POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Qual será o primeiro país
do mundo a reconhecer o governo (interino) saído do golpe? O mundo todo percebeu que o
processo foi ilegítimo, antidemocrático e protagonizado por corruptos. Nenhum político
internacional quer ser contaminado pela peste golpista de Michel Temer. No
Brasil ainda há meia dúzia de gatos pingados a falar em legitimidade, mas no
exterior os democratas não vão na cantiga do bandido.
Se fosse em outros tempos
(1964, para ser mais exato), o primeiro reconhecimento caberia aos EUA. Mas deu
chabu. Barack Obama representa o Tio Sam, claro, mas a parte mais interessada
no golpe são os abutres das finanças, do petróleo, do armamento ou até as
poderosas igrejas evangélicas. Obama já disse que só se manifesta no fim do
processo de impeachment. Talvez os inefáveis irmãos Koch façam as honras da
casa.
Outra hipótese seria o
governo argentino, de Mauricio Macri. Há muitas afinidades ideológicas entre os
dois, que apostam na cartilha neoliberal. Mas Macri foi eleito de
forma legítima e talvez também tenha medo do contágio e de uma possível
reviravolta no caso brasileiro. Além do mais, há uma tendência no continente para o não
reconhecimento do governo interino e Macri não quer ficar isolado.
E o tal primeiro mundo? Difícil.
Os governos dos países desenvolvidos, onde o estado de direito é para
respeitar, têm todas as informações e não vão cair na esparrela de reconhecer
um governo ilegítimo (ainda que interino). Mesmo para aqueles com interesses econômicos no Brasil, o
silêncio vale ouro. Restam Paraguai e Honduras, que passaram por golpe
semelhante. Mas será que esses países querem ficar sob os holofotes? Não
parece.
Do ponto de vista
político, o governo golpista (interino) é tóxico e tende a ficar isolado do mundo
democrático (pelo menos até o afastamento definitivo de Dilma Rousseff). A
informação circula de forma rápida, instantânea e permanente. O mundo sabe que
o golpe resulta da conspiração de políticos corruptos, parte do Judiciário e
dos grandes grupos econômicos da comunicação. Não dá para disfarçar.
É a dança da chuva.
É um ponto de vista, outro ponto, seria evidenciar que estes países estão respeitando o processo de impeachment, sem se colocar a favor de um lado, ou de outro, mantendo a isenção e soberania. Se houvesse suspeita de golpe, já haveriam de ter reagido fortemente.
ResponderExcluirO fato de não reagirem é uma postura institucional. Não significa que não "suspeitem" de golpe. Aqui na Europa, por exemplo, um continente mais habituado à democracia, prevalece a ideia de golpe. Mas no Brasil ainda há gente pouco habituada à democracia capaz de defender um governo ilegítimo.
ExcluirBom, se era por falta de posicionamento, na ultima reunião da OEA, os EUA falaram que não houve golpe, a Argentina que confia nas instutuições brasileiras, e Nicarágua, Venezuela e Bolivia acusaram o golpe.
ExcluirClaro. Que estupidez a minha achar que houve golpe...
ExcluirO processo de impedimento foi legítimo porque seguiu todos os ritos da lei com chancelaria do STF, foi democrático porque contou com o apoio de mais de 2/3 da câmara e do senado e, corruptos por corruptos, prefiro os que ao menos tenham alguma competência política.
ResponderExcluirSobre o reconhecimento, é comum e esperado que os países se manifestem após o encerramento do processo de impedimento. Também é esperado que “exemplos de democracia”, como a Venezuela, Cuba, El Salvador e Bolívia se antecipem no descredenciamento do LEGÍTIMO governo Temer, afinal, são países bolivarianos que destruíram suas economias em nome da manutenção do poder de um arremedo de partido político (como se tentou fazer no Brasil).
Espera que o mundo não reconheça o governo de Temer? Espere sentado! É cedo, Baço.
Em menos de 180 dias, quando o congresso chutar de uma vez por toda a malta petista que governou o país por mais de uma década e arruinou a economia do Brasil, o mundo festejará por menos um governo protofascista nos moldes de Nicolás Maduro no mundo. Sobre Obama, Macri, Cameron, Merkel e outros, pode ter certeza da secreta satisfação deles.
Continuas a não ler os meus textos, Antonio.
ExcluirContinuas com o mesmo argumento...
ExcluirTédio. Sabes que os teus argumentos não são propriamente argumentos. São clichês que repetes, repetes e repetes... ad nauseam
ExcluirMRQ - movimento revolucionário do quiriri
ResponderExcluirPreguiça que eu tenho com esses esquerdistas...
ResponderExcluirVai lá, José, faz viga! Lança esses pensamentos negativos rancorosos, típicos da esquerda.
Aguentamos 14 anos de desgoverno complacente com práticas corruptas “em nome do bem do povo” e com republiquetas ditatoriais. Agora tente acostumar também com um punhado de democracia no Brasil, com um governo que não apenas pinça as frases que interessa, mas que lê e aplica a constituição. O PT vai ser extinto. O Brasil não é Venezuela.
Preguiça tenho eu. Porra. Que pessoa com QI superior a 36 ainda usa expressões como "esquerdista"? E o pior: achando que isso é uma ofensa? E quem, como dois dedinhos de testa, acaba sempre falando na Venezuela? Um dia deixa a caverna onde estás enfiado e vem conhecer o mundo democrático. Vais ver o quanto estás obsoleto.
Excluirtu tem q ouvir venezuela sim, ficou defendendo essa bosta agora aguenta
ExcluirOnde eu defendi a Venezuela? Mostra que eu quero ver. Pelo visto sabes muito sobre mim... mais que eu próprio.
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