Peço escusas por retornar a este assunto,
tornar-me enfadonho, maçante, humdrum, etc. Porém, devemos retomá-lo insistentemente, principalmente
por ter sido tratado em campanha como um simples problema de gestão (geston)
pelo atual prefeito.
O caso ocorrido na semana passada é
emblemático para exemplificar o total descaso e a péssima gestão a saúde. Não
estava lá, portanto divagarei, hipoteticamente e baseado nos fatos escritos,
para discorrer sobre o assunto.
Tudo está errado, da reação exacerbada de
paciente, assim como da enfermeira, até a presença de um único médico de
plantão no dito PA, porque se havia mais algum a situação piora muito.
Suponhamos que a demora de mais duas horas para o atendimento de uma pessoa, em
uma sala de espera vazia, se devesse por uma grande emergência (cardíaca, por
exemplo). Caberia aos atendentes informar a pessoa que ali esperava o ocorrido,
que logo que resolvida a questão ela seria atendida. Não há a necessidade de
maiores detalhes, só informações básicas da situação. Evitaria muitos
dissabores, inquéritos e afins.
Torna-se irritante ficarmos sentados aguardando atendimento enquanto pessoas conversam alegremente, beira o desrespeito, o descaso.
Notem que nem considero que o doutor (?)
em questão estava no repouso, que é seu direito, até porque é de 30 minutos a cada
doze horas, se não me falha a memória, e não de duas horas.
Pior é querer justificar a situação
investigando a vida da paciente para desqualificá-la, patético.
Está na lei que devemos respeitar os
funcionários públicos, o que está correto. Porém, a recíproca também é
verdadeira. Aliás, o respeito mútuo é primordial para a convivência pacífica. Tudo isto se deve a um problema básico, a
péssima gestão, a falta de planejamento, até, em alguns casos, falta de
profissionalismo, que, felizmente, não é genérico.
Assim caminha a mediocridade.
As pessoas estão começando a notar que saúde pública é um direito, não um favor. Começam a exigir mais. Celeridade, cordialidade enfim qualidade. E alguns órgão ainda não despertaram pra essa nova realidade.
ResponderExcluirA saúde pública é uma obrigação do Estado, o Município é obrigado a gastar 15% do orçamento em Saúde Pública, mas no caso de Joinville este mínimo é largamente ultrapassado, o que atrai muitos pacientes da região, o que vem sobrecarregar o atendimento aos munícipes.
ResponderExcluirSou absolutamente contra essa bobagem inventada de que desrespeito a funcionário público é crime, nós contribuintes somos quem pagamos o salários dos funcionários públicos, eles é que nos devem respeito, já basta o fato de as pessoas que buscam um cargo público irem em busca da "teta" da estabilidade, eu sou usuário do serviço público de saúde em Joinville e já cancei de ver servidor mau humorado atendendo como se tivesse fazendo um favor.
ResponderExcluirDesrespeito a funcionário publico é crime, o que deve ser dimensionado,é o que se entende por desrespeito. Penso que num ato de desespero ante uma demora de atendimento razoável uma agressão verbal ao funcionário não seja ato de desrespeito.
ExcluirTio Chico, com todo o respeito, os pacientes que vem de outros municípios foram encaminhados por conta das especialidades que os hospitais possuem a nível regional. Então, para traumas, o São José é referência regional. Se vc. viajar a qualquer lugar do Brasil e precisar ser tratado, bastará bater à porta.
ResponderExcluirOu vc. pode propor impor barreiras aos pacientes que vêm de outros municípios, mas tal será inconstitucional.
Grande Prof. Mário!
ResponderExcluirPrimeiramente, acredito sim que, por princípio, seja um problema de gestão. Não é simples, como pode ter sido dito, mas é de gestão. Gestão de pessoas, gestão pública, enfim, que só será resolvido, creio eu, quando houver uma grande reforma no funcionalismo público à nível nacional. Todo o trabalhador é cobrado por resultado, porque aqueles que todos contribuímos para pagar o salário são imunes?
Sobre os PA's, já tive o desprazer de ter que utilizar os serviços do PA do Iririú. Pelo menos na minha experiência e considerando o relato de outras pessoas, os médicos que lá trabalham, em sua maioria, são bons profissionais, qualificados e atenciosos. Lá, o ponto é a incompetência, despreparo, desinteresse, que beira o deboche, dos funcionários públicos que lá estão. Uma pena. Bons médicos, péssimos funcionários. Pude presenciar mais de uma vez que a demora no atendimento foi por desorganização, por descaso mesmo, dos que lá "trabalham". Já tive que, uma vez, ir lá no balcão dos "intocáveis" cobrar para que levassem as fichas dos pacientes até a triagem, à 4 metros dali, porque estavam todos cansados de esperar por "nada". A reação dos funcionários ao constatar o absurdo? Apatia, praticamente "dando de ombros". Detalhe: duas queridas funcionárias conversavam sentadas na "salinha dos remédios". Que intervalo longo eles têm, privilégio para poucos.
Lei ou não, creio que todos devemos respeitar uns aos outros, independente do cargo ou título. Agora, o tal desacato ao funcionário público é a piada na cara do povo. Muitos incompetentes, sem cobrança alguma, fazem o que bem entendem, e nós que pagamos essa conta, e bem caro. A estabilidade do funcionalismo público é interpretada do avesso por aqueles que deveriam atender a população.
Mas ainda tenho esperança que a mentalidade de quem paga o imposto em dia está mudando. A sociedade está ficando mais séria. Aqueles que esperam pela boa vontade dos "camaradas do balcão", vai um dia bater a mão na mesa e cobrar por resultado. "Ou trabalha com seriedade ou sai de cena, vagabundo!"