8:00 da manhã. A tranquilidade é rompida pelo som estridente
de um motorzinho de dois tempos. Um prosaico soprador de folhas, invento do demônio
que substitui a vassoura para espalhar folhas de um lado para outro e perturbar
o sossego de quem descansa ou o silencio de quem precisa trabalhar. Obriga até
a interromper uma conversa telefônica.
Joinville tem legislação para tudo e fiscalização para nada.
O código do Meio Ambiente estabelece os níveis de ruído permitidos em cada
região e ao longo das diferentes horas do dia. Assim que os munícipes têm o seu
sossego, seu trabalho garantido. Tem? Ah ah ah... estes joinvilenses acreditam em
tudo. Acreditam até no Saci Pereré, na gestón do Udo e no dinheiro que virá do Colombo.
Há, inclusive, quem por crédulo acredita na ouvidoria do município e acha que
ela está lá para defender os interesses do contribuinte. Ledo engano. Ela está para defender a estrutura.
Um cidadão amparado nos seus direitos encaminha uma
reclamação para a ouvidoria do município.
"Munícipe solicita fiscalização na RUA QUINZE DE NOVEMBRO, esquina com a RUA JARAGUÁ, AMERICA, no jardim do museu de Artes de Joinville.
Relata que todos os a partir das 8H00 da manhã, um contratado da prefeitura usa um assoprador de folhas, cujo o barulho emitido por este equipamento é insuportável e incomoda muito. Diz que o som é acima dos 60 decibéis permitidos nesta região e por isso pede uma providência."
"Munícipe solicita fiscalização na RUA QUINZE DE NOVEMBRO, esquina com a RUA JARAGUÁ, AMERICA, no jardim do museu de Artes de Joinville.
Relata que todos os a partir das 8H00 da manhã, um contratado da prefeitura usa um assoprador de folhas, cujo o barulho emitido por este equipamento é insuportável e incomoda muito. Diz que o som é acima dos 60 decibéis permitidos nesta região e por isso pede uma providência."
A ouvidoria responde:
PARECER DA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE - 18/06/2015
"Boletim de Fiscalização Ambiental 16165 - 03/06/2015 - O caso em questão é esporádico e intermitente. Caberia medição para apurar decibéis resultantes . Estamos sem decibelímetro. A partir do momento em que tivermos os decibelímetros aferidos para tomar as medidas cabíveis. Fiscal: Cláudio Lopes
Atenciosamente,
Unidade de Fiscalização".
"Boletim de Fiscalização Ambiental 16165 - 03/06/2015 - O caso em questão é esporádico e intermitente. Caberia medição para apurar decibéis resultantes . Estamos sem decibelímetro. A partir do momento em que tivermos os decibelímetros aferidos para tomar as medidas cabíveis. Fiscal: Cláudio Lopes
Atenciosamente,
Unidade de Fiscalização".
E quem não estiver satisfeito que reclame ao bispo. Porque
os fiscais da "maior cidade do estado" não tem decibelímetros, para medir o volume do som acima do
permitido, para fiscalizar e, além disso, um problema que acontece diariamente
é consierado só um problema esporádico e intermitente. Olha, li o Código do Meio Ambiente é
não achei essa interpretação liberal que o fiscal faz. Dizendo que estaria
permitido o barulho acima da lei em determinadas circunstancias. Prefeito, use uma parte da verba do seu gabinete para comprar os ditos decibelímetros e, se não der, é bom lembrar que há aplicativos gratuitos para smartphone que fazem a função.
Penso nos coitados dos joinvilenses que com a nova LOT verão
pipocar indústrias por toda a cidade em nome do progresso e quando se sintam
prejudicados pelo barulho das máquinas e equipamentos funcionando dia e noite,
encaminhem as suas reclamações a ouvidoria e recebam este tipo de respostas. Será
um caso daqueles de rir para não chorar. Ou pode ser que a Prefeitura distribua
para cada munícipe EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para que possam
se proteger do barulho.
Pena que não haja também EPIs para se proteger da gestón desastrosa. Ops! Há sim. O voto.
Pena que não haja também EPIs para se proteger da gestón desastrosa. Ops! Há sim. O voto.
Já caiu a ficha que esta gestão municipal não é nada do que
foi propalado durante a campanha eleitoral. Os marqueteiros venderam um produto
muito melhor que o que entregue e agora o Procon não admite devolução. Toca
esperar a 2016 para poder fazer a troca.
Em tempo para evidenciar o quanto o sistema todo esta
errado, não há, neste episodio, nenhuma ação do poder público em prol do
cidadão. Lembrando que o descumpridor da lei é um terceirizado do próprio poder
público. Que é incapaz de fiscalizar o que acontece embaixo do seu próprio nariz.
Mandar parar o uso do dito soprador nem pensar. O joinvilense que se exploda.
Que má vontade da secretaria. Hoje em dia existem até aplicativos pra medir decibéis no telefone.
ResponderExcluirNão quero defender, mas esses equipamentos são "meramente ilustrativos" e não possuem a regulamentação do INMETRO. Por isso que não podem ser usados. Infelizmente.
ExcluirBom texto, ótimo de se ler 115 🚃
ResponderExcluirBoa época aquela que as praças costumavam ter praceiros, aqueles senhores simpáticos que ficavam varrendo folhas boa parte do dia, limpando lixeiras e conversando com os frequentadores. Tempos que não voltam mais, assim como o tempo da Fundema que tinha verba própria e autonomia para adquirir seus equipamentos. Hoje o pátio da SEMA na Anita Garibaldi guarda veículos cobertos de fuligem por falta de lavação e metade da frota parada por problemas mecânicos, falta de seguros, óleo para trocar, etc. Pode ser que o tal decibelímetro até apareça em função da repercussão do caso, mas os praceiros e a saúde financeira da ex-Fundema nunca mais...esta gestón é demais...
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