POR JORDI CASTAN
Ou entra na política para mudá-la ou para que a política o
mude. O prefeito Udo Dohler ameaçou mudar a política local. O seu discurso de
campanha propunha outra forma de fazer política, trazer para a desacreditada
administração municipal uma nova cultura de gestão, que incorporasse conceitos
de eficiência, eficácia e racionalidade econômica. Ou seja, conceitos que parecem ausentes da
gestão pública joinvilense há décadas. Mas até agora o prefeito não tem conseguido.
Quanto mais seu governo avança no tempo, mais a política muda o prefeito. E menos a velha forma de fazer política parece mudar. Quando o prefeito Carlito
Merss inaugurou um sinaleiro na sua gestão houve críticas pertinentes. Mas agora, quando nesta administração se inaugura nada, há um silêncio cúmplice. Quem
acreditou que o Parque Caiera, no Bairro Adhemar Garcia, foi reformado e reinaugurado
teve uma surpresa ao encontrar que o parque continua interditado e oferece
risco para os visitantes.
Quando o trabalho da assessoria de imprensa é melhor que o
dos outros setores da prefeitura o resultado é esse mesmo: se vende uma imagem
que não corresponde com a realidade. Já foi assim com a inauguração do binário da
Vilanova, inaugurado incompleto e que apresentou falhas menos de dois dias
depois de inaugurado. Também a ponte sobre o rio Águas Vermelhas é um exemplo do conceito de qualidade das obras públicas em Joinville.
Voltando ao Parque Caiera. De acordo com a assessoria de
imprensa da prefeitura, o que foi realmente aberto no último dia 8, com a
presença do prefeito Udo Döhler, foi a academia de ginástica e quiosques, logo
na entrada do parque, que fica no final da rua Valdemiro Rosa, bairro Adhemar
Garcia. O local estava fechado para visitação desde junho do ano passado. O problema é que nesta área do parque,
com exceção do deck, os demais equipamentos estão interditados em razão do
péssimo estado de conservação em que se encontram, oferecendo risco de
acidentes.
Quem tentar subir no mirante, por exemplo, pode pisar numa madeira podre e despencar para o chão. Por isso, a prefeitura achou por bem proibir a entrada das pessoas e veículos, fixando uma cerca no meio do trajeto que dá acesso ao local, com um aviso de interdição. Como a cerca não oferece segurança e não há vigilância suficiente, os visitantes não respeitam e avançam sobre as áreas interditadas. De quem é a responsabilidade sobre a segurança do parque? Vamos esperar um acidente? Quem autorizou o funcionamento de um parque nestas condições?
Quem tentar subir no mirante, por exemplo, pode pisar numa madeira podre e despencar para o chão. Por isso, a prefeitura achou por bem proibir a entrada das pessoas e veículos, fixando uma cerca no meio do trajeto que dá acesso ao local, com um aviso de interdição. Como a cerca não oferece segurança e não há vigilância suficiente, os visitantes não respeitam e avançam sobre as áreas interditadas. De quem é a responsabilidade sobre a segurança do parque? Vamos esperar um acidente? Quem autorizou o funcionamento de um parque nestas condições?
Numa situação como esta faz sentido inaugurar? O prefeito escolheu sair na foto. Difícil escolha. No caso do Zoobotânico a administração municipal optou por mantê-lo
fechado durante anos a fio enquanto as obras se alastravam a velocidade de
cágado. Ou melhor, ao ritmo normal das obras pública em Joinville. No caso do Parque
Caiera não há previsão de que a situação mude, não há prazo para a conclusão
das obras, não há orçamento para as reformas. Sobre a péssima qualidade das
obras públicas, nenhuma palavra e tampouco nenhuma mudança. A Fundema informa
que as obras serão feitas “na medida do possível” e ninguém fica muito
preocupado com uma resposta como essa. Na verdade o joinvilense tem se
acostumado a não esperar nada do poder público e acaba reagindo bovinamente a
tanta incompetência.
O Parque Caiera, como todos os parques de Joinville, apresenta um estado de conservação vergonhoso e oferece risco aos visitantes. Há necessidade constante de custosas obras de remodelação e recuperação, o que faz dos parques um
poço sem fundo de recursos públicos. O que se vê em Joinville é um circulo vicioso
de parques mal projetados, caros, pessimamente executados e sem nenhuma manutenção, pelo que
precisam ser interditados com frequência durante os largos períodos necessários para as reformas. E, claro, sempre à custa de quantidades ingentes de recursos públicos que
deveriam ser destinados a novos parques ou a melhoria dos existentes. O pior é
que está consolidada a cultura que é assim e que isso não vai mudar.
Não tem que ser assim, como mostram três exemplos de parques
urbanos no Brasil, que recebem forte visitação e se mantêm em bom estado apesar de terem siso projetados e construídos há muito tempo. Cumprem a sua função e não
precisam ser interditados por longos períodos. No Rio de Janeiro, o Parque do
Aterro do Flamengo (1961), em São Paulo o Parque do Ibirapuera (1954) e em
Curitiba o Barigui,(1972). Todos eles com áreas próximas a 1 milhão e meio de metros quadrados, equivalentes ao Parque Caiera.
É preciso não se acostumar com a mediocridade. Há parques
bem projetados, sem desperdício de recursos públicos e que são motivo de
orgulho para os seus usuários. Parques são espaços de lazer, de valor social,
ambiental e paisagístico, reservas de verde urbano que contribuem a qualidade de
vida das cidades. Mas por aqui ainda são uma ficção.
"O que há no governo é mais que má gerência. É uma fé infinita na empulhação, ofendendo a inteligência alheia."
"O que há no governo é mais que má gerência. É uma fé infinita na empulhação, ofendendo a inteligência alheia."
Elio Gaspari
No caso do Parque Caieira a situação de abandono e a irresponsabilidade do orgão gestor é muito mais grave, pois foi um presente do Ministério Público praticamente sem custo algum à Prefeitura e Fundema. A maioria das obras inauguradas também foram custeadas pelo Fonplata, também sem custo e com contra-partidas quase simbólicas. O mirante está abandonado praticamente desde a sua inauguração há 10 anos, os fornos e casa do pescador igualmente, não há vigilancia o que já ocasionou inúmeros casos de vandalismos e assaltos à visitantes.
ResponderExcluirCastan , a Lot sai até julho ta no AN vamo que vamo....pra frente Joinville
ResponderExcluirModus operandi do "Geston"
ResponderExcluirEssa é uma doença cronica em Joinville...dar uma oportunidade de um lazer saudavel aos joinvillenses em Parques...é um "horror" aos administradores dessa cidade...me parece q para eles esta bom...passear com a familia...na Rio Bonito...no Pirai...e qm puder vai pra praia...ou impor a cultura do lazer em Shoppings...realmente ter apenas o Zoo...para 600 mil habitantes...é uma piada de malgosto...Du Von Wolff
ResponderExcluirMuito bom ler isso aqui... ridícula a atitude do prefeito em reinaugurar "isso". Literalmente é cria do LHS, que adorava inaugurar a popular "primeira etapa". Tudo era "primeira etapa", só para enganar cego. Quantas a mudanças na gestão, bem colocado... enfraquecida.
ResponderExcluirUma pergunta que ninguém respondeu ainda sobre a reforma administrativa é como vão ficar casos como este, que já eram difíceis de solucionar numa Fundação e que agora terão que se sujeitar à mesma fonte 100 que todos, ou seja, nada.
ResponderExcluiro Jordi me explique porque um dono de empresa de galvanização da estrada da ilha ..esta metido dentro do conselho da cidade ...é brincadeira né...
ResponderExcluirAparecido Maia
Sem falar no PARQUE DA CIDADE.......Cidade????O mato está tomando conta.....Ja tem lixão ao céu aberto......(Um depósito com cara de container, emborcado, para não encher de agua) e os Carangueijos, cheios de pregos aparentes, as laterais dos escorregadores, PODRES, Fora o cheiro daquele tapete verde que colocaram ali embaixo para imitar a Grama, que está deprimente....Ahhhh, tem tambem a perversão que acontece ali a noite.....A Policia, só aparece nos dias de chuva......quando não tem ninguem....UMA VERDADEIRA PIADA.......DE MAU GOSTO!!!!!!!
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