POR FILIPE FERRARI
Nessa semana, o professor Renato Janine Ribeiro publicou em
sua página no Facebook uma provocação interessante: para que um
vice-presidente? É uma figura que está lá para dar golpe, ou para gastar
dinheiro. Tem que viajar, tem que ter equipe, casa, gabinete... A solução para
o Janine Ribeiro é simples, se o/a presidente/a estiver incapacitado (morte,
doença, renúncia, impeachment) para o cargo, nos dois primeiros anos se
chamariam novas eleições, ou se na segunda metade do mandato, eleições
indiretas. Uma ideia simples e prática, que valeria uma boa discussão.
Entretanto, essa fala me levou a pensar sobre os vice-presidentes
da história brasileira. Já Floriano Peixoto, nosso segundo presidente, foi vice
empurrado goela abaixo do Marechal Deodoro. Pela Constituição de 1891, presidente
e vice eram escolhidos em eleições distintas, não em chapas únicas. No período
de Floriano como chefe executivo, ocorreram a Segunda Revolta da Armada e a
Revolução Federalista, duramente reprimidas pelo mesmo.
Pela Constituição de 1945, o vice também continuava sendo
eleito de maneira desvinculada, e nesse período temos o grande vice João
Goulart, herdeiro político de Vargas, que foi o protagonista da Campanha da
Legalidade, levantada pelo Brizola, e que por conta da covardia de um congresso
sórdido com medo das reformas propostas, foi enfraquecido e foi derrubado pelo
Golpe de 1964.
Na reabertura democrática, temos o Sarney, vice do Tancredo,
e Itamar Franco, vice do você-sabe-quem. Como podemos perceber, o vice-presidente é uma figura que não
pode ser menosprezada na história política do Brasil. Como pensar em Lula sem
José Alencar para sossegar o empresariado?
Nas eleições municipais, dois candidatos souberam escolher
muito bem seus vices. Ou melhor, suas vices. Quando a preocupação se mostrou a
segurança, Udo e Xuxo não hesitaram em chamar militares para compor chapa.
Tebaldi, raposa velha que é, compôs com a delegada Marilisa Boehm, nome forte
ligado à segurança, sem ter o ranço do militarismo. Além disso, Marilisa é
muito bem articulada, tem presença e, o mais importante, é uma figura feminina.
O mesmo se pode dizer do PSOL e do Ivan Rocha. Não há
dúvidas que a advogada Cynthia Pinto da Luz eclipsa o candidato, e que é um
grande polo de votos. Nesses casos, as vices se mostram como ponto estratégico
fundamental para as campanhas, e certamente vem para somar com os candidatos.
Dá pra ver que nem todo vice é dor de cabeça.
“É, para que democracia? Dane-se a constituição afinal, nós, esquerdistas, podemos mudá-la ao bel prazer em nome de um ‘ideal’. Que tal um presidente sem vice? Uma autocrata nos moldes de Stalin, Hitler ou Mussolini. Vejam só, sequer Hitler tinha um vice, ele mesmo era o vice-chanceler! Vamos adotar um Estado Fascista, esquerdistas, porque de Estados Fascistas nós entendemos muito bem. Primeiro acabamos com a instituição do vice, depois com congresso, mas antes temos de controlar o judiciário.
ResponderExcluirQue tal? É de se pensar sobre isso, porque os nossos ‘professores’ de história, como aqueles que hostilizaram Cristóvão Buarque, estão aos montes a fazer proselitismo político em salas de aula. Basta ignorar os fatos históricos, mantermos o discurso do ódio entre classes e esperar que outro Lula surja com a narrativa de esperança para as massas. Et, voilà, teremos um Estado para chamar de nosso”.
Cara, primeiramente Fora Temer. Citando o Cristóvão Buarque, antigo nome forte do PDT, cria da esquerda brasileira. Semana passada ele estava defendendo a salvação do Cunha e votando contra a Dilma, mostrando que lados e ideologias são muito relativos e economicamente voláteis.
ExcluirE você defendendo o Buarque... Ou seja, defender o lado que você ignorante anônimo acredita, usando brechas na lei ou desrespeitando a lei pode, mas quando alguém que pensa diferente sugere um pensamento diferente, você diz que se quer aplicar a anarquia, a revolta e a doutrinação... sinto pena de você, conservador babaca, o seu pensamento está em caminho da extinção.
Nossa Antônio Carlos, você realmente não entendeu nada, e teve que forçar a amizade. Em que momento eu falei em acabar com o Congresso? Você entende que os poderes Executivo e o Legislativo são duas coisas BEM diferentes né? E que a figura do vice em nada tem a ver com os senadores e deputados, certo?
ResponderExcluirSe você tivesse prestado mais atenção nos seus professores de História, não estava aí falando bobagem.
CONS-TI-TU-I-ÇÃO
ExcluirE alguém aqui propôs desrespeitar a Constituição? Isso é um conjunto de leis, não a Bíblia. A carta magna pode ser reformada, debatida, e se for julgado necessário, alterada. Vai devagar no dogmatismo republicano aí, fera.
ExcluirFaltou prestar atenção nos professores de gramática e literatura, porque a capacidade interpretativa tá nula.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirGrande coisa essa CONSTITUIÇÃO que nos trouxe até aqui até agora!!!!
ResponderExcluir