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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O futuro de Clarikennedy

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Após a apuração do resultado para a Prefeitura de Joinville, e consolidada a vitória de Udo, a maioria dos olhares se voltam para as ações do futuro Prefeito. A discussão do secretariado, presidência da Câmara e a busca de apoios são alguns dos temas presentes no noticiário local. Acontece que o derrotado, o deputado Clarikennedy Nunes, também está articulando seus próximos movimentos, os quais são extremamente importantes para as eleições de 2014.

A virada que levou deve ter sido doída demais, porém o mundo gira e a vida política continua para Clarikennedy. A sua candidatura na cara e na coragem, sem apoio de muita gente, quase saiu como a vencedora. Mesmo assim, alguns de seus partidários tendem a apoiar Udo Dohler. Isto coloca o atual deputado estadual isolado no papel de opositor dentro de seu partido. Darci de Matos, outro integrante do PSD, quer independência do partido mais para não bater de frente com LHS e Colombo do que propriamente fazer oposição.

A candidatura de Clarikennedy não serviu para ganhar peso dentro do partido. Não é a toa que, em declarações recentes, ele diz que pretende concorrer novamente ao posto de deputado estadual em 2014, refutando qualquer expectativa de concorrer a deputado federal. Sem uma base unida no âmbito municipal (o PSD nasceu como um partido fisiológico) não há perspectivas melhores além da Assembleia Legislativa.

Outro fator importante: é sabido que, como deputado estadual, a peregrinação pelas igrejas evangélicas acontece de forma mais fácil do que se estivesse em Brasília. Como deputado pode-se visitar todas as cidades de Santa Catarina (e suas igrejas) mais facilmente e com maior frequência. Em contrapartida, ir para Brasília exigiria outras preocupações, muito distantes da militância com os fiéis.

O grande erro estratégico seria acomodar-se em cima da tranquilidade que o cargo de deputado estadual lhe dá (o senhor da Casa Amarela é mestre nisso). Na política é necessário correr riscos. Ou vocês acham que Darci de Matos não está articulando para que o PSD gire novamente em torno de seu nome, visando 2016?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O superclari

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Se tem um fato que chama a atenção nestas eleições, tirando a falta de propostas, é a manutenção de Clarikennedy Nunes no topo das pesquisas, desde quando seu nome aparecia como uma candidatura consolidada. A esta manutenção podemos atribuir valores "especiais" (ou seriam divinos?) a ponto de termos o surgimento de um Superclari, comparado aos mais diversos superherois dos quadrinhos.

Além de não ter um partido encorpado (o PSD é uma aberração filosófica que abrigou vários políticos descontentes em seus partidos de origem, os quais acharam uma brecha legal para trocarem de partido sem perderem os seus mandatos), o deputado-candidato encontra poucos apoiadores, principalmente se levarmos em conta os principais nomes do partido.

Ou alguém acha que Odir Nunes pede voto para o Clari? Darci de Matos? E o governador Raimundo Colombo? Este último está torcendo para dar Udo... alguém duvida? É também um dos candidatos que menos tem tempo de TV (ganha apenas para Leonel Camasão).

Estes números sólidos de Clarikennedy não se devem a suas propostas (péssimas, por sinal), mas sim ao seu trabalho de "formiguinha" em seu principal reduto eleitoral: a igreja Assembléia de Deus. Com o mandato de deputado na mão, ele tem como organizar e participar de "seminários de liderança", os quais espalham suas ideias em típicas ações de pré-campanha. Portanto, cria uma sólida base de eleitores fiéis (em todos os sentidos), formatando os seus votos intransferíveis, seja qual proposta for. O que importa é o Superclari.

Entretanto, o que assusta o pessoal do 55 é a estagnação. Por mais que esteja sempre no topo das intenções de voto, com um nível de rejeição baixo, os seus índices são praticamente os mesmos há muito tempo, com a campanha na rua e tudo. É só lembrarmos que, nas últimas eleições, candidatos estagnados não alcançam sucesso nas urnas e sempre perdem espaço para as candidaturas crescentes. Será que a Kryptonita do Superclari é a estagnação? Dia 7 de outubro teremos a resposta...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O primeiro dia de campanha na TV: as bizarrices e um pouco do que vem pela frente

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Propaganda eleitoral sempre me fascinou, desde quando era criança. Jingles, propostas, bizarrices e outras coisas referentes a este processo da corrida eleitoral sempre me fizeram sentar em frente à TV e acompanhar tudo. Você pode me achar um louco sem noção, mas, gostos são gostos! Hoje consigo avaliar tudo de forma menos passional, ao contrário de alguns anos atrás, onde ai de quem falasse mal do jingle “Voltolini, Voltolini...”. Nem preciso dizer como fiquei quando me vi na TV em 2008 (para quem não sabe, fui candidato a vereador naquele ano e fiz 503 votos), né?

Passado tudo isto, o certame de 2012 apresenta cinco candidatos a Prefeito. Após 45 dias de campanha liberada, a propaganda na TV e no rádio começou (não pretendo discutir aqui o mérito nem a eficácia deste tipo de abordagem “obrigatória”, fica para outro post). O primeiro programa, por mais que não pareça, é um grande indicador de como serão aqueles minutinhos que cada candidato tem. Somente após as próximas pesquisas teremos alguma mudança no perfil do programa veiculado, a fim de conquistar alguns pontos a mais, nem que para isso seja necessário atacar o concorrente ao invés de apresentar propostas.  Relatarei algumas impressões que tive a partir do que foi veiculado na TV neste dia 22 de agosto, às 13 horas.  Sem patriotadas nos comentários, ok?

Leonel Camasão: deve ter acontecido algum problema:  a tela ficou azul e nada foi veiculado. Todos sabem que a campanha do socialista possui poucos recursos, mas não se pode deixar uma furada destas, ainda mais para quem é desconhecido da maioria da população. Fui atrás do programa de rádio e achei um link. Programa simples, bom e bem objetivo. Só faltou ao candidato Leonel ser mais enfático em suas falas, pois pareceu estar lendo um roteiro pré-montado.

Udo Dohler: tecnicamente deu a impressão de ter sido a melhor propaganda do dia. Como característica da DPM (produtora dos vídeos da campanha de Udo), prática que advém desde as campanhas de LHS, muitos símbolos da população local foram mostrados, em clichês que funcionam para o povão, a ponto de emocionar. Udo se apresentou de forma bem tranqüila (olhar disperso foi o ponto fraco), acompanhado de várias falas de LHS em comícios peemedebistas (algumas até desnecessárias). Já deu para perceber que a figura de LHS vai ser sempre citada nessa campanha. O candidato é o Udo ou o LHS?

Carlito: o programa começou com muitas pessoas cantando (pior que playback) o jingle da campanha. Familiares e pessoas próximas deram depoimentos (o que é normal em todo o primeiro programa). Mas uma questão me deixou muito intrigado: por qual motivo o candidato mostra imagens internas dos órgãos da Prefeitura? Ele, por mais que seja o atual Prefeito, é um candidato como os outros, e não poderia se utilizar de imagens internas das “coisas públicas”. A “continuidade” foi um discurso amplamente utilizado e deve ser o tom de campanha (ao bom estilo Lula e o “deixa o homem trabalhar”). O ponto negativo é que nunca vi uma propaganda eleitoral, no primeiro dia de TV, onde o candidato não fala nada!!! Seria uma camuflagem frente à ampla rejeição indicada nas pesquisas? E Carlito deve ser o candidato que mais irá explorar a imagem de seu vice. No caso, Eni Voltolini.

Tebaldi: piada pronta ao dizer que os bairros de Joinville estão abandonados, como se em quatro anos tudo tivesse mudado. Piada pronta ao se enrolar todo para falar o sobrenome de seu vice, Gilberto Boettcher. Gilberto, inclusive, mostrou uma relativa dificuldade com as câmeras. O mote de campanha deve ser o “voltar para o que era bom” (sic!). Mas o troféu Jacaré Fritz desta primeira semana de campanha na TV já é do ex-Prefeito, por ressaltar em seu programa que foi o “responsável por políticas habitacionais nas áreas de mangue de Joinville, dando qualidade de vida a estas regiões”. Preciso comentar?

Clarikennedy Nunes: começou o programa se apresentando e dando indiretas que doeu na espinha de muita gente, ao explicar o porquê de alguns não quererem a sua candidatura. O Darciiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii-um-homem-honesto-do-povo-é-trabalhador (quem lembrou agora de 2008?rs) apareceu dando seu depoimento, junto com várias outras pessoas. Cobrem-me, mas se ele aparecer mais umas 5 vezes pra falar de Clarikennedy, será muito. A mesma coisa em relação a Colombo (o qual queria apoiar Udo, mas sabe como é a política...). O “passado ruim”, o “presente pior ainda” e o “eu sou um homem de compromisso” (em clara alfinetada a Carlito) será o mantra do candidato.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Ao dizer “não”, Clarikennedy caiu na armadilha


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Muitas pessoas já estão atentas para as Eleições 2012, principalmente após os últimos movimentos dos partidos, os quais apimentaram demais o cenário da disputa para a Prefeitura, servindo a todos os interessados uma deliciosa omelete de ovos de ornitorrinco (utilizei-me da análise de ontem do Baço) com salada de comunistas e progressistas para sobremesa. Entretanto, o último fato gerou um grande burburinho nos papos dos bolhas, da periferia joinvilense e dos integrantes do Chuva Ácida: Clarikennedy Nunes (PSD) disse não ao convite do todo poderoso Luiz Henrique da Silveira e rejeitou ser vice de Udo Dohler.

O deputado gritou aos quatro ventos nas redes sociais que tem um projeto de se eleger Prefeito (e é o seu único projeto de vida partidária), mas “esqueceu” de dizer que o seu partido ainda não decidiu nada (todos os partidos decidem seus rumos até o dia 30 de junho), sem contar que ele não possui maioria no diretório municipal do PSD. E mais: o PSD diz amém a tudo que o governador Colombo solicita. Darci de Matos, o outro postulante do PSD, desistiu faz algumas semanas de ser candidato, por dois motivos: 1) é aliado histórico de Marco Tebaldi (o pré-candidato do PSDB) e 2) o PSD (leia-se: Colombo) fará de todo o possível para isolar o tucano, até como continuação da fritura feita desde a época de Secretário da Educação. Creio em um acordo prévio entre Colombo e LHS, levando o PSD para o PMDB.

Considerando tais fatos, Clarikennedy pode estar no meio de um grande fogo amigo e de uma fantasia sem fim. De um lado da mesa está o Governador que fará de tudo para derrubar Tebaldi (e conchavar com LHS), e do outro, Darci, que vai jogar de acordo com as cartas mais altas postas no jogo. Ao dizer não para este convite de LHS, um novo nome pode surgir para atrapalhar os planos do jornalista-deputado. Já pensaram na possibilidade do PSD se juntar ao PMDB com um Patrício Destro de vice? Sobraria a LHS – em mais uma de suas manobras - dar a (in)direta para aquele que rejeitou o convite, isolando-o e jogando-o contra seus companheiros de partido, retomando o controle total da política local.  Ao Colombo, felicidade, pois conseguiria o seu maior objetivo em terras joinvilenses e forçaria uma coligação inexpressiva aos tucanos.

Clarikennedy, ao fazer barulho sobre a sua decisão, pode estar se condenando em 2012. O projeto pessoal de chegar à Prefeitura é muito frágil se elencarmos os atores políticos e seus interesses em comum. Claro que, ainda temos Carlito, Novaes, Camasão, Coelho, Xuxo... e muita coisa pode acontecer até as convenções do fim de junho. Mas, fica o recado: com LHS e Colombo no controle, qualquer outro projeto pessoal de ascendência ao poder é minado.

PS. Uma futurologia boba: Clarikennedy, ao se ver deixado de lado pelo PSD, romperia (assim como fez com o PP) e apoiaria Tebaldi? Veremos!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Fugindo da raia, deputado Darci?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Darci de Matos anunciou que não vai ser candidato a prefeito nas próximas eleições. Ah... que surpresa! Ninguém poderia imaginar um desfecho tão inesperado. O deputado divulgou um comunicado e, lá pelas tantas, diz que vai apoiar Clarikennedy Nunes. Que remédio, né? Mas foi impressão minha ou o leitor e a leitora também notaram que é um apoio meio envergonhado?

É fácil entender a decisão de Darci de Matos. Há pessoas que nascem sem a fibra dos líderes. E vivem a eterna síndrome de Zorro e Tonto. O chato é que acabam sempre encarnando o Tonto e não se importam de viver à sombra dos projetos de outros mais ávidos pela liderança. Ops! No caso da velha política joinvilense “liderança” é um termo inadequado: não há líderes, há chefetes. Os líderes guiam, apontam caminhos, vislumbram soluções. Os chefetes apenas dominam, exercem o poder.

Darci de Matos entrou no papel Darci de Matos. E tratou de ser o que sempre foi: um ator secundário no palco da política joinvilense. O deputado é como os “escadas” dos programas de humor: levanta a bola para o ator mais importante chutar. Se fosse nos “Trapalhões”, por exemplo, ele seria uma espécie de Dedé, que não tem qualquer marca distintiva. Nunca seria um Didi, um Zacarias ou um Mussum, que tinham bordões próprios.

Se para algumas pessoas ser coadjuvante pode ser uma fatalidade, para outras é pura vocação. Há os que gostam do risco das montanhas russas, cheias de altos e baixos. E há os que preferem a platitude do lugarzinho ao sol, onde não há desafios... só consensos. Mas os consensos, todos sabemos, são negociações nas quais os mais frágeis se submetem aos interesses dos mais fortes.

Darci não parece estar talhado para liderar, correr riscos ou tormar decisões disruptoras. A vida é assim. Há pessoas que não têm genica suficiente para tomar as rédeas das situações e preferem se  submeter ao beneplácito de outros. É o perfil de alguém que nunca será líder. Porque líder é alguém que as pessoas desejam seguir. Mas nem Darci de Matos demonstra vontade de seguir Darci de Matos. A desistência de ontem é a prova.

A nota divulgada na imprensa tem statements curiosos. Ser formos ler com mais acuidade, logo na primeira frase fica evidente um grandioso nada: “É do conhecimento de todos meu compromisso com Joinville”. Não, deputado, não é evidente. Aliás, se tivesse um compromisso com Joinville temos a certeza de que iria pegar o touro pelos chifres, partir para a luta e tentar impor as suas ideias, por mais escassas que possam ser.

O seu entendimento de “compromisso com Joinville” é apoiar Clarikennedy por formalidade e acatar Tebaldi por submissão? Não, isso não é compromisso com Joinville. É compromisso com uma democracia pouco qualificada. O que os joinvilenses podem esperar de um político que se secundariza à frente de improficuidades políticas como Tebaldi e Clarikennedy?


Pearaê. Tebaldi não é aquele cara que saiu da Prefeitura com a fama de incompetente e deixando o rastro do caos atrás de si? Ei, leitores, há quem não esqueça os fatos, por mais que alguns tentem apagar essas memórias. Um compromisso com Joinville, deputado Darci de Matos, é impedir que a cidade descaia para um passado azíago e de muitas dúvidas sobre o decoro das pessoas (aliás, a justiça tem trabalhado bastante).

Não, deputado Darci de Matos, a cidade também não precisa arriscar o seu futuro com um ególatra do calibre de Clarikennedy Nunes. Afinal, é um político que criou a religião de si mesmo e venera a própria personalidade. E esse homem crente - que parece possuído por um delírio de poder - pode representar um perigo para a sanidade política da cidade. Vou relembrar algo que todos já devemos ter ouvido algum dia: um homem mentiroso mente para os outros, um homem perigoso mente para si mesmo. Vai dar mole para o perigo, deputado Darci de Matos?

Outra coisa curiosa. Darci de Matos diz ainda que “nunca escondi meu desejo de estar à frente da Prefeitura de Joinville e poder contribuir ainda mais”. É patético. Quem quer vai à luta. Mas Darci não vai, claro. Talvez para sorte de Joinville. Porque as cidades não querem ser governadas por políticos fujões.

Sabe, deputado Darci de Matos, existe uma coisa chamada história. É onde ficam registrados os fatos, especialmente os feitos mais audazes. Mas quero crer que se a história de Joinville registrar o seu nome certamente será en passant (no xadrez é também um movimento para capturar o peão). Porque, caro deputado, todos estamos cientes que dos fracos não reza a história.

Foto: Fábio Queiroz - ALESC

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Olha o cartão vermelho, deputado Darci



Darci de Matos outra vez? Sim. É que ele deu uma tremenda pisada na bola ao defender os altos salários do deputados. E ainda se comparou ao craque Neymar. Será que Darci de Matos é um craque da política? Pelo nível do argumento, mais parece um perna de pau. Cuidado, deputado. A continuar assim ainda é melhor ter cuidado com o cartão vermelho nas urnas.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Deputado Darci. Frase falsa ou verdadeira?









Esta semana reapareceu uma frase atribuída ao deputado Darci de Matos, segundo a qual ele não precisaria dos votos dos professores. A ser verdade, é uma afirmação séria. Mas o fato é que as pessoas estão a partilhar na internet e ninguém confirma se ele realmente disse isso. Se for verdade, a resposta ao deputado deve vir das urnas. Se for falsa, é uma atitude irresponsável de quem passa à frente.  Ah... e não se pode chamar as pessoas de corruptas sem ter como comprovar a afirmação. 



terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O 2011 de nossos representantes

POR CHARLES HENRIQUE

Mais um ano está indo, e a época de retrospectivas, vindo. Eu vou entrar nessa onda. Afinal, em uma véspera de eleições é salutar que lembremos do que nossos representantes (aqueles que tem domicílio eleitoral aqui na cidade) andaram fazendo por aí...

O Chuva Ácida, que está no ar desde 23 de setembro deste ano, tem o dever de alertar o cidadão joinvilense para algumas questões, fomentando o debate e qualificando a opinião de cada um sobre os mais diversos temas aqui levantados. Se porventura algum fato for esquecido, ou simplesmente não comentado, deixo claro desde já que os comentários serão bem aceitos. Então, vamos lá:

PREFEITURA: Esse foi o ano em que o Carlito mais inaugurou obras. Pequenas e pontuais, mas foram obras. Algumas pontes, praças, asfaltamentos, binário polêmico e um falso parque ali na rotatória da Rua do Bera. Teve o esgotamento sanitário, a falência de duas empreiteiras que estavam realizando duas obras importantes, pacotão de 60 medidas que ainda não foram implementadas em sua integralidade, greve que praticamente parou a cidade, estratégias erradas com aliados políticos, Presidente da Fundema preso, submissão à Câmara de Vereadores no repasse das sobras, não-renovação do Conselho da Cidade, pressa na discussão da LOT. Diante disto tudo, 2011 foi o melhor dos três anos de gestão de Carlito. Ainda está longe do ideal, mas parece que os petistas se encontraram.

LEGISLADORES EM BRASÍLIA: Nossa representatividade no Distrito Federal é muito aquém do que a cidade merece. Dois senadores e um deputado federal. Pouco. Quando estive em Brasília, a ministra Ideli Salvatti me confessou que “falta força política para representar os anseios de Joinville junto ao Congresso e União”. O senador LHS se envolveu em polêmicas com o novo Código Florestal ao ser o relator do projeto. E só. No mais ele atuou como o estrategista que sempre foi. Paulo Bauer protocolou um Projeto de Lei interessante: tirar o imposto dos medicamentos. Já Mauro Mariani se afastou demais do cenário joinvilense, rodeando mais as cidades do norte catarinense. Parece que o único deputado federal aqui da região já está pensando em voos maiores para 2014...

GOVERNO DO ESTADO: foi tão apagado, mas tão apagado, que se resume à novela do BNDES. E só. Para quem tanto critica a gestão Carlito e apóia Colombo, o constrangimento deve ser a primeira palavra do dicionário.

DEPUTADOS ESTADUAIS: o quê falar deles após a denúncia que fizemos aqui no Chuva? Diárias para “ficar” em Joinville, sendo que aqui é o reduto eleitoral dos mesmos? Gastos absurdos com telefone e postagem? “Meteram o bedelho” nas principais polêmicas da cidade, mas, pouco produziram (ah, protocolaram vários projetos de subvenção social)... penso que já gastei linhas demais para falar do Clarikennedy, do Nilson e do Darci.

CÂMARA DE VEREADORES: o aumento ou não do número de Vereadores acabou resumindo o ano dos nossos legisladores municipais. Sem contar a “média” que tentaram fazer na greve dos servidores estaduais e saíram prejudicados, pois estavam atuando em um tema que não lhes pertencia. Além disso, muito barulho com as sobras do orçamento da casa. Parece que as discussões mais importantes que passaram por lá foram os Projetos de Lei advindos do Executivo e que foram amplamente debatidos, devido a grande oposição ao Executivo.

UNIÃO: Se atrapalhou demais com o caso da BR-280 (as denúncias de corrupção em licitações suspendeu todo o processo), UFSC-de-um-curso-só e BNDES (fez um empurra-empurra). Um ano sem ter muito que falar.

Num geral, o ano de 2011 foi de muitas expectativas não correspondidas, da mesma forma que 2010 e 2009. Percebe-se que tudo já está sendo feito pensando nas eleições do ano que vem e também na de 2014 (nenhuma novidade). Muitas pendências para 2012, e muitos capítulos de novelas mexicanas ainda não chegaram ao fim.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Os deputados e a piada pronta


JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Você está contente com o seu salário? Ou, como a maioria de nós, acha que merece ganhar mais? Acho que é justo a gente querer mais, porque às vezes até os deputados se queixam, imaginem só. Não sei se o leitor e a leitora lembram, mas na semana passada, ao comentar a questão das diárias de R$ 670, o deputado Darci de Matos disse que até achava pouco.
Fiquei preocupado com a penúria dos deputados e fui ver como estavam a ganhar os representantes do povo na Assembleia Legislativa. Não os salários, porque esses são de conhecimento geral, mas tudo aquilo que eles custam. Dei uma olhadinha no Portal Transparência e devo dizer que vi alguns casos no mínimo interessantes.
1. O que dizer do deputado Clarikenney Nunes que, entre abril e outubro, gastou cerca de R$ 18 mil só em correspondência. Houve um mês em que os gastos chegaram a R$ 6,2 mil. Haja cartas. O leitor pode estar a pensar que é uma gastança e essas coisas. Eu não penso assim. De fato fico preocupado com a saúde do deputado. Todos sabemos que dá o maior barato quando uma pessoa inala cola. Imaginem então que o tal deputado tenha lambido todos os selos das correspondências. O homem corre o risco de apanhar uma grande pedrada e sai por aí falando besteira.
2. E por falar em falar (perdoem a cacofonia), nesse mesmo período o deputado Nilson Gonçalves gastou a ninharia de R$ 32 mil em telefonemas. Só no mês de outubro foram nada menos do que R$ 12,4 mil. Gente, nada de incomum. Afinal, R$ 12,4 mil é um valor normal, coisa que qualquer um de nós gasta lá em casa. A minha grande preocupação é com a saúde e a aparência do deputado. Afinal, de tanto falar ele ainda acaba com problemas nas pregas de epitélio. E uma pessoa que gasta tanto tempo ao telefone corre o risco de ficar sem orelha, porque gasta com a fricção. Depois vem alguém e começa a chamá-lo de Van Gogh e está entornado o caldo.
3. Ah... e tem o deputado Darci de Matos, pré-candidato a prefeito (se resistir ao fogo amigo e às previsíveis facadas nas costas) que mantém um escritório de apoio. E que hoje custa uma média de mais ou menos R$ 1 mil por mês aos cofres públicos, em telefone e energia (a despesa total foi maior, em outros tempos). É muito pouco, leitor e leitora. Assim não é possível manter uma estrutura a funcionar e o tal deputado ainda acaba tendo que pedir peças de mobiliário emprestadas aos amigos.
4. Mas não fiquem preocupados. Porque, ao que parece, a Assembleia Legislativa está a pensar na qualidade de vida de todos os deputados, de norte a sul do estado. É o que indicia um contrato também no Portal Transparência. Uma empresa de consultoria vai receber a bagatela de R$ 1,8 milhão (repito: R$ 1,8 milhão) para tratar de coisas como “levantamentos de dados, registro, coleta e análise de fatores, coordenação de eventos, marketing institucional e gestão de crise, veiculação e divulgação, relacionamento com a sociedade, programa de qualidade de vida e aferição motivacional”.
Perceberam? Programa de qualidade de vida e aferição motivacional. Não sei do que se trata, mas tenho certeza de que vale cada tostãozinho dos impostos. Os nossos deputados estão salvos. E, imagino, a tal empresa deve partilhar esse ambiente de felicidade. Com uma grana dessas, eu estava para lá de motivado e com uma qualidade de vida de fazer inveja.
Ah... a esta altura deve ter gente a perguntar onde está a piada pronta do título. Alguma dúvida? Eles fazem tudo isso na maior descontração. A piada pronta é você, eleitor.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Qual a resposta dos deputados sobre as diárias?

POR CHARLES HENRIQUE

Na semana passada mostrei na rádio MAIS FM e também aqui no Chuva Ácida o mau uso do dinheiro público que os três deputados estaduais de Joinville (Nilson, Clarikennedy e Darci) praticavam, principalmente em relação às diárias. Cada um destes deputados citados ganhou uma ou mais diárias para “visitar” Joinville. A denúncia repercutiu e virou o assunto da semana na cidade de Joinville, batendo inclusive todos os recordes do Chuva Ácida.

Gostaria muito de agradecer a todos que compartilharam e replicaram a informação, e também aos que cobraram uma resposta dos deputados envolvidos. O Chuva Ácida não é um meio jornalístico (é um lugar de opiniões sobre os fatos), mas sempre abrirá o espaço para as defesas de quaisquer citados nos posts. Só o deputado Darci me procurou (deu a mesma versão que esta na matéria). O restante, só indiretas via twitter ou recados via assessoria.

Pois bem, a rádio MAIS FM fez uma reportagem com os deputados, ouvindo a versão deles. O link está no final deste post. Agora cabe a cada um pesquisar, refletir e tirar suas próprias conclusões sobre este dinheiro que é nosso. E você leitor, pode ter certeza: estamos de olho (e o Ministério Público também)!

Ouça a reportagem do departamento de jornalismo da MAIS FM: http://is.gd/3ZVDLc

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Deputados joinvilenses ganham diárias para “visitar” Joinville



POR CHARLES HENRIQUE

Como diria Galvão Bueno, haja coração amigo! Pode ler o título deste post novamente se quiser. É tudo procedente, bizarro, e acontece diante de nossos olhos. Graças a um leitor assíduo de nosso blog e muito atento aos bastidores políticos (ele poderia muito bem seguir a linha do jornalismo investigativo), fiquei sabendo dessa prática na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.

Ao pesquisar as diárias que Darci de Matos, Clarikennedy Nunes e Nilson Gonçalves receberam neste ano de 2011, me surpreendi com as várias diárias para “visitas” a Joinville. Mas, tem um detalhe: é sabido e certo que eles moram em Joinville e tem aqui o domicílio eleitoral. Como classificar esta atitude? No mínimo é um mau uso do dinheiro público. E o outro detalhe: R$ 670,00 para cada diária!! Presume-se, portanto, que o deputado estadual sai de sua casa, toma café, almoça, janta e dorme num hotel de Joinville e o cidadão desembolsa esse valor todo. Não nos esqueçamos que cada um tem uma verba de gabinete gigantesca, carro com motorista, auxílios para deslocamento entre sua cidade de moradia e Florianópolis para acompanhamento das sessões, e várias outras mordomias que o título de deputado estadual impõe. E ainda tem deputado estadual que é demagogo ao ponto de defender a redução no número de vereadores.

Os documentos oficiais da Assembleia provam tudo. Quero ver a desculpa deles agora. Não sou contra o auxílio para viagens, elas devem acontecer. Mas só para um lanche e um almoço. Ponto. Esse valor todo para uma diária é um absurdo, caro demais. E olha que nem pesquisei sobre as diárias de nossos Senadores e Deputado Federal aqui da região de Joinville.

Abaixo seguem os prints dos documentos, e aí, cada um que tire sua conclusão. Inclusive os que acham que os integrantes do Chuva Ácida só “batem” sem fundamento e com parcialidade. E ah! Como eu gostaria de ter acesso ao obscuro mundo do Judiciário, o menos transparente dos três poderes. Quem sabe um dia, Charles... quem sabe um dia...




Obs: esses prints são de relatórios referentes a algumas semanas de setembro/2011 e ainda há muita coisa para se pesquisar nas diárias de nossos deputados estaduais.
Atualização: alguns leitores não estão conseguindo visualizar as imagens. Aqui vão os links diretos dos documentos, agradecendo desde já pelo toque:
http://www.brimg.info/uploads/4/ad7509bd80.png
http://www.brimg.info/uploads/4/12bf980e00.png
http://www.brimg.info/uploads/3/8566f1dd69.png
http://www.brimg.info/uploads/1/0c76ce18b1.png
Atualização 2: A rádio MAIS FM, veículo para o qual trabalho (e dei a informação em primeira mão) já ouviu a versão dos deputados. Mais informações em breve aqui pelo blog ou também na 103,1FM.
Atualização 3: O deputado Darci me ligou pessoalmente agora há pouco (perto das 15hrs) e me garantiu que ele não pega diárias para Joinville, e a cidade de Joinville aparece no relatório por efeito administrativo e ser o seu "ponto inicial" da viagem.
Atualização 4: a Rádio MAIS FM vai publicar amanhã os áudios com as respostas dos deputados. Comentarei resposta por resposta. 7h15 na MAIS FM 103,1.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Quem são os corruptos, deputado Darci?



POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Deem uma olhada no twitt, leitor e leitora. O deputado Darci de Matos diz que se a Polícia Federal for mais longe, certamente vai encontrar outros casos de corrupção no governo Carlito Merss. Quando vi a afirmação, fiquei à espera do próximo post do deputado, onde ele certamente iria concretizar a acusação e dar casos e nomes. Mas não.

Ou estive distraído ou o deputado Darci de Matos silenciou. Aliás, fui novamente à procura do twitt com a denúncia e não encontrei. Deve ter sido barbeiragem minha ou o deputado foi hackeado. Porque eu me recuso a pensar que Darci de Matos tenha apagado a mensagem, ao sentir o peso das afirmações.
O fato é que, como mostra a imagem, as acusações foram feitas. E arrisco aqui algumas ilações:

1. Se o deputado sabe de outros atos de corrupção na gestão Carlito Merss - e afirma isso aos seus mais de dois mil seguidores na rede social -, então está moral e eticamente obrigado a fazer uma denúncia esclarecedora e cabal. Quem sabe de casos corrupção e não denuncia é conivente. Ou não?

2. Mas se o deputado fez as acusações que não consegue concretizar, porque não tem nomes e provas, então está a ser leviano. E não vamos acreditar que um deputado eleito com o voto dos joinvilenses - e que pretende ser o futuro prefeito - seja capaz de um ato de porra-loquismo político.

3. Outra hipótese: o deputado Darci de Matos sabe de casos de corrupção, mas prefere ficar caladinho. Afinal, essas informações seriam muito úteis na campanha eleitoral do ano que vem. Então, neste caso estará a ser oportunista. O que não é bonito.

4. As afirmações do deputado foram feitas no calor da Operação Simbiose que, soube-se na semana passada, tem novos arguidos. Mas não deve ser a isso que Darci de Matos se referia. Primeiro porque isso era previsível. A corrupção é como caranguejo na panela: a gente puxa um e os outros vem agarrados. Falando em termos hermenêuticos, é sempre bom lembrar que o deputado diz “mais corrupção” e não “mais corruptos”. Ou seja, que haveria mais casos.

5. É certo que o deputado tem im(p)unidade parlamentar. Mas talvez Carlito Merss não goste de ver o seu nome denegrido em público e decida tomar alguma atitude. Todos, mesmo um prefeito sob fogo cerrado, tem direito ao bom nome.

6. O texto diz: “se a Polícia federal investigar”. Ops! Isso quer dizer que não está a investigar? E nestas circunstâncias só resta à Polícia Federal ouvir o parlamentar e saber tudo o que ele tem a dizer. Os cidadãos não esperam menos que isso.

O fato é que eu - e certamente os leitores do Chuva Ácida - estou corroído pela curiosidade. Vamos lá, deputado Darci de Matos, diga os milagres e os nomes dos santos.

P.S.: Admito a hipótese de o Twitter do deputado ter sido hackeado por algum ciber-terrorista. Pode acontecer.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

10 avaliações sobre a última pesquisa eleitoral

POR CHARLES HENRIQUE

O grupo RBS divulgou neste último domingo uma pesquisa do Instituto Mapa para prefeito de Joinville nas eleições 2012. Estamos a um ano das eleições, ainda falta muita água rolar embaixo da ponte, mas algumas avaliações podemos fazer. A pesquisa foi realizada com 602 eleitores e tem 4 pontos percentuais como margem de erro. Vamos então ao que interessa:
  1. Carlito Merss (PT) está em maus lençóis! 3,3% das intenções na pesquisa espontânea, média 3 na avaliação de seu governo, oscilação entre 5,1% e 6,3% nos 4 cenários estimulados pela pesquisa, 72% de rejeição e apenas 10% de avaliação positiva acendem uma luz laranja (daqueles laranjas BEM fortes) nos bastidores petistas. Nem Luiz Gomes, prefeito muito contestado também, teria estes índices a um ano de terminar o mandato;
  2. Marco Tebaldi (PSDB) está mal também. O segundo político mais rejeitado da pesquisa (20,3%) e a terceira colocação nos dois cenários estimulados em que participa (atrás dos candidatos do PSD e PMDB) e uma intenção de voto espontânea baixíssima (perde até para Carlito) botam água no chopp do tucano em sua meia-vontade de voltar à Prefeitura. Deste modo, PSDB vai de PSD? Ivandro também não decolou;
  3. Doutor Xuxo (PR) pode ter nos números o seu grande aliado para negociar a vaga de vice em alguma chapa. Não tem tanta rejeição como os outros (12%) e aparece na frente de Carlito em todos os cenários. O problema é a executiva nacional, que é fechada com o PT.
  4. Sandro Silva (PPS) está na mesma situação que Xuxo. Mas, se PSDB fechar com PSD, e PR fechar com PT ou PMDB, por exemplo, o que “sobraria” para os não-tão-socialistas-assim?
  5. A indefinição do PDT em apoiar Carlito ou sair do governo de vez tem atrapalhado Rodrigo Coelho, que não decolou muito nessa primeira pesquisa, em todos os cenários. O pedetista, por ser um nome novo, tem baixa rejeição (5,6%);
  6. Luiz Henrique (PMDB) ainda é mais lembrado que Carlito e Tebaldi na pesquisa espontânea. Isso mostra a força do nome LHS;
  7. Darci de Matos (PSD) aparece bem, assim como em 2007, um ano antes das eleições de 2008 que elegeram Carlito. Nos dois cenários aparece muito a frente de Udo Dohler (35% e 31,9%) e larga na frente com relativa folga. Quem deve estar “roendo as unhas” após esta pesquisa é o seu “amigo” de partido...;
  8. Clarikennedy (PSD) está bem na estimulada (é primeiro colocado com 8,1%), mas, quando bate de frente com Udo Dohler (PMDB) nos deparamos com um empate técnico. Ainda tem a rejeição mais alta após Carlito e Tebaldi (“bater” na gestão tem suas consequências...). É sempre bom lembrar que o candidato do PSD será definido a favor do nome que estiver na frente das pesquisas. Aqui vai o meu palpite: por mais que Kennedy esteja bem, o candidato será Darci em 2012. Palpite é palpite...
  9. E o “tio” Udo hein? O PMDB caiu em seus braços, e seu nome, de tão forte que é, já está na boca do povo. Terceiro colocado na espontânea, e segundo colocado em todos os cenários estimulados! E a rejeição muito baixa para um nome do PMDB, atrás de todos os outros principais candidatos. Pois é, parece que o discurso “gestor”, “empresário”, etc etc, que vimos tanto nos anos 60, 70, 80 e 90 vai voltar. Mas, engraçado... o PMDB foi o partido que mais tentou quebrar este discurso antes da redemocratização. A política dá voltas...
  10. Os partidos médios e pequenos ainda não criaram raízes na cidade.