POR GUILHERME GASSENFERTH
Este é meu último texto como colaborador regular do blog.
Desde que o Chuva Ácida foi lançado, em 23 de setembro de 2011, eu fiquei encantado pelo projeto. Era um de seus mais assíduos leitores e comentaristas. No fim de outubro, veio um convite para que eu escrevesse um texto para o "brainstorming", nossa seção para convidados. Escrevi um texto sobre homofobia, e o Jordi, à época, disse: "você encarnou o espírito do blog no seu texto". Fiquei lisonjeado!
Um mês e alguns dias depois, veio o convite para tornar-me colaborador regular. A missão era escrever todas as sextas-feiras. Meu primeiro texto foi sobre metas para Joinville, em 2012, na visão da própria cidade.
Naturalmente, o tema principal dos textos era política em Joinville, um dos assuntos que me são mais gratos. Escrevi textos irônicos, como o que mostrava um vídeo da banda Dedos de David, com a música "A Jumenta Vai Falar", do Kennedy Nunes. Arrependi-me por ter atacado um aspecto pessoal do candidato, de foro íntimo.
Um dos meus mais lidos textos foi um que evidenciava um descompasso nos gastos com combustível do deputado federal Marco Tebaldi. Naquele texto, também decepcionei-me por ter envolvido uma empresa sem ter provas contra a mesma. Esta decepção e o arrependimento pelo texto da Jumenta são meus principais lamentos neste tempo à frente do blog.
Meu texto de maior sucesso de leitura foi o que prenunciava a vitória de Udo Döhler, quando ninguém acreditava. Além dos acessos diretos no blog, várias pessoas próximas me informaram que teriam recebido o texto referido por e-mail. Mostramos porque Udo poderia ganhar a eleição no domingo seguinte.
E para mim o melhor texto foi um que escrevi com indignação extrema, o que presumivelmente fez com que eu arranjasse as mais adequadas palavras para a redação. Quando do comentário do infeliz do Beto Gebaili no Jornal da Cidade, sobre a questão do beijo gay do PSOL, escrevi o que julgo ser meu melhor texto até hoje.
Participar do Chuva Ácida foi uma grande honra, responsabilidade forte e uma escola - de várias virtudes. Ter conhecido e convivido com seus autores foi um belo presente de retribuição às várias madrugadas de quinta para sexta sem dormir satisfatoriamente. Aliás, como esta: são 02h16 da manhã desta sexta. Espero poder continuar contribuindo com o blog divulgando os textos que eu gostar, além de enviar textos para o "brainstorming" quando tiver algo interessante para escrever.
A todos os colegas de blog, leitores e comentaristas, meu muito obrigado e sincero desejo de boas festas :-)
Como leitor assíduo do Chuva, só posso lamentar a sua saída, meu caro Guilherme. Seu texto era importante coluna de sustentação do blog, que ficará mais pobre daqui para a frente.
ResponderExcluirSentiremos saudades da crítica sempre justa e embasada, do texto leve e equilibrado que nunca descambou para o radicalismo, mesmo quando o assunto era mais "quente", e do estilo elegante que fará muita falta.
Na verdade, o Guilherme nunca criticava de forma direta e radical. Sua contundência era percebida ao propor soluções simples e inteligentes aos problemas, deixando espaço para as pessoas enxergarem a cidade com outros olhos, mostrando claramente a todos onde o rei estava nú. A crítica tornava-se assim, mera decorrencia.
Um exemplo a ser seguido.
Desejo-lhe muito sucesso e felicidades.
Nelson, obrigado pelas suas palavras. São realmente importantes para mim. Gostaria que me enviasse um e-mail, no guigassen@gmail.com, para eu conversar com você. Um abraço.
ExcluirUma pena: com sua saída, perdemos a oportunidade de lermos, semanalmente, textos inteligentes na forma e no conteúdo.
ResponderExcluirSorte na nova empreitada e espero que sua atuação no novo governo (o que exatamente você fará?) compense sua ausência regular por aqui.
Quanto às suas colaborações, concordo com você: seu melhor texto foi a resposta aos "jornalistas" João Francisco e Beto Gebaile. Mas seu texto mais delicioso continua sendo o do roteiro grastronômico joinvilense.
Abraços.