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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O primeiro dia de campanha na TV: as bizarrices e um pouco do que vem pela frente

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Propaganda eleitoral sempre me fascinou, desde quando era criança. Jingles, propostas, bizarrices e outras coisas referentes a este processo da corrida eleitoral sempre me fizeram sentar em frente à TV e acompanhar tudo. Você pode me achar um louco sem noção, mas, gostos são gostos! Hoje consigo avaliar tudo de forma menos passional, ao contrário de alguns anos atrás, onde ai de quem falasse mal do jingle “Voltolini, Voltolini...”. Nem preciso dizer como fiquei quando me vi na TV em 2008 (para quem não sabe, fui candidato a vereador naquele ano e fiz 503 votos), né?

Passado tudo isto, o certame de 2012 apresenta cinco candidatos a Prefeito. Após 45 dias de campanha liberada, a propaganda na TV e no rádio começou (não pretendo discutir aqui o mérito nem a eficácia deste tipo de abordagem “obrigatória”, fica para outro post). O primeiro programa, por mais que não pareça, é um grande indicador de como serão aqueles minutinhos que cada candidato tem. Somente após as próximas pesquisas teremos alguma mudança no perfil do programa veiculado, a fim de conquistar alguns pontos a mais, nem que para isso seja necessário atacar o concorrente ao invés de apresentar propostas.  Relatarei algumas impressões que tive a partir do que foi veiculado na TV neste dia 22 de agosto, às 13 horas.  Sem patriotadas nos comentários, ok?

Leonel Camasão: deve ter acontecido algum problema:  a tela ficou azul e nada foi veiculado. Todos sabem que a campanha do socialista possui poucos recursos, mas não se pode deixar uma furada destas, ainda mais para quem é desconhecido da maioria da população. Fui atrás do programa de rádio e achei um link. Programa simples, bom e bem objetivo. Só faltou ao candidato Leonel ser mais enfático em suas falas, pois pareceu estar lendo um roteiro pré-montado.

Udo Dohler: tecnicamente deu a impressão de ter sido a melhor propaganda do dia. Como característica da DPM (produtora dos vídeos da campanha de Udo), prática que advém desde as campanhas de LHS, muitos símbolos da população local foram mostrados, em clichês que funcionam para o povão, a ponto de emocionar. Udo se apresentou de forma bem tranqüila (olhar disperso foi o ponto fraco), acompanhado de várias falas de LHS em comícios peemedebistas (algumas até desnecessárias). Já deu para perceber que a figura de LHS vai ser sempre citada nessa campanha. O candidato é o Udo ou o LHS?

Carlito: o programa começou com muitas pessoas cantando (pior que playback) o jingle da campanha. Familiares e pessoas próximas deram depoimentos (o que é normal em todo o primeiro programa). Mas uma questão me deixou muito intrigado: por qual motivo o candidato mostra imagens internas dos órgãos da Prefeitura? Ele, por mais que seja o atual Prefeito, é um candidato como os outros, e não poderia se utilizar de imagens internas das “coisas públicas”. A “continuidade” foi um discurso amplamente utilizado e deve ser o tom de campanha (ao bom estilo Lula e o “deixa o homem trabalhar”). O ponto negativo é que nunca vi uma propaganda eleitoral, no primeiro dia de TV, onde o candidato não fala nada!!! Seria uma camuflagem frente à ampla rejeição indicada nas pesquisas? E Carlito deve ser o candidato que mais irá explorar a imagem de seu vice. No caso, Eni Voltolini.

Tebaldi: piada pronta ao dizer que os bairros de Joinville estão abandonados, como se em quatro anos tudo tivesse mudado. Piada pronta ao se enrolar todo para falar o sobrenome de seu vice, Gilberto Boettcher. Gilberto, inclusive, mostrou uma relativa dificuldade com as câmeras. O mote de campanha deve ser o “voltar para o que era bom” (sic!). Mas o troféu Jacaré Fritz desta primeira semana de campanha na TV já é do ex-Prefeito, por ressaltar em seu programa que foi o “responsável por políticas habitacionais nas áreas de mangue de Joinville, dando qualidade de vida a estas regiões”. Preciso comentar?

Clarikennedy Nunes: começou o programa se apresentando e dando indiretas que doeu na espinha de muita gente, ao explicar o porquê de alguns não quererem a sua candidatura. O Darciiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii-um-homem-honesto-do-povo-é-trabalhador (quem lembrou agora de 2008?rs) apareceu dando seu depoimento, junto com várias outras pessoas. Cobrem-me, mas se ele aparecer mais umas 5 vezes pra falar de Clarikennedy, será muito. A mesma coisa em relação a Colombo (o qual queria apoiar Udo, mas sabe como é a política...). O “passado ruim”, o “presente pior ainda” e o “eu sou um homem de compromisso” (em clara alfinetada a Carlito) será o mantra do candidato.