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quarta-feira, 25 de abril de 2012

O cenário não poderia ser outro: Carlito perde mais um aliado para as Eleições

POR CHARLES HENRIQUE

A gestão Carlito Merss teve mais uma perda no último fim de semana, ao saber do resultado das eleições internas do PDT. A vitória da chapa encabeçada por Rodrigo Bornholdt e James Schroeder sobre a chapa dos favoráveis à manutenção da aliança com PT, liderada pelo ex-Secretário Alsione Gomes de Oliveira Filho, mostra que possivelmente teremos mais uma frente nas Eleições de 2012. Está certo que a diretoria executiva do PDT ainda não está montada, mas tudo deve culminar no desembarque do governo Carlito Merss. Não queremos aqui focar se isso é bom ou ruim para as discussões até outubro, mas sim na falha da estratégia política do Prefeito, que por várias vezes deixou de lado os principais aliados. Vamos aqui elencar alguns que originaram o atual cenário, onde o PT se vê com poucos aliados formalizados:

  • Semanas depois de ser eleito, numa virada histórica, Carlito Merss renegou alguns nomes do PPS por serem ex-PFL. A postura culminou na perda da Presidência da Câmara de Vereadores, e o início de várias pressões advindas do Legislativo.
  • A montagem dos quadros comissionados de forma horizontal (com integrantes de diversos partidos na mesma secretaria) não é a mais eficiente (partidariamente falando). Encontraram-se na mesma secretaria adversários políticos. E o resultado esperado de uma união de forças quase não aconteceu.
  • A saída do PMDB da gestão, para um direcionamento rumo à candidatura própria abriu vários espaços dentro da gestão. Ao invés de privilegiar os partidos que estavam com poucos cargos, concentrou-se mais ainda o poder nas mãos do PT. Os outros partidos como PP, PDT e PR continuariam ocupando os mesmos espaços.
  • Carlito só conseguiu a paz quando se aliou a Odir Nunes, manobrando a vitória de uma chapa ornitorrinco. Deu palanque para o principal opositor.
  • Nunca houve, nestes três anos e meio de Carlito no Executivo, uma reunião de colegiado com os Presidentes dos partidos. Várias decisões importantes foram tomadas sem ao menos uma consulta. Está certo que o PT é quem manda, mas ninguém governa sozinho na atual conjuntura. Ou não?
Juntando todos estes fatores (e vários outros que não elencamos aqui), de quem é a culpa por estes partidos que "pularam fora da barca"? É claro que partidos são sanguessugas e aproveitadores. Vão para onde está o céu de brigadeiro. Mas quem chega ao nível máximo de poder numa cidade deveria saber usar as suas armas. Agora o PT chora, só com o PP de apoio significativo, e com vários ex-PFL com cargos comissionados. Vai entender!

PS: Meu texto desta semana saiu na quarta-feira devido a compromissos acadêmicos que me impossibilitaram de publicar nas terças-feiras, como de costume.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

No circo da Câmara, os palhaços estão na plateia!

POR GUILHERME GASSENFERTH

A Câmara de Vereadores de Joinville especializou-se em sair da sua especialidade.

No ano passado, vimos o bizarro espetáculo da mediação da greve dos servidores municipais – coisa que não tem nada a ver com as atribuições daquela Casa. Não sei se era um teatro de tragédia, comédia ou farsa. Soou como demagogia, mas deve ter sido apenas impressão minha.

No fim do ano, o presidente Odir Nunes – que depois de alguma pressão resolveu dividir a gostosa incumbência com outros vereadores – confundiu as atribuições do Legislativo com Executivo e passou a decidir o destino das sobras de recursos da Câmara. É de fazer Montesquieu arrepiar-se em sua tumba. Não é mais o Executivo que decide o que fazer com o dinheiro, é o Legislativo – como se as sobras não voltassem automaticamente para os cofres da Prefeitura. As entidades que receberam parte destes recursos têm o nobre edil em alta conta agora. Soou eleitoreiro, mas deve ter sido apenas impressão minha.

E volta a lenga-lenga com os polêmicos carros da Câmara. Quando assumiu, o presidente Odir resolveu moralizar o uso dos carros na Câmara. Os veículos antes só podiam pernoitar em órgãos públicos ou na própria Casa e serem usados de segunda a sexta – sem salvo-conduto para partidas de futebol. Com a posse de Odir, podem ser usados independentemente do dia, e podem agora pernoitar na casa do legislador, de seus assessores. Soou como confusão patrimonial, mas deve ter sido apenas impressão minha.

E aí, no ano passado, aumenta em 61,4% a quilometragem dos carros na Câmara. De 181,3 mil para 292,6 mil. Vamos escutar as razões que permitiram este pequeno aumento. Do diretor-geral da Câmara, Flávio Boldt, publicado em ANotícia deste 13/02/2012: “Eles [os vereadores] estão mais atuantes nos dois últimos anos. O aumento da quilometragem reflete o aumento do trabalho do Legislativo”. Oh, sim. Soou delirante, mas deve ter sido apenas impressão minha.

Odir, que disse ter implantado “um choque de gestão” na Câmara, deve ter se eletrocutado com o próprio choque e afetou sua capacidade de argumentação lógica. Veja o que ele diz, sobre o aumento da quilometragem e suas regras permissivas de uso dos carros: “Aumentou a quilometragem justamente porque o controle que fazemos é rígido”. Ah, bem. Soou incoerente, mas deve ter sido apenas impressão minha.

E a Câmara inicia o ano mais uma vez saindo de sua especialidade legislativa. Agora, o plenário da Câmara transformou-se também em palco de um hilário espetáculo de humor, de fazer inveja a qualquer bom circo. Mas os palhaços estão na plateia.