POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O assunto parecia esquecido. Mas o ex-prefeito
Carlito Merss, outra vez candidato à Prefeitura, abriu o baú das lembranças e
reintroduziu o tema do PA do Vila Nova na agenda política. Num dos seus
programas eleitorais, o petista diz que o terreno estava comprado e havia recursos
do Governo Federal para iniciar a construção dessa unidade de saúde. Mas tudo mudou.
Carlito Merss aponta o dedo ao prefeito Udo
Dohler, que interrompeu a execução do projeto e “devolveu o dinheiro” para o Ministério da Saúde. Em seu
entender, a obra é necessária porque, entre outras coisas, o PA do Vila Nova
permitiria diminuir a pressão sobre o hospital São José, que mostra sinais inequívocos
de insuficiência. Diz Carlito Merss:
“A
verdade é que a atual administração disse que esse PA não era necessário. Ela
simplesmente abriu mão e devolveu o dinheiro. Eles acharam que não era
necessário e devolveram o dinheiro para Brasília. Todo mundo sabe que o São
José vive superlotado. Não existe solução mágica, mas tem ações que vão diminuir
esse problema. A construção do PA lá no Vila Nova atenderia a região de
desafogaria um pouco o nosso São José”.
Pouco tempo depois, Udo Dohler divulgou uma
nota nas redes sociais a esclarecer a opção pela não construção do PA do Vila
Nova. Eis a explicação do atual prefeito:
“- O
Ministério da Saúde indica um PA a cada 200 mil habitantes;
- O
Ministério da Saúde hoje subsidia apenas o PA Leste no município;
- Hoje
Joinville possui três PAs, sendo que dois deles são custeados 100% pelo
município;
- A obra
orçada pelo governo Carlito havia previsto apenas os custos para a parte
inicial da obra, desconsiderando os custos da totalidade da obra e sua
manutenção;
- No
local está em fase de finalização um novo projeto do Posto de Saúde Vila Nova
II, que será o quinto da região”.
A nota faz um esclarecimento formal. No
entanto, não disfarça o fato de ser uma decisão economicista. É um terreno
movediço para Udo Dohler. Afinal, as pessoas não olham para a própria saúde
como quem está a olhar para números numa folha de Excel. No extremo, imaginem o
prefeito numa fila a explicar aos doentes: “olha, eu não fiz a obra do Vila
Nova porque os caras lá em Brasília dizem que um PA para cada 200 mil
habitantes é suficiente”. Será que colava?
A explicação não cola para Antonia Grigol,
secretária de Saúde na gestão de Carlitos Merss. Segundo ela, na época de
análise do projeto a estimativa da população em Joinville para 2016 era de mais
de 560 mil habitantes (o que se confirmou). E o dinheiro? “A primeira parcela
foi depositada em 2012 com a finalidade de ajustes do terreno e projetos. À medida que o projeto fosse sendo concluído o MS ia liberando o dinheiro”, diz
Antonia Grigol.
A decisão de Udo Dohler pode até ser entendida
do ponto de vista da gestão de caixa da Prefeitura. Mas há custos políticos a
contabilizar: nenhum prefeito é eleito para não fazer. Os eleitores têm
dificuldade em conviver com expressões como “parar as obras” ou “devolver
dinheiro”. A propósito, são notórios os comentários nas redes sociais sobre a
imagem de “mãos limpas” usada na campanha. Muita gente diz que Udo Dohler é o
prefeito que “não rouba, mas não faz”.
O que o eleitor espera de um eleito? Ora, a
função de um prefeito é fazer acontecer. E correr atrás de recursos. Tentar,
tentar, tentar. É uma fragilidade evidenciada no comunicado de Udo Dohler,
porque passa a ideia de que desistiu mesmo antes de tentar fazer. Os eleitores olham
os desistentes com desconfiança. E não podemos esquecer o timing. Falar na “finalização
um novo projeto do posto de saúde” em tempos de eleições pode soar a banha da
cobra.
Eis a questão política. O que o eleitor acha melhor: mãos limpas ou mãos à obra?
É a dança da chuva.
Melhor nem comentar. O texto é auto explicativo.
ResponderExcluirAguardemos a tecnologia da astrofísica de Carlito Merss para congelamento no tempo/espaço. Em tempo, entre a prefeitura de Jlle e o Nobel de física, eu ficaria com o segundo.
ResponderExcluirAs coisas devem andar estranhas aí presses lados, nenão? Chegou alguma pesquisa?
ExcluirAh agora entendi: é melhor o que rouba mas faz ou o que finge não ver quem rouba e faz pouco ou ainda o que não sabe roubar nem fazer. Os valores estão invertidos mesmo! Por isso que políticos como o Maluf se criaram no Brasil: ele rouba, mas faz. Eta povinho!
ResponderExcluirEu é que não entendi. Porra, tem comissionado escrevendo mal pracaralho.
ExcluirAcho que os 2 são honestos, com perfis diferentes. Um é político profissional com mais experiência no legislativo. O outro, é um administrador. Como o cargo de prefeito é de caráter executivo, creio que o administrador seja o mais adequado.
ResponderExcluirNesta eleição temos de procurar uma alternativa entre o "rouba, mas faz" e o "não rouba, mas também não faz". Eu já encontrei a minha opção. É sério, honesto, jovem e com coragem pra fazer diferente.
ResponderExcluirLindenberg Farias também é jovem, porém...
ExcluirO Collor, quando eleito presidente, era jovem! Porém...
ResponderExcluirCaráter e competência, tem idade?
ResponderExcluirO que fazer se os eleitores do vila nova ainda votam no udo.
ResponderExcluirExcelente pergunta, existe um cabo eleitoral no bairro, basta acompanhar Blogs e jornal que vai descobrir quem ele é, existe interesses particulares, Cia das águas sobrevive se fonte não secar, fluxo de veiculo aumentou e possivelmente pede duplicação, tem vários deputados de olho nisso inclusive aquele que foi nomeado pra ser secretário, politica hoje esta contaminada em todos os níveis!!!
Excluirvota nada ... por onde se anda no vila nova , tem gente reclamando do prefeito udo ... que se mostrou um perfeito incompetente !
ExcluirMais uma vez os livros de História fazem falta. Independente do que fez ou não fez (para mim fez muito mais), Carlito pertence a um partido recente, que teve a primeira gestão em 165 anos de Joinville, e que deu prioridade à obra mais invisível, impopular e cara de qualquer administração: enterrar tubos e atrapalhar o transito. Sinceramente pergunto o que foi feito nestes últimos 4 anos? E de pessoas que já tinham passado por várias gestões, que tinham apoio do governo do Estado e o Federal. Queremos mais.
ResponderExcluirEsse Anônimo tá que nem a Janaina? recebendo pra impixar? KKKKK
ResponderExcluirJa ta pedindo o impixa do blog capouco kkkkkk ME mijo com pessoas desocupadas. Anônimo, pega numa enxada e vai carpi um lote. Leia o conteúdo e absorva o que lhe interessa, o que não lhe interessa abstraia, é tão difícil assim? Amigo, procura um psicólogo pra esse teu problema de falta de atenção, PARA QUE TÁ FEIO.
Eu que sou um crítico do Udo, acho que nessa ele acertou. O PA do villa nova era uma obra demagógica que não ia resolver em nada o problema do Hmsj,e essa Antônia Grigol não sabe de nada perdeu a oportunidade de ficar quieta pois o que Concerteza ia melhorar a situaçao do zequinha seria melhorar o transporte público e o transito que é um hospital vocacionado ao trauma.
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