sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Aumento pode? (lá no P.S.)
POR FELIPE SILVEIRA
Ontem acompanhei o show de horror, digo, a última sessão da Câmara de Vereadores. Pra não dizer que só falei mal, um elogio: foi hilário. Ok, isso não é novidade, todo mundo diz. Mas quero destacar um ponto, quando o Bisoni disse que o Bento gosta de aparecer.
Lá pelas tantas, na discussão sobre a criação do Fundo de Proteção Civil, o vereador disse que a Prefeitura deveria indenizar as famílias construíram terrenos em loteamentos permitidos pela Prefeitura. Aí o Bento, líder do governo, ficou puto e pediu a palavra. A revolta se devia ao fato de o Bisoni fazer parte da gestões PMDB-PSDB, que, segundo ele, teriam aprovados inúmeros lotes em condição de alagamento. Assim, o Bisoni não teria moral para sugerir algo desse tipo (e eu, particularmente, acho que não tem o menor cabimento mesmo).
Na volta da fala do Bisoni, ele solta essa: "O Bento gosta de aparecer, mas só quando tem gente. Vem até de vermelho pra aparecer". Depois disso só dava pra ouvir o Bento reclamando, mesmo com o microfone fechado, da fala do Bisoni. Sob protestos Bisoni justificava. “É brincadeira, é brincadeira. Mas é verdade”.
Enfim, vocês tinham que ter visto. É uma pérola atrás da outra.
No entanto, o que eu quero dizer com isso, é que o que deixa a desejar na Câmara é a falta de qualidade dos nossos vereadores. É um absurdo, gente, que certas figuras sejam eleitas. O Bisoni, coitado, já deu o que tinha que dar. Ele é uma figura carismática, engraçada, mas isso não pode garantir uma eleição, muito menos as quatro que ele tem.
A Câmara é um lugar para o debate de ideias que resultem em ações para melhorar a vida do cidadão e a cidade. Hoje ela é um festival de remendos, no qual cada um puxa uma sardinha para o seu lado. É difícil encontrar um argumento que preste sobre qualquer discussão que se tenha nessa casa.
No entanto, essa discussão é fundamental para a democracia e ela vai acontecer. Ela só acontece nesse nível por causa das nossas escolhas tortas, por causa do nosso descrédito no sistema democrático (se fosse for anarquista, posição que respeito e admiro, o descrédito tem razão de ser).
Esse descrédito que só aumenta com a ideia “de que político é tudo vagabundo mesmo”, com a ideia de que ter menos vereador é melhor do que mais, com a ideia que política não vale a pena, e, principalmente, que as discussões não devem “partir para o campo ideológico”.
Enfim, fica o meu apelo para que elevemos a qualidade da Câmara da próxima eleição, para votarmos em gente inteligente, que debate, que tem idéias, que tem ideologia, que quer o melhor não só para a cidade, mas para as pessoas.
P.S.: Ontem, aos 45 minutos do segundo tempo, na última sessão ordinária do ano, os vereadores aumentaram o próprio salário. Quer dizer que não pode aumentar o gasto com mais vereadores, mas aumento de salário pode?
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Quer protestar? Tire a roupa...
POR ET BARTHES
Sempre que há um protesto do movimento feminista ucraniano Femen, uma coisa é certa: vamos ter seios à mostra. Há alguns dias as moças foram até Moscou para protestar contra os resultados das eleições na Rússia, que elegeram Putin e levantaram muitas questões da oposição. E como lá por aquelas bandas está um frio danado, os barbados da polícia trataram logo de cobrir as moças... que espernearam.
Arborização urbana ou comédia de erros?
No caso de Joinville, em algumas ruas a fiação elétrica, que é aérea, está em um ou outro lado e é preciso prestar atenção. Os técnicos municipais determinaram que, no lado que não tem fiação elétrica, se plantem árvores maiores e no lado com fiação elétrica se opte por árvores menores. Parece simples.
A prefeitura escolheu uma lista de árvores adequadas para arborização urbana e se estabeleceu que devem ser nativas. Definido, árvores de porte maior de um lado e as de porte menor do outro, aonde tem fiação elétrica, que é facilmente visível, até porque há postes de concreto que ajudam a identificar qual é cada lado.
Então vamos lá. Na avenida Marques de Olinda a prefeitura optou por plantar Canelinha e Magnólia Amarela, árvores de porte, de um lado, e Murta, que é um arbusto de pequeno porte, no outro.
Aparentemente tudo resolvido? Não. Tanto a Magnolia Amarela (Michelia campacha) como a Murta (Murraya paniculata) são plantas exóticas. Originárias da Ásia, vizinhas das figueiras da Beira-Rio, pelo que não é difícil imaginar que no futuro próximo grupos de puristas proponham também o seu corte e a sua troca por outras árvores nativas. É este o problema mais grave? Claro que não. Os vizinhos estão esperando que a Celesc venha trocar os postes e a fiação de lado, porque as árvores de porte maior foram plantadas em baixo da fiação e as menores no outro lado da rua. Como os técnicos da prefeitura não cometem erros, ou tem dificuldade em reconhecê-los quando esta eventualidade acontece, devem ser os da Celesc os que erraram ao colocar a fiação do lado errado faz uns quinze anos.
Faz muito bem a prefeitura em se sentir injustamente criticada, porque nesta administração não se fazem as coisas como eram feitas no passado. Agora são bem feitas. A população que é excessivamente critica e exige uma perfeição inatingível
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Não pagou bilhete?
POR ET BARTHES
Numa viagem de trem na Escócia, um dos passageiros optou por viajar sem pagar. Ao ser identificado, alega que já pagou e mostra um bilhete correspondente a outro trecho percorrido. A resposta é rápida e dura “off” (fora!). Inicia-se uma discussão e o fiscal se mantém firme na posição: “fora do trem!”.
Um dos passageiros, revoltado com o fato de que alguém viaje sem pagar, quando ele e todos os demais pagaram pela viagem, se levanta e “convence” o passageiro a descer, para que o trem possa seguir a sua viagem.
O que chama a atenção é o que acontece quando o passageiro que tomou a iniciativa de ajudar a resolver a situação volta ao seu lugar.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Mata os pais por causa do dízimo
POR ET BARTHES
O que certas igrejas fazem é dos diabos. A moça aí no filme é Lineusa Rodrigues da Silva, de 24 anos, de Timon, no Maranhão. Como os leitores poderão ver, é uma pessoa tão crente nos poderes da sua igreja que acabou perturbada. Tanto que matou os pais adotivos porque eles não queriam dar o dinheiro para pagar o dízimo. E ainda amputou a mão dos dois com um serrote. Depois de presa, disse: “Eu fiz por Deus”. Tão absurdo que até parece coisa inventada.
Um tamanduá perdido
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Estupro sem direito a aborto
POR ET BARTHES
Tema interessante abordado no programa de televisão The Young Turks. Segundo Cenk Uygur e Ana Kasparian, os apresentadores, o senado norte-americano aprovou uma alteração legislativa que cria a seguinte situação: as mulheres militares que tenham sido violadas e engravidem não podem fazer aborto às expensas do governo. Nos Estados Unidos como no Brasil, os conservadores estão a prestar um desserviço à civilização. O filme está legendado em inglês (infelizmente não há legendas em português), mas os comentários merecem atenção.
No melhor pano cai a nódoa?
domingo, 11 de dezembro de 2011
Chuva de cães e gatos?
sábado, 10 de dezembro de 2011
Hora de municipalizar o Estacionamento Rotativo
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Lei de Ordenamento Territorial
Europa no aperto... e sem aperto de mão
POR ET BARTHES
As coisas não estão muito pacíficas pelos lados de Bruxelas. David Cameron, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, jogou água no chope de Angela Merkel e Nicolas Sarkozy, que levaram um plano de estabilização para a União Europeia. A ideia é impor limites de endividamente e normas para o cumprimento dos orçamentos de Estado. Só que Cameron fez o que os britânicos sempre fazem: foi contra. Parece que a coisa foi indigesta para Sarkozy, que, segundo podemos ver nas imagens, se recusou a dar um aperto de mão ao líder britânico.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Cargos e salários
- 1. Prefeito municipal Carlito Merss – R$ 19.400,00 (**)2. Presidente da Companhia Águas de Joinville – R$ 16.708,88 (***)3. Diretor da Companhia Águas de Joinville –R$ 12.564,48 (***)4. Vice-prefeito municipal – R$ 9.700,00 (**)5. Assessor de Comunicação da Companhia Águas de Joinville – R$ 7.831,52 (***)
6. Secretario municipal – R$ 6.550,00 (*)7. Diretor - R$4.112,00 (*)8. Gerente - R$3.529,00 (*)9. Coordenador I - R$ 3.201,00 (*)10. Coordenador II - R$ 2.246,00 (*)
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
E você? É um bom consumidor?
Zicas e zarcões
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Existe uma lógica, sim!
Qualquer pessoa sabe planejar a sua vida, a sua casa, o seu trabalho, o seu deslocamento diário, e outras várias responsabilidades do cotidiano. O problema é o planejamento ser executado de forma errada. Com as nossas cidades, mais especificamente Joinville, o problema é o mesmo: existe planejamento, mas historicamente as pessoas responsáveis o executaram com interesses, debruçados em ideologias e especulações.
Existe na cidade o discurso de que o espaço urbano foi ocupado de maneira desordenada por causa da industrialização acelerada, combinada com o êxodo rural e a migração. Para isso invadiram-se mangues, morros, e houve um grande espraiamento urbano, tornando assim ineficiente o provimento por parte do poder público da infra-estrutura urbana e social. Esta ideologia inclusive foi absorvida por urbanistas, historiadores, geógrafos e demais estudiosos da área, que difundiram para toda a sociedade.
O grande erro que cometemos nisto tudo, é que não conseguimos perceber os porquês da (re)produção da cidade. A ocupação urbana foi – e sempre será – um reflexo de toda uma dinâmica socioespacial, onde interesses sempre estarão em jogo pela melhor localização, ou seja, pelo melhor “ponto” para se habitar, negociar ou, apenas, especular. Assim, quem consegue controlar as intervenções públicas, vai ditar as regras, pois ocupará a cidade de uma maneira tal, que propicie a realização de todas as suas necessidades no menor espaço de tempo, devido a um menor deslocamento possível.
Como Joinville teve em suas origens um dinamismo econômico muito forte, era natural que as classes comerciais sempre fossem vinculadas a setores da política, e ocupantes de posições de tomada de decisões. O poder e o capital são os principais vilões da história de nossa cidade. Eles, articuladamente, intervieram para que a ocupação urbana acontecesse de forma que os privilegiassem, em detrimento da classe trabalhadora.
Ao analisar a cidade como um todo, veremos que os trabalhadores foram “empurrados” ao longo dos anos para bairros com péssimas estruturas (aterros de manguezais ou distantes das regiões centrais), o mais longe possível do trabalho e do cotidiano em si. Consequentemente, tudo ficou mais difícil para quem não tem o controle sobre a ocupação urbana. As ARTs são exemplo dessa instrumentalização. Querem tornar o que é rural numa “área urbana com uso controlado”. Transição para quê? Um perímetro urbano maior? Estamos cometendo os mesmos erros da década de 60?
Será então que a cidade de Joinville foi ocupada desordenadamente? Ou, cada bairro, cada loteamento, cada avenida foram um “quebra-cabeça”, onde as peças seriam calculadas a fim de reproduzir os interesses de setores da sociedade? Podemos estar evidenciando uma ideologia que esconde todos os erros cometidos até hoje.
Anúncio classificado
POR ET BARTHES
Até poderia parecer uma coisa machista postar este filme. Mas como a dica foi de uma feminista, então liberou. O filme mostra a ideia “genial” de uma moçoila que diz estar de partida para Paris (na França, faz questão de esclarecer), mas não tem o dinheiro para a passagem. A solução é vender o seu carro, um Ka. O anúncio classificado é algo um tanto inusitado. Pode ser algum hoax (Mercado Livre), mas mesmo assim devemos considerar que a moça tem um ponto de vista. Ou melhor, dois. É a democratização da criatividade publicitária.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Aumento da tarifa precisa ser discutido a sério
sábado, 3 de dezembro de 2011
Uma cidade, várias histórias
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Não aperte este botão!
Uma coisa chamou minha atenção nas últimas semanas. Um tema que não traz impacto direto para Joinville, porém têm um efeito devastador para todos nós.
Cabine de voto ou motel?
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
As eleições na Rússia estão na pauta do dia. E na guerra pela atenção do eleitor, parece que vale tudo. O pessoal da oposição, em especial os ativistas da Rússia Unida, estão a distribuir vídeos que, além da desinformação, são de gosto muito duvidoso. É o caso deste filme em que uma cabine de voto acaba mais por parecer um motel em tamanho pequeno. Se a ideia é convencer os jovens a votar, talvez funcione. Mas se para esclarecer os eleitores...