POR JORDI CASTAN
A teimosa insistência em aprovar esse engendro denominado LOT - e fazê-lo a qualquer custo e passando sobre tudo - está servindo para que cada dia um número maior de joinvilenses comecem a se fazer perguntas que não teriam sido formuladas se a LOT tivesse sido votada e aprovada quando o circo estava montado para isso.
A LOT não foi votada ainda porque sua tramitação não seguiu o processo legal correto. Apesar da insistência do poder público (e, sob este aspecto, não há diferença entre este governo e o anterior), em aprovar a LOT sem realizar as obrigatórias audiências públicas em cada bairro, é importante permitir que a sociedade conheça com detalhe o impacto que a LOT terá sobre a vida e o futuro de cada um de nós.
O discurso monocórdico e monotemático do prefeito já ficou cansativo. Se a Mercedes Benz decide preterir Joinville, por uma segunda vez em pouco mais de uma década, não tem nada a ver com a incompetência do poder publico em promover um debate democrático que permita aprovar a LOT. Há muitos outros motivos que pesam na escolha ou não de nossa cidade por parte dos investidores.
Tampouco se sustenta o discurso de que Joinville está parada pela não aprovação da LOT. Nos últimos três anos o volume de metros quadrados de área construída autorizados pela Seinfra tem se mantido estável, em vigorosos milhão de metros quadrados ao ano. Mas o poder público continua alheio à realidade e continua tentando vender a ideia que a não aprovação da LOT é a causa de todos os problemas que Joinville já tem hoje e pelos que ainda tem por vir.
É importante que se saiba que um grupo de associações de moradores já realizou três consultas públicas para debater a LOT. Em comum nas consultas realizadas e que contaram com a participação de quase 500 joinvilenses, as manifestações contrárias, há que destacar que por unanimidade, a implantação das Faixas Viárias, no modelo proposto pelo IPPUJ, hoje estão sendo solicitadas novas consultas públicas por outras associações de moradores, numa prova clara que o joinvilense quer saber mais sobre a LOT e sobre seus impactos e não acredita piamente na versão oficial que propõe um modelo de desenvolvimento anacrónico e predador.
Que a sociedade tome conhecimento e se mobilize para debater a LOT e o seu impacto e que expresse as suas dúvidas pertinentes sobre a versão oficial elaborada pelo IPPUJ é bom e mostra uma maior mobilização da sociedade.
O debate sobre a LOT deve ser ainda mais aprofundado, permitindo que, com uma linguagem clara, todos os cidadãos tenham acesso as informações precisas sobre o que mudará na sua rua e no seu bairro e como estas mudanças afetarão o seu futuro e o dos seus filhos. Sem se deixar levar por cantos de sereias, pelo discurso fácil da geração de emprego e do desenvolvimento da mítica Joinville do milhão de habitantes.
Falando nisso, a construção daquele prédio que estava com a obra embargada ali na Otto Boehm, foi liberada? Aquele logo depois da Fundema, no morro. Passei por ali dias atrás e vi que foi feita limpeza no terreno e mais algumas coisas. Até onde eu sei, do lado direito da Otto não pode ter prédios...
ResponderExcluirTem uma coisa que acontece nessa cidade e de certa forma no Brasil, que o seguinte:
ResponderExcluirProibido até que atinge um Lorde, então rapidamente se prepara uma emenda, um rasgo, uma tira, um remendo, enfim, uma coisa qualquer que possa legalizar o troço e pronto, passa a ser legal e fim.
parabens Jordi , pelos seus textos sobre a LOT, realmente você é uma pessoa fundamental e de suma importância a Joinville.
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