quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Lua de mel

POR JORDI CASTAN

A lua de mel é o período mágico, imediatamente posterior ao casamento, um tempo para que o casal tenha oportunidade de se conhecer melhor, de se descobrir. Mas, principalmente, é um tempo para a prática e o aperfeiçoamento da tolerância necessária para superar o desgaste natural do convívio diário.

Em política tem se estabelecido, informalmente, um período de graça conhecido também como lua de mel. Em geral o prazo é de pouco mais de três meses, uns 100 dias. A menos que o novo prefeito cometa barbaridades ou proponha absurdos desde o primeiro dia de governo, há por parte da população um respeito por este prazo de carência. É o tempo que o novo mandatário tem para se focar na estruturação e no planejamento do que será o seu governo. É o tempo também de fazer os ajustes entre o previsto e a realidade encontrada.

Ninguém espera mudanças radicais de uma hora para outra, já no primeiro dia ou nas primeiras semanas de governo. Mas também é verdade que, a menos que se trate de um mestre da dissimulação e da representação, é o prazo para identificar a forma de agir, o estilo de governar e de se relacionar com a sociedade. O importante, em todo caso, é o acompanhamento, o olhar atento que permita antever, com tempo suficiente para fazer os ajustes e mudanças necessários. É essencial para que Joinville tenha um bom governo.

Parte desse tempo de estado de graça, desta lua de mel, já passou. É perceptível que há uma mudança de atitude e que o perfil desta administração é outro. E isso fica evidente em cada uma das ações, por menores e pouco perceptíveis que possam parecer. Esta é a hora de propor e aprovar as mudanças estruturais necessárias para colocar Joinville de volta nos trilhos. Se elas forem tímidas demais, se não forem aprovadas da maneira que foram planejadas ou se forem descaracterizadas ao ponto de serem inócuas, teremos perdido uma oportunidade e voltaremos a ter mais do mesmo, um governo c
om outra roupagem, com outra embalagem, mas sem mexer verdadeiramente no conteúdo. 

Há quem tema e ache que esta possibilidade é mais real e está mais próxima do que parece. Caso se confirme essa percepção dos agourentos, teremos acrescentado mais uma oportunidade perdida a uma já longa lista. Porque o risco é passar de uma lua de mel a uma lua de fel.

5 comentários:

  1. Sou um do agourentos ! Me preocupa que até agora muito marketing foi feito , mas medidas concretas poucas.
    Estamos a 30 dias e o governo continua imobilizado , secretários não tem equipe nem para planejar ...
    As obras que o Gov trouxe já eram previstas ... nada de novo...
    Cortou 240 cargos e vai criar 500 (na guarda municipal).

    Fiquei incomodado vendo o "milicos" tendo que fazer obras de revitalização no Zequinha !

    sei não... corremos riscos...

    Mas também quero citar que um governo MDB (capitaneado pelo chefe MOR) não será tão ruim quanto o Carlito. E com certeza ficará 8 anos na Av Hermann.

    du grego

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    1. Achei muito boa a ideia de usar os soldados do exército para revitalizar o SJ. Assim, a cidade não tem custo de mão de obra. De quebra, a molecada aprende a pelo menos trocar uma lampada.
      E eles são bem caprichosos.
      Mãe

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  2. Deus nos livre 8 anos um governo MDB.
    Muito papo, uma rede interminável de puxa sacos se auto defendendo e ludibridiando o povo como sempre o fez!
    Sucateamento da rede pública em detrimento a um "parceiro major".
    Que a cada 4 anos mude o alcaide, para mudarem as moscas!
    Carlos
    karlosr_silva@yahoo.com.br

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  3. off-TOPIC que tal um texto sobre o PLANO DE PENDURA DA PREFA ???

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  4. Esse é um governo KCTUDO! Prever é agorar? By Ácido

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