Escrever de novo sobre o fiasco que é esta gestão municipal
é redundante e enfadonho. Enfadonho para quem lê e para quem escreve. Mas
quando uma semana sim e outra também nos deparamos com novas trapalhadas, que
seriam inconcebíveis numa administração municipal de vila de interior, não há
como ignorar um fato: este prefeito se elegeu vendendo a imagem da sua competência administrativa
e do seu conhecimento dos problemas que Joinville tinha - e continua tendo. O
risco que correu Udo Dohler foi o de vender um produto que não tinha. A imagem
de bom gestor virou piada entre os joinvilenses que, da pior forma possível, descobriram
que compraram um balão de ar quente que vai se desinflando à medida que
passam os dias.
O IPPUJ tem hoje os seus funcionários espalhados por várias
secretarias. Alguns estão na SEMA, outros na SEINFRA, na SEPLAN, até na Caixa
Econômica e no gabinete há funcionários do IPPUJ. Se o IPPUJ já enfrentava
dificuldades para fazer o seu trabalho com todos os funcionários no mesmo
local, é difícil imaginar que as coisas fiquem melhor com toda esta confusão.
Quem entende um pouco de gestão está se perguntando por quê o
IPPUJ saiu do prédio da Prefeitura. Havia a ideia que a Gestão de Recursos
Humanos ocupasse o espaço que até ontem ocupava o IPPUJ. E agora, depois que o
espaço foi desocupado, há duvidas de que o espaço atenda as necessidades da
Secretaria. Fazer uma mudança sem que o local de destino esteja preparado para
receber os novos ocupantes parece estranho. Por que não esperar a mudar depois
que as obras necessárias estivessem concluídas? As imagens mostram que a
situação do prédio da Rua Max Colin não estão em condições de funcionamento.
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Nova sede do IPPUJ - Max Colin |
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Nova sede IPPUJ - Max Colin |
Depois de anos de abandono, o prédio está em estado precário e ninguém com bom
senso poderia imaginar que será possível que se concretize a mudança em pouco
tempo. A situação hoje é a pior possível. Resultado da imprevidência, da
desorganização e da falta de planejamento que tem se convertido na marca
registrada desta administração. As
instalações elétricas devem ser totalmente refeitas em caráter emergencial, só
para citar um ponto que por si só já impede a mudança.
O fato é que o IPPUJ saiu do endereço na Hermann Lepper. As
salas que ocupavam estão tomadas por moveis e arquivos. Os moveis do IPPUJ
foram transferidos para a Rua Max Colin.
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Arquivos, material de expediente e moveis do IPPUJ na sede nova |
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Arquivos, material de expediente e moveis do IPPUJ na sede nova |
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Arquivos, material de expediente e moveis do IPPUJ na sede nova |
Os funcionários estão espalhados por
diversos locais. Como alguém pode esperar que possam fazer o
seu trabalho? Quanto tempo levará para fazer a licitação da reforma emergencial
da instalação elétrica? Como o cidadão será atendido? Quem paga todas as horas
de trabalho perdidas? Aliás, esta é a que tem a resposta mais fácil. Quem paga somos
nós. Como podemos esperar que uma Fundação que não consegue planejar e executar
uma simples mudança tenha condições de planejar a Joinville do amanhã? Quem
será que teve a genial ideia de fazer toda essa confusão? Uma possibilidade que
se comenta nos corredores do Paço Municipal é que a bagunça é tão grande e
estão todos tão perdidos que não faz nenhuma diferença.
O que é evidente: nada disso pode ser considerado
como exemplo de gestão. Ao contrário, a situação serve para expor de forma crua
o descaso com que a cidade e o cidadão são tratados por esta administração. O
que está em jogo não é mais a desastrada gestão do prefeito Udo Dohler, porque já está definitivamente comprometida. O que está em jogo é o futuro de Joinville,
que corre sérios riscos de seguir sendo conduzida de maneira tão imprevidente e
desorganizada. É preciso ter muito boa vontade para acreditar que quem não consegue planejar uma mudança de endereço tem condições de planejar na LOT a Joinville do amanhã.
O IPPUJ a gente sabe que é uma vergonha para a cidade. Mas e o Patrimônio Histórico, cadê? A Antarctica e a antiga prefeitura são prédios que deveriam ter melhores usos, além da questão da preservação. Se não querem parques, centros de cultura e História seriam bem-vindos, não? Ou o pessoal da cidade que foi para a praça reclamar do fim do MinC e que fez campanha pelas redes sociais está preocupado com outras coisas (o dinheirinho dos editais e leis de incentivo no seu bolso)?
ResponderExcluirAcho que agora fica mais facil entender as ações desastradas do ippuj. Se nem na própria casa conseguem planejar e organizar, imagine numa cidade de quase 600 mil habitantes.
ResponderExcluirArtigo esclarecedor, que se for lido pelo alcaide, quem sabe o faça entender um pouco melhor o que tem a sua volta. Mas duvido...
Poderiam aproveitar e acabar com o Ippuj.
ResponderExcluirJordi,
ResponderExcluirVocê acredita que teremos alguma boa opção na próxima eleição pra prefeito?
Tenho muito medo que a coisa não melhore ou que, ainda por cima, piore. Não estou nem um pouco otimista para as próximas eleições.
Você é incrível Jordi. Você defendeu o impeachment, veja no que deu. Você defendeu o Udo, veja no que deu. Parabéns Jordi. Agora sabemos que basta saber sua opinião sobre determinado assunto para escolher o lado certo: o outro.
ResponderExcluirP.S.: As fotos da V.N. ficaram ótimas!!!
ResponderExcluirInfelizmente, o IPPUJ não teve grandes escolhas, a posição dada foi: SAIAM DAQUI EM MENOS DE UMA SEMANA! Assim como nós cidadãos, os funcionários também estão indignados com essa bagunça.
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