiente, mas a primeira vai ter um comportamento que não é "socialmente aceito". Os preconceitos mais antigos da história do machismo. 

Uma das coisas mais estúpidas que já escutei com relação a homens saiu mais ou menos assim: "cuidado com os homens, eles só querem se aproveitar de você, depois do sexo, te dispensam".

"Eles só querem se aproveitar" - ãh? E a mulher quer o quê?
"Depois do sexo, te dispensam" - minha amiga, se o cara te dispensou depois de ter feito sexo com ele por esse específico motivo, que assim seja, já vai tarde. Um homem que valoriza uma mulher pela sua virgindade ou pela sua resumida experiência sexual é um ignorante que não merece a sua companhia. Simples assim. Se o cara não consegue ver a mulher/ser humano por trás da vagina, faça o que tem de ser feito e dispense o neandertal.

O pior de tudo é que acreditei nessas bobagens quando era nova e perdi inúmeras oportunidades de sentir prazer, explorando o meu corpo e o de belos homens com quem fiquei. Muitas vezes pensei: não posso, não quero virar menina de uma noite, o que meus pais pensariam,...Deus está vendo.... e por aí vai a neura. O sentimento de culpa demorou para sumir e agora desejaria que ele jamais tivesse existido, e tudo teria sido mais leve, descomplicado e prazeroso, como sexo deve ser.

É engraçado porque é nítida a diferença na educação de meninas e de meninos com relação ao sexo. Para o homem experiência sexual vasta é motivo de orgulho, para a mulher pode ser sinônimo de depravação. E como se muda essa percepção? Quem deseja toda essa repressão para as mulheres? Homens machistas se sentem muito mal na presença de mulheres bem resolvidas sexualmente. É uma situação com a qual não estão habituados. Eles desejam mulheres frágeis, vulneráveis, sensíveis, inexperientes para que possam exercer sua dominação mais facilmente.
Mas os tempos são outros.
Vamos aprender a lidar com mulheres que sabem o que querem, dizem o que querem, tem controle sobre sua vida sexual e usam seus corpos e dos parceiros para o seu prazer.  

Eu não desejaria que ninguém casasse virgem, pelo contrário, torço para que o sexo seja cada vez menos tema tabu e seja encarado mais naturalmente. 
Sem "santas ou putas, apenas livres". 
(Frase retirada de cartaz da marcha das vadias, um grupo que luta por igualdade de direitos - tema para outro post).

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pratique esporte. Faça sexo!

POR GABRIELA SCHIEWE

Hoje, comprovadamente, uma das maneiras mais simples e barata para se ter uma vida saudável é praticando esportes.

Não precisamos ser nenhum Usain Bolt, fazer as peripécias de Armstrong para alcançar a vitória, basta que praticamos alguma atividade física. Opa, aí que tá o negócio bom!

Vocês já ouviram falar nas tais premissas que geram um resultado, então:

1- Atividade física faz bem à saúde;

2- Sexo é cientificamente considerado uma atividade física;

3- Resultado: sexo faz bem à saúde!

De onde estou tirando essas idéias? Será que o Livro 50 tons de cinza me deixaram assim? Não, pessoal, nem li este "sucesso das frígidas", como comentei com a minha amiga e colega de blog Amanda Werner. A questão é científica mesmo. Foram realizados estudos por especialistas que concluíram ser o sexo, além de prazeroso (que os puritanos não me ouçam), muito saudável.

"O cardiologista Dr. Nabil Ghorayeb, especialista em Medicina de Esporte e diretor da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), explica que a relação sexual normal equivale a uma atividade física de intensidade leve a moderada."


Valéria Alvin Igayara de Souza CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento

Conforme o quadro acima e as explicações do especialista, claro que a prática casual do sexo não lhe levará a perda dos quilinhos a mais. Para isso, a prática, como qualquer outra atividade física, deve ser regular, regrada, acompanhada de uma alimentação balanceada (sem insanas interpretações neste caso).

Apesar de ter mencionado no meu título que o sexo seria um esporte, também não será à toa que afirmarei uma sandice dessas.

Nos estudos realizados, o professor de educação física Mauro Guiselini faz questão de diferenciar esporte de atividade física: "atividade física é um termo genérico que significa fazer qualquer movimento, como lavar louça, arrumar a casa ou varrer o chão. Já o exercício físico é uma prática frequente e regular de movimentos corporais."

Agora, quem quiser levar a sua atividade física à sério e eleger o sexo como opção, basta parametrizá-lo, fazendo constantemente, por tempo determinado e controlando batimentos cardíacos, frequência respiratória e alimentação baleanceada. Fica a opção sexual, quer dizer, esportiva.

Tudo bem. Você até pode achar, num primeiro momento, uma grande baboseira essa meia dúzia de palavras que acabei de escrever. No entanto, a verdade é que se pode unir o útil ao muito agradável; praticar uma atividade física que lhe gera prazer, bom humor e ainda, dependendo como a fizer, poderá, também, lhe deixar em forma.

Quer melhor ou está bom pra hoje?

Atividade física deve ser praticada sempre, em qualquer idade, sem qualquer distinção e, quando isso pode ser feito com prazer, melhor ainda.

Faça sexo fisicamente ativo!

Obs.: este link traz alguns exemplos das benesses do sexo para a saúde, http://meublogcafecomcanela.blogspot.com.br/2011/08/sexo-e-atividade-fisica.html

terça-feira, 17 de julho de 2012

Tabuísmo para a pequepê!


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Você acha a linguagem dos blogs exagerada? Que a liberdade é muita e o pessoal abusa nos palavrões? Pois é... o texto de hoje não é diferente. Traz palavras "horríveis" e por isso só pode ser publicado num blog, onde a linguagem é mais livre – a até libertina. Vou falar sobre o tabuísmo.

O quê? Tabuísmo? Sabe o que é isso? Não, nada a ver com tábuas. É a expressão usada para falar dos tabus na língua. Ou seja, aquelas palavras ou expressões que, por causa do moralismo das sociedades, acabam sendo consideradas grosseiras, obscenas e ofensivas. Em suma, tornam-se palavrões sem o ser.
OLHA O DICIONÁRIO – Se fosse numa universidade eu seria obrigado a escrever ou falar palavrões para discutir a questão do tabuísmo. Mas este é um texto que não pode, por exemplo, ser publicado num jornal, porque temos que considerar os leitores que se sentem ofendidos. De qualquer forma, para que não me acusem de ser besteirento, vou reproduzir a definição que está no Dicionário Houaiss.

- Tabuísmo: palavra, locução ou acepção tabus, considerados chulas, grosseiras ou ofensivas demais na maioria dos contextos [São os chamados palavrões e afins e referem-se geralmente ao metabolismo (cagar, mijar, merda), aos órgãos e funções sexuais (caralho, pica, boceta, vulva, colhão, cona, foder, pívia, crica, pachoucho etc.), incluem ainda disfemismos pesados como puta, veado, cabrão, paneleiro, expressões tabuizadas (puta que pariu) etc.].

Oooopa! Não fui eu quem escreveu isso. Foi publicado no dicionário. Se está publicado, então é público. Se está no dicionário, então é legítimo. Aliás, a descrição do dicionário traz algumas palavras que nada dizem para um brasileiro (cona, por exemplo) ou que têm um significado inocente para um português (boceta, que é caixa). E as duas palavras falam da mesma parte da anatomia feminina.

TRÊS PONTINHOS - O tabuísmo torna ridículos alguns textos dos jornais. Porque obriga a inventar truques idiotas. Alguém se lembrou de usar os três pontinhos como uma espécie de hábeas corpus das palavras. Então, os textos dos jornais acabam cheios de expressões como “m...”, “b...eta”, “c...alho”. Ou abreviaturas, como “cdf”. E o que dizer de contenções linguísticas como caraca (no Brasil) ou caraças (em Portugal)? Ou expressões como “vai para a pequepê”?

Ora, o que torna uma palavra ofensiva? É a sua cabeça, leitor e leitora.