sexta-feira, 26 de julho de 2013

Imagine a sua marca no meio disto...

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Por isso vou ser curto. Essa é a capa da "Advertising Age", uma revista de referência lida por empresários e marketeers de todo o mundo, mas também por gente de outras áreas. A pergunta é: “imagine a sua marca no meio disto”.

Quando falei na Copa do Mundo e das Olimpíadas, há alguns dias, era a isso que me referia: o risco de o país não ver o dinheiro dessas marcas entrar no país. O risco de perder a oportunidade de construir uma imagem de marca para o país. O risco de afugentar o investimentos essenciais em tempos de economia global.

Tem gente que prefere ficar apegada ao provincianismo, ao ódio político ou à filosofia da terra queimada. Mas o fato é que o Brasil chamou a atenção do exterior. E não foi pelas melhores razões. Quem quer dinheiro para a educação e a saúde não pode rejeitar o dinheiro que vem de fora. Não sou eu a dizer... é o mundo.

Sim. É a economia global, estúpido.


P.S. – Vou repetir pela enésima vez. Não sou contra as manifestações, mas isso não faz com que fique cego para a instrumentalização das massas por gente que só pensa em projetos de poder. Porque hoje em dia nenhum país pode viver "orgulhosamente só".

9 comentários:

  1. Condor Non-Lethal Technologies* curtiu essa capa.

    *fabricante de gás lacrimogêneo.

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  2. “Le Brésil n’est pas un pays serieux”.

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  3. Os governantes que se preocupem com isso

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    1. Por essa ordem de ideias, a visita do Papa, um bom momento de exposição mundial, devia estar a ser o inferno das manifestações.

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  4. É economia mesmo, a economia acima de tudo. Talvez por isto protestaram contra Copa.
    Lei da Copa
    Maracanã - Construção, destruição de patrimônio histórico, concessão.
    Desapropriações
    Superfaturamento
    Retorno do investimento
    Prioridades

    Realmente sem motivos para reclamar da Copa e manchar a imagem do país.

    Vivo em Joinville e uma das matérias da capa do Jornal A Notícia de hoje é que uma mulher morreu por falta de leitos de UTI. Tomara que nunca vire capa de alguma publicação internacional para não manchar a imagem da cidade. Sim, é a saúde pública, estúpido.

    Sinceramente, entendo a sua visão, só não concordo.
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    Aproveitando o espaço e mudando de assunto, gostei muito da sua coluna de ontem no AN.
    Achei sua idéia fantástica, hoje temos a Softville, Inovaparq e a MIDIville como incubadoras tecnológicas, ainda é pouco e não vejo muita sinergia com outros órgãos da cidade.

    O potencial de Startups em Joinville é muito grande, temos até fundos de investimento(venture capital) com bastante dinheiro para gastar. Como a HFPX que tem R$20 milhões para investir.

    Temos o Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e Inovação (Comciti), que até o momento parece estar lá só para gastar a verba de coffe-break da PMJ, com reuniões que não desenvolvem ideias. Olha que o conselho é de inovação.

    A Fundamas poderia entrar nessa também, desenvolvendo parcerias com empresas como citado. Tem varias empresas de tecnologia que fazem parceria com instituições de ensino como Microsoft, Cisco, Oracle, Furukawa, etc...

    Talvez juntar todas estas instituições e outras que não citei e botar todos para pensar fora da caixa, como você citou, sairia algo bacana para o local e para o futuro da cidade.

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  5. Meu caro Bruno.
    Não posso dizer que gosto do mundo como ele é nos dias de hoje. O neoliberalismo estropiou tudo. Mas é o mundo em que vivemos e é com essas linhas que devemos costurar. Os meus textos escritos sobre o tema até agora têm apenas uma crítica: exigir do governo uma coisa que exige dinheiro (educação e saúde) e ao mesmo tempo detonar investimentos com grande potencial (isso de dizer que vai dar corrupção e não sei mais o quê é especulativo. Ninguém sabe, ninguém pode garantir. Talvez a Mãe Dinah. Defendo os protestos, mas não quando são um tiro no pé. Aliás, a capa da Ad Age diz tudo.
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    Quanto às incubadoras, a ideia é fazer as pessoas despertarem para essa possibilidade. E tentar fazer um forcing para começar a mudar as mentalidades, porque depender desse pessoal de ideias velhas Joinville ainda acaba virando uma Cubatão. E vês como é possível? Tu mesmo apontaste uma série de possibilidades. Mas a coisa não pode parar numa simples incubadora. A cidade tem que ser um centro de modernidade, direcionar a sua economia muito fortemente para coisas modernas. Não temos um festival de Dança? Por que não tentar atrair uma Offf? Acho que os caras até podiam se interessar em ir para o Brasil. E o Governo Federal podia ser envolvido. Enfim, tem é que começar..

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  6. Não entendo... Se o francês vai pra rua, faz a maior " baderna" contra qualquer governo, trata-se de um povo politizado, culto...

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    1. Ainda bem que você começa a dizer que não entende. Porque o exemplo do francês é de quem não entenda coisa alguma do que se passa na França.

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  7. Tenho de confessar que estou gostando de ver a derrocada na economia brasileira pela batuta da presidenta Dilma. Os protestos com a violência na copa das confederações, sem dúvida, mancharam a imagem já desgastada do Brasil. A falta de infraestrutura e planejamento da copa das confederações e, atualmente, da JMJ (que deixou centenas de fiéis percorrerem a pé os túneis do metrô do Rio por falta de energia) dão uma pequena demonstração do que serão a copa e a olimpíada. Eu, que sou contrário ao governo dos dois partidos mais criminosos da atualidade (PT e PMDB), sinto-me lisonjeado quando vejo bilhões $$$ serem desperdiçados com elefantes brancos enquanto o país tem estradas de ferro inacabadas, rodovias inacabadas, péssimos aeroportos, enfim, infraestrutura básica praticamente inexistente. Sem contar os investimentos bilionários da transposição do rio São Francisco (parada), refinaria da Petrobras em PE que (era pra custar 7 bilhões e já está em 17, estima-se em mais de 20 e ainda pode chagar a 40 bilhões) e a queda do “testa-de-ferro”, Eike Batista, que deve quase 2 bilhões aos cofres públicos. E ainda o governo federal, na batuta do molusco (em mais um lapso de sua soberba), quer investir mais de 66 bilhões de reais num trem-bala? Espanhóis, franceses, coreanos, japoneses, canadenses, alemães e chineses devem estar afoitos para levar essa boquinha do Burundi Gigante. Portanto, eu e milhares de brasileiros, apostamos todas nossas fichas contra o governo da presidenta Dilma e consequentemente, contra o Brasil. Para chagar a uma verdadeira revolução é preciso antes atingir o fundo do poço. Por isso, apesar de ser contrário ao atual governo, em 2014 provavelmente votarei no candidato do PT, para terminar o serviço que ele começou.

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