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sexta-feira, 3 de julho de 2020

Ministros que mentem no currículo - Chuva Ácida Debates



COLETIVO CHUVA ÁCIDA
Decotelli não é o primeiro, nem o segundo e nem o terceiro. Mentir no currículo é uma prática comum nos ministeriáveis de Bolsonaro. Mas quando acontece na Educação, a coisa assume proporções inaceitáveis. É o tema deste Chuva Ácida Debates, com o professor Clóvis Gruner e o jornalista José António Baço.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

As mentiras de um jornalista "isento" e "honesto".

O grande cara de pau. Fonte: Wikimedia commons.
Quaisquer paralelos desse caso com o comportamento de jornalistas e/ou empresas jornalísticas do Brasil é mera coincidência. Espero.


No começo deste mês, um ancora da rede de notícias NBC foi suspenso de suas funções. O motivo? Brian Williams mentiu a respeito de sua experiência cobrindo a guerra do Iraque, em 2003. Na ocasião, o helicóptero a frente do que Williams estava abordo foi atingido por um foguete, e teve de fazer uma aterrizagem forçada. Porém em janeiro deste ano, Williams recontou a história como sendo que o seu helicóptero o que fora abatido. Williams foi obrigado a se retratar, e foi suspendo do cargo. Essa história, no entanto, não é sobre ele.


Essa história é sobre outro âncora, de outro canal, pego em uma mentira similar. Essa história é sobre o “astro” do jornalismo Neo-conservador da Fox News, Bill O’Reily. Tão logo o engodo de Williams veio a tona, O’Reilly - praticamente o Azevedo de lá - foi um dos primeiros a condena-lo. Mais: O’Reilly com a tipica fúria da Fox News, usou da mentira de Williams para atacar toda a imprensa “liberal” (por liberal, entenda a definição americana de liberal: de esquerda). Afinal, se Williams mentira, o que garante que todo mundo não estava mentindo?


Infelizmente para ele, enquanto a NBC devidamente punia Williams, O’Reilly foi pego em uma mentira maior. Williams mentiu quanto a que helicóptero fora atingido, e qual a sua participação no incidente. O’Reilly, por sua vez, repetidas vezes afirmou ter presenciado combate durante a Guerra Falklands/Malvinas, ter escapado da morte por um triz durante a mesma guerra, ter visto soldados argentinos executando manifestantes, e ter salvo a vida de um fotógrafo durante um protesto.


Nada disso aconteceu, no entanto. Nenhum jornalista dos EUA cobriu a guerra no front. Apenas 30 jornalistas receberam credenciais do governo inglês para acompanharem as tropas britânicas. O’Reilly não era um deles. Ninguém da CBS (canal para qual ele trabalhava na época) pisou nas Malvinas. O único estadunidense a ir para as ilhas foi Robin Lloyd, da... NBC News. E mesmo Lloyd esteve lá por apenas um dia, acompanhado das forças armadas argentinas, antes das forças britânicas chegarem.


A cobertura da própria CBS, feita em parte pelo próprio O’Reilly, desmente as alegações de mortes nos protestos: a única cena de violência registrada foi um manifestante dando um soco em um jornalista canadense. A narração, lida pelo correspondente chefe da rede para a Argentina, Bob Schieffer, informava que alguns carros de imprensa foram apedrejados, e que a polícia ameaçou usar gás lacrimogêneo. Nada batendo com as cenas de extrema violência que O’Reilly depois viiria a alegar.


Por último, a parte de salvar um fotógrafo... Segundo ex-colegas na CBS, O’Reilly foi afastado da cobertura da Argentina após desobedecer ordens explícitas para não usar iluminação nas tomadas de vídeo. A medida levava em conta a animosidade dos argentinos contra os EUA, e visava a segurança dos jornalistas. O’Reilly, no entanto, forçou os cinegrafistas a ignorar a ordem, e gravou multiplas tomadas iluminadas. Para piorar, quando foi informado que o correspondente chefe seria quem leria a cobertura, reclamou que “não foi capturar imagens para aquele velho usar”.


Como foi que o veterano “isento” e “racional” da Fox News reagiu a exposição do seu engodo? Acusando os jornalistas que revelaram a mentira de serem “assassinos de esquerda”, desejando que um deles “estivesse na zona de risco”, e ligando para a redação do New York Times para fazer ameaças, é claro. O que, você esperava que ele fosse agir como Williams, e se desculpar publicamente? Da mesma maneira, a Fox News respondeu ao escândalo fazendo... nada. Absolutamente nada.

E essa é a rede de notícias que se diz detentora da verdade. E que acusa a rede que puniu o seu âncora desonesto de ser a rede das mentiras. Precisa dizer mais alguma coisa? O comportamento é muito similar ao de certos "formadores de opinião" e "guardiões da moral" que vimos pelo Brasil afora. Muitos mentem abertamente, e quando a mentira é escancarada, se enfurecem... Fica ainda pior quanto as redes sociais, onde qualquer coisa vale, e mentiras correm a solto. Alguns, ainda usam da carreira "jornalística" para adentrar na política. Ao menos nisso, O'Reilly ganha pontos: teve a hombridade de manter as coisas mais ou menos separadas (digo mais ou menos, pois o seu jornalismo "isento" é 100% propaganda republicana).


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Precisamos mentir tanto?



POR JORDI CASTAN
Na semana passada, comentei aqui o tema do restaurante popular do Bucarein, fechado pelo governo municipal por conta de uma suposta reforma. Quem passe na frente não verá ninguém trabalhando, nem traços de nenhuma reforma, nem qualquer informação referente à dita reforma. Ou seja, nem data de inicio, nem data prevista para conclusão, nem valor do contrato, nem o nome da empresa ganhadora da licitação.

A impressão que fica é a de que o restaurante foi fechado e que ficou por isso mesmo. A escusa da necessidade de uma reforma não parece convincente. Conta a administração municipal com o esquecimento da população e com a impossibilidade de lembrar de todas as obras: iniciadas e não concluídas, sem data prevista de conclusão ou simplesmente abandonadas. Há que acrescentar a isto a falta de um seguimento eficiente por parte da imprensa ou da sociedade organizada, o que permite que o governo nos presenteie todos os dias com novas empulhações.

Nestes dias a SECOM (Secretaria de Comunicação) da Prefeitura Municipal de Joinville informou que  no ano de 2014 a SEINFRA (Secretaria de Infraestrutura) autorizou a construção de 1 milhão e 400 mil metros quadrados de novas edificações. Representa o maior número de metros quadrados da história de Joinville. Nunca se construiu tanto. A média histórica dos últimos quatro anos se situa na faixa do milhão de metros quadrados. 

Os dados são sempre do próprio governo municipal. Os números de 2014 representam um aumento de quase 40%. O que tem a ver este crescimento vigoroso e sustentado do setor da construção civil com a paixão compulsiva pela mitomania dos nossos dirigentes municipais? O prefeito não perdeu nenhuma oportunidade, nos dois últimos anos, para defender a aprovação da LOT (Lei de Ordenamento Territorial), alegando que a cidade estava parada. Ou seja, que Joinville precisa aprovar a LOT urgentemente. 

Tem acusado a judicialização da LOT e as Associações de Moradores que tem capitaneado o processo de propor uma LOT mais democrática, com mais e melhores estudos e com dados claros que evitem que seja aprovada uma lei que comprometa o futuro da cidade para as gerações futuras.

Os dados divulgados pela própria prefeitura provam que não há motivo para forçar a aprovação da LOT, que o debate com a sociedade é necessário e não deve ser apressado por conta de uma suposta paralisia ou um engessamento do setor imobiliário. Mas, mais que qualquer outra coisa, os dados divulgados reforçam a suspeita de que o prefeito ou não sabe o que diz ou, sabendo, usa seu discurso para pressionar uma aprovação expedita. Ou, o que seria mais grave, tem ataques de mitomania compulsiva, e se dedica a praticar a arte de mentira política, sabendo que suas afirmações, mesmo sendo falsas, servirão para alcançar o objetivo que almeja.

Seria melhor para todos se as declarações do prefeito fossem tomadas com menor credibilidade e mais espírito crítico. O prefeito não tem nem o dom da infalibilidade, nem o da verdade absoluta. É um simples mortal ocupando um cargo terreno, por um tempo determinado, ainda que às vezes possa agir como um semideus. E está muito longe da imagem que ele e os seus acólitos querem nos vender.



A quantidade de mentiras que escutamos todos os dias alcança níveis nunca antes imaginados. Nem vou aqui focar na corja de mitômanos que têm tomado o poder no governo federal. Lá o caso é de policia. Acho mais interessante manter o foco aqui na nossa paróquia.



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Arte da Mentira Política

POR JORDI CASTAN

Na reta final da campanha eleitoral, quando os ânimos estão exacerbados ao extremo e quando a eleição está polarizada entre dois candidatos que tem visões de país e valores diferentes, achei oportuno resgatar um texto publicado em julho de 2010 no jornal A Notícia.

Não lembro de uma campanha de mais baixo nível que a atual. É verdade que a candidata a reeleição ou o ventríloquo que a controla já avisaram que "fariam o diabo" confesso que não esperava tanto. E esse é um erro de avaliação grave, da minha parte, deveria ter imaginado, mas teria ficado curto.

O desespero dos que correm o risco de ser apeados do poder é evidente e os leva a radicalizar isso nunca é bom. Perder o poder é um castigo muito forte para quem durante 12 anos tem tido dificuldade em separar o público do privado. Voltar a ser cidadãos normais pode representar um duro golpe para algumas figuras que sempre têm vivido pendurados nas tetas do dinheiro público.

Igualmente é dura a situação dos que, faz já doze anos, não têm acesso ao Governo Federal. Os ânimos estão acirrados demais, ambos lados radicalizam e na reta final da campanha lembro da cena de um filme de Marx, os irmãos Marx, não o Karl que tantos admiradores tem neste blog. "Mais madeira que é a guerra" é o grito de ordem. Hora de colocar toda a lenha no fogo e de seguir fazendo o diabo.




O Brasil já perdeu o resultado será um país rachado ao meio, entre nós e eles, entre norte e sul, entre ricos e pobres, entre vermelho e azul.

'As pessoas nunca mentem tanto quanto depois de uma caçada, durante uma guerra ou antes de uma eleição.' (Otto Von Bismarck)

A arte da Mentira Política


Recentes estudos comprovam o que todos já estamos carecas de saber. Todos mentimos, a diferencia reside na quantidade de vezes e no tamanho das mentiras. Mark Twain escreveu que “ Ninguém poderia viver com alguém que falasse sempre a verdade.” E é hoje que a sua afirmação se mostra profética.

Especialistas fazem questão de diferenciar as pequenas mentiras, aquelas chamadas caridosas, como por exemplo quando alguém próximo nos pergunta: você acha que engordei? Ou os contadores de historias, Quando todos sabemos que tudo não passa de um exagero ou de uma fabulação, neste grupo é fácil encontrar pescadores e namoradores. Que não podem ser colocadas no mesmo nível que aquelas proferidas pelos mitômanos profissionais, aqueles que tem como objetivo enganar, burlar e se aproveitar da boa fé dos outros.

Neste quesito ninguém consegue um refinamento maior que os nossos políticos. Inclusive já em 1600 o escritor britânico Jonathan Swift escreveu o seu tratado da Arte da Mentira Política, livro de leitura obrigatória em curso de graduação e doutorado, que mostra com todo luxo de detalhes a refinada técnica que deve ser desenvolvida para poder mentir com profissionalismo.

A arte da mentira, requer alem da teoria, a pratica. Só a pratica diária leva a perfeição. Entre as dicas que devem ser seguidas a risca pelos mitômanos profissionais, destacam a de não estabelecer prazos curtos para as promessas que façam, porque podem ser verificados pelos eleitores. Por isto não é recomendável dar datas exatas para inauguração de Parques, praças, PAs (Pronto Atendimentos), ou para asfaltamento de ruas e construção de binários. Sempre é necessário deixar a porta aberta para o imponderável, como desapropriações ou chuvas.

Outro tema que merece ampla discussão é se o povo, tem ou não direito a saber a verdade, a opinião geral é que o povo formado por gente ignara e pouco preparada, deve ser enganado sistematicamente, que não pode e não deve, pelo seu próprio bem, ser confrontado com a verdade.

É verdade, contudo, que frente as mentiras contumazes dos políticos profissionais, o povo responde com as suas. Numa ingênua forma de resposta e equiparação, comentando e fofocando, que fulano engordou no governo, que comprou casa na praia, ou que uma vizinha assegura que a mulher fez uma plástica, paga por um empreiteiro. Tem quem assegura que aquela ex-miss, teria sido a sua amante. Mentiras tolas, que o povo usa para, tentar se equiparar aos verdadeiros gênios do dissimulo e da truanice.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Pensar a Joinville do futuro é bom. Mas o futuro é agora...

POR JORDI CASTAN

Um dos melhores negócios é vender, e cobrar hoje, um produto que só será entregue (ou não) no futuro. Quanto mais longínquo e indefinido for o prazo e o conceito de futuro, melhor o negócio.

O prefeito Udo Dohler é um homem aplicado, que aprende rápido. Tanto que em pouco tempo o empresário tem se convertido num hábil político. É cada vez mais difícil identificar nele e na sua gestão o que a diferencie das anteriores.
A inauguração com algaravia de ordens de serviço, o lançamento de parques pomposos (que continuam sendo só praças) ou a ampla divulgação da instalação de um sinaleiro fazem com que o seu governo seja parecido com qualquer outro dos predecessores. É quase impossível identificar alguma das características que projetaram a imagem do empresário.


Uma das habilidades que um "bom" político deve aprender - e dominar com rapidez - é a arte da mentira política. E nesse quesito o nosso prefeito tem se convertido num mestre. Quanto mais atolada anda a gestão e quanto menos coisas acontecem, mais aumentam os discursos e as mensagens que propõem soluções e projetos para a Joinville do futuro. A mensagem é clara. Enquanto as coisas continuam na linha de "mais do mesmo", ganha expressão a promessa de uma Joinville melhor... no futuro.


Quando? Bem distante, digamos 30 anos. Se já se esqueceram as promessas de campanha, feitas há pouco mais de meio ano? Quem vai lembrar e cobrar as promessas feitas hoje, para serem cumpridas daqui a três décadas. Daqui a 30 anos há uma chance grande que estejamos quase todos carecas e, pior ainda, que ninguém lembre mais de quais os projetos prometidos para essa Joinville de dois milhões de habitantes.

Em modo de desafio, quem lembra quem era o prefeito há 30 anos? E quais eram os projetos daquela Joinville? Quais tiveram continuidade? Quais nunca saíram do papel? A quem cobrar o que não foi feito? A impressão é que o prefeito conta com esse esquecimento natural. E se lança a prometer um futuro melhor, para ganhar, o que menos tem: tempo. Já desperdiçou uma parte do seu mandato. Propõe que a solução dos problemas atuais estaria cada vez mais distante.

Como sugestão, e se o tema da arte da mentira política merece seu interesse, recomendo duas leituras. A primeira é a "Arte da Mentira Política", de Jonhatan Swift, que parece ter se convertido no livro de cabeceira do prefeito, que tem posto em prática seus ensinamentos. A segunda é um texto meu publicado no jornal A Noticia, na mesma linha.

Num ponto o prefeito está certo, vender e cobrar hoje para entrega a futuro é um bom negócio.
É justamente esse o sucesso da maioria das igrejas que tanto prosperam no Brasil: oferecer um paraíso no futuro, para quem pague as prestações, o dizimo, o de os votos hoje. Porque a moeda que se usa para comprar esta Joinville paradisíaca do amanhã pode mudar, mas o negocio é o mesmo. A diferença é que o prefeito quer convencer ao eleitor que desta vez a garantia esta representada pela sua credibilidade. "La garantia soy yo"

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A arte da Mentira Política

POR JORDI CASTAN

Recentes estudos comprovam o que todos já estamos carecas desaber. Todos mentimos. A diferença reside na quantidade de vezes e no tamanhodas mentiras.

Mark Twain escreveu que “ ninguém poderia viver com alguém quefalasse sempre a verdade". E é hoje que a sua afirmação se mostraprofética.

Especialistas fazem questão de diferenciar as pequenas mentiras,aquelas chamadas caridosas, como, por exemplo, quando alguém próximonos pergunta: você acha que engordei? Ou os contadores de histórias, Quandotodos sabemos que tudo não passa de um exagero ou de uma fabulação, neste grupoé fácil encontrar pescadores e namoradores. Que não podem ser colocadas nomesmo nível que aquelas proferidas pelos mitômanos profissionais, aqueles quetem como objetivo enganar, burlar e se aproveitar da boa fé dos outros.

Neste quesito ninguém consegue um refinamento maior que os nossos políticos.Inclusive já em 1600 o escritor britânico Jonathan Swift escreveu o seu tratadoda "Arte da Mentira Política", livro de leitura obrigatóriaem curso de graduação e doutorado, que mostra com todo luxo de detalhes arefinada técnica que deve ser desenvolvida para poder mentir comprofissionalismo.

Além da teoria, a arte da mentira requer a prática. E só a práticadiária leva a perfeição. Entre as dicas que devem ser seguidas à risca pelosmitômanos profissionais, destacam a de não estabelecer prazos curtos para aspromessas que se façam, porque podem ser verificados pelos eleitores. Por istonão é recomendável dar datas exatas para inauguração de parques, praças, PAs(Pronto Atendimentos), o asfaltamento de ruas ou a construção de binários.Sempre é necessário deixar a porta aberta para o imponderável, como chuvas,desapropriações ou raios.

Outro tema que merece ampla discussão é se o povo tem ou não direito a saber averdade. A opinião geral é que o povo formado por gente ignara e poucopreparada, deve ser enganado sistematicamente, que não pode e não deve, peloseu próprio bem, ser confrontado com a verdade.

É verdade, contudo, que frente às mentiras contumazes dos políticosprofissionais, o povo responde com as suas. Numa ingênua forma de resposta eequiparação, comentando e fofocando, que fulano engordou no governo, quecomprou casa na praia, ou que uma vizinha assegura que a mulher fez umaplástica, paga por um empreiteiro. Há quem assegure que aquela ex-miss teriasido a sua amante. Mentiras tolas, que o povo usa para tentar se equiparar averdadeiros profissionais da dissimulação e da truanice.