Peço escusas por retornar a este assunto,
tornar-me enfadonho, maçante, humdrum, etc. Porém, devemos retomá-lo insistentemente, principalmente
por ter sido tratado em campanha como um simples problema de gestão (geston)
pelo atual prefeito.
O caso ocorrido na semana passada é
emblemático para exemplificar o total descaso e a péssima gestão a saúde. Não
estava lá, portanto divagarei, hipoteticamente e baseado nos fatos escritos,
para discorrer sobre o assunto.
Tudo está errado, da reação exacerbada de
paciente, assim como da enfermeira, até a presença de um único médico de
plantão no dito PA, porque se havia mais algum a situação piora muito.
Suponhamos que a demora de mais duas horas para o atendimento de uma pessoa, em
uma sala de espera vazia, se devesse por uma grande emergência (cardíaca, por
exemplo). Caberia aos atendentes informar a pessoa que ali esperava o ocorrido,
que logo que resolvida a questão ela seria atendida. Não há a necessidade de
maiores detalhes, só informações básicas da situação. Evitaria muitos
dissabores, inquéritos e afins.

Notem que nem considero que o doutor (?)
em questão estava no repouso, que é seu direito, até porque é de 30 minutos a cada
doze horas, se não me falha a memória, e não de duas horas.
Pior é querer justificar a situação
investigando a vida da paciente para desqualificá-la, patético.
Está na lei que devemos respeitar os
funcionários públicos, o que está correto. Porém, a recíproca também é
verdadeira. Aliás, o respeito mútuo é primordial para a convivência pacífica. Tudo isto se deve a um problema básico, a
péssima gestão, a falta de planejamento, até, em alguns casos, falta de
profissionalismo, que, felizmente, não é genérico.
Assim caminha a mediocridade.