terça-feira, 11 de junho de 2013

Toque de Midas por "mãos limpas"

POR GABRIELA SCHIEWE

O HOSPITAL DONA HELENA É O POTE DE OURO NO FIM DO ARCO-ÍRIS
“Nem tudo que reluz é ouro”! Essa frase já não pode mais ser falada aos quatro cantos do Hospital Dona Helena.

Operação policial deflagrada no ano de 2005, denominada Fariseu, que culminou com ação da Advocacia Geral da União, saiu do limbo para ganhar o noticiário de todo o país.

A investigação, que no ano de 2009 prendeu conselheiros e o ex-presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), dá conta de que, por meio da MP 446/2008, o benefício da filantropia por assistência social a instituições que, pelo Decreto nº 2536/98, obriga instituições de oferecem, pelo menos, 20% de serviços gratuitos nas áreas de educação e assistência social e 60% na área de saúde, foi dado de maneira irregular e fraudulenta.

O Hospital Dona Helena, uma destas instituições que foram beneficiadas de forma fraudulenta, segundo a ação proposta pela AGU, juntamente com Luiz Vicente Vieira Dutra, o então advogado do Dona Helena, e Euclides da Silva Machado, consultor do hospital e ex-Conselheiro do CNAS e que foram presos, sendo réus em outros processos pela acusação de fazerem parte de uma organização criminosa que praticou corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, formação de quadrilha e improbidade administrativa no CNAS.

O benefício de entidade filantrópica concedido ao Hospital Dona Helena – e  que se encontra sob investigação – permite isenção de tributos em várias transações do hospital. No entanto, por receber valores vultuosos com atendimentos particulares e convênios e não cumprir a meta obrigatória dos 60% assistenciais, o ex-Conselheiro e consultor do hospital, Euclides da Silva Machado deu a brilhante e reluzente ideia de transformar os lucros do hospital, assim como de outras instituições investigadas, em ouro. E praticamente se tornou o “Midas” do Dona Helena.

Com essa prática, o hospital estaria maquiando seus lucros para se manter beneficiária dos efeitos de uma entidade filantrópica.

Hoje, as proporções de tais medidas ganharam sobressalto, visto que o presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Dona Helena é o nosso prefeito “mãos limpas”, Udo Dohler.

O prefeito não se pronunciou a respeito e, através da assessoria do Hospital, informou que por ser testemunha na ação não pode se pronunciar e o hospital tão somente se resumiu a dizer que “não comprou ouro”.

Na ação da AGU, pelo relato da advogada da União, nas escutas telefônicas há o envolvimento do prefeito, que participou de alguns momentos da negociação diretamente com o advogado da instituição, Luiz Vicente Vieira Dutra.
Mas como já diz o sempre companheiro Lula, provavelmente será mais um no que já virou bordão “eu não sei de nada”.

Essas informações ganharam a mídia graças ao site do “Congresso em Foco” que, com exclusividade noticiou mas essa suposta maracutaia que, desde 2005, está sob investigação mas nada nunca se ouviu pelas bandas de cá.

É, minha gente, que todo este ouro não se transforme em pizza.

25 comentários:

  1. esta informação de que 60% dos atendimentos do HDH teriam que ser assistencial não foi muito divulgada. Gostaria de saber quem são estes assistidos pelo HDH. Imagine se esta informação do ouro fosse divulgada há um ano, provavelmente o desfecho eleitoral seria outro, já que a plataforma do Udo foi a suas "mãos Limpas"....

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    1. Andre Vieira esse percentual é previsto no Decreto 2536/98, conforme informei no texto resumidamente, para que instituições sejam juridicamente aceitas como instituições filantropicas.

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  2. As cenas dos próximos capítulos serão mais "reluzentes", digamos assim...

    Aguardem e confirmem... RÁ-RÁ-RÁ!

    NelsonJoi@bol.com.br

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  3. O Jornal A Noticia, esqueceu-se de falar sobre isto. Que pena!

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    1. Realmente uma, vez que se trata de informação de interesse da população.

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    2. O Jornal A Noticia, assim como a RBS e o restante da midia vendida sempre vão se esquecer de falar sobre estas coisas...

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  4. Só sei que o dona Helena era "obrigada" a atender pacientes do SUS.
    E era bem difícil acontecer...

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  5. ninguém fala nada? a assessoria do prefeito diz que Udo não é da diretoria do hospital. tá é um mero presidente de conselho deliberativo. Mas o chefe de gabinete dele, Braulio Barbosa, é da diretoria. E aí, ninguém sabe de nada mesmo?

    http://www.donahelena.com.br/index.aspx?cnt=diretoria

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  6. 60% dos atendimentos gratuitos é inviável para qualquer hospital.

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  7. Já que A Notícia não explica nada explica vc: como é que se esconde lucro comprando ouro?

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    1. Pergunta pra polícia, catso. Abestadinho do PT.

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    2. Se eu soubesse, provável que essa horas não estaria aqui escrevendo!

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    3. Para comprar/vender ouro não há necessidade de comprovar a origem do dinheiro, o destino do ouro. a origem do ouro. Basta ter o dinheiro para comprá-lo. Simples, assim...

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    4. E se esconde o lucro, não contabilizando a entrada do dinheiro, como por exemplo, o cara da padaria que te vende o pão e não te dá nota fiscal...Nome popular: caixa 2.

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  8. Muito bom post. Parabéns. Sobre o percentual de 60% referido, o Hostpital Albert Einstein, de SP, há tempos atrás correu o risco de perder o caráter de entidade filantrópica já que havia muitas dúvidas acerca do cumprimento ou não dessa exigêcia. E por isso o hospital criou um ambulatório/posto de saúde na favela de Paraísópolis, próximo ao hospital,se não me engano, que presta atendimento a população como unidade do SUS. Foi a maneira que encontraram para dar conta da contrapartida exigida pela lei.
    Só para mostrar um exemplo de como essa contrapartida pode funcionar. Alexandre.

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  9. Para ser caracterizada como filantrópica os serviços de saúde devem atender 60% de pacientes do SUS ou 20% de atendimento gratuito.
    O HDH não atende nem 1% de qualquer das duas opções. Depois falam de saúde privada que, na verdade, hoje é pesadamente subsidiada pelo governo através de renúncias fiscais de impostos de renda e casos de "pilantropia" como esses.

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  10. Escrever sobre esporte não está dando repercussão.

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    1. Bom é ter a liberdade e possibilidade de escrever sobre aquilo que gosta, sou feliz por isto. Nem todos podem.

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    2. É a democracia da internet. Qualquer um pode escrever, sendo alfabetizado e tendo um nível razoável de conhecimento sobre o assunto, algo raro entre brasileiros.

      O Hospital São José vai ganhar um novo aparelho de tomografia graças a um deputado de Canoinhas. Por mais que a cidade usufrua os serviços dos hospitais daqui, onde está Kennedy Nunes por exemplo, também deputado, para fazer algo pela saúde de Joinville?

      Até o Tebaldi está conversando com Udo sobre a construção do Hospital da Mulher.

      Ah, mas falar do Udo dá mais retorno...

      Cuidado gente, amor e ódio são separados por uma linha bem tênue!

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  11. Se o Udo não fosse prefeito de Joinville, essa repercussão não existiria e o hospital continuaria como estava, comprando ouro por um bom tempo. Como querem achar "os podres" do prefeito, curiosamente agora tudo é revelado.
    Não existe a intenção de favorecer a população, mas sim de prejudicar o Hospital e quem está por trás dele.
    É ótimo que as irregularidades sejam encontradas e os responsáveis por elas sejam punidos, mas que tudo é um maldito jogo de interesses, ah isso é!

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    1. Atenção à cronologia, Diego: a operação da PF teve início em 2005, quando Udo não era nem mesmo cogitado para ser prefeito.

      E se alguém prejudicou o Hospital, foram seus gestores.

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    2. se fosse interesse politico, isto estaria em discussão há um ano, pois se esta informação estivesse na mídia no 1° turno, os candidatos no 2° turno poderiam ser outros. Será que Carlito, Kennedy e Tebaldi tendo estas informações não teriam jogado no ventilador?

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    3. acho que estão atropelando as coisas. o que há é uma INVESTIGAÇÃO, mas já tem gente com algema na mão...

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  12. Então o HDH pode atender 60% pelo SUS, isso provavelmente acabaria com a falta de leitos no São José, e o Sr UDO ainda seria colocado como o salvador da saúde Joinvilense.
    Esse caso nos coloca a pensar em quantas outras instituições aqui em Jlle são consideradas Filantrópicas e não cumprem sua contrapartida social...

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