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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A democratização da corrupção: ainda há homens honestos?


POR JORDI CASTAN

Ainda há homens honestos? Pode parecer uma pergunta retórica, porque em algum momento do passado deve ter havido um homem honesto, mas a verdade é que hoje é difícil responder com segurança. Não há dia que não sejamos surpreendidos com um novo nome para acrescentar à lista dos corruptos.

A corrupção não se limita a Brasília. Em todos os níveis e em todos os estamentos há corruptos. No plano municipal, há câmaras de vereadores em que a maioria dos legisladores está presa, como no caso de Foz de Iguaçu. É o mais recente e não será o último. Aqui em Joinville temos vereador que já foi preso e que agora é réu. Há vereador que nem assumiu é corre o risco de nem chegar a fazê-lo. O estado de Santa Catarina pode se somar a lista dos que tem seu governador acusado de corrupção. Voltamos à época em que catarinense encontrava a imagem do seu governador nas páginas policiais.

O estado de Alagoas tem todos os seus senadores acusados de corrupção. Mais um motivo para questionar se alguma vez houve um homem honesto. Até o queridinho da esquerda, o senador Lindberg Farias acaba de ter cassados os seus direitos políticos. E não foi um prêmio por boa conduta. Se isso fosse pouco, há até juiz do Supremo Tribunal Federal que tem sua isenção questionada. 



Neste vídeo o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, dá uma demonstração de como a falta de vergonha não conhece limites. A sua ousadia impressiona e sua agressividade poderia até enganar, se o tempo não tivesse acabado mostrando a verdade.

O Brasil vive hoje a democratização da corrupção. A corrupção não está mais restrita a uma minoria. Ela se espalha como um cancro por todos os setores, por todos os níveis e poderes da República. No Brasil, o homem honesto é uma espécie em extinção e os corruptos, na sua sanha corruptora, querem arrastar a todos para o mesmo lamaçal. Por isso a proliferação de textos acusando a todos de sermos corruptos.

O objetivo hoje é colocar a todos no mesmo cocho. Se todos formos corruptos não haveria mais pena, nem castigo. Vamos deixar claro: não é porque a maioria se tenha corrompido que ser corrupto está certo e não deva haver punição. Não há como ser conivente com a corrupção, nem tampouco ter corrupto de estimação (como muitos). Todos os corruptos devem ser punidos e devolver o dinheiro roubado, independentemente de partido ou cargo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Darci de Matos e Dalmo Claro votam contra a educação catarinense. Kennedy se ausenta.

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

A Udesc lançou, há alguns meses, a campanha Udesc + 0,17, um movimento que, segundo relatos da mesma, "envolvia a comunidade acadêmica para solicitar o aumento de repasse de recursos à universidade". O objetivo era "sensibilizar a classe política para a importância econômica, social e educacional da instituição para Santa Catarina". Atualmente, a Udesc recebe 2,49% da soma da arrecadação de impostos estaduais. A proposta ia ampliar o repasse, chamado duodécimo, para 2,66%, ou seja, mais 0,17%.

Em 2015, a Udesc recebeu um total de R$ 326 milhões para investimentos, custeio e folha de pessoal. De acordo com os cálculos da instituição, mais 0,17% significariam R$ 18 milhões anuais, que já entrariam no orçamento de 2017.

Porém, a lei de diretrizes orçamentárias para o ano que vem foi votada nesta semana e a proposta da UDESC não foi aprovada por 17 votos a 12. Ocorre que os 0,17% foram repassados para o Tribunal de Justiça e para o Ministério Público, "em comum acordo entre os poderes", conforme vídeo abaixo. O poder judiciário estadual certamente precisa menos desse recurso do que a UDESC, uma instituição que luta, com grandes esforços, para oferecer educação de qualidade aos seus estudantes. Lembrando, ainda, que muitos municípios do estado contam, por meio da universidade estadual, como a única opção de ensino superior público e gratuito. Santa Catarina, um estado marcado pela extrema desigualdade no acesso ao ensino superior público sofre, mais uma vez, com um grande retrocesso.

Ajudado por alguns deputados estaduais com domicílio eleitoral em Joinville.



Patrício Destro (PSB) foi o único que se envolveu na causa, ajudando a comunidade da UDESC nas articulações e cessão do gabinete para reuniões. Por outro lado, Darci de Matos (PSD), aliado do governador Raimundo Colombo (PSD), e Dalmo Claro (ex-PMDB), defensor de Darci nas últimas eleições municipais após brigas internas com Udo e seu ex-partido, votaram contra a proposta do repasse de verbas para a universidade.

Fonte: DANMA de Todos/Facebook

Se você não entendeu a gravidade da situação, quem votou contra os R$ 18 milhões de reais para a universidade votou contra melhores condições de ensino para os milhares de estudantes que dependem da instituição. A quem duvida, convido uma visita à UDESC Joinville para ver as imensas carências que os deputados ignoraram. Como a questão era um "grande acordo" (que envolvia, inclusive, o perdão das pedaladas do governador), Darci e Dalmo fizeram o jogo contrário ao desenvolvimento da educação catarinense e mostraram-se subservientes à velha política dos "acordões". Não foi a primeira vez que Darci votou contra a educação, que diga a classe do magistério estadual.

E o nosso deputado (Clari)Kennedy Nunes? Ninguém sabe, ninguém viu. Mais uma vez.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Colombo erra ao querer militarizar a educação

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Uma das principais novidades advindas da reunião de Colombo com os empresários sobre a segurança pública, a criação de um colégio militar é um erro e não resolve os problemas da educação pública e da violência urbana. Pelo contrário, tende a piora-los.

Primeiro, é preciso relativizar que a educação militar educa melhor. Várias entidades atuantes na questão já mostraram que os colégios militares espalhados pelo Brasil não são totalmente públicos, apesar de serem sustentados pelo dinheiro público. No caso dos colégios de Florianópolis e Lages (modelos citados pelo governador), apenas 10% das vagas são abertas à comunidade, por sorteio (o restante é para os filhos dos policiais). Os diretores não são professores da rede pública, são militares.

A noção de “disciplina” presente nesse ideal camufla a falência do ensino público estadual, desvirtua o papel da polícia e abre mão da formação de sujeitos para formar cidadãos que obedecem ordens, tamanha a esterilidade social que a repressão estatal carrega nas fardas e condecorações. A tolerância, a divergência, a discussão e a livre manifestação passam longe dessas instituições rigidamente hierarquizadas.

Como se não bastasse, o alto custo de manutenção dos uniformes leva a uma elitização dos alunos, amplamente classificados como de classe média-alta nas demais unidades cedidas aos militares. Lembramos, também, que dependendo da unidade a ser escolhida para abrigar a nova metodologia, muitos alunos carentes podem ser forçados a buscar outra escola, distante do local de moradia, pois fazem parte dos 90% excluídos. Ou, ainda, entregar uma das melhores escolas da cidade para à militarização (é o que vai acontecer com Joinville, por exemplo).


Precisamos criar uma escola baseada em diálogo constante entre alunos, professores e gestores, construindo coletivamente um espaço de futuros adultos em cidades menos desiguais e mais inclusivas. O que falta em Joinville é diversidade na educação, e não militarização. Se, porventura, esse anúncio serviu como medida de combate à violência, esquece-se que a educação precisa desativar a ordem que exila o jovem nas periferias, ao invés de fomentar os valores bélicos. A mesma mão que mata os jovens, negros e pobres não pode ser aquela que os educa; nem aquela que mostra isso como natural para as próximas gerações.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Nos fios da teia #4















POR SALVADOR NETO

A guerra política pelo poder mexe com o país, e acirra os ânimos de governistas e oposicionistas. O povo, bem, o povo busca entender o que acontece fato, para compreender o que se passa...

Nas Teias do Poder, falamos mais. Falamos sobre Cunha, PMDB, Colombo, Udo, e mais algumas coisas.Vamos a mais fios da teia:

Tchau Cunha – Brasília produz figuras políticas nocivas que o povo nem sequer imagina como nascem, crescem, se desenvolvem e tomam o poder. Eduardo Cunha, do PMDB, ainda presidente da Câmara dos Deputados, é uma delas. Seu histórico de envolvimentos com desvios vem desde a época Collor e PC Farias. Com base nos dutos criados a partir dos cofres públicos em alianças com grandes empresas e empreiteiras, chegou a chantagear a Presidência da República, parlamentares e até o STF. Escrúpulos? Ele não tem nenhum.

Tchau Cunha 2 – Finalmente o procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a destituição de Cunha da Presidência da Câmara. Atrasadíssimo! Diante das manobras claras de Cunha para intimidar, protelar, burlar o processo contra ele no Conselho de Ética, e impulsionar o processo de impeachment contra Dilma, o pedido já era para ter sido feito há dois meses. Agora, os eminentes ministros do STF avisam: só em fevereiro de 2016. Enquanto isso se dane o Brasil.

PMDB arranhado – O partido fiador da retomada da democracia – claro, também o único autorizado pela ditadura a funcionar à época – derrapou feio nas últimas semanas. O vice-presidente, e presidente do partido, Michel Temer, mostrou o jeitinho golpista, disfarçado, claro. Agiu nas sombras, e com cartinhas chorosas, para desestabilizar o governo do qual faz parte e foi eleito. O desejo? Assumir a Presidência sem sequer um voto. E colocar em marcha um plano neoliberal idêntico ao aplicado no país entre 1994 e 2002. Nem o Brasil, nem o PMDB, merecem.

PMDB arranhado 2 – Rachado, um lado com Temer, e do outro com Renan Calheiros e Picciani e governadores, o PMDB trava uma guerra intestina com seus quadros. O mais incrível é servir de ponte para um golpe branco para assumir outra aliança com tucanos, democratas (?) e outros menos votados, que não ganham eleições presidenciais no voto há quatro pleitos. Dizem, nos corredores de Brasília, que por trás disso tudo estão as “liberdades demais” ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, nas investigações. Hummmm. Pelo que se vê na Lava Jato, faz sentido. Será?


Tchau Levy – Ungido por setores econômicos – bancos mais precisamente – o ministro da Fazenda Joaquim Levy chegou ao governo Dilma para dissolver a crise econômica que assumia grandes proporções. Com viés neoliberal, Levy aplicou algumas receitas, outras o Congresso não ajudou a aprovar por conta do clima “quanto pior, melhor para derrubar a Dilma”. O fato é que não deu certo, pois não brecou a inflação, não impediu a redução da atividade econômica, e jogou o governo Dilma contra os movimentos sociais e a maioria da população que a elegeu. Deve sair após o Natal. Vem aí um nome mais político, para a retomada do desenvolvimento.

Colombo – Hábil na comunicação, e no manejo da máquina publica para garantir um governo sem encrencas, Raimundo Colombo fecha mais um ano impedindo que a briga entre seu partido, o PSD, e o PMDB, se amplie a ponte de inviabilizar a convivência. Assinando convênios a torto e a direito, mas efetivando poucos deles, o lageano vai cozinhando todos em banho maria. No plano federal, com Dilma, mas sem muitas falas efusivas – sem dinheiro federal não governaria como hoje. Em SC, deixa seus partidários anti-Dilma descerem a lenha. E assim pavimenta seu caminho ao Senado em 2018. Com o PMDB. Anotem.

Colombo e Udo – A relação se mantém porque antes de Prefeito, Udo Döhler é empresário, e como tal, representa a classe, a ACIJ, etc, etc. Mesmo contrariado com a falta de mais presença do governo do Estado nas obras e ações de seu governo, o Prefeito é pragmático e busca não criar um inimigo, tanto para os negócios, quando para a política. Afinal, o PSD, partido de Colombo, vem com Darci de Matos na disputa, e com todo o apoio do deputado estadual Gelson Merísio (PSD), presidente do partido, da Assembleia, e com olho grande no Governo do Estado em 2018. Mas a dupla ColombUdo, UdoLombo, para a cidade inteira, não funcionou ainda.

Udo mãos limpas – A declaração do prefeito Udo Döhler ao jornal A Notícia esta semana foi um tiro que acertou muita gente. Disse ele: — Limpamos a máquina pública. Nos deparamos aqui com um cenário assustador de corrupção e desvios de conduta. A primeira vítima, e talvez a mais atingida, a classe dos servidores públicos municipais. A afirmação do Prefeito é grave, pois aponta que havia, ou há, ou houve há muito tempo, muita roubalheira e desvios! O que respondem os servidores? Vão aceitar a pecha? Mas, o tiro também pode ser no pé. O que foi feito para essa “limpeza” ter se efetivado? Só agora Udo afirma isso? O que pensam Carlito Merss, Marco Tebaldi, e até quem trabalhou com Luiz Henrique em seus dois mandatos e hoje estão com Udo no governo? Será que teremos um discurso a.U. e d.U. para a campanha?

Udo gestor – Na mesma entrevista, o Prefeito diz: — Quando me perguntarem qual a principal realização da minha gestão, vou dizer que foi ter modernizado e otimizado a gestão pública, ter devolvido as crianças às suas escolas, e ao povo os seus espaços de lazer e entretenimento. Estamos fazendo uma gestão honesta e focada no cidadão — disse Udo. Você também vê a cidade com os olhos do gestor Udo Döhler? Devolver crianças às escolas? Ao povo seus espaços? Será que falamos da mesma cidade? A que vivemos está perdida em buracos nas ruas, com praças e áreas de lazer abandonadas e com mato a cobrir seus espaços, e nos bairros... bem, nos bairros... nada.

Udo gestor 2 – O jornalista entrevistador não aprofundou as questões, ficou na superfície. Mas o Prefeito não falou sobre sua principal bandeira e forma de ver a administração pública. “Não falta dinheiro, falta gestão”. Foi nessa bravata que Udo ganhou os corações dos eleitores na reta final contra Kennedy Nunes. E também na fama de grande gestor da saúde. Hoje, a saúde está igual, a gestão atrasa fornecedores, não há pavimentação, obras fundamentais não saem do papel, as que existiam estão paralisadas, e o que diz Udo hoje? Falta dinheiro. Fomos enganados?

Udo 2016 – O Prefeito também diz estar preparado para as eleições do ano que vem. Realmente é invejável a sua saúde. Mas politicamente, terá mesmo essa força toda? Sem seu idealizador, mentor e guru na politica, Luiz Henrique da Silveira, terá a mesma capacidade de articulação, raciocínio e estratégia? O PMDB marchará unido com ele, ou muitos quadros preteridos por Udo estarão torcendo – e trabalhando – por outro nome? Xuxo (PP), Carlito (PT), Tebaldi ou Paulo Bauer (PSDB), Rodrigo Bornholdt (PDT), Adilson Mariano ou Camasão (PSOL), Darci de Matos (PSD), serão adversários de peso. E pode vir ainda um grande desafeto de 2012: Kennedy Nunes. Haja preparo. E resultados para mostrar, que hoje, convenhamos, são pífios.

Novo comando - Assim como em todas as províncias, Joinville não fica longe quando o assunto é troca do delegado regional de polícia, o antigo xerife da cidade. Afinal, não há cidade onde o bispo, o delegado e o prefeito não tenham seu devido poder. Após longos nove anos, Dirceu Silveira deixa o cargo de Delegado Regional de Polícia. Assume Laurito Akira Sato, que já trabalhou na cidade antes, e também com Dirceu. A mudança foi sentida por quem sai - não esperava - e comemorada por muita gente. O antigo delegado deixou marcas nem tão boas na sua gestão, como nos erros nos casos Maníaco da Bicicleta e Oscar do Rosário. O que virá agora, veremos. Se a segurança mudar de fato, sem factóides, e prevenção dos crimes, ótimo. É o que a cidade espera. Mas sintomática foi a reação de setores da força econômica: não gostaram. Mistério.


É assim, os fios da teia nas teias do poder.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Por onde andam, o que fizeram os nossos deputados estaduais? Você sabe?

POR SALVADOR NETO






"Deputados estaduais eleitos por Joinville respondem como vão representar a cidade - Saiba como Darci de Matos, Kennedy Nunes e Patrício Destro vão se posicionar sobre prioridades na cidade”. Esse era o título da matéria do jornal A Notícia no dia 7/102014 (clique e leiaaqui os posicionamentos). Dalmo Claro de Oliveira (PMDB) assumiu o cargo após engenharia política do governador Raimundo Colombo (PSD) para recolocar peemedebistas na Assembleia Legislativa. Ele era o quarto suplente, e quando assumiu também se comprometeu com sua base eleitoral (assista aqui). Esses são hoje os deputados estaduais que deveriam estar trabalhando por você, eleitor da maior cidade de Santa Catarina. Você sabe o que eles estão fazendo por sua cidade até aqui?

Você os vê, por exemplo, batendo na mesa do governador Colombo para exigir que as obras do Estado em Joinville, como a famosa duplicação da avenida Santos Dumont, o elevado na mesma duplicada (só que não) avenida no cruzamento com a rua Tuiuti, o asfaltamento da estrada Rio do Morro na zona sul, a elevação e melhorias da rua Minas Gerais na zona leste,  aberturas das avenidas Max Colin e Almirante Jaceguay, e a grana preta prometida para pavimentação das ruas nos bairros e saúde (??), mais policiais militares e civis, entre outras obras e promessas que não acontecem nunca? Não. Publicamente então, jamais.

Escolas também esperam ação, grito, cobrança dos deputados
Você os vê reunindo a sociedade civil para organizar – de fato, não de mentirinha – para cobrar do governo estadual o que a cidade merece? Não. Os vê nas entidades sociais trazendo muitos recursos para a manutenção das mesmas, e também para obras importantes para a continuidade de atendimentos especiais como os deficientes físicos, visuais, intelectuais, downs, e tantas outras?

Diga assim, de primeira, qual o projeto de lei importante, relevante que Darci de Matos (PSD), Kennedy Nunes (PSD), Patricio Destro (PSB) e Dalmo Claro (PMDB) apresentaram, defendem ou aprovaram. Difícil não é mesmo?

Mas o que fazem os nobres deputados aparecerem? Ou é alguma eleição próxima (2016 está na porta), ou são as entidades da classe empresarial, ou a farra dos gastos com diárias, com viagens importantíssimas para a Europa, China, EUA que ninguém sabe qual benefício trouxe para Santa Catarina, e muito menos para Joinville, e também a mais recente farra descoberta com a alimentação dos nobres deputados catarinenses, entre os quais os nossos também se encontram utilizando o nosso dinheirinho suado, sofrido, que é recolhido regiamente aos cofres públicos, no caso, do estado.

Dizia o falecido senador, ex-governador Luiz Henrique da Silveira (criador de todos estes que aí estão), quando prefeito de Joinville, que a cidade era “a quinta roda da carroça”. Por isso precisaríamos eleger o governador – no caso ele, que foi eleito e reeleito – e muitos deputados.

A primeira parte conseguimos, a bancada grande não, e pior, sempre pouco efetiva nas conquistas e brigas pela cidade. Hoje, continuamos a ser a quinta roda da mesma carroça (talvez a sexta...), só que agora sob as rédeas do lageano Raimundo Colombo e sua turma. Entre os quais os nossos “representantes” Darci de Matos, Kennedy Nunes, Patricio Destro e Dalmo Claro.

Como do meu artigo anterior na sexta-feira passada no Chuva Ácida (leia aqui) quando lancei a ideia de não reeleger nenhum dos atuais vereadores na Câmara de Vereadores de Joinville para realizarmos a reforma política popular, que tal iniciarmos a fiscalizar e cobrar os nobres deputados estaduais que vivem à sombra, olhando de longe os graves problemas da cidade que os elegeu, sem esboçar indignação, força e cobrança ao Governo? Já chegaram à metade do mandato, e o que produziram? Pergunte a eles! Cobre, mande seu email, mandem em massa, mobilizem-se! Cidadania é isso.

Aqui seguem os links de suas páginas na Assembleia Legislativa de SC para sua pesquisa, e também os emails dos nobres. Faça a sua parte. Leia no início deste artigo, no link, o que eles disseram que fariam. Analisem. Eu faço a minha cobrando aqui publicamente mais ação efetiva, trabalho, conquistas de obras e recursos para a cidade que está virando um grande chão de fábrica, falido. Anotem e cobrem, encham as caixas deles, liguem:




Patricio Destro – email: não disponível no site da Alesc, pois o mesmo está licenciado...

Fiscalize, cobre, coloque a lista na porta da geladeira, exerça o seu poder.

É assim, nas teias do poder...

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Nos fios da teia #1


POR SALVADOR NETO

Inovar sempre é bom. Com Nos Fios da Teia, notas curtas sobre temas variados, da província, do planalto, de além mar, tecerei comentários e informarei os assíduos e permanentes leitores do Chuva Ácida. Vamos lá?

Caso Lia Abreu – O texto da semana passada sobre a perseguição política à fiscal sanitarista (clique aqui) chegou a mais de 5 mil visualizações únicas, mais de 300 compartilhamentos, superando mil leituras únicas somente no site, uma audiência que assusta a turma do outro lado do rio. Quem não deve, não deveria temer. Final do caso está próximo. E vai sobrar para muita gente, do maior ao menor...

Fakes – Chega até a refinada redação que há gente fiscalizando de perto alguns perfis “fakes” que andam rondando, ofendendo e intimidando quem critica o governo da “Villa”. Os dados de IPs, nomes e outras cositas más podem chegar em setor que ainda trabalha no governo Udo. Esperemos.

Colombo x PMDB – O governador que mais anuncia obras na mesma proporção que não as inicia, nem finaliza, está mais uma vez colocando o PMDB do finado LHS no bolso. Na base dos convênios, enreda (ou seria enteia) o prefeito Udo, que espera a grana, a obra, e nada. Enquanto isso, Darci de Matos articula.

Darci de Matos – Meio como quem não quer nada, nos escaninhos do poder, o deputado estadual do PSD vai tecendo sua campanha à Prefeitura. Motiva outros candidatos a se lançarem, acena a lideranças comunitárias com possíveis espaços a partir de 2017 na Prefeitura, e não briga com ninguém. Resta saber se aguentará a pressão na hora do pau comer na campanha.

Mariani Governador? – Após longos anos brigando nas internas do PMDB, o deputado federal parece que finalmente conseguiu quebrar a pedra que o impedia de seguir em frente na sua obstinada vontade de ser governador. Só que falta combinar mais coisas com Eduardo Moreira, Dário Berger, Paulo Afonso e outros. Muita água passará por baixo das pontes da Ilha. Inclusive uma água do oeste chamada Merísio.

Amin de novo? – O ex-governador, deputado federal pelo famoso PP, estourou as urnas em 2014 e volta com força total rumo ao governo de SC. Articula candidaturas por todo o estado, inclusive em Joinville que agora não tem mais a força de LHS, e terá apoio velado, ou aberto, tanto de PSD, PSDB e outros que cansaram de arrumar a casa para outros morarem. Ano que vem vai mostrar se o carecone vem prá valer. Virá.

PMDB tucanou – Enquanto aumenta a ocupação de cargos poderosos na esplanada em Brasília, o partido que está sempre no poder (tal qual foi o PFL/DEM) faz jogo de cena em cada estado. Uns gritam que não aceitam negociação de cargos, outros que querem a governabilidade. E assim passam por grandes estadistas. Na verdade, tem sempre é muita sede de poder. Com o PT ou quem estiver no Palácio do Planalto. Tomaram o lugar dos bicudos em cima do muro.

Colocaram a cunha no Cunha – Eduardo Cunha (PMDB), o incansável achacador do governo Dilma, do PMDB, do Temer e de quem quer que esteja na sua frente na corrida por mais poder, pensou que seria Presidente. Mas colocaram uma cunha – logo pode ser uma tornozeleira eletrônica – com as contas na Suiça, denuncia por corrução no STF. Em breve teremos novo presidente na Câmara dos Deputados.

Dilma e o golpe – Quem conhece um mínimo de política, acompanha o setor historicamente, sabe que o que está em jogo não é se a Dilma roubou ou não. A oposição quer voltar ao poder na marra, e com ajuda da grande mídia, não cansa de criar fatos com seus “soldados” bem instalados em TCUs, STJs, STFs, TSEs, ao longo de muito tempo no poder. O que se quer é dar um golpe branco. Quem viveu o período da ditadura militar sabe que a volta de tempos parecidos que sejam, seria um desastre para o país. Engana-se quem acha que os movimentos sociais ficarão em casa. Podemos viver tempos difíceis.

Prefeito por um dia – Joinville tem coisas que a colocam como cenário da novela de Dias Gomes, o Bem Amado. Agora, por ocasião das férias do prefeito Udo Döhler, a grande negociação pelo bem da cidade e que deve impactar deveras o futuro dos cidadãos, é quem vai ser prefeito por cinco, sete, dez ou 15 dias: Rodrigo Coelho ou Rodrigo Fachini. Os Rodrigos estão decidindo como farão para sentar naquela cadeira... e a caneta, será que fica na mesa? Joinville, Joinville... você merece mais. Muito mais.

É assim, os fios da teia nas teias do poder...

sexta-feira, 24 de julho de 2015

E a saúde, óooo - Parte 2

POR SALVADOR NETO

Tenho que voltar ao tema saúde, mesmo a contragosto dos áulicos dos poderes municipal e estadual colocados à espreita de redes sociais.

Uns pendurados em cargos comissionados, outros possivelmente irrigados com dinheiro público para perseguir, intimidar, difamar, falar mal, ofender, mas jamais esclarecer os graves equívocos das gestões de Udo Döhler e Raimundo Colombo.

Um do PMDB, outro do PSD. Parecem diferentes, mas são quase gêmeos siameses. Vocês entenderão logo mais a frente. Para relembrar meu artigo parte 1 sobre a saúde em Joinville, basta clicar aqui.
O tema foi posto à mesa do conselho de secretarias de saúde municipais para ser aprovado ainda nesta semana. Mais um ataque à já combalida saúde da maior cidade catarinense. Tudo pela ótica privatista, sem sequer pensar no cidadão, sim, o cidadão que é atropelado, sofre mal súbito e precisa da urgência do Samu.


Esse mesmo governo Colombo, apoiadíssimo a todo instante pelo governo Udo, é o mesmo que prometeu a duplicação da avenida Santos Dumont, da Dona Francisca, e agora a do Eixo Industrial. Quimeras, apenas quimeras, fomentadas pelos meios de comunicação irrigados pelos cofres públicos, e tão dependentes que “esquecem” do papel que lhes cabe: informar, desnudar, denunciar, serem os olhos e ouvidos do povo.


Isso tudo é o jeito Udo de governo, o jeito PMDB de gestão que foi “prometido” em 2012. Não é por menos que a greve dos servidores do São José segue já para a terceira semana, com possibilidades de paralisações em outras unidades da saúde. Recebo informações neste sentido, em que pese o forte assédio moral existente para intimidar quem ouse reclamar. Os servidores sentem-se amarrados com o autoritarismo existente.


E a imprensa, bom, a nossa imprensa segue com os dinossauros que já vem lá das décadas de 1980/90 no compadrio que conserva a cidade no marasmo. Não mexe mais que o necessário para garantir o “interesse” do governante de plantão para a publicidade ($) necessária.


Um dá para fazer, outro que não falta dinheiro, falta gestão, e por aí vai, faltando tudo para quem mais precisa: o povão. A dupla UdoColombo, ColombUdo, como quiserem, continua a dever muito para todos nós.


Digo que tive de voltar ao tema porque li, em nossos jornais oficiais (ops!), digo diários, que o governo Colombo, via seu magnânimo secretário de Saúde, João Paulo Kleinubing, quer “centralizar” as centrais de regulação, atendimento de emergência que você conhece via 192, lá na longínqua capital Florianópolis. O objetivo? Economia, dizem.

Hoje são apenas oito centrais destas em Santa Catarina. Com a brilhante ideia colombina, kleinubingiana e pessedista, ficaria apenas a da capital. Imaginem vocês ao ligarem para o Samu na hora da dor, da emergência, serem atendidos por operadores que mal conhecem a bela ilha? Atenção com o contribuinte, o cidadão? Nada!

Essa esculhambação na saúde por parte do governo Colombo, tem como coadjuvante o governo Udo Döhler aqui na maior do estado. Reduzir direitos dos trabalhadores do Hospital São José que estão expostos à insalubridade diariamente para “economizar”; cortar as fraldas geriátricas dos velhinhos que precisam; falta de materiais básicos de higiene, e até uniformes; falta de medicamentos básicos nas unidades de saúde; filas dos especialistas.

Aliado a tudo isso, amigos e amigas, há uma espécie de conluio velado entre os políticos, e também da imprensa local. Os deputados estaduais Darci de Matos (PSD), Kennedy Nunes (PSD) e Patrício Destro (PSB) fazem cara de paisagem para problemas seríssimos como esse. Os federais Mauro Mariani (PMDB) e Marco Tebaldi (PSDB), idem, com raras exceções do tucano que faz prosa para armar candidatura oposicionista.

Não se enganem. Vem aí mais um pleito municipal, e os atores serão quase os mesmos. O roteiro segue a risca os brados salvadores, resolverão tudo. Brigarão. Se digladiarão. E ao final veremos o quadro atual de descaso, abandono, mentiras deslavadas sobre a situação da saúde e de outros setores públicos. Porque eles jogam na “mudança” para deixar tudo como está.

Enquanto isso, a saúde... óooo. Preparem-se para 2016, porque a corrida já começou.


** E mais uma vez: como está o caso Lia Abreu? Prorrogado pela eternidade? Quando sai o resultado da sindicância, ou quando ela vai falar tudo sobre o caso? O contribuinte quer respostas.


sexta-feira, 15 de maio de 2015

Para onde irão chorar as viúvas e viúvos?

LHS deixou centenas de viúvas e viúvos políticos
(foto Salmo Duarte/Ag. RBS)
POR SALVADOR NETO


Neste final de semana, uma semana após a morte do senador Luiz Henrique da Silveira – o quase imortal político que a tudo controlava na política catarinense – poderemos ter uma análise melhor do novo quadro que se anuncia. É só dar uma verificada nas três missas de sétimo dia agendadas para Joinville e Florianópolis. Para além do valor humano, da perda que é dura aos familiares, ao qual respeito, há que se verificar para onde irão as viúvas e viúvos do poderoso LHS agora que ele foi a outro plano.


Imaginemos, pois, para onde irão as viúvas penduradas, digo, aninhadas no impoluto senado federal? No velório as falas eram muitas, e as fontes muito próximas garantiam: só por lá seriam entre 60 e 65 que prestavam seus serviços aqui, lá e acolá. Talvez migrem, com o coração peemedebista partido, para o colo tucano do senador que assume a vaga, Dalírio Beber. Talvez. Ou então para outro bicudo, Paulo Bauer? Mas vejam, esses galhos tucanos já estão prá lá de lotados. Imagino o choro por um pedacinho do graveto.

Viúvas e viúvos aboletados em cargos do governo de SC? Não são poucos! Eles e elas estão por toda Santa Catarina, ou nas cabideiras SDRs – que estão na mira do governador Colombo – ou em cargos nas autarquias, secretarias, empresas, conselhos e outros ramos da mãe estado. Qual dos líderes políticos vai oferecer guarida a tantos “assessores”? Colombo? Mauro Mariani? Eduardo Moreira? Dário Berger? Fico a imaginar quanto faturam neste momento as fotocopiadoras por este estado afora! Dá-lhe currículos!

LHS foi um paizão. Na imensa rede onde descansam, ou descansavam, vários “assessores”, há de tudo. Desde grandes letrados (?) que ocupavam, e ocupam, cargos estratégicos para que seus projetos tenham caminho aberto, até seguradores de mala, motoristas, mantenedores de currais eleitorais, tocadores (?) de obras, e claro apaniguados de muitos deputados estaduais e federais dos mais diversos, todos certamente empenhados em dar o melhor para a gente catarinense.

Ah, sim! Viúvos e viúvas do empresariado que tanto tinham apreço por LHS, para onde correrão neste momento difícil? Dá para imaginar? Voltarão ao projeto Bornhausen? Amin? Ou já miram para os filhotes de Colombo como Gelson Merísio, Antônio Gavazzoni, João Rodrigues? LHS, LHS, porque nos abandonaste, era a cantilena ouvida pelos cantos do Centreventos Cau Hansen durante as exéquias ao grande líder. Se apurarmos os ouvidos, sons chegam da Fiesc e associações empresariais de muitas cidades. Mas estes, bom, estas viúvas tem muitos pretendentes sempre.

O que dizer dos partidos nanicos, cujos líderes viúvos ficaram tão sentidos a ponto de brigar para segurar na alça do caixão do senador falecido à saída para o féretro que levaria o grande líder em um caminhão de bombeiros para sua última morada. Não é invenção não, meninos e meninas, eu vi! E o seu PMDB, o maior viúvo do talento de LHS para manter o poder, que será deste? A argamassa que conseguia unir tantos desunidos se foi. As pequenas repúblicas internas se desprenderão rumo a outros pretendentes?

Em Joinville, onde o senador mandava há décadas no seu partido e em outros tantos, o engalfinhamento tende a ser magnífico. Senão uma luta fratricida, talvez traições inimagináveis tempos atrás. O atual prefeito Udo Döhler, que só é o alcaide pelas mãos de LHS, vai colocar seu poder para tomar de assalto a legenda? Ou então aproveitará a deixa para voltar à redutos mais adequados ao seu modo de ser, tipo PSD, DEM, PR, etc? O que farão os deputados Dalmo Claro, Mauro Mariani? Os vereadores Rodrigo Fachini, João Carlos, Mauricinho e Claudio Aragão? Essa reunião de viúvas de LHS será difícil de unir.

Mas se o espólio político de Luiz Henrique deixou muitas viúvas e viúvos a chorar, embaralhando o cenário estadual, por outro lado atiçou ainda mais o desejo do PSD de controlar o cetro deixado pelo senador. Com o comando do governo estadual, e sabendo manejar o poder como poucos, os pessedistas devem acelerar a máquina contra o PMDB, de olho já em 2016 e 2018.


Se quem mais enviuvou foi o PMDB, a choradeira pode aumentar e muito mais. Porque viúvas e viúvos também traem a memória e o legado deixado. É esperar e conferir para onde correrão as lágrimas de tantas viúvas e viúvos mal acostumados com os benefícios do poder.