Mostrando postagens com marcador corrupto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador corrupto. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A democratização da corrupção: ainda há homens honestos?


POR JORDI CASTAN

Ainda há homens honestos? Pode parecer uma pergunta retórica, porque em algum momento do passado deve ter havido um homem honesto, mas a verdade é que hoje é difícil responder com segurança. Não há dia que não sejamos surpreendidos com um novo nome para acrescentar à lista dos corruptos.

A corrupção não se limita a Brasília. Em todos os níveis e em todos os estamentos há corruptos. No plano municipal, há câmaras de vereadores em que a maioria dos legisladores está presa, como no caso de Foz de Iguaçu. É o mais recente e não será o último. Aqui em Joinville temos vereador que já foi preso e que agora é réu. Há vereador que nem assumiu é corre o risco de nem chegar a fazê-lo. O estado de Santa Catarina pode se somar a lista dos que tem seu governador acusado de corrupção. Voltamos à época em que catarinense encontrava a imagem do seu governador nas páginas policiais.

O estado de Alagoas tem todos os seus senadores acusados de corrupção. Mais um motivo para questionar se alguma vez houve um homem honesto. Até o queridinho da esquerda, o senador Lindberg Farias acaba de ter cassados os seus direitos políticos. E não foi um prêmio por boa conduta. Se isso fosse pouco, há até juiz do Supremo Tribunal Federal que tem sua isenção questionada. 



Neste vídeo o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, dá uma demonstração de como a falta de vergonha não conhece limites. A sua ousadia impressiona e sua agressividade poderia até enganar, se o tempo não tivesse acabado mostrando a verdade.

O Brasil vive hoje a democratização da corrupção. A corrupção não está mais restrita a uma minoria. Ela se espalha como um cancro por todos os setores, por todos os níveis e poderes da República. No Brasil, o homem honesto é uma espécie em extinção e os corruptos, na sua sanha corruptora, querem arrastar a todos para o mesmo lamaçal. Por isso a proliferação de textos acusando a todos de sermos corruptos.

O objetivo hoje é colocar a todos no mesmo cocho. Se todos formos corruptos não haveria mais pena, nem castigo. Vamos deixar claro: não é porque a maioria se tenha corrompido que ser corrupto está certo e não deva haver punição. Não há como ser conivente com a corrupção, nem tampouco ter corrupto de estimação (como muitos). Todos os corruptos devem ser punidos e devolver o dinheiro roubado, independentemente de partido ou cargo.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Xingar Lula é normal, mas ser xingado dói

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
É comum dizer que a internet – em especial as redes sociais – é uma terra sem lei. A lista de crimes praticados todos os dias é longa, mas o pulular de situações torna impossível identificar e punir todos os casos. A calúnia, os insultos e a difamação estão entre as práticas mais comuns e todos os dias esbarramos com pessoas a fazer na esfera virtual o que não fariam na esfera pública.

As redes sociais tornaram-se um autêntico faroeste verbal. E hoje uso um exemplo pessoal para mostrar o comportamento nada cívico e civilizado das pessoas. Um amigo publicou um post no Facebook a falar da aposentadoria da primeira-dama de Goiás, Valéria Perillo, sobre a qual haveria algumas dúvidas. E logo no primeiro comentário, sem que nada apontasse para isso, apareceu um tipo a falar do ex-presidente Lula.

Ou seja, essa pessoa esqueceu totalmente a mulher do governador de Goiás. E entrou de sola, chamando Lula de “bandido”. Fiz um comentário a dizer que isso pode caracterizar crime, uma vez que quem faz esse tipo de acusação deve ter provas. E a resposta veio na forma de apoio de um segundo tipo, que chamou Lula de “safado” e ironizou a ideia de calúnia e difamação.

De propósito, escrevi que não iria "conversar" com este segundo sujeito, porque ele tinha um “jeitão de corrupto”. O que aconteceu? O homem virou bicho. Em tom ameaçador, disse que não admite esse tipo de tratamento. Não é hilário? O cara pode falar o que lhe dá na real gana, mas quando lança os mesmos argumentos contra ele, reage como uma virgem ofendida.

“Não sou moleque para ficar lendo besteira contra a minha pessoa”, esbravejou o sujeito que minutos antes chamava Lula de safado. Ora, ora, ora. Dói quando a ofensa é contra nós. Mas quem fala o que quer ouve o que não quer. O problema é que as pessoas veem nas redes sociais um espaço onde podem ofender, caluniar, difamar. É a lei do cão. Mas haverá um dia em que terão que responder por isso na Justiça. Porque só assim o espaço virtual poderá tornar-se civilizado.


É a dança da chuva.