terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Joinville e a síndrome do pêndulo

POR JORDI CASTAN



Tudo na vida parece regido pelo poder do pêndulo, tudo o que vai, vem. Tudo o que sobe, desce. Joinville não poderia ser diferente.

Passamos por uma administração municipal alegre e festeira que permanecia numa eterna assembleia. Um modelo de gestão em que a falta de ação ficava encoberta pela criação de conselhos, comitês e reuniões intermináveis. Um modelo baseado na memória fugaz e que muitos consideraram a elegia a pusilanimidade.

O que se mostra nas primeiras ações do governo eleito é a concretização de uma outra forma de governar. Outro jeito de tratar as coisas da cidade. O que não quer dizer que seja melhor, é só diferente. É importante entender que cada um dos dois extremos deste movimento pendular representa posições extremas e que a sociedade tradicionalmente busca o equilíbrio, através de um percurso às vezes errático, quase nunca direto e com certeza mais penoso.

A impressão é que, como sociedade, oscilamos entre extremos. Corremos um sério risco de balançar, sem nenhuma rede de proteção, entre a pusilanimidade e o autoritarismo mais recalcitrante. O mais lógico e prudente seria evitar este constante movimento pendular que nos joga de um extremo ao outro.


A transição brusca entre um e outro modelo é uma resposta lógica e previsível do eleitor que, enfastiado da inércia e da inoperância do governo atual, passa a apostar exatamente no modelo oposto e acredita naquele que projeta uma imagem da eficiência e de operosidade.

Transitar entre extremos exige um caminhar atento. E não são poucos os perigos que se escondem a cada passo que damos. Começam a surgir vozes que confundem firmeza de caráter com autoritarismo. Há inclusive os que, a boca cada vez menos pequena, defendem certo grau de ditadura. Como se fosse possível compatibilizar este tipo de atitudes ditatoriais com a prática da democracia e do estado de direito. Não consta na história qualquer referência à existência de uma meia virgindade. Tampouco há boas referências que sirvam para acreditar que é possível conviver com um elevado grau de autoritarismo sem que a democracia e a liberdade saiam prejudicadas.  


8 comentários:

  1. Esse texto tive que ler com o dicionário.

    O pêndulo pode oscilar, mas algumas questões devem ter consenso. Os governos precisam enxergar projetos a longo prazo da mesma maneira, senão a cada 4 anos a cidade recomeca e assim não anda pra frente, anda de lado.

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    1. A eleição do Carlito já foi uma resposta a gestão do Tebaldi, agora o eleitor repetiu o processo e foi para o outro extremo e assim vamos no que poderia ser considerado um avanço vectorial.
      Meio complicado, mas vamos de um extremo ao outro.

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  2. só estou esperando o alemão começar a governar...
    aquele pessoal da estrada da ilha que colocou placas em frente suas residencias...uhumm!! quero ver esse amor durar ..ou diria paixao...
    2013 com certeza é o ano da LOT ...e agora ...
    não vai ser facil manter aquela região "rural", pelo menos no papel ainda é rural ....porque na pratica ....regards my friends...

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  3. Udo tem pela frente um duelo de gigantes, não será possivel servir a dois Deuses.
    O pêndulo, vai ser sua sombra constante, a balança.
    Governar p/poderosos, esquecendo a quem o elegeu, seria uma temeridade

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    1. Dois Deuses? Puxa e eu que achava que só tinha um unico Deus.
      A impressão é que ele gosta de grandes desafios. O tempo dira.

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    2. O único deus é quele que não existe

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  4. Concordei com um texto do Jordi. O dia 21 está próximo. Final dos tempos... Nelsonjoi@bol.com.br

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  5. Jordi se vc. Passar na área da saúde vai ver um desfile de Deuses, um amigo queria fazer sua tese baseada na Soberba do Branco e ñ foi permitido, pois são intocáveis.

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