POR SALVADOR NETO
Inovar sempre é bom. Com Nos Fios
da Teia, notas curtas sobre temas variados, da província, do planalto, de além
mar, tecerei comentários e informarei os assíduos e permanentes leitores do
Chuva Ácida. Vamos lá?
Caso
Lia Abreu
– O texto da semana passada sobre a perseguição política à fiscal sanitarista
(clique aqui) chegou a mais de 5 mil visualizações únicas, mais de 300
compartilhamentos, superando mil leituras únicas somente no site, uma audiência que assusta a turma do outro lado do rio. Quem
não deve, não deveria temer. Final do caso está próximo. E vai sobrar para muita gente, do maior ao menor...
Fakes – Chega até a
refinada redação que há gente fiscalizando de perto alguns perfis “fakes” que
andam rondando, ofendendo e intimidando quem critica o governo da “Villa”. Os
dados de IPs, nomes e outras cositas más podem chegar em setor que ainda
trabalha no governo Udo. Esperemos.
Colombo
x PMDB
– O governador que mais anuncia obras na mesma proporção que não as inicia, nem
finaliza, está mais uma vez colocando o PMDB do finado LHS no bolso. Na base
dos convênios, enreda (ou seria enteia) o prefeito Udo, que espera a grana, a
obra, e nada. Enquanto isso, Darci de Matos articula.
Darci
de Matos
– Meio como quem não quer nada, nos escaninhos do poder, o deputado estadual do
PSD vai tecendo sua campanha à Prefeitura. Motiva outros candidatos a se
lançarem, acena a lideranças comunitárias com possíveis espaços a partir de
2017 na Prefeitura, e não briga com ninguém. Resta saber se aguentará a pressão
na hora do pau comer na campanha.
Mariani
Governador?
– Após longos anos brigando nas internas do PMDB, o deputado federal parece que
finalmente conseguiu quebrar a pedra que o impedia de seguir em frente na sua
obstinada vontade de ser governador. Só que falta combinar mais coisas com
Eduardo Moreira, Dário Berger, Paulo Afonso e outros. Muita água passará por
baixo das pontes da Ilha. Inclusive uma água do oeste chamada Merísio.
Amin
de novo?
– O ex-governador, deputado federal pelo famoso PP, estourou as urnas em 2014 e
volta com força total rumo ao governo de SC. Articula candidaturas por todo o
estado, inclusive em Joinville que agora não tem mais a força de LHS, e terá
apoio velado, ou aberto, tanto de PSD, PSDB e outros que cansaram de arrumar a
casa para outros morarem. Ano que vem vai mostrar se o carecone vem prá valer.
Virá.
PMDB
tucanou
– Enquanto aumenta a ocupação de cargos poderosos na esplanada em Brasília, o
partido que está sempre no poder (tal qual foi o PFL/DEM) faz jogo de cena em
cada estado. Uns gritam que não aceitam negociação de cargos, outros que querem
a governabilidade. E assim passam por grandes estadistas. Na verdade, tem
sempre é muita sede de poder. Com o PT ou quem estiver no Palácio do Planalto.
Tomaram o lugar dos bicudos em cima do muro.
Colocaram
a cunha no Cunha
– Eduardo Cunha (PMDB), o incansável achacador do governo Dilma, do PMDB, do
Temer e de quem quer que esteja na sua frente na corrida por mais poder, pensou
que seria Presidente. Mas colocaram uma cunha – logo pode ser uma tornozeleira
eletrônica – com as contas na Suiça, denuncia por corrução no STF. Em breve
teremos novo presidente na Câmara dos Deputados.
Dilma
e o golpe
– Quem conhece um mínimo de política, acompanha o setor historicamente, sabe
que o que está em jogo não é se a Dilma roubou ou não. A oposição quer voltar
ao poder na marra, e com ajuda da grande mídia, não cansa de criar fatos com
seus “soldados” bem instalados em TCUs, STJs, STFs, TSEs, ao longo de muito
tempo no poder. O que se quer é dar um golpe branco. Quem viveu o período da
ditadura militar sabe que a volta de tempos parecidos que sejam, seria um
desastre para o país. Engana-se quem acha que os movimentos sociais ficarão em
casa. Podemos viver tempos difíceis.
Prefeito
por um dia
– Joinville tem coisas que a colocam como cenário da novela de Dias Gomes, o
Bem Amado. Agora, por ocasião das férias do prefeito Udo Döhler, a grande negociação
pelo bem da cidade e que deve impactar deveras o futuro dos cidadãos, é quem
vai ser prefeito por cinco, sete, dez ou 15 dias: Rodrigo Coelho ou Rodrigo
Fachini. Os Rodrigos estão decidindo como farão para sentar naquela cadeira...
e a caneta, será que fica na mesa? Joinville, Joinville... você merece mais.
Muito mais.
É assim, os fios da teia nas
teias do poder...