POR JORDI CASTAN
Em época de festival é
bom falar de dança. Em Joinville, porém, dançar não é sempre sinônimo de coisa
boa. Quem acreditou que esta administração vinha para mudar alguma coisa dançou.
O loteamento de cargos comissionados continua firme e forte: 77% dos cargos foram preenchidos e os outros não foram extintos, pois continuam como reserva à espera da próxima negociação entre os membros da base aliada ou a oposição. É verdade que o processo é lento, mas também é verdade que nada anda muito rápido.
A oferta de emprego em cargos comissionados continua e tem sido usada como moeda de troca para atrair desafetos e empregar desocupados, apaniguados e correligionários. Curiosamente, são o IPPUJ e a FELEJ os que junto com a SEINFRA que têm o maior número de vagas disponíveis. Quem esperava redução de cargos ou uma nova forma de fazer política, dançou.
O loteamento de cargos comissionados continua firme e forte: 77% dos cargos foram preenchidos e os outros não foram extintos, pois continuam como reserva à espera da próxima negociação entre os membros da base aliada ou a oposição. É verdade que o processo é lento, mas também é verdade que nada anda muito rápido.
A oferta de emprego em cargos comissionados continua e tem sido usada como moeda de troca para atrair desafetos e empregar desocupados, apaniguados e correligionários. Curiosamente, são o IPPUJ e a FELEJ os que junto com a SEINFRA que têm o maior número de vagas disponíveis. Quem esperava redução de cargos ou uma nova forma de fazer política, dançou.
Também dançou quem acreditou numa gestão que rompesse com os vícios de sempre. E quem esperava um choque de eficiência, com uma administração pública moderna e inovadora. É evidente que um dia sim e outro também continua a eterna cantilena da falta de recursos, as obras paradas, os projetos incompletos ou parciais, os prédios públicos interditados. O pior é que se depara com uma ausência de ideias e propostas que rivaliza com a aridez
do Jalapão e que os mais desavisados
confundem com a seca verde nordestina. Se cria a sensação de que alguma coisa
esta sendo feita, mas rapidamente fica claro que se trata de uma nova sessão
de pirotecnia.
Se um dia a duplicação
da Santos Dumont é prioritária e é preciso motivar, de pires na mão, os empresários para doarem seus terrenos e viabilizar a obra. Poucas semanas depois ninguém mais
lembra e só duas placas no início da avenida lembram do foguetório e dos
discursos que emolduraram a assinatura da ordem de serviço. Depois será a ponte do Ademar Garcia ou qualquer outra cortina de fumaça. De novo o velho
modo de fazer política, com muito barulho e pouco resultado. Nem vamos falar
aqui das obras inconclusas da Rua Timbó, que demoram mais que catedral gótica na Idade Média.
No outro dia o tema
principal é a Joinville do milhão de habitantes. Ou a Joinville que superará o
PIB de Porto Alegre ou de Curitiba para se converter na segunda maior economia
do Sul do Brasil. Fico preocupado quando vejo que tem gente, até ontem esclarecida, que além de acreditar
numa bobagem dessas ainda aplaude. O prefeito visionário defende que em poucos anos cada
joinvilense terá um carro e que a saída para que os problemas do trânsito serão as avenidas duplicadas, os elevados e outras grandes obras de infraestrutura.
Se não fosse um homem tão viajado, proporia aqui uma coleta para arrecadar uns trocados para lhe pagar uma viagem a Europa. Quem sabe assim acordava e mudava de opinião sobre o uso do automóvel nas cidades do futuro e poderia rever os seus conceitos sobre cidades inovadoras ou as que buscam qualidade de vida. Mas como é alguém que tem viajado muito, a conclusão é que não enxergue direito. O mais provável é que, pelo seu perfil, não se detenha a procurar aquilo que acha que já sabe e conhece. Ou lhe baste com uma olhada rápida para entender toda a complexidade dos temas que envolvem a gestão de uma cidade com 500.000 habitantes. Como aquela viagem relâmpago que o prefeito Carlito Merss fez a Europa quando visitou 4 ou 5 cidades, em uma semana, e voltou discorrendo e sentando cátedra sobre ciclovias, bicicletários e transporte coletivo.
Se não fosse um homem tão viajado, proporia aqui uma coleta para arrecadar uns trocados para lhe pagar uma viagem a Europa. Quem sabe assim acordava e mudava de opinião sobre o uso do automóvel nas cidades do futuro e poderia rever os seus conceitos sobre cidades inovadoras ou as que buscam qualidade de vida. Mas como é alguém que tem viajado muito, a conclusão é que não enxergue direito. O mais provável é que, pelo seu perfil, não se detenha a procurar aquilo que acha que já sabe e conhece. Ou lhe baste com uma olhada rápida para entender toda a complexidade dos temas que envolvem a gestão de uma cidade com 500.000 habitantes. Como aquela viagem relâmpago que o prefeito Carlito Merss fez a Europa quando visitou 4 ou 5 cidades, em uma semana, e voltou discorrendo e sentando cátedra sobre ciclovias, bicicletários e transporte coletivo.
Menção à parte merecem
as licitações, seja a do estacionamento rotativo, a do lixo ou a do transporte
coletivo, a das bicicletas de aluguel, apenas para citar as mais lembradas. Parece que
há uma cabeça de burro enterrada as margens do Cachoeira, porque não é possível
que seja tão complicado. Se o prefeito,
de verdade, não quiser passar vexame, seria bom que avaliasse melhor o nível de
desempenho da sua equipe mais próxima. Por que esta impossível identificar
traços de uma gestão moderna e eficiente no dia a dia de Joinville. O risco
maior que corremos seria se ele estiver convencido que está fazendo uma gestão impecável.
Por que aí, sim, dançamos todos.
Qualquer comentário estragaria o seu maravilhoso texto. Porém faltou a menção a inépcia em gestão de saúde pública, a qual acabamos de exportar para o governo do estado;
ResponderExcluirNelsonJoi@bol.com.br
Nelson,
ExcluirEstou ainda sob os efeitos da porrada que levei ontem, lendo o relatorio da situação de descontrole do HMSJ. Entre triste e muito puto, com como é tratada a nossa população. Não há dinheiro suficiente para tanto descaso.
Isso do HMSJ é só a ponta do iceberg, prepare-se pq se isso continuar vc. vai desenvolver uma úlcera gástrica e se for mais sensível um CA de estomago.
ExcluirProcura no google onde fica a 'clinica particular ' do Ricardo Polli.
ExcluirQuer um exemplo de retrocesso: ano passado eu pagava o IPTU pelo internet bank. Nesse ano? Casa lotérica!
ResponderExcluirCê tá brincando!! Até isso conseguiram esculhambar?
ExcluirEnquanto isso ontem quando saí do trabalho contei mais de 10 veículos trocando pneus furados pelos buracos no asfalto entre o trevo da Schulz e a BR 101.
ResponderExcluirIsso acontece direto. Esses dias estava indo para casa, e passei por ali, tinha mais de 20 carros com pneus furados.
Excluirjordi, ta assim porque não comeu um fatia do bolo, antes da eleição ele e a turminha da lote viviam babando o alemão!!!
ResponderExcluirAnônimo,
ExcluirVocê é tão estulto, que num campeonato de estultos ficaria em segundo ou terceiro lugar, por estulto.
perfeito. É um amargurado. A prefeitura está cheia de ex coleguinhas de críticas dele, que para ele comissionado arruma boquinha. Só ele, quando comissionado do governo Freitag é que não arrumou boquinha. Tinha sido um bocão...pena que faz uns 15 anos que ele não participa de processo decisório nenhum, nem na casa dele...
ExcluirOutra que só fala bobagem. E eu tendo que moderar esses comentários. Senhor me de paciencia.
Excluirpior que os anônimos estão certo!
ExcluirOuviu falar em concordancia em genero, numero e grau?
Excluirvc já ouviu falar em "caráter"!
ExcluirCaráter de alguém que não assina? Não, a verdade é que nunca.
ExcluirAs esperanças de eficiência foram embora depois de divulgados os nomes dos sub-prefeitos
ResponderExcluirJordi, parabéns pelo texto.
ResponderExcluirTenho viajado por incontáveis cidades de Santa Catarina e outros estados, como um mascate da acessibilidade. Nessa peregrinação tenho percebido que em Joinville não há evolução. Tudo por aqui é pensado pequeno,e quando executado, sempre com muita dificuldade, é propagandeado como uma galinha que põe um ovinho, mas faz estardalhaço como se tivesse colocado um ovo de avestruz.
Na maioria das cidades de porte médio, menores que Joinville, que visitei, encontrei detalhes que gostaria de ver acontecer por aqui. Teatro municipal, quadras esportivas, ciclovias, Parques Municipais, calçadas bem feitas, etc, etc, etc...
Porque por aqui tudo é difícil???
Porque não conseguimos pensar grande?
Porque não conseguimos nem conservar o que "temos de bom(?)?
Porque não conseguimos mudar os paradigmas atrasados com os quais são tomadas as decisões, mesmo mudando os comandantes?
Acho que temos que mudar o adjetivo "Cidade dos Príncipes", para "Cidade dos Sapos (enterrados)".
é Mario Cezar da Silveira...tenho q concordar com vc...tenho viajado por muitas cidades tbm...e essa inércia dos administradores de Joinville...me lembra um amigo q ganhou 18 milhões na mega sena...e em 3 anos ficou pobre novamente...não entendo pq aqui as coisas não se realizam...q dificuldade é essa...diante de possivel capacidade grandiosa q se apresentaram nos ultimos gestores publicos...alguem pode respodner pq isso?...Du Von Wolff
ExcluirDe fato. Comparada com Blumenau, Itajaí e até Jaraguá do Sul, Joinville está bem atrás em dinamismo.
ExcluirParece que o ditado que diz que mudam somente as moscas, se encaixa perfeitamente. É, eu votei no Udo no segundo turno. No primeiro eu ainda acreditava no Carlito.
ResponderExcluirComo toda a Joinville, eu também quero ver o final da história do SJ.
Já se vão 7 meses, é pouco tempo eu sei, mas é tempo suficiente para um comandante dar nova rota ao navio...
Quanto aos buracos, tem ruas em Joinville que quando você se livra de um, cai em três.
Aliás, asfalto mesmo eu só vi nas cidades que estive, na África do Sul. O resto é resto.
Dê
Poderiam eleger o Kennedy, daí retornariam agarrados nas bolas dele o Carlito, o Teobaldo e sobraria mais um teco pra toda bancada evangélica.
ResponderExcluirContentem-se: o Udo é o menos pior!
É horrível votar no menos pior, mas foi o que também fiz.
ExcluirO mais decepcionante é não conseguir crer em qualquer pessoa que prometa mudanças nas condições da nossa cidade. Seja prefeitos, vereadores ... tenho a sensação de que não existe saída nem melhor escolha.
Dos que estão no poder hoje, seja o alto escalão da prefeitura (que ajudei a eleger) ou a câmara de vereadores, tiraria todos. Agora, quem botar no lugar? As pessoas honestas, que possuem boas ideias, que aparentam se importar com a cidade e com o próximo nem de partidos fazem parte ...
Política, para mim, é um maldito jogo de interesses para poucos. Algo desmotivador.
Esses dias comentei sobre a negociação de cargos e que a demora em preenchê-los seria para manter a CVJ "carimbando"... Depois, achei que havia exagerado, pois não entendo muito de "acordos" políticos. Mas fico feliz em saber que tem mais gente que pensa o mesmo.
ResponderExcluirEsse Governo tem um diferencial, guardou cargos na manga para futuras emergências, diferente do anterior que fez farta distribuição e depois ficou sem munição, cada vez que se inicia um foco de incêndio é só sacar um cargo e pronto, isso foi uma sacada de mestre.
ResponderExcluirIsso aqui é uma chuva de idéias imbecis. Credo!
ResponderExcluirPoxa Jordi, você é um cara inteligente e sabe como eu, e todos que leram com a atenção a reportagem de A Notícia, que o relatório do TCE se refere ao período do ano passado, ou seja, na administração Carlito Merss. O meu respeito por você vai muito além da manipulação das palavras que infelizmente você utiliza com frequencia em seus belos textos. Vamos com calma no andor.
ResponderExcluirAnônimo,
ExcluirNo texto não falei uma palavra sobre o relatorio do TCE
Vou bem devagar com o andor. Escuto o que acontecia no HMSJ e o que mudou na nova gestão. Mas não misturo os problemas de ontem, nem com os de anteontem, nem com os de hoje.
ExcluirEsse governo parece as empresas X. Um milionário/bilionário no comando, sempre buscando/dependendo de verbas do Governo Federal, varias promessas, plantando noticias boas o tempo todo, mas resultado produtivo mesmo, nada. A diferença é que das empresas X eu não sou sócio, agora da gestón X indiretamente eu sou.
ResponderExcluirOs cargos preenchidos mais recentemente e os ainda vagos são dos novos amigos do rei (ou dos reis?), gente que estava do outro lado do balcão nas eleições e agora se agarram no cabide novamente, além é claro de serem escolhidos à dedo pelo Poder Econômico que governa a cidade.
ResponderExcluirSabe Jordi, com um prefeito que pensa que em alguns anos teremos 1 milhão de pessoas na cidade, cada um com seu carro, acho difícil que mude alguma coisa mudando a equipe mais próxima.
ResponderExcluirEXCLUSIVO! DENÚNCIA: VEREADOR VAI AO MP E APONTA “CAIXA PRETA” NA ILUMINAÇÃO PÚBLICA DE JOINVILLE
ResponderExcluirhttp://osnymartins.com.br/geral/25-07-2013-exclusivo-denuncia-ministerio-publico-e-acionado-em-joinville/