segunda-feira, 3 de março de 2014

Da Venezuela saudita à cubanização do Estado

POR JORDI CASTAN

A situação dos vizinhos do norte e do sul deveria nos preocupar mais. A América Latina tem esse mau costume de agir em bando, o que se chama seguir a trilha dos elefantes, basta um ir, que sempre há uma maioria que o segue, sem saber muito bem aonde estão indo. Ainda bem que há uns mais espertos que reagem a tempo. Ollanta Humala, no Peru, e Rafael Correa, no Equador, têm preferido manter uma distância prudencial de projetos amalucados e se centrado mais em promover o desenvolvimento dos seus países, sem renunciar a seus princípios. Isso significa o entendimento de que o progresso e o desenvolvimento são mais importantes e que o melhor programa político é um país aberto ao mundo e uma economia dinâmica que permita o crescimento.

Conheci a Venezuela na época dos petrodólares. O país que era chamado de Venezuela Saudita, uma economia controlada pelo estado que tinha sob o governo nacionalista de Carlos Andres Perez nacionalizado tudo o que se mexesse. Foi na década de 70 em que surgiram Maraven, Corpoven, Lagoven, Pequiven, Sidor, Aluven e todas as "ven" do mundo. O estado controlava a maioria da economia e o petróleo era a vaca sagrada da economia, mas há que acrescentar ainda o aço, o alumínio e a energia elétrica, entre outros. A riqueza do país, a sua proximidade com o maior mercado do mundo e a sua posição estratégica faziam da Venezuela um lugar com um futuro promissor. A democracia que sucedeu o ditadura de Perez Jimenez não conseguiu distribuir a riqueza que o país produzia e só conseguiu democratizar a corrupção. A sucessão de governos incompetentes e corruptos dos dois partidos majoritários, o Copei e a Ação Democrática, foram o caldo de cultivo perfeito para o surgimento do amalucado Hugo Chávez e seu discurso bolivariano. Simón Bolivar deve estar se revirando no seu túmulo no Panteon Nacional.

O resultado esta aí. O país esta partido ao meio, a violência diária fazendo da Caracas uma das cidades mais perigosas do mundo, a economia em frangalhos, faltam produtos básicos, o caso do papel higiênico é emblemático, mas tampouco há frango, leite, azeite, farinha de milho, ingrediente básico da dieta venezuelana e as filas para adquirir produtos nos mercados populares controlados pelo governo são também uma constante na vida dos venezuelanos. A cubanização do país é o ultimo ato de uma situação insustentável, serviços básicos como emissão de carteiras de identidade e passaporte são controlados e dirigidos por cubanos, pois o governo não confia nos seus próprios cidadãos.

Sou dos que ainda não acredito que no Brasil uma situação como esta seria impensável, pois não posso imaginar a Policia Federal entregando o serviço de emissão de passaportes para nacionais de outro país, ou as policias civis transferindo os serviços de identificação e emissão de documentos a cubanos. Mas também é verdade que essa possibilidade já me pareceu mais remota. A forma obscura e mentirosa como o governo do PT agiu com relação ao “Mais Médicos” me faz ter cada dia mais dúvidas sobre a transparência e honestidade deste governo.


Voltando à Venezuela. O povo venezuelano tem um passado diferente do brasileiro e as suas conquistas tem sido feitas com sangue e violência. Sua independência se conquistou depois de uma guerra fratricida, que foi além de uma guerra de venezuelanos contra as tropas de metrópole, Simón Bolivar, o herói da sua independência e libertador de mais de metade da América Latina era filho de espanhóis e um rico terra tenente e não tinha nada na sua história que o aproximasse nem remotamente da imagem que o bolivarianismo tem criado dele.



Nicolas Maduro, um ex-motorista de ônibus (nenhuma critica a seu passado, quem teve como presidente a Lula, não deveria poder exercer juízo de valor sobre o passado de nenhum político), não tem o carisma messiânico de Chávez entre as classes populares, que começam a perceber que as melhoras propaladas pelos intermináveis discursos de Chávez não chegam nunca e estão começando a ficar com duvidas sobre o futuro do seu país.


No Brasil não são poucos os que, sem conhecer nem Venezuela, nem Cuba, nem a Coreia do Norte, acham que estes são modelos a seguir. Que o povo é feliz e que esse modelo de socialismo deveria ser implantado no país, como há gente em cargos importantes que acredita piamente nestas bobagens, acho bom começar a estocar papel higiênico, porque não duvido que logo, logo comece a faltar também por estes lados.

91 comentários:

  1. Este é um texto decente no Chuva Ácida, e tinha que ser do Jordi Castan, o menos esquerdista da turma. Basta ser um pouco menos esquerdista para a mente ficar serena.

    Agora o Baço, jornalista experiente, o qual foi tão solicitado para que desse sua opinião sobre a Venezuela correu, sumiu, berrou e irritou-se; até mesmo um texto fez, demonstrando a sua resistência com os apelos à produção de um artigo do modelo chavista. Papelão, o Jordi no primeiro pedido já providenciou um texto para os leitores. Assim que se trata os clientes. Obrigado Jordi. Ganhou pontos positivos com todos, inclusive comigo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Agora que voltou a se assessor do Coronel, Dr. Álvaro Junqueira resolveu retornar ao CA.

      Os ares de Brasília devem tê-lo despertado.

      Mesmo que pago para isso, bem vindo Dr. Álvaro, sua erudição, assim como a do seu chefe, será muito apreciada por aqui.

      Excluir
    2. Não vou negar, sr. dr. Álvaro Junqueira: isso me magoou profundamente. Acho que está a ser muito mau para uma pessoa que o vê como lumiar, uma referência intelectual, um douto. Ninguém aqui admira mais a sua inteligência que eu (talvez o Jordi, mas duvido). Não tenho dúvidas de que o sr. dr. é um exemplo a seguir. Aliás, quero ser igualzinho o sr. dr. quando crescer. Continue a inspirar-me!

      Excluir
    3. Vejo que um posto do Jordi não é tão milagroso a ponto de mudar o mundo (graças a Deus), mas já ressuscitou o Dr. Álvaro Caud.. digo, Junqueira... Perto de outubro devem aparecer o Guilherme e outros comissionados. A verificar...

      Excluir
    4. Quando crescer, talvez escreva LUMINAR em lugar de LUMIAR...

      Excluir
    5. Álvaro, já perdi as contas de quantas vezes imbecis idiotizados pela erudição, como você, apelaram para o erro de português... São apenas risíveis...

      Excluir
    6. Eu escrevi lumiar. Era isso mesmo...

      Excluir
  2. Para um imigrante como você, que pode desaparecer quando o caldo entornar, disseminar o ódio com esta visão colonialista é muito fácil.

    Coloca o bode na sala e deixa-o feder, vazando para terras além mar a hora que bem entender.

    Depois é fácil, é só vir postar desculpas como "o menos pior ainda é ruim".

    Esse País é maior do que estas opiniões preconceituosas que você emite, pois como muitos, no seu texto fica claro que se aproveitou da situação venezuelana como todos os outros integrantes das classes abastadas.

    Já se perguntaram a quem interessa semear o ódio e caos?

    É ao povo que interessa?

    Não! Interessa somente as elites que anteriormente dominaram este continente e o usurparam até o osso.

    Agora que o povo está retomando o controle da AL, ficam plantando anarquia para colher o controle do poder depois que o caos se instalar de novo.

    Não foi assim em outros lugares do mundo?

    Jordi Castan, você é uma fraude e aos poucos todos estão enxergando a verdade.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Jordi, já perdi as contas de quantas vezes imbecis idiotizados pela ideologia apelaram para o argumento do imigrante... São apenas risíveis...

      Excluir
    2. Dr. Álvaro, já perdi as contas de quantas vezes fomos chamados de imbecis idiotizados pela ideologia e fomos obrigados a apelar a nos defender de calúnias... Rir, no seu conceito, deve ser um grande argumento...

      Excluir
    3. Se eu fosse arrogante, diria que em termos acadêmicos o termo "ideologia" significa uma outra coisa. É mais complexo. Infelizmente é usado por pessoas com pouca cultura. Mas é óbvio que estou equivocado. É o problema de ser eu um imbecil a ler idiotices que iniciaram com Destutt de Tracy e até hoje não terminaram. Mas é claro que estou errado, porque não sou nadinha perante a sabedoria alheia e sequer serei um sociólogo de meia pataca. Mas justiça seja feita: admiro o talento deste senhor, que para mim é o melhor sociólogo à face do planeta (desculpa, Charles Henrique Voos, mas tive que escolher). Melhor que isso: um gentleman da sociologia.

      Excluir
  3. Não existe no Brasil quantidade de massa encefálica suficiente que queira seguir os modelos políticos de Cuba, Coréia do Norte e outros.

    Mas há quantidade suficiente de pessoas que sabem que os nossos governantes, e também os outros da AL foram eleitos DEMOCRATICAMENTE e cumprem seus programas políticos conforme forma eleitos para tanto.

    Se você e a casta a qual pertencem não está satisfeita, critiquem de forma responsável mas lembrem-se que em uma democracia, semear o ódio, informações deturpadas e destorcidas também é uma forma de golpe.

    Mas o ETA e o 11-M devem ser o seu modelo de como conseguir impor a força sua opinião,

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eles jamais respondem argumentos com argumentos, apelam sempre para o "argumentum ad hominem", que argumento não é... Patéticos...

      Excluir
    2. E eles jamais respondem contra-argumentos com argumentos, apelam sempre a erudição, que argumento não é... Patéticos...

      Excluir
  4. Chavez não era um santo, nem Maduro. Mas ninguém pode negar que os investimentos feitos em programas sociais, com o dinheiro do petróleo, reduziram os níveis de pobreza no país. Não é preciso procurar muito: as famílias abaixo da linha de pobreza passaram de 54%, em 2003, para 27,4%, em 2011, e 23.9%, em 2013. A extrema pobreza foi reduzida de 25% para 7%.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Diminuiu a pobreza? Mas não tem mais comida. Antes o país produzia alguma coisa, hoje não produz nada além de petróleo.

      Excluir
    2. O povo venezuelano, ao contrário da casta originária que colonizou o país, não quer depor presidente algum: http://tijolaco.com.br/blog/?p=14856

      Excluir
    3. Apenas usam a Venezuela como trampolim para desestabilizar o Brasil, Ponto.

      Excluir
    4. Parece que anônimo é sinônimo de preguiçoso para pesquisar e lerdo para raciocinar.

      Excluir
    5. Como o povo venezuelano não quer derrubar o governo? Temos há mais de 3 semanas manifestações gigantescas por toda o país, será que são só ricos? Aliás ricos são os chavistas, não? Eles são a casta. A fortuna que os chavistas do governo fizeram é inestimável. A maioria do povo não está com o governo, falta pesquisar um pouquinho, pois assim parece que anônimos e garcias são sinônimos de preguiçoso e lerdeza para raciocinar.

      Excluir
  5. Bom texto, Jordi Não acredito que o governo do PT fará uma bobagem dessas, mas sempre é importante ouvir opiniões contrárias às nossas,para um bom debate Não há necessidade de ataques,Anonimos,é somente a opinião dele,e é importante.

    ResponderExcluir
  6. Um certo senador, em seu artigo dominical num jornal da cidade, citou Goethe para mandar um recado aos seus correligionários. O mesmo Goethe cujas ultimas palavras foram : "Licht, mehr licht" ou seja, Luz, mais luz! Isso cabe como uma luva ao presente artigo.
    Jordi Castan, como todo bom espanhol, é teimoso ao extremo. Insiste quixotescamente em trazer mais luz ao Chuva Ácida. Tarefa elogiável, porém inglória, face àquilo que o blog se tornou. Um valhacouto de esquerdinhas fanáticos, raivosos e mal educados, incluindo-se aí alguns comentaristas, como se viu logo aí acima.
    Jordi, tua tarefa já foi cumprida. Está na hora de voce deixar esse antro de fanatismo, que de forma alguma combina com tua inteligência e elegância.
    Em teu lugar, eu já teria ido embora faz tempo. No Chuva Ácida não há mais espaço para crítica democrática e inteligente.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nelson, como sempre, elegante e preciso. Eu já havia expressado o mesmo sentimento em relação ao Jordi .... Alfried.

      Excluir
    2. No início, achei muito bacana a iniciativa do CA, mas, aos poucos, fui percebendo que estava se transformando em mais um aparelho de doutrinação da pior doença que já infestou a humanidade - o comunismo ou socialismo, como preferem apelidá-lo hoje. Também acho que o Jordi está como peixe fora d'água aqui nesta pocilga...

      Excluir
    3. Aparelho de doutrinação é ótima hahahahah. Gozado que não existe aparelho quando se fala de capitalismo ou direita. Vai ver não temos tecnologia para isso. Faz favor neh.

      Excluir
    4. Garcia, por que está faltando comida na Venezuela? Tem inflação lá? E criminalidade?

      Excluir
    5. Daqui a pouco vão dizer que a invasão comunista vai começar por este blog. Deus, rogai por este rebanho ignóbil e repetidor de mentiras e fakes.

      Excluir
    6. Fala aí o mascote de Garcia, conta pra gente por que está faltando comida na Venezuela e tudo mais?

      Excluir
    7. Está faltando é leitura na sua cabeça anônimo, que não consegue ir além de uma Veja ou do Facebook. A Venezuela não está passando fome, não está faltando pepel higiênico, a crise que Chavez sofreu há anos atrás pela ameaça de golpe da CIA e milicias de direita foi muito pior do que hoje. Simplesmente estão querendo plantar o caos onde não existe. Assim como aqui.

      Excluir
    8. Esquerdinha cego.

      Excluir
  7. Se o cara cair de Maduro a culpa vai ser do Jordi

    ResponderExcluir
  8. É... Vai chegando o período de eleições e os assessores comissionados voltam a aparecer. Depois de atingirem o objetivo, voltam a se encastelar junto com seus chefes nos gabinetes Brasil afora...

    Bem Vindos!

    ResponderExcluir
  9. Só não entendi o que o programa mais médicos teve de obscuro e mentiroso...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Decerto ele queria o programa "Mais Paisagistas", para a Venezuela, quando os antigos colonizadores de mesma ascendência, que o nobre "articulista", voltarem a dominar o País, só pode.

      Excluir
    2. Realmente, o Jordi Castan, acusa o governo de ser obscuro e mentiroso no programa Mais médicos, mas não apresenta nenhuma evidência de que poderia ser verdade. Parece um discurso só por ser do contra. O programa Mais médicos está fazendo algum mal ao país? Favor esclarecer.

      Excluir
    3. São bons médicos? São aptos? Eles fizeram o exame do Revalida? Vivem "enjaulados" no Brasil? Quanto eles recebem? Nossa constituição e legislação infraconstitucional permite? Também não fere os tratados dos Direitos Humanos? E a nossa moral patrocinando ditadura cubana pelo Mais Médicos? Os venezuelanos que sabem muito bem dos médicos cubanos, não é atoa que lá milhares de médicos fugiram dos programas de saúde de Chávez com destino aos EUA. E se o dinheiro do Mais Médico fosse aplicado em infraestrutura(hospitais, equipamentos, medicamentos...) e em um plano de carreira para os tais. E se houvesse uma desregulamentação do setor de medicina no país para favorecer o mercado a fim de que se criassem mais vagas em cursos de medicina, mais clínicas, hospitais, enfim mais opções públicas e privadas na área de saúde Que tal estimular o mercado dessa forma. Que tal procurar saber como está sendo executado o trabalho dos médicos cubanos fora da Carta Capetar. A desonestidade intelectual não é fácil.

      Excluir
    4. Poizé, mas quando foi lançada a ideia de todo médico formado em universidade pública ter que prestar serviço comunitário depois de formado, por determinado período, ficaram fazendo beicinho.

      Excluir
    5. Realmente a desonestidade intelectual não é fácil. Vamos lá. São bons médicos? Provavelmente tão bons ou melhores que os brasileiros e com um diferencial importante vão aonde eles não querem ir. Fizeram o Revalida? Não assim como nenhum brasileiro e, se fizessem teriam o direito de clinicar em qualquer lugar do Brasil, o que não é o objetivo do programa. Quanto eles recebem? Aquilo que eles já sabiam que iam receber oras. Nossa constituição e legislação permite? Sim, vide as liminares revogadas de AMB e CRMs.Não fere tratados de Direitos Humanos? Não, é um programa patrocinado pela OPAS e que existe em mais de 40 países. E a moral?Não vejo patrocínio e eu diria que vc provavelmente patrocina a ditadura chinesa muito mais que isso hehehe. Fuga dos médicos da Venezuela? Esses milhares está só na sua conta. E se o dinheiro fosse aplicado em estrutura? Continuaria faltando médicos onde não tem e, para isso precisa de muito mais dinheiro. Desregulamentação dos cursos? A única regulamentaçaõ que existe hoje para abrir um curso é que haja condições mínimas o que é bastante razoável não acha? Estimular o mercado? É justamente o mercado médico desregulado que transformou a saúde nisto que é hoje. Que tal o trabalho dos cubanos? Se você não fosse preguiçoso poderia ler vários relatos da aceitação do trabalho deles na internet, esperar ler isso na Veja, Folha e que tais é esperar muito. Então. quem é o desonesto intelectual?

      Excluir
    6. Realmente a desonestidade intelectual não é fácil. Vamos lá. São bons médicos? Provavelmente tão bons ou melhores que os brasileiros e com um diferencial importante vão aonde eles não querem ir.
      Eu: Como assim: em Cuba o direito de ir e vir é assegurado? Não sabia disso. Melhores que os nossos médicos? Não é o que os relatos dos médicos dizem nos mais diversos sites que acompanham e avaliam os médicos cubanos. A última vez que vi, um cubano queria tirar um raio-x de uma gestante. Só não vou passar os sites, esse negócio de passar sites é muito deselegante né.) Fizeram o Revalida? Não assim como nenhum brasileiro e, se fizessem teriam o direito de clinicar em qualquer lugar do Brasil, o que não é o objetivo do programa.
      Eu: Os brasileiros formados no Brasil não precisam fazer o revalida porque se formaram aqui, isto é, aprenderam e se formaram dentro das normatizações brasileiras. Nós não sabemos os métodos, a formação, a capacidade desses estrangeiros, por isso precisam fazer o Revalida, e se são tão bons, por que não fazer? Leis para quê? Só para quando o governo quiser? Esquerdistas sempre querendo passar por cima delas para atingirem seus anseios. No entanto, nunca atingem, só pioram.
      Quanto eles recebem? Aquilo que eles já sabiam que iam receber oras.
      Eu: Oras, sabiam mesmo? Teve uma já que se rebelou e disse que não sabia. Mesmo que soubessem, eles são obrigados a aceitar as condições que Cuba impõe, ou os princípios, ao menos, do direito natural são garantidos na ilhota? Aliás, o governo brasileiro paga 10 conto e menos de R$1 mil fica com os médicos cubanos. Que isso, quer dizer que o governo de Brasil e Cuba exploram a mais-valia dos médicos. Que feio.
      Nossa constituição e legislação permite? Sim, vide as liminares revogadas de AMB e CRMs. Não fere tratados de Direitos Humanos? Não, é um programa patrocinado pela OPAS e que existe em mais de 40 países.
      Eu: Não, não permite. Juristas do mais alto grau como Miguel Reale e Ives Gandra demonstram como isso é inconstitucional como imoral. Abre as para Gandra: "...A fuga de uma médica cubana -e há outros que estão fazendo o mesmo- desventrou uma realidade, ou seja, que o Mais Médicos esconde a mais dramática violação de direitos humanos de trabalhadores de que se tem notícia, praticada, infelizmente, em território nacional. Que o Ministério Público do Trabalho tome as medidas necessárias para que esses médicos deixem de estar sujeitos a tal degradante tratamento..." Procure saber o que ambos argumentam para esse neoescravagismo.

      Excluir
    7. E a moral? Não vejo patrocínio e eu diria que vc provavelmente patrocina a ditadura chinesa muito mais que isso hehehe.
      Eu: não enxerga patrocínio? Seu governo pega o dinheiro desses médicos qualificados tão bem tratados por Cuba/Brasil e entrega para a ditadura sanguinária, que em momento algum deseja progredir, prosperar..., bem diferente da China, que após abrir os mercados reduziram a extrema pobreza. Quantos chineses hoje possuem comida, casa, infraestrutura, tecnologia, emprego...? hehehe Parece que nosso patrocínio ocidental à China está fazendo muito bem. Mais uma prova de que capitalismo não é explorador, não é um sistema que um só lado ganha e o outro perde. Se a China ainda tem muito por fazer, peça ao governo chinês largar o osso e da ideologia miserável. Quanto mais se afastar desse lixo, mais progresso nós vamos ver.
      Fuga dos médicos da Venezuela? Esses milhares está só na sua conta.
      Eu: que tal pesquisar no El País, El Universal, Clarín? Até no Jornal da Globo passou uma matéria. Não força vai, vou dar uma dica: tem até ongs.
      E se o dinheiro fosse aplicado em estrutura? Continuaria faltando médicos onde não tem e, para isso precisa de muito mais dinheiro.
      Eu: Mas para solucionar os problemas da saúde não se resolve com uma varinha mágica do dia pra noite, ainda mais com esses 10 anos de desastre petista com a saúde. Ou, com os cubanos já resolvemos o problema? Ao mesmo tempo em que se investe em infraestrutura é necessário investir nos planos de carreira, nas universidades, e estimulando o mercado privado. Um exemplo: que tal reduzir os tributos sobre os medicamentos. O Brasil tem uma das mais altas cargas tributárias sobre medicamentos. Que chato.
      Desregulamentação dos cursos? A única regulamentaçaõ que existe hoje para abrir um curso é que haja condições mínimas o que é bastante razoável não acha?
      Eu: Como? Você é muito engraçado. Condições mínimas são as 500 licenças, carga tributária, fiscalização exagerada do MEC, dos seguros, burocracia interminável. Ahh é, de fato essas são condições mínimas razoáveis. Quem lê pensa que estamos vivendo em um país liberal.
      Estimular o mercado? É justamente o mercado médico desregulado que transformou a saúde nisto que é hoje.
      Eu: Em que país você vive? O setor de saúde é extremamente controlado pelo governo, vide as normas da ANS, Min. da Saúde e do conselho de medicina. É cada uma que eu vejo. Esse aí deve achar que o setor energético também desregulado e por isso que estamos com essa crise energética.
      Que tal o trabalho dos cubanos? Se você não fosse preguiçoso poderia ler vários relatos da aceitação do trabalho deles na internet, esperar ler isso na Veja, Folha e que tais é esperar muito. Então. quem é o desonesto intelectual?
      Eu: Se você não fosse preguiçoso poderia ler vários relatos da NÃO aceitação do trabalho deles na internet, esperar ler isso na Carta Capetar, Folha(eu deixo, jornal governista), Pragmatismo Político, Brasil 247 e que tais é esperar muito. Então, tá vendo, a desonestidade intelectual é complicado. Que feio! Livre-se disso o quanto antes.

      Excluir
    8. Dá até preguiça responder pq não vai adiantar mas vamos tentar.
      Capitalismo não é explorador. Sem comentários, acho que não preciso explicar isso né?
      Fuga dos médicos da Venezuela. Eu pesquisei filho e as reportagens mostram algumas dezenas e não milhares.
      Infraestrutura. Realmente é um problema sério e que o governo deveria fazer muito mais do que faz, infelizmente nada diferente do que todos os outros fizeram.
      Abrir curso de medicina apesar da burocracia que voce fala s[ó não abre quem não quer literalmente, vide a explosão do número de cursos nas últimas 2 décadas com o devido protesto das entidades médicas.
      Estimular o mercado. Filho, eu sou médico, e conmheço o sistema há 30 anose te falo com conhecimento de causa que a saúde hoje está totalmente, com pequenas exceções, dominada pelo mercado, tornado-a cara e ineficiente nso mesmos moldes do sistema americano. A ANS é uma piada a serviço da medicina de grupo.
      Linque os relatos de não aceitação dos usuários então que não li nenhum honesto. Folha jornal governista é piada né?
      Como eu disse não acho que esse programa seja a redençaõa da saude pública brasileira, óbvio, mas não mprecisa ser desonesto e mentir sobre isso. Vou deixar na conta da ignorância mesmo. Ah, e a propósito, não tenha medo de se identificar, quem sabe o que está falando assina o que escreve.

      Excluir
    9. Todos os contra-pontos vc rebateu exclusivamente pelo que dizem os idiotas do Face ou pelos comentários apócrifos da Veja e Estadão. Aí não dá né nêgo? A começar pela vitimização dos médicos brasileiros quando convérm, e dos cubanos igualmente. Só para constar, por contrato os cubanos ficam com 4 mil reais e Cuba com 6 mil, este é apenas um dos dados que por absoluta má fé vc distorceu.

      Excluir
    10. Dá até preguiça responder pq não vai adiantar mas vamos tentar.
      Capitalismo não é explorador. Sem comentários, acho que não preciso explicar isso né?.
      Eu: Marxista detectado! Acredita que o livre mercado é uma teoria da soma zero. Esse é "jênio".
      Fuga dos médicos da Venezuela. Eu pesquisei filho e as reportagens mostram algumas dezenas e não milhares.
      Eu: preguiça hein, pesquisa mais filho. Já disse, não fique pelas Carta Capetaix da vida.
      Infraestrutura. Realmente é um problema sério e que o governo deveria fazer muito mais do que faz, infelizmente nada diferente do que todos os outros fizeram.
      Eu: a saúde nunca esteve tão ruim quanto atualmente. Será que o governo centralizou o poder mais do que nunca?
      Abrir curso de medicina apesar da burocracia que voce fala s[ó não abre quem não quer literalmente, vide a explosão do número de cursos nas últimas 2 décadas com o devido protesto das entidades médicas.
      Eu: Explosão de cursos de medicina? Abriu é? Mas não faltam médicos? Só não abre quem não quer, justamente, não abrem porque não é atrativo diante desse Estado gigante que põe a mão em tudo o que o setor privado quer fazer, burocracia, legislação abusiva, fiscalização abusiva, carta tributária de leão, corporativismo, fora os lobistas.
      Estimular o mercado. Filho, eu sou médico, e conmheço o sistema há 30 anose te falo com conhecimento de causa que a saúde hoje está totalmente, com pequenas exceções, dominada pelo mercado, tornado-a cara e ineficiente nso mesmos moldes do sistema americano.
      Eu: Você fez faculdade em Cuba? Esse mercado a que você se refere é totalmente regulado pelo Estado filho. Você sabe o que significa livre mercado? O cara aí quer que eu acredite que o mercado de medicina no Brasil é nos moldes dos EUA. Parece piada. Lá é regulado também, mas nem de perto igual aqui. É cada um que me aparece. 30 anos vivenciando isso é? .
      A ANS é uma piada a serviço da medicina de grupo.
      Eu: Também acho que é uma piada.
      Linque os relatos de não aceitação dos usuários então que não li nenhum honesto.
      Eu: preguiça tá grande, vamos pesquisar filho.
      Folha jornal governista é piada né?
      Eu: Você não acha? Dá uma olhadinha no editorial da Folha e compara com o do Estadão, um jornal menos governista. Viu a capa da Folha quando falou da crise sobre a Venezuela? Não né, tá vendo. Desinformado, não acompanha, não sabe do que fala. Triste.
      Como eu disse não acho que esse programa seja a redençaõa da saude pública brasileira, óbvio, mas não mprecisa ser desonesto e mentir sobre isso.
      Eu: a redenção sua é quando não houver mais iniciativa privado, quando formos uma país literalmente comunista. Fala sério aí médico marxista. Vamos para de sonhar. Você não tem mais idade pra isso.
      Vou deixar na conta da ignorância mesmo. Ah, e a propósito, não tenha medo de se identificar, quem sabe o que está falando assina o que escreve.
      Eu: Desculpa aí, mas você não refutou uma linha do que eu disse. Tomou uma surra no debate. Acho que precisa de mais 30 anos na conta de medicina e da ignorância. Enquanto isso, vamos parar de mentir, não precisa disso. Que feio.
      Identificar-me? Por quê? Tá querendo tomar uma gelada comigo?

      Excluir
    11. Antonio Garcia, o negócio é ignorar mesmo. Se o escritor do artigo ignorou a nossa questão, dar moral para papagaio anônimo irônico é perda de tempo. Pensei que pelo menos neste artigo que é de acordo com que muitos anônimos pensam, eles não iriam ficar na sombra do anonimato.

      Excluir
    12. Rudi Chué trabalha na defensoria Garcia. Mais um que tomou uma surra dos anônimos e ficou mordido. Dá-lhe Rudi Chué.

      Excluir
    13. Interessante que um órgão como a OMS/OPAS (ligado a ONU) aprova e patrocina o programa Mais Médicos, inclusive os acordos feitos por Cuba. Enquanto os únicos que são contra, é uma ong (SSF) americana que utiliza um programa do governo americano (CMPP) para dar asilo político a cubanos com profissão relativamente importante como "Doctors, nurses, paramedics, physical therapists, lab technicians and sports trainers". Conclusão: EUA tentando mandar no mundo e se aproveitando das pessoas. Aliás o EUA também participa do programa de médicos estrangeiros da OMS com 25% de seus médicos.
      Sobre a ilegalidade, a ação direta de inconstitucionalidade está em processo, não foi julgada ainda, verificar ADI 5035. Portanto a medida provisória não é ilegal.

      http://www.paho.org/bra/
      http://www.stf.jus.br/

      Excluir
    14. Justificar colocando a ONU? Interessante que a ONU é a mesma organização que faz inúmeros seminários a favor de direitos sexuais da criança. O doutor Garcia deve estar por dentro, pois tem mais 30 anos de experiência na área. Ou vai ver ele está ocupado fazendo militância para dividir a riqueza de forma justa.Engraçado que a ONU, ano passado, elegeu escritos de Che Guevara como patrimônio da humanidade. Não é de se admirar, já que em 64 esse assassino fez discurso na ONU falando que iria continuar a fuzilar todos. Além disso, vale lembrar que a ONU adora dar pitacos no Oriente Médio, mas na América do Sul não fala nada, a não ser se for pra falar de Guantanamo. Da desgraça na Venezuela não abrem o bico. A idoneidade da ONU é tão grande quanto a democracia de Cuba. Medida Provisória não é ilegal, ilegal é o seu conteúdo. Se tivéssemos um legislativo decente, uma oposição digna, um parlamentar já poderia impetrar um mandado de segurança fazendo um controle de constitucionalidade preventivo, que é realizado excepcionalmente pelo poder judiciário. Assim nós já poderíamos congelar essa insanidade e não deixar essa MP produzir seus efeitos. Agora temos que esperar essa ADI, só que com essa nova formação do STF agora, sem comentários.

      Excluir
    15. Quando ler alguma informação, por favor, tente entender o que leu, faz um bem enorme, acredite. Você por acaso sabe o que são direitos sexuais das crianças? É o direito que elas tem de receber orientação sexual a partir dos 12 anos, o que para qualquer pessoa sensata soa coerente. A ONU pode ser criticada justamente pelo fato de se curvar a inúmeras decisões tomadas pelos donos do poder mundial mas tem gente que prefere criticar quando ela desafia o "status quo". Fazer o que né?

      Excluir
    16. "Você por acaso sabe o que são direitos sexuais das crianças? É o direito que elas tem de receber orientação sexual a partir dos 12 anos, o que para qualquer pessoa sensata soa coerente." Doutor Garcia

      A sensatez do Doutor Garcia é universal, para ele todas as famílias devem aceitar que seu filho de 12 anos já saiba o que é sexo anal, sexo oral, tocar uma, etc... Olha aqui Doutor Garcia, essa tua sensatez é sua e não da maioria das famílias, aposto quanto você quiser que mais de 90% das famílias não querem essa orientação para os seus filhos com essa idade. A sensatez por definição é prudência, sendo assim, por cada família ser imbuída de valores morais e éticos distintos, logo, o Estado e organização nenhuma tem o direito de ensinar uma matéria dessas, pois é um assunto particular, e cada família vai orientar os seus filhos como acharem melhor. Para a maioria das famílias brasileiras, os pais não vão querer que a partir dos doze anos as crianças convivam com essa malícia, numa atmosfera de excitação sexual exacerbada, pois consideram que essa educação é um serviço exclusivo da família, além de que, alimentar esse assunto inadequado para essa idade, vulgariza e estimula a criança ter comportamento de um indivíduo capaz. Veja que se já não é raro encontrar jovens quase adultos que já não tenham conhecimento sobre sexualidade(doença, gravidez, sexo..), quem dirá crianças de 12 anos. Não passa de uma agenda pervertida. A sexualidade deve amadurecer naturalmente, conforme a capacidade de discernimento do jovem, tendo o auxílio da família. A civilização chegou até aqui neste modelo tão bem sucedido, mas parece que agora o Doutor Garcia e um punhado de seres com o poder de uma divindade sabem o que é melhor para as crianças e todas as famílias. Doutor Garcia é? Fala sério.

      Excluir
  10. Eu pediria a gentileza de comentar este post com outro post, do jornalista Juremir Machado da Silva do Correio do Povo do RS:
    "O mesquinho acha-se moderno, pragmático, altivo, crítico, autônomo e visionário. Acredita que toda forma de proteção social, desde que não seja a empresas, é uma forma de populismo, de paternalismo e de assistencialismo.
    A ideologia da mesquinharia usa sempre o mesmo argumento falacioso: não se deve dar o peixe, deve-se ensinar a pescar. Não se deve dar bolsa-família, deve-se dar empregos. Justamente os empregos que nunca foram dados pelos partidos que apoiam. E não foram dados por não existirem. E não existiram por incompetência na sua criação, por falta de um modelo adequado ou por impossibilidade conjuntural ou estrutural de serem gerados.
    O mesquinho entende que, se os empregos não existem, os necessitados devem ralar-se. Que fiquem passando fome até que seja possível criá-los.
    Nessa lógica, o mesquinho promete o futuro, não se lembra do passado e ignora o presente. Explora sofismas, meias verdades e mentiras inteiras como formas de justificar a sua indiferença pelo sofrimento dos outros. Espalha que o assistencialismo gera preguiça. Faz crer que a maioria das pessoas vai preferir viver com R$ 70 sem trabalhar a viver com R$ 700 trabalhando.
    Viver bem, com trabalho, continua sendo mais interessante para a maioria do que viver mal sem trabalho. Salvo quando a alma do indivíduo alquebrado já está saturada e ninguém mais pode lhe incutir esperança, o que ocorre quando o sistema atrofia o gosto pela vida.
    As asneiras dos mesquinhos incluem: acreditar que Lula, de fato, se tornou milionário, ou bilionário, e que a revista Forbes publicou uma capa com ele como um dos homens mais ricos do mundo; crer que destacar os aspectos positivos das cotas, do bolsa-família, do ProUni e de outras políticas assistenciais dos governos do PT, é ser petista; difundir a ideia de que nunca houve tanta corrupção no Brasil, como se a corrupção atual, enorme e condenável, não fosse a mesma de antes; acreditar que a meritocracia realmente seleciona os melhores num sistema de desigualdade na competição e não que serve de mecanismo de reprodução dessa desigualdade.
    Enfim, melhor não ser muito sofisticado na análise para não confundir as mentalidades mesquinhas mais lentas e pesadas.
    Usina de ódio, de ressentimento e de rancor, o mesquinho odeia as ruas engarrafadas por causa do acesso dos pobres aos automóveis; odeia os aeroportos cheios por causa das viagens da classe C; odeia as universidades “rebaixadas” pela entrada dos que deveriam fazer cursos técnicos; odeia esses pobres que votam com o estômago; entende que só os ricos podem votar com os bolsos; vê como a modernidade a permanência dos pobres na pobreza, à espera dos empregos do futuro, e uma elite desfrutando da climatização. São os mesmos que se venderam aos Estados Unidos, em 1964, para evitar as reformas de base: reforma da educação, agrária, bancária, tributária, etc.
    O Brasil corria um sério risco: poderia ficar melhor para a maioria.
    A ideologia da mesquinharia deu o golpe para salvar-nos da melhoria.
    Atrasou o país em mais de 20 anos.
    Continua a cantar o refrão: o perigo comunista.
    São fantasmas de opereta.
    O comunismo acabou.
    Falta construir um capitalismo muito melhor.
    Uma verdadeira social-democracia.
    Para isso, será preciso ensinar geografia aos mesquinhos.
    Falar-lhe dos países escandinavos, etc.
    O mesquinho adora Estado mínimo em economia e Estado máximo em moral. Gostar de meter-se na vida alheia para domesticá-la como seu moralismo.
    Todo mesquinho é um moralista de ceroula."

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esses calhordas que vivem a dizer que se deve dar a vara para ensinar a pescar, ao invés do peixe, nunca passaram fome e são, na verdade, donos das fábricas de caniço... Fica-a-dica ;-)

      Excluir
    2. E digo mais a dita incompetência dos governos venezuelanos pré-Chaves não existe. Assim como no Brasil eles governaram como sempre, ou seja, para os mesmos sem fazer programa governamental nenhum visando à redistribuição de renda, simples assim. Resumindo, foram muito competentes naquilo que se propuseram a fazer.

      Excluir
    3. Falta comida na Venezuela hoje?

      Excluir
    4. Falta tudo na Venezuela, sobretudo democracia.

      Excluir
    5. "A ideologia da mesquinharia deu o golpe para salvar-nos da melhoria."

      Não entendi, a "melhoria" seria com o comunismo?

      Excluir
    6. O mais engraçado é que tudo que se interpõe a este neoliberalismo entreguista e concentrador de renda chamam de comunismo. Não dá para virar este disco? Releia o texto 5 vezes, se não adiantar, procure um bom psiquiatra ou férias sem volta de Miami.

      Excluir
    7. Antonio, porque falta democracia na Venezuela? Nos esclareça por favor.

      Excluir
  11. Jordi e Alvaro Junqueira, grandes patéticos!

    renatopfizer@yahoo.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caramba, mas você está defendendo muito o governo miliciano de Maduro. Já está preparado para fazer parte da milícia petista quando a bomba estourar pelas bandas de cá?

      Excluir
  12. O mais hilário é uma pessoa que é consultor internacional esconder das suas análises que o Brasil é um dos maiores produtores de celulose do planeta, razão pela qual poderia faltar muita coisa por aqui, menos papel higiênico.
    A turma que não consegue emplacar suas preferencias através da via democrática normalmente parte para a apelação, como faz Caprilles por lá, e o Jordi por aqui.
    Aliás, por falar em Jordi, qual seria a sua posição sobre o franquismo na sua terra natal? Foi um ardoroso defensor da ditadura por lá também?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acho que o Jordi não foi um ardoroso defensor do franquismo, tal como não é um ardoroso defensor do chavismo.

      franquismo + chavismo = ditadura

      Excluir
    2. O que impressiona na patota que ataca os governos de esquerda eleitos democraticamente na América do Sul, cujo Jordi faz parte, é que eles não conseguem - definitivamente não querem - enxergar o crescimento obtido na última década pelo conjunto destas nações. Se esta evolução tivesse sido conseguida por aqueles governos de 10/12 anos atrás, na maioria ditatoriais, Jordi e seus pares da mídia obtusa estariam distribuindo loas nas suas linhas de cunho político.
      renatopfizer@yahoo.com.br

      Excluir
    3. Crescimento = inflação, desabastecimento, criminalidade, liberdade de imprensa e expressão ceifada.

      Excluir
    4. O anônimo das 19:08, além de anônimo é praticamente cego. Deve enxergar um palmo além do nariz!
      renatopfizer@yahoo.com.br

      Excluir
    5. O anônimo das 23:24, conhecido como Renatão, além de militante é praticamente cego. Deve enxergar um palmo além do nariz!

      Excluir
  13. A Venezuela é minha luva de pelica.

    Há três anos visitei a Venezuela numa viagem de trabalho. Naquele tempo o país ainda era governado pelo milico facínora que, mesmo adoentado, só largou o osso quando teve os seus pés puxados pelo capeta. O país vivia uma crise de identidade, a população foi dividida em “classes” e estas colocadas umas contra as outras (pobres vs. classe média; civis vs. militares; mídia governista vs. “mídia golpista”; população vs. milícia) usando o artifício de dividir para governar (algo bastante familiar com o que vem ocorrendo no Brasil). A noite, em todos os canais abertos, o milico discursava, cartarolava e até rezava, chegando a ser cômico. Quando o milico aparecia na tv bares, restaurantes e supermercados desligavam os aparelhos. O dólar era a moeda extraoficial, nem era preciso comprar bolívares, pois naquele tempo a inflação já era galopante (tal como ocorre na Argentina). Existiam seis cotações oficiais: três para os produtos alimentícios (massas/laticínios, frutas/verduras e bebidas) outra para o combustível, outra para o transporte e mais uma que não me lembro. Nos supermercados os produtos tinham pouca diversidade e eram escassos. Lembro que não havia papel higiênico no hotel onde me hospedei e fui obrigado a ir ao supermercado comprá-lo, enfrentando fila só para essa empreitada – o papel era fabricado por um monopólio estatal chamado Manpa e só podia comprar um rolo por pessoa/semana, por esse motivo famílias tinham de esperar na fila para serem cadastradas e garantir suas porções. Mesmo com salários mais elevados que os dos brasileiros, os colegas engenheiros da Venezuela reclamavam do excesso de burocracia e da falta de clareza nas obras do governo – as obras do porto onde trabalhei estão se arrastando há mais de oito anos. Praticamente não há concorrência nas licitações, pois a maioria das empresas são estatais. Empresas estrangeiras? Quase nenhuma. As rodovias são tão ruins quanto às daqui, idem para as ferrovias, aeroportos, sinais de telefone e internet. E tudo isso num país sentando numa das maiores reservas de petróleo do mundo.

    Quando dissemos para os adoradores da esquerda visitar Cuba, Venezuela outras ditaduras esquerdistas, nos acusam de usarmos argumentos vis e pretensiosos. Não são argumentos, são sugestões.

    Não há dúvida que a Venezuela de hoje é o Brasil de amanhã, é só questão de tempo para a população brasileira entender que não existe um projeto de governo, mas um projeto de partido.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É realmente cômico este Marcos, pois visitei a Venezuela mais ou menos neste período (3 anos atrás) e nosso hotel possuía papel higiênico normalmente, e não vi fila alguma para comprar este precioso produto em lugar algum que visitamos (Caracas, El Dorado e Puerto Cabello). Não nego que vimos muita gente necessitada e deficiência de infra-estrutura, mas nada muito anormal se comparado com a vizinhança. Talvez tenhamos visitado países diferentes. O Brasil nunca será uma Venezuela simplesmente por que somos outro povo, outra história e outro governo, ponha isto nesta cabeça paranóica.

      Excluir
    2. Com certeza estivemos em países diferentes chamados Venezuela. A situação em Araya e Cumaná era bem diferente da de Caracas. Sorte tua que não precisou passar por aquilo, pois nem o mar do Caribe abrandou a situação.

      Excluir
  14. Toda a população da Venezuela cabe numa avenida então? By Ácido

    ResponderExcluir
  15. O argumento lá como aqui da tal sociedade que foi dividida em classes é de chorar de rir. Antes do Chaves e do Lula viviamos numa sociedade igualitária e ordeira. Então tá. Não adianta visitar um país ou qualquer lugar que seja e olhar a realidade do mesmo através do próprio limitado umbigo, necessário analisar como um todo, só que aì complica né?

    ResponderExcluir
  16. A propósito sugiro aos adoradores da direita visitarem as ditaduras de direita também, há muitas por aí, algumas até se achando democracias.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cite algumas ditaduras de direita. Estou curioso.

      Excluir
    2. Será que o doutor Garcia vai citar o nazismo?

      Excluir
    3. Voce quer em ordem alfabética? Para não alongar o texto cito vários países árabes e vários africanos. Você escolhe. Quanto ao nazismo você acha que é uma ideologia de esquerda?

      Excluir
    4. A resposta de um marxista é sempre assim: "vários; você escolhe; e ainda diante de uma pergunta responde com outra"

      Excluir
  17. “Nicolas Maduro, um ex-motorista de ônibus (nenhuma critica a seu passado, quem teve como presidente a Lula, não deveria poder exercer juízo de valor sobre o passado de nenhum político)”.

    Discordo desse trecho, tem de fazer juízo de valor sobre o passado, principalmente do de políticos. Nicolas Maduro poderia ter sido um bom motorista de ônibus, que não garante capacidade para ele governar um país. No Brasil temos o exemplo do palhaço Tiririca, supostamente analfabeto, que esquecido da mídia foi procurar refúgio na política, assim como muitos cantores e atores medíocres. Hoje Tiririca está lá, como peso morto, não representando ninguém, sendo manipulado para que vote junto aos interesses dos colegas. Lula é o exemplo oposto, perdeu o dedo num “acidente”, entrou para o sindicalismo e soube se vender como político, safadeza é o seu lema. Já Dilma, a ex-terrorista, se formou em economia, faliu uma loja de 1,99, voltou a o aparelho estatal e hoje é presidente com o traquejo e simpatia de um mastodonte.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vc com certeza ganhou o prêmio de comentário com a maior quantidade de ódio de classe e safadezas postado por aqui. E olha que a concorrência é forte! E por ironia do destino o Tiririca é um dos políticos de maior frequência e assiduidade da Câmara.

      Excluir
  18. O grande engano da oposição foi não entender – já em 2002, ano do golpe da direita – o que é o “chavismo”. Achavam estar diante de um fenômeno puramente eleitoreiro, liderado por um demagogo. Só após vários erros – entre eles o próprio golpe – perceberam estar diante de um fenômeno muito profundo na sociedade venezuelana e em sua estrutura de classes sociais. Diz respeito à demandas reprimidas de setores populares urbanos, que começaram a ser atendidos nesses quinze anos. Embora tenha em Hugo Chávez sua marca maior, o chavismo não depende mais da figura do líder. O chavismo teria se esgotado se as votações de Maduro e de seu partido tivessem sido pífias. O que sofre instabilidades é outra coisa, é o modelo de desenvolvimento baseado no petróleo. Para isso, não há solução no curto prazo.

    ResponderExcluir
  19. Bom, pelas opiniões do Mister Castan, toda a AL deveria ser um grande México.

    ResponderExcluir
  20. Porquê será que pessoas como este autor nunca comentam a situação social e política do México?

    A direita capitalista levou o México a um nível de desenvolvimento econômico e social satisfatório?

    Ou o Paraguai que é dominado pelas oligarquias capitalistas (partido colorado) a mais de 60 anos, é um exemplo de democracia e distribuição de renda?

    Porque o Uruguai, governado por Pepe Mujica, um ex guerrilheiro Tupamaru não é citado como exemplo de uma Democracia com politicas Sociais e econômicas assertivas, o qual estava arrasado pelas politicas neo liberais dos governantes anteriores?

    Por que não exaltam que o Chile foi alçado a maior exemplo de economia social democrata de esquerda da AL com Michele Bachelet até 2010 e que o povo chileno, depois de voltar a direita capitalista de 2010 a 2013 se arrependeu da escolha e agora trouxe novamente Bachelet (esquerda socialista) de volta ao poder?

    É muito conveniente expor somente os casos em que devaneios personalistas faliram, ou estão prestes a falir um modelo econômico e social viável.

    Vejam este País. FHC, apesar de seus inúmeros acertos precisou comprar a reeleição para manter-se no poder. E a mídia o que fez? Por acaso triturou sua biografia por isso? Não, por que foi conveniente.

    Vejam Lula, que apesar de seus inúmeros erros, poderia ter instituído a re-reeleição facilmente, não o fez. E por acaso a mídia e os opiniosos o alçam a condição de estadista que ele é? Não, pois não é conveniente exaltar nenhum acerto deste governo pois o que se quer é, apenas, voltar ao poder.

    O Fato é que a direita capitalista tem memória seletiva, só cita e comunica o que lhe é conveniente para sustentar suas opiniões furadas, nem que para isso tenham que desestabilizar o seu próprio país.

    E, crianças, parem de cair no conto da sereia, o que eles querem é apenas voltar a ter poder.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. a) O México é a nova menina dos olhos dos investidores (coisa que o Brasil poderia manter mas não conseguiu). A renda per capita do país é maior do que a do Brasil, a distribuição de renda também é mais igualitária. Essa “direita capitalista” levou o México a um nível de desenvolvimento satisfatório se comparado a outros países da AL.

      b) E o governo esquerdista dos ex-padreco? O que de bom trouxe ao Paraguai além da dependência maior do Brasil? O Paraguai já está mexendo os pauzinhos para o comércio bilateral com os países do novo bloco sulamericano formado por México, Colômbia, Peru e Chile (nada de Venezuela, Argentina ou Equador). Já vai tarde, bom para o Paraguai que está aos pouco se livrando das amarras do combalido Mercosul, cujo bloco virou um antro de esquerdistas irresponsáveis.

      c) O Uruguai? O Uruguai é um pais exportador de bens primários, com pouco mais de 3 milhões de habitantes e um PIB menor que o de Santa Catarina. É um laboratório entanto! Pode-se fazer qualquer experiência no Uruguai, até liberar a maconha. Mesmo com tantos avanços nas políticas sociais, não creio que o Uruguai voltou a ser a “Suíça Sul Americana”, termo dado ao país nas décadas de setenta e oitenta por ostentar um invejável padrão socioeconômico. A propósito, quem governava o Uruguai naquelas décadas?

      d) O Chile é um dos países mais liberais do mundo (senão o mais!). O crescimento chileno deveu-se ao distanciamento dos países do bloco comunista. Não há duvida que a derrota de Allende fez surgir um país aberto e competitivo – um exemplo de democracia – tanto que, ao contrário daqui, lá partidos com diferentes ideologia se revezam no poder, não existe uma semente ditatorial no governo.

      Excluir
    2. Ué, tu tá fazendo a mesmíssima coisa que condena na "direita capitalista"...

      Excluir
  21. Falta comida no México?

    ResponderExcluir
  22. A LIBERDADE NAS RUAS
    MARIO VARGAS LLOSA
    O Estado de S.Paulo - 9 de março de 2014

    Há quatro semanas, os estudantes venezuelanos começaram a protestar nas ruas das principais cidades do país contra o governo de Nicolás Maduro. Apesar da dura repressão - 20 mortos, mais de 300 feridos reconhecidos até agora pelo regime e cerca de mil presos, entre eles Leopoldo López, um dos principais líderes da oposição -, a mobilização popular continua firme.

    Ela semeou pela Venezuela "Trincheiras da Liberdade" nas quais, além de universitários e escolares, há também operários, donas de casa, funcionários de escritório e profissionais liberais, em uma onda popular que parece ter superado a Mesa da Unidade Democrática (MUD), a organização que abrange todos os partidos e grupos políticos de oposição, graças aos quais a Venezuela não se transformou ainda numa segunda Cuba.

    No entanto, é evidente que essas são as intenções do sucessor do comandante Hugo Chávez. Todos os passos que ele deu desde que assumiu o poder que lhe foi ungido, no ano passado, são inequívocos. O mais notório deles, a asfixia sistemática da liberdade de expressão. O único canal de TV independente que sobrevivia - a Globovisión - foi submetido a uma perseguição tal pelo governo, que seus donos tiveram de vendê-lo a empresários favoráveis à situação, que agora o alinharam ao chavismo.

    O controle das estações de rádio é praticamente absoluto e as que ainda se atrevem a dizer a verdade sobre a catastrófica situação econômica e social do país têm os dias contados. A mesma coisa ocorre com a imprensa independente que o governo está eliminando aos poucos pela privação de papel-jornal.

    Entretanto, embora o povo venezuelano quase não possa ver, ouvir nem ler uma informação livre, experimenta na carne a brutal e trágica situação para a qual os desvarios ideológicos do regime - as estatizações, o intervencionismo sistemático na vida econômica, a perseguição às empresas privadas, a burocratização cancerosa - levaram a Venezuela e essa realidade não pode ser ocultada com demagogia. A inflação é a mais elevada da América Latina e a criminalidade, uma das mais altas do mundo.

    A carestia e o desabastecimento esvaziaram as prateleiras das lojas e a imposição do tabelamento dos preços para todos os produtos básicos criou um mercado negro que multiplica a corrupção a extremos vertiginosos. Somente a nomenclatura conserva os elevados níveis de vida, enquanto a classe média encolhe cada vez mais e os setores populares são golpeados de uma maneira cruel que o regime trata de amenizar com medidas populistas - estatismo, coletivismo, distribuição de doações e muita propaganda acusando a "direita", o "fascismo" e o "imperialismo americano" pela desordem e pela queda livre do nível de vida do povo venezuelano.

    O historiador mexicano Enrique Krauze lembrava há alguns dias o fantástico desperdício do regime chavista, nos seus 15 anos no poder, dos US$ 800 bilhões que ingressaram no país neste período, graças ao petróleo. Boa parte desse esbanjamento serviu para garantir a sobrevivência econômica de Cuba e para subvencionar ou subornar governos que, como o nicaraguense do comandante Daniel Ortega, o argentino de Cristina Kirchner ou o boliviano de Evo Morales, apressaram-se nos últimos dias em solidarizar-se com Maduro e em condenar os protestos dos estudantes "fascistas" venezuelanos.

    ResponderExcluir
  23. CONTINUAÇÃO DO ARTIGO DE MÁRIO VARGAS LLOSA

    A prostituição das palavras, como assinalou George Orwell, é a primeira façanha de todo governo de vocação totalitária. Nicolás Maduro não é um homem de ideias, como percebe de imediato quem o ouve falar. Os lugares comuns tornam seus discursos confusos e ele os pronuncia sempre rugindo, como se o barulho pudesse suprir a falta de argumentos. Sua palavra favorita é "fascista", com a qual ele se dirige sem o menor motivo a todos os que o criticam e se opõem ao regime que levou um dos países potencialmente mais ricos do mundo à pavorosa situação em que se encontra.

    Sabe, senhor Maduro, o que significa fascismo? Não o ensinaram nas escolas cubanas? Fascismo significa um regime vertical e caudilhista, que elimina toda forma de oposição e, mediante a violência, anula ou extermina as vozes dissidentes. Um regime que invade todos os aspectos da vida dos cidadãos, do econômico ao cultural e, principalmente, é claro, o político. Um regime em que pistoleiros e capangas asseguram, mediante o terror, a unanimidade do medo, do silêncio e uma frenética demagogia por meio de todos os veículos de comunicação na tentativa de convencer o povo, dia e noite, de que vive no melhor dos mundos.

    Ou seja, o que está vivendo cada dia mais o infeliz povo venezuelano é o fascismo, que representa o chavismo em sua essência, esse fundo ideológico no qual, como explicou tão bem Jean-François Revel, todos os totalitarismos - fascismo, leninismo, stalinismo, castrismo, maoismo e chavismo - se fundem e se confundem.

    É contra essa trágica decadência e a ameaça de um endurecimento ainda maior do regime - uma segunda Cuba - que se levantaram os estudantes venezuelanos, arrastando com eles setores muito diferentes da sociedade. Sua luta é para impedir que a noite totalitária caia totalmente sobre a terra de Simón Bolívar e não haja volta.

    Acabei de ler um artigo de Joaquín Villalobos (Como enfrentar o chavismo)no jornal El País, desaconselhando a oposição venezuelana a adotar a ação direta que empreendeu e recomendando que, ao contrário, espere se fortalecer para poder ganhar as próximas eleições. Surpreende a ingenuidade do ex-guerrilheiro convertido à cultura democrática.

    Quem garante que haverá futuras eleições dignas desse nome na Venezuela? Por acaso foram as últimas, nas condições de desvantagem da oposição em que transcorreram, com um poder eleitoral submisso ao regime, uma imprensa sufocada e um controle obsceno da recontagem dos votos pelos testas de ferro do governo?

    Evidentemente, a oposição pacífica é o ideal na democracia. A Venezuela, porém, não é mais um país democrático e está muito mais próximo de uma ditadura como a cubana do que são, hoje, países como México, Chile ou Peru. A grande mobilização popular que a Venezuela vive ocorre precisamente para que, no futuro, haja ainda eleições de verdade e essas operações não se tornem rituais circenses como eram as da ex-União Soviética ou são as de Cuba, onde os eleitores votam em candidatos únicos, que ganham com 99% dos votos.

    O que é triste, embora não surpreendente, é a solidão em que os valentes venezuelanos que ocupam as Trincheiras da Liberdade estão lutando para salvar seu país e toda a América Latina de uma nova satrapia comunista, sem receber o apoio que merecem dos países democráticos ou desta inútil e carcomida Organização dos Estados Americanos (OEA), que, segundo sua declaração de princípios, que vergonha, deveria zelar pela legalidade e pela liberdade dos países que a integram.

    ResponderExcluir
  24. FINAL DO ARTIGO DE MÁRIO VARGAS LLOSA

    Naturalmente, que outra coisa pode se esperar de governos cujos presidentes compareceram, praticamente todos, em Havana, para a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e para prestar homenagem a Fidel Castro, múmia viva e símbolo animado da ditadura mais longeva da história da América Latina.

    Entretanto, o lamentável espetáculo não deve tirar as esperanças dos que acreditam que, apesar de tantos indícios contrários, a cultura da liberdade lançou raízes no continente latino-americano e não voltará a ser erradicada no futuro imediato, como tantas vezes no passado.

    Os povos dos nossos países costumam ser melhores do que seus governos. Ali, estão para demonstrar isso os venezuelanos, assim como os ucranianos, arriscando suas próprias vidas em nome de todos nós para impedir que na terra da qual saíram os libertadores da América do Sul desapareçam os últimos resquícios de liberdade que ainda restam. Mais cedo ou mais tarde, eles triunfarão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esperasse que continue recebendo o apoio de Senadores catarinenses do PMDB que empregam medíocres em seus gabinetes.

      Excluir

O comentário não representa a opinião do blog; a responsabilidade é do autor da mensagem