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terça-feira, 25 de março de 2014

Na ALESC, Nilson Gonçalves faltou a 37% das sessões; Darci, Sandro e Clarikennedy mais de 20%

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Os deputados estaduais de Joinville e região pouco aparecem na mídia para apresentarem seus trabalhos na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), e isto é justificado se contarmos as presenças destes nas sessões ordinárias, disponibilizadas pelo portal da transparência (controlado pelo poder legislativo de SC). No levantamento feito em todas as sessões desde agosto de 2013 até a presente data, contabilizamos 81 sessões, e os deputados que representam a cidade deixam a desejar no quesito frequência.

Antes de mostrar os resultados, gostaria de ressaltar que o trabalho de um deputado estadual vai além da sessão ordinária, momento onde acontecem as votações e outras importantes deliberações. Representações em funerais, acompanhamento de exames médicos da filha, e viagens particulares entram como importantes motivos para as faltas justificadas. Somado a estas, não podemos esquecer das "agendas previamente estabelecidas", campeãs entre os motivos apresentados pelos deputados da cidade. 

A sessão ordinária é o momento mais importante (apesar de não ser o único), pois ali acontecem as votações finais, onde a população pode saber de forma direta qual o posicionamento do seu representante. Também mostra como o deputado lida com seu mandato; se segue linhas partidárias ou realmente representa os interesses do povo. Ou seja, a sessão é o momento de maior exposição do processo legislativo.

Vale ressaltar que este levantamento não leva em conta viagens em missões internacionais ou demais viagens representativas. É um puro levantamento quantitativo. E, desde já, os deputados tem canal aberto no Chuva Ácida para apresentarem possíveis respostas ou contradições aos fatos aqui apresentados.

O campeão de ausências desde agosto até março é o deputado Nilson Gonçalves (PSDB), com faltas em 37,07% das sessões. Foram 30 faltas em 81 reuniões. Este número representa quase três meses inteiros de sessões. Se de agosto a março tivemos sete meses de sessões, Nilson teve uma baixíssima participação em termos de temporalidade. 

O segundo lugar fica para Sandro Silva (PPS), apesar de contabilizarmos apenas as sessões de 2014 (Sandro não participou regularmente de sessões no segundo semestre de 2013). Sua ausência foi contabilizada em 23,8% das sessões de 2014. 

Em terceiro está Clarikennedy Nunes (PSD), que faltou à 23,45% das sessões realizadas entre agosto e março. "Clari" foi o que mais faltou devido a viagens e representações oficiais para a Bolívia, o Uruguai e a cidade de São Paulo. Se isto não for levado em conta, ele é o deputado de Joinville mais presente nas sessões.

Em último (mas não muito distante dos demais) está Darci de Matos (PSD), faltante em 21,21% das sessões. Darci, entretanto, esteve ausente entre agosto e setembro, dando lugar a um suplente. Esta porcentagem de faltas não contempla o período em que seu suplente assumiu.

É inadmissível que os deputados da região faltem tanto aos momentos obrigatórios, como uma sessão. Independente do motivo, seus salários não são afetados por curtas faltas. Não é compreensível, ainda, que deputados agendem reuniões ou outras demandas justo no dia e horário de sessões, as quais possuem agenda amplamente divulgada (e com muita antecedência). O trabalhador, eleitor, e que diariamente luta para se sustentar não tem todas estas mordomias. Se possui falta injustificada, tem desconto no salário. Se falta frequentemente, é demitido.

O deputado estadual não. E ainda tem gordas diárias para utilizar quando está fora de Florianópolis em dias de sessão. Uma bonificação pelo desalinho.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

10 avaliações sobre a última pesquisa eleitoral

POR CHARLES HENRIQUE

O grupo RBS divulgou neste último domingo uma pesquisa do Instituto Mapa para prefeito de Joinville nas eleições 2012. Estamos a um ano das eleições, ainda falta muita água rolar embaixo da ponte, mas algumas avaliações podemos fazer. A pesquisa foi realizada com 602 eleitores e tem 4 pontos percentuais como margem de erro. Vamos então ao que interessa:
  1. Carlito Merss (PT) está em maus lençóis! 3,3% das intenções na pesquisa espontânea, média 3 na avaliação de seu governo, oscilação entre 5,1% e 6,3% nos 4 cenários estimulados pela pesquisa, 72% de rejeição e apenas 10% de avaliação positiva acendem uma luz laranja (daqueles laranjas BEM fortes) nos bastidores petistas. Nem Luiz Gomes, prefeito muito contestado também, teria estes índices a um ano de terminar o mandato;
  2. Marco Tebaldi (PSDB) está mal também. O segundo político mais rejeitado da pesquisa (20,3%) e a terceira colocação nos dois cenários estimulados em que participa (atrás dos candidatos do PSD e PMDB) e uma intenção de voto espontânea baixíssima (perde até para Carlito) botam água no chopp do tucano em sua meia-vontade de voltar à Prefeitura. Deste modo, PSDB vai de PSD? Ivandro também não decolou;
  3. Doutor Xuxo (PR) pode ter nos números o seu grande aliado para negociar a vaga de vice em alguma chapa. Não tem tanta rejeição como os outros (12%) e aparece na frente de Carlito em todos os cenários. O problema é a executiva nacional, que é fechada com o PT.
  4. Sandro Silva (PPS) está na mesma situação que Xuxo. Mas, se PSDB fechar com PSD, e PR fechar com PT ou PMDB, por exemplo, o que “sobraria” para os não-tão-socialistas-assim?
  5. A indefinição do PDT em apoiar Carlito ou sair do governo de vez tem atrapalhado Rodrigo Coelho, que não decolou muito nessa primeira pesquisa, em todos os cenários. O pedetista, por ser um nome novo, tem baixa rejeição (5,6%);
  6. Luiz Henrique (PMDB) ainda é mais lembrado que Carlito e Tebaldi na pesquisa espontânea. Isso mostra a força do nome LHS;
  7. Darci de Matos (PSD) aparece bem, assim como em 2007, um ano antes das eleições de 2008 que elegeram Carlito. Nos dois cenários aparece muito a frente de Udo Dohler (35% e 31,9%) e larga na frente com relativa folga. Quem deve estar “roendo as unhas” após esta pesquisa é o seu “amigo” de partido...;
  8. Clarikennedy (PSD) está bem na estimulada (é primeiro colocado com 8,1%), mas, quando bate de frente com Udo Dohler (PMDB) nos deparamos com um empate técnico. Ainda tem a rejeição mais alta após Carlito e Tebaldi (“bater” na gestão tem suas consequências...). É sempre bom lembrar que o candidato do PSD será definido a favor do nome que estiver na frente das pesquisas. Aqui vai o meu palpite: por mais que Kennedy esteja bem, o candidato será Darci em 2012. Palpite é palpite...
  9. E o “tio” Udo hein? O PMDB caiu em seus braços, e seu nome, de tão forte que é, já está na boca do povo. Terceiro colocado na espontânea, e segundo colocado em todos os cenários estimulados! E a rejeição muito baixa para um nome do PMDB, atrás de todos os outros principais candidatos. Pois é, parece que o discurso “gestor”, “empresário”, etc etc, que vimos tanto nos anos 60, 70, 80 e 90 vai voltar. Mas, engraçado... o PMDB foi o partido que mais tentou quebrar este discurso antes da redemocratização. A política dá voltas...
  10. Os partidos médios e pequenos ainda não criaram raízes na cidade.