POR JORDI CASTAN
Europa esté em crise. Alguns países têm sido mais afetados que outros, mas o caso de Grécia é um dos mais significativos. O país declarou falência e exprts europeus se dedicaram a estudar como a Grécia chegou a essa situação econômica.
A primeira constatação foi a que para entrar no euro os gregos falsearam a contabilidade e depois da adoção do euro continuaram praticando a criatividade contábil, convertendo balanços em peças de ficção fiscal.
Houve aposentadorias em massa de gente com 50 anos, e com salário integral. Havia mas motoristas que carros oficiais, em alguns departamentos a proporção era de 1:50. Num hospital público havia mais de 40 jardineiros para cuidar de meia dúzia de vasos com quatro arbustos.
Grécia tinha os maiores indicadores de longevidade de Europa, a população com mais de 110 anos de idade era das maiores do mundo, porque para seguir recebendo as aposentadorias não se declaravam os falecimentos.
Há casos em que famílias recebiam 4 ou 5 aposentadorias a que não tinham direito, em casos extremos, se seguiam pagando as pensões de falecidos em 1953. Mais de 40.000 mulheres recebiam aposentadorias vitalícias de 1.000 euros mensais, por serem filhas solteiras de funcionários públicos falecidos. O total destas aposentadorias representava mais de 550 milhões de euros ao ano para os cofres do estado. Agora o pagamento destas pensões é feito só as filhas solteiras até os 18 anos. Os hospitais gregos chegaram a pagar mais de 400 vezes mais por um marcapassos que o preço pago pelo serviço de saúde britânico.
Na Grécia são numerosos os trabalhadores que tem se beneficiado de aposentadorias antecipadas, aos 50 anos para as mulheres e 55 para os homens, graças a um lei aprovada pelo governo socialista em 1978. A lei beneficia aos profissionais de mais de 600 categorias, que de acordo com a legislação grega são consideradas perigosas ou extenuantes e que incluem de cabeleireiros, por conta dos produtos químicos utilizados para pintar o cabelo, os músicos de instrumentos de vento ou radialistas e apresentadores de televisão.
A quantidade de departamentos públicos, sinecuras e comissões no governo grego são tantas que é praticamente impossível saber com certeza quantos funcionários existiam. O estudo feito pelos técnicos da União europeia mostrou por exemplo que o Instituto para a Proteção do Lago Kopais, que secou em 1930, empregava 1736 gregos.
O setor publico tem um peso desproporcional na economia grega, há quase um milhão de funcionários públicos para uma população de pouco mais de quatro milhões de população economicamente ativa.
Grécia tem quatro vezes mais professores que Finlândia, o país que melhor nota obteve no último informe PISA, mas essa superpopulação de docentes só tem servido para que o país tenha um dos piores níveis em educação de toda Europa.
É possível tirar conclusões a partir do caso grego? Há pontos de comparação com o Brasil?
O problema no Brasil não é tão grave assim, nada que uma boa Olimpíada não possa dar um jeito.
ResponderExcluirHá muita singularidade, mas duvido que a Grécia tenha mais políticos corruptos e caras-de-pau do que o Brasil.
ResponderExcluirEm tempo a Venezuela já virou uma Cuba, a Argentina uma Venezuela e o Brasil vai virar uma Grécia.
A Grécia está falida, mas com linhas férreas que transportam passageiros, portos modernos e competitivos, ferrys e aeroportos modernos, ótimo sistema de transporte público idem para as rodovias, enfim, infraestrutura - o Brasil, em 2018, nem isso vai ter.
ResponderExcluirO Problema é que lá eles não se entendem; pois só vivem falando Grego. By Ácido
ResponderExcluirAcho que todo o cuidado é pouco quando tratamos de finanças públicas e do inchaço do Estado. Alguns exemplos colocados, como o tal Instituto que protege o lago seco para mim são difíceis de aceitar, e beiram o imaginário neoliberal.
ResponderExcluirO que não se deve criar, e aí é que o post fica devendo, é a sensação de que tudo que é público é ineficiente, e portanto deveria ser privatizado ou fechado.
Assistimos a semana passada o leilão do campo de Libra, em que defensores históricos do Estado mínimo e das privatizações alardeavam discursos nacionalistas do tipo o petróleo é nosso e abaixo as multinacionais, demonstrando claramente que a batalha oposicionista ao PT e esquerdas de um modo geral passa por barreiras ideológicas nunca antes sonhadas e imaginadas.
A questão da Grécia, mesmo com a crítica merecida ao tamanho do rombo público, não deve ser dissociada da geopolítica européia do pós-guerra, em que países menos desenvolvidos tiveram que arcar com o ônus da reconstrução de superpotências. Isto ficou mais acirrado com a implantação do euro.
Mas a mensagem final soa como um alerta válido para a nossa situação também. Não é por acaso que a Prefeitura de Joinville é a maior empregadora do município, que o limite prudencial fiscal está sempre no teto, e esta prestes a abrir novos concursos. Tudo isto com serviços cada vez mais ausentes e de menor qualidade.
A sensação é a de que estamos indo na mesma direção...
ExcluirJordi, já estamos praticamente na metade do caminho. Ainda há tempo de dar meia volta... e voltar, para que tudo não vá pro buraco.
ExcluirA Grécia é aqui?
ResponderExcluirDepende de onde você está escrevendo o post, Jordi!
kkkkkkk
O escrevi sobrevoando o peloponeso...
ExcluirSacanagem vc falar do meu país !!!
ResponderExcluirdu grego
ELLAS
ExcluirRá! O Brasil do Dilma já tem 40 ministérios, e deve chegar a 100 até o final de seu mandato.
ResponderExcluirChupa, Grécia!
;)
Ahhh essas tetas grandes e suculentas... maiores que as da senhora do nordeste. A turma do governo vive igual sodoma e gomorra... que morram todos, demonhossss!
ExcluirCuidado! Os assessores de Dilma, presidAnta da República Bolivariana do Brasil, podem interceptar essa sua comparação copiosa e solicitar sua extradição ou, no mínimo, te xingar muito no Twitter.
ResponderExcluirPois é ....... pimenta no phartenon dos outros é refresco.
ResponderExcluirMoro na tal de Manchester de não sei o que .......... mas não defendo minha cidade;
Na hora de feriado e sempre que da tempo, saio da cidade.
Prestigio o turismo nas cidades da região, mas não conheço nada daqui;
Reclamo do transito ................. mas só saio de carro;
Reclamo do transporte público .............. não uso onibus que é coisa de pobre;
Não vou a reunião de condomínio nem de associação de moradores;
Não sei onde fica a Câmara de vereadores nem lembro em quem votei;
Reclamo do governo mas não cobro atitude;
Não ligo pro SUS porque tenho plano de saude;
Não ligo pra segurança porque tenho muro, cerca e vigilancia;
Não ligo pra escola pública porque meus filhos estudam nas particulares;
Jogo lixo na rua e escondo resíduos no ressiclavel;
Superfaturo tudo o que cobro do governo;
Faço minha obrigação .... quando não dá para enrolar;
Se eles fingem que me pagam .... eu finjo que trabalho;
Consegui uma bocada num cargo público;
Não cobro nota fiscal e subfaturo meu IPTU;
Infelizmente o EU ainda vem muito na frente do NÓS e do NOSSO ...... sem contar com o desprezo que temos pelo DELE.
Não se cura câncer com aspirina. A mudança tem que ser radical. O conceito de interdependencia social tem que ser difundido e exercitado. A participação na gestão do coletivo (público) deve ser estimulada ativa e passivamente. Na natureza, o parasita não mata o hospedeiro (sob o risco de padecer) mas na sociedade civilizada humana isso é uma realidade.
Pois é ....... pimenta no phartenon dos outros é refresco.
ResponderExcluirMoro na tal de Manchester de não sei o que .......... mas não defendo minha cidade;
Na hora de feriado e sempre que da tempo, saio da cidade.
Prestigio o turismo nas cidades da região, mas não conheço nada daqui;
Reclamo do transito ................. mas só saio de carro;
Reclamo do transporte público .............. não uso onibus que é coisa de pobre;
Não vou a reunião de condomínio nem de associação de moradores;
Não sei onde fica a Câmara de vereadores nem lembro em quem votei;
Reclamo do governo mas não cobro atitude;
Não ligo pro SUS porque tenho plano de saude;
Não ligo pra segurança porque tenho muro, cerca e vigilancia;
Não ligo pra escola pública porque meus filhos estudam nas particulares;
Jogo lixo na rua e escondo resíduos no ressiclavel;
Superfaturo tudo o que cobro do governo;
Faço minha obrigação .... quando não dá para enrolar;
Se eles fingem que me pagam .... eu finjo que trabalho;
Consegui uma bocada num cargo público;
Não cobro nota fiscal e subfaturo meu IPTU;
Infelizmente o EU ainda vem muito na frente do NÓS e do NOSSO ...... sem contar com o desprezo que temos pelo DELE.
Não se cura câncer com aspirina. A mudança tem que ser radical. O conceito de interdependencia social tem que ser difundido e exercitado. A participação na gestão do coletivo (público) deve ser estimulada ativa e passivamente. Na natureza, o parasita não mata o hospedeiro (sob o risco de padecer) mas na sociedade civilizada humana isso é uma realidade.
Vai entender!!!!