POR JORDI CASTAN
Apareceu na campanha
um renque de filhos únicos de pai solteiro. O estranho fenômeno atinge dezenas de candidatos a vereador que se apresentam “solteiros”, desvinculados do
candidato a prefeito do seu partido ou coligação. É uma estranha epidemia do
caso de filho que renega do pai.
A conclusão lógica é
que os candidatos a prefeito são muito ruins. Afinal, até os candidatos a
vereador colocam placas, cavaletes e distribuem
santinhos em que não aparece o nome e a imagem do candidato a prefeito do seu próprio partido. Em
alguns casos, aparece de forma minúscula a sigla do partido e o número da majoritária,
de tal forma dissimulados e escondidos que fica praticamente impossível identificar.
Como a prática está amplamente disseminada, desde ex-secretários da atual administração a
militantes históricos, quase todos se apresentam amparados pelas artes dos
marqueteiros como sendo candidatos livres, desvinculados de qualquer desatino
ou malfeito dos candidatos a prefeito. É uma moderna versão da fábula do porco e da galinha, que conversavam sobre o seu grau de envolvimento com o café da manhã
dos donos da fazenda: enquanto a galinha contribuía fornecendo os ovos, o
porco fornecia ou toucinho.
Estes candidatos não querem que o eleitor os identifique ou os relacione nem com esta administração, nem com a anterior, como se eles não tivessem nenhuma responsabilidade e nenhum compromisso - e isto é um desserviço com o eleitor. Para confundir ainda mais a cabeça do eleitor desavisado, as tradicionais cores partidárias tem sido abandonadas e não é fácil reconhecer a imagem dos partidos, como se cada vereador estivesse fazendo a sua própria campanha e correndo a sua própria corrida.
Estes candidatos não querem que o eleitor os identifique ou os relacione nem com esta administração, nem com a anterior, como se eles não tivessem nenhuma responsabilidade e nenhum compromisso - e isto é um desserviço com o eleitor. Para confundir ainda mais a cabeça do eleitor desavisado, as tradicionais cores partidárias tem sido abandonadas e não é fácil reconhecer a imagem dos partidos, como se cada vereador estivesse fazendo a sua própria campanha e correndo a sua própria corrida.
Há, a cada dia, mais
gente que responde aos pedidos de voto e de apoio dos candidatos à majoritária com um ríspido “nós quem, cara pálida?” Sem decolar, os candidatos veem
rapidamente perder os seus “soldados” e esta é uma batalha que não se ganha sem
infantaria. Como sempre são os ratos os primeiros que abandonam o navio das
candidaturas que afundam ou ficam atoladas no lodo. Eu desconfiaria destes candidatos.
Jordi:
ResponderExcluirConcordo com você que vereadores se tornaram autônomos, o que acho um despautério, pois fere todo o processo político.
No entanto isso se deve a diversos fatores, como candidatos a prefeitos ruins, candidatos a vereador péssimos, falta de ideologia partidária, número elevadíssimo de siglas, total desrespeito de ambos os lados, falta de identidade partidária, capacidade política ínfima...e por aí vai...a verdade é que precisamos revolucionar o cenário político de verdade, de fato e de direito, pois como está hoje é lamentável!
tem candidato indo sozinho por que a majoritária está tão perdida com coordenadores incompetentes que só resta encarar e ir sozinho.
ResponderExcluirPior é aquele candidato a prefeito que mendiga o apoio do pai governador e nada, nada, nada. Esse mesmo candidato tem presidente de câmara que não quer colocar a foto dele nos santinhos... Que coisa!!!
ResponderExcluirPode parecer ao acaso, mas não é. A intensão é mesmo confundir e tradicionalmente o sucesso é elevado
ResponderExcluirAcompanho as eleições a pouco tempo, já que tenho apenas 32 anos, mas essas eleições vejo que está havendo muita divergência dentros dos partidos. É um racha geral! Pro eleitor é dificil filtrar isso, afinal qual lado está no caminho certo? Qual lado está seguindo a ideologia do partido e qual está pegando o bonde dos lucros. Reflexão importante! Abraço
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