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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Olha a COSIP aí gente...

POR JORDI CASTAN

Lembram do post em que questionávamos o valor arrecadado pela COSIP em Joinville? Aquele que tinha por titulo "Se o problema não é a falta de dinheiro..."

Pois tem mais gente preocupada com os recursos da COSIP. no A Notícia de hoje, na coluna do jornalista Jefferson Saavedra há a nota seguinte:






segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Se o problema não é a falta de dinheiro, só pode ser a falta de gestão

POR JORDI CASTAN

Estamos tão acostumados a escutar a ladainha, acompanhada do choro das carpideiras profissionais, que acabamos acreditando que na administração pública nada funciona por que há sempre falta de recursos. Mas quando sobram recursos e as coisas tampouco funcionam é hora de analisar com maior critério o porquê desta incompetência contumaz.

No caso de Joinville, um caso interessante é o da iluminação pública. O excesso de recursos levou a administração anterior a “jogar dinheiro fora” (como é fácil mal gastar quando o dinheiro não é nosso). Foi feita a troca de todas as luminárias dos maiores eixos viários da cidade e de jogar no lixo as luminárias que até aquela data estavam funcionando perfeitamente. A troca de luminárias por outras de maior consumo não melhorou a eficiência energética, mas tentar explicar isso para um administrador público é como arar no mar. Havia dinheiro na conta da COSIP, então vamos gastar.

O jornal A Notícia, na coluna do jornalista Jefferson Saavedra, informou recentemente sobre os recursos arrecadados pela COSIP. “A COSIP tem trazido boa receita para a Prefeitura de Joinville. No ano passado, a contribuição cobrada na conta de luz passou de R$ 21,9 milhões para R$ 23,9 milhões. Dá e sobra para bancar a iluminação pública, despesa que fechou em R$ 16,3 milhões no ano passado (inclui manutenção)".

Como contribuição a Cosip não pode ser usada para outro fim que aquele a que está destinada. Mas qual é o objetivo de arrecadar R$ 5.600.000 mais do necessário em 2013? Numa situação que deve se repetir também em 2014. São recursos que saem do bolso do joinvilense e que acabam ou parados numa conta ou servindo para projetos dispendiosos como o da troca de luminárias na administração anterior.

Seria bom ver os recursos da Cosip direcionados a reduzir o custo da iluminação pública, a troca de luminárias por outras com leds, sem que isso represente desperdício de dinheiro público como frequentemente acontece. Excesso de dinheiro na conta não sempre é uma boa notícia para o contribuinte. O objetivo deve ser o de buscar uma COSIP justa e uma iluminação pública eficiente e econômica. A administração municipal não só erra ao não reduzir o valor da COSIP, erra também ao não promover uma política de redução energética que busque a eficiência.

Aliás a, ACIJ, entidade empresarial que o prefeito presidiu meia dúzia de vezes, tem feito da redução do consumo de energia e da melhoria da eficiência energética uma das suas bandeiras.  Quando se trata de economizar dinheiro dos empresários e de reduzir os custos para as indústrias o esforço vale a pena. Mas se o dinheiro for do contribuinte não há a mesma preocupação.

Uma vez evidenciado que no caso da COSIP há excesso de recursos e o serviço de iluminação pública e manutenção é terceirizado, a lógica deveria fazer deste um dos melhores serviços prestados ao joinvilense. Os dados da ouvidoria provam que não. Que este serviço é o campeão em reclamações.  “As luzes apagadas em postes em Joinville estão no topo das reclamações que chegam por meio da Ouvidoria da Prefeitura. Dos 12.518 pedidos feitos nos últimos sete meses, 11,2% foram sobre troca de lâmpadas queimadas ou estragadas.”



Voltamos ao início. Se nesse caso não há como alegar falta de recursos, a única justificativa lógica deve ser a da falta de competência. Portanto, se o caso é de incompetência, isso se resolve com gestão. Aliás, a gestão não era o mote da campanha? Logo aparecerão os comentários dos anônimos de sempre a dizer que ainda não deu tempo, que as criticas são extemporâneas. Que o homem precisa de mais tempo. Que as críticas viraram pessoais e outros chavões.  Oremos ao padroeiro dos incompetentes que parecem vicejar as margens do Cachoeira e entra governo sai governo permanecem firmemente agarrados as tetas do poder.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O "teste da mobilidade" mostra uma cidade vulnerável

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

O jornal A Notícia publicou, na última semana, uma reportagem batizada de "teste da mobilidade", onde repórteres andavam do terminal norte até o terminal sul por diferentes meios de locomoção: automóvel, motocicleta, ônibus e bicicleta. O resultado foi preocupante: em todos os modais o tempo de deslocamento aumentou (e muito) se comparado ao mesmo teste realizado em 2009. Diante de tais fatos, temos uma cidade que está em constante mutação, e vulnerável, pois não está planejada para tantas mudanças em tão pouco tempo, culminando na piora da mobilidade das pessoas.

A constatação é de que ficou 52% mais lento fazer o mesmo trajeto quatro anos após o primeiro desafio. A velocidade média, considerando todos os quatro tipo de transportes, caiu de 25,8 km/hora para 17 km/hora. Em média, levaram-se 30 minutos para percorreros 8,5 km neste ano. Em 2009, o mesmo percurso foi feito em 19 minutos e 45 segundos, em média. (AN)

 De 2009 para cá a cidade teve sua frota de veículos aumentada em quase 40%, ao mesmo tempo que o número de usuários do transporte coletivo caiu. A lógica é simples e explica o porquê dessa vulnerabilidade. Diante de tantos carros nas ruas, é difícil imaginar que o raio-X da pesquisa origem-destino, de 2010, seja o mesmo de 2013: mais de 11% dos deslocamentos realizados por bicicleta, e mais de 23% realizados por ônibus, colocando em xeque a própria efetividade dos dados da pesquisa após tantas mudanças.

Enquanto nosso Plano Diretor de 2008 tiver suas principais diretrizes em relação à mobilidade (incentivar o uso de meios coletivos e não-motorizados) flexibilizadas, dando lugar a duplicações de avenidas, projetos de pontes, binários, ciclofaixas mal projetadas e propostas de faixas viárias na nova lei de ordenamento territorial, teremos um desenvolvimento urbano desconexo da melhoria de nosso ir e vir. Sem contar que a licitação do transporte coletivo está atrasada (o contrato de Gidion e Transtusa vence dentro de poucos meses), e o plano de mobilidade nem sequer foi para o papel.

É mais um exemplo de como a canoa está sem norte, e de como as principais pautas da cidade não são discutidas e muito menos solucionadas. O povo vai continuar sofrendo com uma péssima mobilidade urbana. Mas falar isto, para alguns, é ser "míope", "mentiroso" e "distorcer a realidade". Então tá.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Para onde foi a Leroy Merlin?

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

No segundo semestre do ano de 2011 uma notícia agitou o mercado construtivo de Joinville. A Leroy Merlin, multinacional do segmento da construção civil e acessórios para o lar, manifestou interesse de instalar uma de suas novas unidades em nossa cidade. O terreno, inclusive, já havia sido escolhido.

O problema na época, segundo a empresa e também a imobiliária que negociava a vinda da Leroy Merlin, era de que o zoneamento específico daquele terreno na Avenida Hermann August Lepper, esquina com a rua Itaiópolis, não permitia tal investimento, principalmente um daquele porte. A área era prioritária para instalação de prédios de interesse público (zoneamento SE6) e passou para uma área de comércios de grande porte (zoneamento C3). Desde a mudança, aprovada pelos vereadores no dia 26 de julho de 2011, a referida área pode receber:


  • Comércio de pequenos aviões,de trailers e tratores.
  • Distribuidora de bebidas ou depósito para comércio.
  • Concessionária de caminhões e de ônibus.
  • Comércio de barcos e de motores marítimos.
  • Comércio de ferro para construção.
  • Comércio de material de construção (concreto, madeira, plástico, barro cozido, cal, cimento, cerâmica e pedras).
  • Comércio de pisos (revestimento).
  • Comércio de implementos agrícolas e para máquinas e instalações mecânicas.
A mudança aconteceu para "fomentar a geração de empregos", "desenvolver a economia local", "dinamizar o entorno da Beira-Rio", conforme diziam vereadores na época. O zoneamento joinvilense, mais uma vez, era vítima de interesses particulares, principalmente oriundos do poder econômico. Uma imobiliária conseguia fazer lobby junto aos vereadores para mudar o zoneamento de seu terreno em específico. 

O jornal A Notícia, de 27 de julho de 2011 (vale ressaltar que, por enorme coincidência, o termo "leroy merlin" não aparece em nenhum sistema de buscas do site an.com.br; a pesquisa foi feita manualmente, edição por edição), evidencia muito bem os interesses dos diferentes atores envolvidos nesta manobra legislativa. Segue abaixo a íntegra da reportagem:


"Depois de muita polêmica, foi aprovado, por 11 votos a quatro, o projeto que libera a construção de comércios de grande porte na rua Hermann Lepper, na quadra da Câmara de Vereadores.

Ontem, os parlamentares se reuniram com um representante da Hacasa, imobiliária que tem terrenos na região. Ela explicou que a empresa que se mudará para a área é a multinacional francesa Leroy Merlin, que trabalha com produtos de material de construção e decoração. Antes de virar lei, ainda precisa da assinatura do prefeito Carlito Merss (PT).

Há semanas, o projeto de autoria do vereador Manoel Bento (PT) vinha tendo sua votação adiada devido a divergências entre os parlamentares que consideravam que a mudança beneficiaria poucas pessoas. Na quinta passada, depois de troca de acusações entre vereadores, representantes da Hacasa estiveram no Legislativo para uma reunião de emergência. Ontem, para sanar dúvidas, Jean Pierre Lombard, gerente da Hacasa, mostrou os detalhes do projeto aos vereadores em reunião extraordinária da Comissão de Economia.

O encontro serviu para vários vereadores mudarem de ideia e passarem a aceitar a mudança de zoneamento. “Não há como ficar contra uma proposta quando você vê a preocupação ambiental que o grupo tem”, falou José Cardozo (PPS). Manoel Bento, autor do projeto, falou da necessidade de dar oportunidade para se fazer um empreendimento em uma área vazia. “Há anos temos esse terreno livre. Se não há condição de fazer algo melhor, que seja liberado para um empreendimento que trará desenvolvimento para a cidade.”

Mesmo assim, houve vereadores, como Osmari Fritz (PMDB), que se mantiveram contra. “Essa mudança atende ao interesse único de um empresário.” A instalação da Leroy Merlin está prevista para o final do ano. Será a 15ª loja em solo nacional e terceira da multinacional francesa no Sul do País."
 Depois da manobra (mas ainda na dependência da aprovação do Prefeito Carlito Merss), o mesmo jornal A Notícia, mas datado de 16 de agosto de 2011 (novamente o site an.com.br não liberou a matéria para o seu sistema de buscas, mas o site clicrbs.com.br aparentemente "esqueceu" de bloquear), mostrou que, de fato, a empresa tinha vontade de se instalar em Joinville. Parecia que o recado estava sendo dado via imprensa:


"A vinda da rede francesa de lojas de material de construção, jardinagem e decoração Leroy Merlin depende de uma assinatura. A instalação deve ser confirmada após a sanção do prefeito Carlito Merss ao projeto de lei que alterou o zoneamento da avenida Hermann Lepper. A imobiliária que negocia o terreno com a multinacional diz que os executivos só conseguirão ter um cronograma de implantação a partir da assinatura da lei, prevista para ocorrer até o dia 2.

O gerente da Hacasa, Jean Pierre Lombard, afirma que a Leroy Merlin estuda desde o ano passado quais terrenos disponíveis seriam interessantes para seus negócios. A preferida, a área escolhida na Hermann Lepper, ainda não teve seu contrato fechado devido às tramitações da alteração da lei de zoneamento.

A lei que autoriza a construção de lojas de grande porte na Hermann Lepper foi aprovada pela Câmara de Vereadores na sessão de 26 de julho. O documento foi enviado para o gabinete do prefeito na sexta. Na segunda-feira, as secretarias relacionadas ao projeto e a procuradoria do município foram acionadas para avaliar o texto.

O departamento de expansão da Leroy não confirma a abertura da loja de Joinville, alegando que as unidades que serão inauguradas até o início de 2012 estão definidas e as que serão abertas depois não foram informadas pela direção."
Estamos quase na metade de 2013, e a loja Leroy Merlin ainda não se instalou em Joinville. E nem há sinais disto. O terreno na Hermann Lepper continua sem a mínima movimentação de alguma instalação construtiva, tapume, ou divulgação da multinacional. Entretanto, a mudança da legislação beneficiou o dono do terreno, para cumprir a tão confusa "função social da propriedade", prevista no Estatuto da Cidade. É importante dizer que, após a aprovação do novo zoneamento, o valor de mercado do terreno mais do que dobra. Afinal, um lugar com usos restritos, somente para prédios públicos, transforma-se em uma importante área para complexas instalações comerciais. O lucro com esta ação é impressionante, com ou sem Leroy Merlin. Ao final desta resumida análise, restam quatro perguntas (o blog se coloca aberto para a resposta de todos os envolvidos, se necessária):
  1. A Leroy Merlin desistiu de Joinville?
  2. Por que o dono do terreno insistiu tanto em algo que não se concretizou?
  3. Isto foi uma manobra de especulação imobiliária?
  4. Se a Leroy Merlin não vem mais para a cidade, o dono do terreno aceita voltar o zoneamento para SE6, deixando de obter o "lucro"?
E representantes de imobiliárias estão no novo Conselho da Cidade...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O triste fim da gestão Carlito Merss

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Não é uma surpresa o fim da gestão Carlito Merss sem a reeleição. O cenário dos últimos quatro anos comprova que o povo não foi tão cego assim, colocando o atual Prefeito fora até da disputa pelo segundo turno em 2012. Acontece que, mesmo se não bastasse uma tragédia atrás da outra, este mês de Dezembro marca o triste fim de uma gestão que encheu a todos de esperança e não cumpriu com o desejado. E mais: um fim com sinais de crueldade.

Ao deparar-me com a entrevista concedida ontem (18/12) ao Jornal A Notícia, fiquei muito triste em ver que algumas bombas ainda incomodavam Carlito (e toda a sua gestão, consequentemente). Como no caso da LOT, o Prefeito diz que "É um atraso político (a LOT não estar aprovada). Até hoje, não sei a que interesses os senhores que moveram a ação contra o Conselho da Cidade atendem." Como um dos requerentes desta ação, só tenho uma coisa a responder ao Prefeito: meus interesses correspondem à observância da Constituição Federal de 1988, o Estatuto das Cidades e o Plano Diretor de Joinville. Simples assim.

Fico mais triste ainda ao lembrar que sonhei junto com esta gestão, pois fui integrante do corpo técnico do IPPUJ e da Secretaria de Integração e Desenvolvimento Econômico. Cargo comissionado, Supervisor I. Não preciso esconder isto, da mesma forma que não escondo que pedi para sair por não concordar com os rumos que as coisas estavam tomando. Nada mudou desde que eu saí de lá: omissões, planejamento errado e decisões totalmente equivocadas, principalmente no alto escalão da gestão.

O último presente que a gestão Carlito Merss irá proporcionar ao povo joinvilense é o adiamento da licitação do transporte coletivo (incrível como não conseguiram cumprir com a principal promessa de campanha) e o aumento da passagem de ônibus para os níveis inimagináveis dos três reais. A sorte nisso tudo é que o TSE irá julgar o caso de Carlito Merss (gastos excessivos com publicidade em ano de eleição) apenas no ano que vem. Que venha a próxima gestão, e torcer para que a cidade de Joinville não sofra mais como sofre há décadas.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Muita hipocrisia por metro quadrado


POR JORDI CASTAN

Na sexta feira passada, participei como espectador do debate promovido pelo jornal A Notícia, em parceria com a TV COM/SC e a Sociesc.


Auditório lotado, o primeiro a chegar foi Carlito Merss. Na sequência Udo Dohler, Leonel Camasão, Marco Tebaldi e Kennedy Nunes, todos quase ao mesmo tempo. Cada um dos candidatos acompanhado do seu grupo de assessores e alguns candidatos a vereador, mas poucos.

Cumprimentos formais, em alguns casos destilando hipocrisia, mas de forma sutil, imperceptível para o espectador menos atento. A certa distância, a imagem parece o encontro de um grupo de ex-alunos ou de velhos conhecidos.

Carlito transpira nervosismo e, no seu caso, é perceptível o desconforto. Nada parece estar funcionando como estava previsto. Pode ter havido excesso de otimismo ou amadorismo, mas é evidente que o clima e o ambiente não lhe são propícios. O seu vice chega um pouco mais tarde que os demais, mas dentro do horário previsto. Voltolini esta à vontade, age quase como se ele próprio fosse um dos candidatos.

Udo Dohler busca com o olhar com quem conversar, busca eleitores. Aluno aplicado, se esforça em fazer tudo o que tem aprendido. Não consegue dissimular o desconforto com uma situação que lhe é alheia, mas a disciplina pode mais e até faz um esforço para sorrir. O seu vice desaparece no meio do público.

Leonel Camasão ganha disparado o primeiro embate. Os alunos, melhor dizendo, as alunas da Sociesc presentes no auditório, são verdadeiras tietes do candidato. Ao final do debate, muitas delas pedem para ser fotografadas com Leonel Camasão, que é  quem se encontra mais à vontade. Sem a pressão dos demais, a sua atitude contrasta com a dos outros candidatos. O seu vice se confunde entre a nuvem de fotógrafos do jornal A Notícia, parece até um deles.

Kennedy Nunes chega com a segurança de quem está acostumado a atos públicos. De todo modo, aparenta menos segurança que em outras ocasiões. O seu vice circula pouco e senta rapidamente, rodeado de assessores. Kennedy olha para todos os lados, tenta sentir o ambiente e identificar melhor que papel interpretar.

Marco Tebaldi chega rodeado de um grupo de assessores, anda devagar, cumprimenta pouco e não parece estar muito à vontade. A sensação é que está a contragosto, que preferiria estar em outro lugar. O seu vice age mais como um convidado do que como alguém que esta no auditório para somar apoios e buscar votos.

Todos os candidatos parecem conhecer os resultados da pesquisa que será divulgada no sábado, 1 de setembro, e atuam em consonância. As suas ações e atitudes parecem pautadas pelos dados das pesquisas próprias ou de terceiros e pelos conselhos dos seus assessores próximos. O resultado é um ambiente falso, forçado, pouco natural.

Iniciado o debate propriamente dito, todos parecem nervosos. É verdade que uns menos que os outros, depende do que tenham a perder. O formato do debate impede qualquer surpresa, qualquer pergunta mais incisiva e, quando alguém toma a iniciativa de ousar um pouco mais, as respostas são evasivas e inconclusivas.

De novo Leonel Camasão ganha o público. A sua juventude e despreocupação com os votos que possa ganhar ou perder permitem que esteja completamente à vontade. São dele as perguntas e os questionamentos mais interessantes, ainda que a necessidade de querer marcar uma posição ideológica ou partidária faz que o interesse do público acabe se perdendo rapidamente. Todos os candidatos utilizaram a técnica malufista de não responder às perguntas formuladas e se dedicar a conversar sobre outros temas. Neste quesito, menção especial para Carlito Merss

Há perguntas mais incisivas entre Marco Tebaldi e Carlito Merss e entre Kennedy Nunes e Carlito Merss e/ou vice-versa. Mas não há farpas. Todos se conhecem bem. São pequenos confrontos coreografados, repletos de ironia e de subentendidos. Em pauta a ampliação da Arena, as contas da Felej, a mobilidade e os problemas da saúde. Os tópicos que os marqueteiros têm pautado para ser abordados. As perguntas e respostas parecem um jogo de voleibol estilizado, um jogo entre compadres em que todos deixam a bola fácil para que o outro a possa devolver.

Não há confrontos verdadeiros, não há sangue. É um jogo entre colegas, em que quatro dos candidatos sabem que, de uma forma ou de outra, estarão no segundo turno. Ou como candidatos ou como aliados de algum candidato. É o momento de preservar futuras alianças. O PSOL não está nem um pouco preocupado com o segundo turno. Sabe que nem estará nele, nem o seu apoio será necessário para qualquer candidato. Já avisa inclusive que não apoiará a nenhum dos outros candidatos.

Acabado o debate, cada candidato vai ao encontro da sua torcida, para receber elogios e cumprimentos. Tampouco entre as equipes há sinceridade. O auditório, que durante duas horas concentrou a maior densidade de hipocrisia por metro quadrado da cidade, começa a ficar vazio. 

Leonel Camasão se deixa fotografar rodeado de jovens eleitoras. Marco Tebaldi tem pressa, parece que acordou de repente e sumiu a sonolência que aparentou durante todo o debate. Carlito Merss também saiu rapidamente e sabe que não foi bem. O seu vice permaneceu durante mais tempo, percorrendo cada um dos grupos, excetuando aqueles claramente identificados com os outros candidatos. Kennedy Nunes ficou um pouco mais no palco do debate conversando animadamente. Está satisfeito com o seu desempenho. Udo Dohler é o último a sair. Busca um por um cada um dos possíveis votos.

Já no jardim, uma imagem espontânea, os alunos de uma sala gritam o nome do Udo e pedem que ele se aproxime. Entre supresso e feliz se aproxima da janela e cumprimenta e aperta a mão dos alunos. O fotógrafo não perde a imagem e a oportunidade.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O juiz e o deputado Tebaldi



POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
É um evidência: as plataformas digitais democratizam a opinião e ampliam a voz de pessoas que antes não tinham lugares de expressão. Há um novo mundo, senhores. Mas tem gente que parece não ter percebido o fenômeno na totalidade. E cometem-se erros perfeitamente evitáveis: o deputado Marco Tebaldi  foi à Justiça pedir que uma montagem fotográfica, onde ele é mostrado como ficha suja, fosse retirada do Facebook.

Li um texto sobre o episódio no jornal A Notícia e duas coisas chamaram a atenção: o pedido de Tebaldi e o estilo da resposta do juiz. No caso do candidato a fica uma evidência: ele provavelmente não se importa de despender tempo em processos que à partida não surtirão efeito. E imagino que talvez os seus conselheiros não estejam muito atentos à lógica das redes sociais. Meus senhores, vou dizer: caiu na rede é peixe. Na prática, é difícil fazer a coisa desaparecer. Vocês tiram aqui, reaparece ali. Vocês tiram ali, reaparece acolá.

Já a sentença do juiz Yhon Tostes surpreende pelo tom usado. Em vez da linguagem cifrada e intrincada que só os juristas conseguem produzir, vi uma sentença judicial com o estilo de um artigo de jornal. Coisa que nós, simples mortais, conseguimos entender. E, tal como se faz nos artigos de jornal, houve mesmo espaço para uma alfinetada no candidato. Escreveu o juiz, segundo o texto que li em A Notícia:

- Assim, muito embora efetivamente o representante e agora candidato a prefeito não tenha sido enquadrado em nenhuma das restrições da Lei Complementar nº 135/2010, a verdade é que, numa visão popular, não pode ser considerado como um 'ficha limpa', pelo contrário.

Atentem para o detalhe, leitores e leitoras: o juiz usou a expressão “pelo contrário”. É um statement interessante. Porque qualquer pessoa com dois dedos de testa consegue imaginar o contrário de “ficha limpa”. Certo? Ooops! Não sou eu a dizer, mas o juiz. Parece que foi um tiro no pé. Tebaldi não iria ganhar muita coisa ao tentar tirar o post do ar - pelo contrário, até porque esses posts desaparecem com o tempo - e ainda teve um juiz a dizer justamente o que ele tentava evitar.

Marco Tebaldi foi mais longe e, no seu  pedido de direito de resposta, pretendia veicular uma mensagem a dizer: “afirmo que sou candidato ficha limpa". O deputado e os seus advogados parecem não ter compreendido que essas coisas não funcionam assim nas redes sociais. Se o candidato quer dizer que é ficha limpa, ele não precisa ir à Justiça. Só tem que fazer um post com a frase. Simples.

Mas se querem um conselho, caro deputado e advogados, melhor deixarem para lá, porque há o risco de ser outro tiro no pé. Há uma coisa que a gente aprende em comunicação: a lógica do “ferro enferruja”. Ou seja, se o tema é potencialmente mau, melhor deixar quietinho. Além do mais, quem está limpo não precisa sair por aí a repetir. As pessoas acabam por perceber.

Talvez o conceito de democracia nas plataformas digitais ainda seja difícil de entranhar. As redes sociais dão voz às pessoas comuns, democratizam a opinião e põem os políticos num outro patamar. E não sou eu a dizer, mas sim o juiz na sua sentença, no seu estilo muito próprio:

- Se os comentários depreciativos são justos, se agradam ou não, é outra história! O que não se pode agora é querer censurar o direito fundamental de livre expressão.

É isso, juiz Yhon Tostes. Viva a liberdade de expressão!

P.S.: Tem um leitor a reclamar que falamos muito no candidato Marco Tebaldi. Mas é ele a gerar notícias perfeitamente evitáveis, como esta.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Vocês vão ficar milionários

POR JORDI CASTAN


"Vocês vão ficar milionários". Alodir Cristo - vereador

 O debate sobre a LOT, as sessões extraordinárias e as, digamos, audiências públicas promovidas pelo legislativo produziram algumas pérolas e, principalmente, evidenciaram uma boa parte do jogo de interesses em que tem se convertido o planejamento urbano de Joinville. A ganância de uns, a cobiça de outros, a desfaçatez de uma minoria e o idealismo de alguns setores propiciou um quadro bastante claro do que está em jogo, quem são os atores, quem é platéia e quem paga a conta. Uma das pérolas mais interessantes foi produzida pelo vereador Alodir Cristo, que num determinado momento lançou: “Vocês vão ficar milionários”. A frase, além da sua força retórica e de conseguir criar um jogo de efeito, ficou incompleta porque não ficou claro para os ouvintes atentos se ele se referia a:

 1.- Os representantes da Associação de Moradores da Estrada da Ilha, que manifestaram repetidamente e em alto e bom som que não concordam com a proposta defendida pelo vereador, e não só por ele, de reduzir o tamanho dos lotes para 600 m2, numa área tradicionalmente rural, historicamente sujeita a enchentes e com um perfil consolidado. Entendem os moradores que reduzir o tamanho dos lotes para permitir loteamentos naquela área descaracterizará completamente a região. E também que não há infraestrutura adequada para fazer frente ao crescimento populacional que a proposta acarretaria. Caso tivessem interesse em formar parte do seleto grupo de milionários a que o vereador faz referência, deveriam vender as suas áreas de cultivo e abandonar as atividades tradicionais que formam parte do seu modo de vida. Acrescente-se ainda que representa um aumento do perímetro urbano do município, algo que o Plano Diretor não permite.

 2.- Os representantes do setor imobiliário, proponentes das diversas emendas que tem como objetivo mudar o perfil da cidade, aumentar o seu perímetro, avançar sobre áreas que hoje são rurais e, portanto, de pouco valor imobiliário. E que, de forma definitiva, seriam os maiores beneficiados com as mudanças propostas.

 3.- Os vereadores que, imbuídos do mais elevado espírito social e político, aprovam emendas com efeitos questionáveis: descaracterizando o perfil da cidade, promovendo perdas irreversíveis de qualidade de vida para as pessoas que nela moram e estimulando o adensamento e a verticalização de áreas alagáveis. Tudo isso sem infraestruturas e de forma claramente contrária aos desejos da maioria dos moradores eleitores. Mas eles o fariam na certeza que há setores da sociedade que saberão reconhecer o sacrifício dos legisladores e que os poderão recompensar regiamente no futuro próximo, pelo desgaste político que agora enfrentam.

É importante que o vereador Cristo seja mais preciso, que esclareça exatamente quem ficará milionário. E seria ainda melhor que informasse a quanto ascenderá a riqueza gerada pelas suas ações e emendas. Ainda seria ideal se a unidade de medida que ele estaria utilizando para medir o enriquecimento que propõe seriam os reais, os votos, os amigos, os metros quadrados de área construída ou qualquer outra que agora nos escape.

domingo, 9 de outubro de 2011

No AN de domingo

Por JORDI CASTAN

O jornalista Jefferson Saavedra publica a nota:

Na cabeça 


O PMDB de Joinville está interessado na tríplice porque acha que dá para matar no primeiro turno a eleição de prefeito. Quer “conversar”, mas não abre mão de jeito nenhum da cabeça de chapa com Udo Döhler. Assim, o PMDB não quer negociar a tríplice, quer impor.



Para o leitor atento, começa a ficar evidente que o perfil do pré-candidato do PMDB a prefeito de Joinville está permeando a forma de se relacionar com os outros partidos e possíveis aliados. Cada político tem o seu estilo de ser. Enquanto alguns são hábeis negociadores e tem paciência infinita para ouvir, outros tem característica e perfil mais autoritário. É previsível que o mesmo estilo e perfil se mantenha inalterado caso o candidato chegue ao governo.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

10 avaliações sobre a última pesquisa eleitoral

POR CHARLES HENRIQUE

O grupo RBS divulgou neste último domingo uma pesquisa do Instituto Mapa para prefeito de Joinville nas eleições 2012. Estamos a um ano das eleições, ainda falta muita água rolar embaixo da ponte, mas algumas avaliações podemos fazer. A pesquisa foi realizada com 602 eleitores e tem 4 pontos percentuais como margem de erro. Vamos então ao que interessa:
  1. Carlito Merss (PT) está em maus lençóis! 3,3% das intenções na pesquisa espontânea, média 3 na avaliação de seu governo, oscilação entre 5,1% e 6,3% nos 4 cenários estimulados pela pesquisa, 72% de rejeição e apenas 10% de avaliação positiva acendem uma luz laranja (daqueles laranjas BEM fortes) nos bastidores petistas. Nem Luiz Gomes, prefeito muito contestado também, teria estes índices a um ano de terminar o mandato;
  2. Marco Tebaldi (PSDB) está mal também. O segundo político mais rejeitado da pesquisa (20,3%) e a terceira colocação nos dois cenários estimulados em que participa (atrás dos candidatos do PSD e PMDB) e uma intenção de voto espontânea baixíssima (perde até para Carlito) botam água no chopp do tucano em sua meia-vontade de voltar à Prefeitura. Deste modo, PSDB vai de PSD? Ivandro também não decolou;
  3. Doutor Xuxo (PR) pode ter nos números o seu grande aliado para negociar a vaga de vice em alguma chapa. Não tem tanta rejeição como os outros (12%) e aparece na frente de Carlito em todos os cenários. O problema é a executiva nacional, que é fechada com o PT.
  4. Sandro Silva (PPS) está na mesma situação que Xuxo. Mas, se PSDB fechar com PSD, e PR fechar com PT ou PMDB, por exemplo, o que “sobraria” para os não-tão-socialistas-assim?
  5. A indefinição do PDT em apoiar Carlito ou sair do governo de vez tem atrapalhado Rodrigo Coelho, que não decolou muito nessa primeira pesquisa, em todos os cenários. O pedetista, por ser um nome novo, tem baixa rejeição (5,6%);
  6. Luiz Henrique (PMDB) ainda é mais lembrado que Carlito e Tebaldi na pesquisa espontânea. Isso mostra a força do nome LHS;
  7. Darci de Matos (PSD) aparece bem, assim como em 2007, um ano antes das eleições de 2008 que elegeram Carlito. Nos dois cenários aparece muito a frente de Udo Dohler (35% e 31,9%) e larga na frente com relativa folga. Quem deve estar “roendo as unhas” após esta pesquisa é o seu “amigo” de partido...;
  8. Clarikennedy (PSD) está bem na estimulada (é primeiro colocado com 8,1%), mas, quando bate de frente com Udo Dohler (PMDB) nos deparamos com um empate técnico. Ainda tem a rejeição mais alta após Carlito e Tebaldi (“bater” na gestão tem suas consequências...). É sempre bom lembrar que o candidato do PSD será definido a favor do nome que estiver na frente das pesquisas. Aqui vai o meu palpite: por mais que Kennedy esteja bem, o candidato será Darci em 2012. Palpite é palpite...
  9. E o “tio” Udo hein? O PMDB caiu em seus braços, e seu nome, de tão forte que é, já está na boca do povo. Terceiro colocado na espontânea, e segundo colocado em todos os cenários estimulados! E a rejeição muito baixa para um nome do PMDB, atrás de todos os outros principais candidatos. Pois é, parece que o discurso “gestor”, “empresário”, etc etc, que vimos tanto nos anos 60, 70, 80 e 90 vai voltar. Mas, engraçado... o PMDB foi o partido que mais tentou quebrar este discurso antes da redemocratização. A política dá voltas...
  10. Os partidos médios e pequenos ainda não criaram raízes na cidade.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A precisão da minoria absoluta

POR JORDI CASTAN

Curioso que pesquisas realizadas por institutosreconhecidos, mostrem resultados tão semelhantes, praticamente idênticos aos que mostram enquetes feitas emblogs e que aparecem na internet. Difícil imaginar que exista um contubérnio tão bem organizado entre determinados setores da sociedade. O resultado inapelável é que a maioria dos joinvilenses não quer aumentar o número devereadores. O que era um rumor agoraficou mais e mais evidente, as pesquisas o evidenciam as claras. É pouco provável, que o grupo de vereadores, que queraumentar o número de cadeiras na Câmara, veja com bons olhos a realização de umaaudiência publica, para escutar da própria população o que as pesquisas, os jornais e os programas de radio isentos mostram. E é uma pena, porque seria muito oportuno que a comunidade que esta farta de continuar pagando todas as contas, possa se manifestar publicamente.

É pouco provável que os eleitores, ao votar nas passadas eleições municipais, outorgaram aos seus candidatos, eleitos ou não, o poder de representá-los neste tema. Nada mais lógico que os vereadores, escutassem os eleitores que representam ou que dizem representar. Eu mesmo, espero com ansiedade para que o vereador em quem votei, deixe de se posicionar a favor do aumento para 25 cadeiras. Sei que como eleanda muito atarefado tentando nos convencer das vantagens que representaria termais vereadores, ainda não teve tempo de perguntar aos seus eleitores. Nadúvida, deixo bem claro, nesta ocasião estou claramente com a maioria dos 91% que não querem mais vereadores. Mesmoque pareça que sejamos parte de uma minoria absoluta.

Mais vereadores? Só não vê quem não quer...

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

A pesquisa do Instituto Mapa, publicada hoje no jornal A Notícia, é inequívoca: quando 91,2% dos joinvilenses rejeitam a ideia de mais vereadores, os discursos a favor do aumento começam a parecer simples ruído. Os cidadãos não querem mais vereadores e pronto: é um erro fechar os olhos para a opinião pública. Respeitar a vontade da maioria é a regra do jogo democrático.
Ora, é possível fazer uma leitura lateral deste resultado.

As pessoas não estão apenas a rejeitar mais vereadores. O que elas rejeitam é tudo o que represente mais empregos para políticos. E se os vereadores são realmente úteis, então não têm conseguido passar a mensagem. Porque a ideia que passam para fora é de pouca preocupação com os interesses dos cidadãos. Fica a parecer que despendem muito mais tempo entretidos com joguinhos palacianos de poder.

Aliás, parece evidente que a maioria dos vereadores sempre foi a favor do aumento. Mas a sociedade esteve vigilante. E os que agora ficaram contra foi apenas por falta de coragem de enfrentar a opinião pública (91,2% não é brincadeira). Afinal, há uma questão de aritmética simples: quanto mais vagas, maiores as chances de manter o “úbere-emprego” na CVJ.

O principal argumento dos que querem mais vereadores – de que vai aumentar a representatividade – é uma besteirinha. Isso só seria verdade num mundo de “blue sky”, onde tudo é bem feito e a democracia funciona na perfeição. O que não é o caso. Todos sabemos como os vereadores são eleitos. Aliás, é fácil adivinhar que essa representatividade poderá ser um enorme tiro no pé.

Representatividade? Pode ser. Afinal, podemos ter a eleição de mais religiosos que tratam os seus fiéis-eleitores no cabresto. E que tal radialistas inescrupulosos e arrivistas? Ou inúteis que recebem votos por serem figuras populares? Podemos esquecer dos caras que investem muita grana para conquistar votos? E, claro, sempre haverá aqueles políticos profissionais que dominam a máquina eleitoral.

Ok... há o reverso da medalha. Os caras que são eleitos por representar legitimamente os movimentos sociais. E esses serão sempre bem-vindos. O problema é que, nas atuais circunstâncias, a política é para os tubarões e não para os bagrinhos.