segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Retorno dos Carniças!


Turismo de Joinville deve ser estratégico

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO


De regresso, depois de uma semana pelo interior de Portugal a trabalhar num projeto de comunicação na área do turismo. A viagem permitiu fazer comparações com o turismo de Joinville. Vi alguns lugares com menos pontos de interesse, mas que conseguem atrair um número muito interessante de visitantes. Qual o segredo?

Sem querer simplificar demais, os caras acertam onde Joinville tem falhado ao longo dos anos. E a coisa começa pelo mais básico. Turismo é um negócio e os negócios precisam de produtos. O problema é que Joinville não tem produtos turísticos. E antes que alguém comece a questionar, deixo clara a minha posição: é preciso não confundir política de turismo com um simples calendário de eventos.

O turismo é uma importante fonte de receita – direta e indireta – e merece ser olhado como um setor estratégico. O problema de base em Joinville é que não se faz turismo com ideias provincianas, como tem acontecido ao longo das últimas décadas. E quando digo provincianas estou a falar de um estado mental e não geográfico. Se você pensa pequeno, os resultados serão pequenos.

É preciso elaborar produtos de forma a aproveitar o potencial da cidade. É preciso dar racionalidade a esses produtos. É preciso saber comunicar esses produtos. É preciso estimular o empreendedorismo na área. É preciso pensar na atração e na retenção do turista. É preciso pensar na marca Joinville sob a lógica do turismo. Enfim, é preciso ter uma verdadeira política para o setor.

Então, o que falta para o turismo de Joinville? Em primeiro lugar, é urgente investir numa nova abordagem, delinear uma estratégia e buscar soluções que apostem na inovação. E para isso é obrigatório fugir às velhas e desgastadas fórmulas. Porque, está comprovado, elas não funcionam. É possível fazer bom turismo, desde que com criatividade, planejamento e uma boa execução. E, claro, com um pouco de ambição.

Não faço ideia de quem vai ocupar a área na futura administração, mas uma coisa é certa: não será com nomes do passado – como alguns que já estão a ser lançados aqui e acolá – que a cidade vai dar um salto de qualidade nesse plano. Porque a primeira medida deve ser a ruptura com esse modelo ineficiente que já dura há décadas.

É claro que não dá para fazer mudanças radicais no curto prazo, mas é bom que alguém se preocupe em dar um rumo para o setor. E esse rumo tem que apontar para a modernidade a para uma profissionalização a sério. O potencial turístico existe. É só alguém saber desenvolver uma política que permita aproveitar todo esse potencial. Mas repito: política para o turismo é uma coisa, calendário de eventos é outra.

sábado, 17 de novembro de 2012

A publicidade humilha a mulher, a sociedade humilha mais..

POR DARTAGNAN RIVERA

Dizem que a publicidade é a retaguarda da vanguarda. Quer dizer que ela nunca está à frente com ideias novas, mas apenas repercutindo o que a sociedade conseguiu evoluir. E foi assim no caso das mulheres. A publicidade só adquiriu tons de feminismo quando o feminismo já era uma realidade. E mesmo assim...

Ao longo de décadas a mulher foi apresentada ou como objeto sexual ou como objeto de posse do homem. A mensagem publicitária sempre esteve em sintonia com o eixo denunciado por Karl Marx nos famosos três “K” (Kinder, Küche, Kirche - casa, cozinha e igreja). Ou seja, mulher é para ter filhos, cuidar da cozinha e ir à igreja. Aliás, o que dizer do anúncio que segue?




A verdade é que ainda hoje, em pleno século 21, a publicidade continua machista e muito capenga na questão do gênero. É preciso explorar a sensualidade, a beleza e a juventude da mulher. Mas será que isso vende? Não há qualquer estudo a dizer que sexo, nudez ou corpos femininos ajudem a vender. E, no entanto, a publicidade não consegue mudar a fórmula.

Não é preciso ir muito longe. Talvez a publicidade de cerveja seja o exemplo mais claro dessa cretinice. Se em alguns países já há algum controle sobre isso, no Brasil os publicitários não conseguem imaginar um anúncio de televisão sem mulheres a mostrarem o corpo. E parece que nem os irlandeses, como podemos ver neste anúncio que segue (que é claramente fake).





O ponto mais importante da questão: os publicitários não fazem isso por serem seres malévolos que querem escravizar as pessoas. Eles apenas trabalham com estereótipos. E os estereótipos são um produto cultural. Não é  publicidade que é machista, mas a sociedade. E a publicidade só faz mostrar isso mesmo. Mais abaixo, belos exemplos de como a mulher foi tratada em outros tempos.











Falcão, até o joinvilense lhe tirou o chapéu!

POR GABRIELA SCHIEWE

Falcão, o melhor jogador de futsal, indiscutivelmente, vem passando por uma situação ímpar na sua carreira. Uma rotina que não era acostumado e que, com toda certeza, vem mexendo demasiadamente consigo mesmo.

Uma sequência de lesões que lhe deixaram de fora de muitos jogos pelo seu clube, a Intelli, sempre tratando, recuperando, voltando a jogar e sentindo, às vezes, a mesma lesão já tratada; às vezes, uma nova lesão.

Realizou um tratamento forte para estar à disposição do técnico da Seleção Brasileira de Futsal. E, no primeiro jogo, logo nos seus primeiros momentos (mas não o primeiro minuto da Seleção... e aí já entramos em outra seara, as escolhas do "Pipoca", por que a morosidade na escalação do craque, do melhor? Ele irá definir o jogo? Ele, sozinho, faz toda a diferença? Deixa pra lá, o nosso papo aqui é outro) sentiu a panturrilha esquerda e ali dava a impressão que seria apenas mais um espectador no Mundial.

No entanto, o jogador aclamado mundialmente, provavelmente o mais bem pago dentre os seus colegas de profissão, campeão de tudo, não precisando provar mais nada a ninguém e tampouco a si, lutou, trabalhou insistentemente com toda a equipe da Seleção tratando a sua lesão para, incrivelmente, nas oitavas já estar a disposição do time, com condições de jogo.

E que condições seriam essas? Em se tratando deste craque, condições sempre especiais e extraordinárias. Falcão deu, mais uma vez, seu recado em quadra; não duvide do melhor. Por que ele sabe que é o melhor e carrega esse manto com maestria, pois "bate no peito" e, sem qualquer problema quanto a essa qualidadezinha, entra em quadra e faz a diferença.

No entanto, Falcão é ser humano, mesmo que às vezes pareça uma máquina criada na sua perfeição para jogar o futsal no seu ápice e, o seu corpo sucumbiu, o lado direito da sua face paralisou, possivelmente pelo forte estresse, no curtissimo espaço de tempo que se submeteu a exaustivos tratamentos para "curar" a sua lesão e estar pronto para ajudar, sim, AJUDAR  e, de maneira definitiva, a Seleção.

O abalo emocional por toda a dificuldade que estava passando, longe da sua família, fez que o seu corpo "gritasse", como se dissesse: "para Falcão!" Mas o que todo mundo viu foi o craque sobrepondo o seu corpo, a sua capacidade de jogar sobrepôs o que seu físico lhe aclamava e jogou, jogou aquilo que lhe era possível. Então jogou pouco? Sim! Pouco...tempo em que, literalmente, salvou o Brasil.

Bom, sou joinvilense, sabemos das rusgas entre Falcão e a torcida de Joinville, mas não há quem não se curve ao melhor, no seu melhor, porque, em qualquer condição física que se encontre este excepcional atleta, a sua força mental é que o guia e lhe corresponde em quadra.

Parabéns pela capacidade que detém nos seus pés e, principalmente, na sua mente. Com certeza esse é o seu grande diferencial. Pois treinar incessantemente para tentar fazer o que Falcão faz todos são capazes, ou pelo menos alguns. No entanto o seu poderio mental, esse só você domina e não há qualquer possibilidade de imitação.

Que amanhã, às 10:30 horas, contra a conhecida Espanha, Falcão, juntamente com seus companheiros de Seleção, que são imprescindíveis e excelentes, Falcão é que "fora do comum", possam trazer mais um título, mesmo a Seleção não jogando, até então, um futsal digno de melhor.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A verdadeira “Faixa de Gaza” catarinense


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Nos últimos dias estamos acompanhando os ataques supostamente organizados aos ônibus e órgãos de segurança pública de algumas cidades de Santa Catarina. Em Florianópolis, Blumenau, Itajaí, Navegantes e Criciúma os ataques aconteceram e foram noticiados pela mídia. Parece que, para alguns setores, Santa Catarina está em pé de guerra e a polícia é a salvadora da pátria dos cidadãos. A mídia faz um alarde desnecessário e até incoerente, pois a verdadeira onda de ataques acontece o ano inteiro: as taxas de homicídios, roubos, seqüestros e outros crimes dos principais municípios do estado são preocupantes, e são invisíveis para os grandes setores da mídia.

A partir do momento em que um ônibus foi incendiado na região com o metro quadrado mais caro de SC, perceberam que tinha algum problema na segurança pública. Sério? Que novidade! Eu não sabia! E a violência que ocorre todos os dias na periferia de todas as cidades? E o “favelado”, “negro”, “pobre” que morre diariamente e é tratado apenas como uma citação nas páginas policiais? E as fugas dos presídios? Cadê o alarde para estes assuntos? Cadê os especialistas em segurança pública contratados para explicar estes casos, o comandante geral da PM, e o Governador Raimundo Colombo? Quantas mortes estes ataques supostamente organizados provocaram nos últimos dias? Ou o problema está no incêndio aos ônibus de grandes empresários catarinenses?

Não que eu apóie os ataques, muito pelo contrário. A questão que fica é o enfoque dado pela mídia a alguns casos. E o pior: a mídia vende que a omissa e pífia Secretaria de Segurança Pública parece trabalhar como nunca. Mas não é verdade. Se estivesse trabalhando corretamente, isto não aconteceria. Na verdade, nada de tão grave aconteceria! A história infelizmente se repete e a polícia nunca previne, nunca protege. Ela sempre é o “band-aid”, e a responsável por mais insegurança.

Para completar, os hospitais públicos administrados pela gestão Colombo estão sucateados e várias escolas estaduais estão interditadas. Pode parecer que não há conexão com os fatos desta última semana, mas a saúde pública também “mata” (que ironia!) muita gente por não dar um atendimento adequado e a educação é a principal responsável pela criminalidade, por não educar e não abrigar o jovem.
Por isso, por mais que a mídia tente esconder, e o poder público empurre para debaixo do tapete, a verdadeira “Faixa de Gaza” acontece diariamente diante de nossos olhos. As reportagens policiais estão aí como prova disso. É nojento ver plantões, matérias especiais, entrevistas com “Deus e o mundo” para explicar ataques que são uma conseqüência do que acontece há muito tempo por aqui. Nós vivemos um Estado de exceção todos os dias, mas ele só existe para alguns. Os mais ricos, o poder público e a mídia que o diga!

PS: Segundo dados de uma pesquisa do Ministério da Saúde, mais da metade das vítimas dos homicídios no Brasil, 53% delas, são pessoas na faixa etária entre 19 e 29, das quais mais de 75% são jovens negros, de baixa escolaridade, sendo a maioria do sexo masculino. O número de mortes de jovens negros passou de 14.055 em 2000 para 19.255 em 2010 – um crescimento de 37%. Isto a mídia divulga? Faz alarde? Poder público explica?

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Artur Neto estreia com o pé direito...do Lima

Mascote JASC 2012
POR GABRIELA SCHIEWE

JEC - O Tricolor viajou para jogar na casa do adversário e os ventos litorâneos sopraram ao nosso favor.

A estreia do novo técnico e velho conhecido Artur Neto não poderia ter sido melhor, com vitória por 3 x 1 sobre o Camboriú na Copa SC e, para ser perfeito com dois gols do Limatador, que também voltou as boas com a torcida joinvilense.

Não da, em absoluto, dizer que essa vitória é reflexo da tática e tecina aplicada pelo novo treinador, pois sequer houve tempo hábil para que os jogadores absorvessem tudo isso.

Claro que o clima ajuda e muito, isso as vezes, isoladamente pode resultar em vitória ou derrota.

Agora é vencer o Marcílio Dias, em casa, para disputar a fase final da Copa SC, já que o Brasileirão não há mais muito o que se fazer a não ser demonstrar a qualidade do futebol do Joinville, que foi a tônica do primeiro turno e tanto dislumbrou a todos.

JASC - No basquete Joinville vem impondo a sua superioridade e venceu mais uma hoje, contra o Florianópolis, com larga vantagem.

O time da Krona Futsal, entrou em quadra hoje, pela primeira vez, contra Blumenau e, o que parecia que seria ma vitória tranquila, acabou num suado intento positivo, vencendo por 3 x 2.

A boa notícia é que nos demmais 3 jogos, apenas Cacçador venceu Brusque, os demais terminaram empatados.

Vale destacar, diferente do relato de um comentarista que trabalhou na transmissão do jogo que, a Krona tem sim obrigação não apenas de vencer, mas de trazer esse título para Joinville. Isso jamais se trata de desmerecimento das demais equipes do Estado que, sim, são bem estruturadas e competitivas. No entanto os melhores jogadores e o maior investimento é da Krona Futsal e esse manto é mais do que suficiente para lhe tornar favorita e encarar esse favoritismo com vitórias!

BRASILEIRÃO - Eu sei que já saiu o campeão 2012 e eu apenas estou tratando deste assunto no meu último tópico. Mas nunca omiti aqui a minha insatisfação com o campeonato desse ano, ante todas as interferências que ele teve.

Fluminense merecidamente sagrou-se campeão com três rodadas de antecedência, pois apresentou o futebol mais regular, não propriamente o melhor. Mas as estatísticas são implacáveis e a regularidade do Tricolor carioca o tornou melhor e pronto!

A emoção resta para a parte de baixo da tabela, Atlético Goianiense e Figueira (ta aí, os nossos vizinhos vão nos visitar mais no ano que vem, Que beleza!) já partiram da A pra B e o Palmeiras, ao que tudo indica irá fazer uma nova visita à Série B.

Agora é esperar pra ver.

Violência policial institucionalizada





POR AMANDA WERNER
Nos últimos dias os meios de comunicação têm estado recheados de notícias sobre a má conduta policial. Mas a que chamou mais a minha atenção foi a da execução de um servente por cinco policiais militares.

Um vizinho filmou a cena, e, no vídeo, o servente aparece vivo, sendo retirado de uma casa pelos cinco PM’s. Os PM’s o conduzem para dentro da viatura. O servente, aparentemente, apresenta apenas resistência verbal. Um dos PM’s dá um tapa no servente e outro o chuta. Apesar de reiterados pedidos do servente para ser solto, alegando não ser a pessoa que os PM’s procuram, eles o conduzem para dentro da viatura, e lá, atiram contra o servente, matando-o.

Este é o fato. Lendo a notícia em sites, com a intenção de obter maiores informações sobre o assunto, me deparei com comentários furiosos e, digamos, interessantes de alguns leitores:

“Tem que matar mesmo. Bandido é bandido e só merece sete palmos. Prender policial? Nas imagens da TV nada está claro. Não foi execução. Houve reação do preso e ele se deu mal. A Polícia está fazendo um excelente serviço. O resto é conversa fiada.”
“A televisão atrapalha o serviço da polícia, fica dando moral a bandido.”
“Os heróis tiraram um bandido das ruas.”
“Bem que fizeram! Bandido bom é bandido morto!”  – Essa é nova!

Ora, e quem disse que com a reprimenda ilegal de delinquentes e suspeitos, consuma-se o cerco que garante a segurança coletiva? A questão é por demais complexa para que seja deixada ao arbítrio de quem quer que seja.

É preciso perceber que quando a ação da autoridade encarregada de fazer respeitar a lei, extravasa os limites legais, o fato é gravíssimo. Estamos diante de um abuso de autoridade. Quando esse abuso é cometido pela polícia, ou seja, por funcionários públicos a quem a sociedade confia armas e dá o direito de prender pessoas, configura-se uma verdadeira ameaça à democracia e ao Estado de direito!

O descontrole mental de um policial desarmado já é alarmante, quando armado, é a verdadeira negação da razão de ser da polícia.

Mas se estes argumentos não são suficientes, cabe aqui comentar acerca de uma outra notícia recente, envolvendo policiais. É sabido que o estado de São Paulo está sofrendo com uma terrível onda de violência, que já ocasionou a morte de mais de 90 policiais militares. A Corregedoria está investigando o caso, pois suspeita de que policiais venderam os dados de quase cem policiais militares ao PCC. Na lista, continha dados de policiais que prenderam ou ocasionaram a morte de alguns membros da facção. O PCC, estaria utilizando esses dados para cometer atentados contra os PM’s e seus familiares.

E agora? Quem merece bala? Os policiais? Estas, são as pessoas a quem alguns, como os autores dos comentários citados, querem dar carta branca para matar, seja lá quem for.

Essa linha de pensamento não combate a violência. Apenas a banaliza.
E, até onde eu sei, heróis não matam, cumprem a lei. Pra quê discutir a pena de morte se na prática ela já existe? Eu francamente não entendo: fala-se muito que as leis devem ser cumpridas, mas avaliza-se o descumprimento delas sem o mínimo de reflexão.

Falta o entendimento, de que no momento em que um policial agride ou mata um suspeito, ele o está julgando, condenando, apenando e passando por cima do Estado. E os bons policiais, que não somente existem, mas são muitos, acabam pagando por esse tipo de mau comportamento.

Do ponto de vista de uma vítima de criminosos, é possível compreender a reação de revolta e o desejo de vingança. Mas a lei existe justamente para impedir que cada crime dê origem a uma cadeia de agressões e vinganças que estabeleceria a Lei das selvas como forma de convivência.

Os cinco policiais envolvidos na morte do servente devem responder judicialmente por homicídio. Qualificado por motivo torpe. No mínimo. Por quê? Porque é assim que dispõe a lei. Eles, ao contrário do servente, terão um julgamento, com direito ao contraditório e à ampla defesa. E olhem, eles mataram. O servente, até onde se sabe não.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Árvores de Joinville


O mensalão é aqui

POR JORDI CASTAN

O julgamento de um dos maiores casos de corrupção que este país tem noticia serviu para por em evidencia que muita coisa precisa mudar e mudar para melhor. Que uma sociedade que conviva com a corrupção de uma forma tão escandalosa e que permita que se instale e viceje nos seus níveis de poder mais altos, enfrentará graves problemas estruturais que acabaram por destruir seus valores e princípios.

Do julgamento do chamado mensalão se desprendem oportunidades e ensinamentos que muito podem nos ajudar a evitar este cancro que é a corrupção. Foram os magistrados Ricardo Lewandosky e Diaz Toffoli quem mais avançaram neste ponto ao alertar que faltaram provas para condenar os culpados. Para evitar que situações como as do mensalão se repitam proponho que todos os atos delitivos sejam adequadamente registrados já desde o seu inicio. Evitando desta forma que possam se produzir situações injustas como as mencionadas pelos egrégios magistrados.

Para isto será obrigatório que todas as reuniões que congreguem mais de duas pessoas com o objetivo de delinquir sejam adequadamente registradas. O registro deverá seguir os procedimentos estabelecidos no manual oficial de combate a corrupção e entre outros aspectos não menos importantes, será preciso que seja elaborada uma ata, indicando o local, o dia e a hora da reunião. Quem participou e principalmente o objetivo da mesma. A ata deverá ser registrada em cartório e todos os participantes a reunião deverão assinar a correspondente lista de presença. Indicando além do nome completo, o RG, o CPF e um telefone de contato. Quando os delinquentes ou aspirantes a delinquentes representem pessoas jurídicas deveram também fazer constar além do CNPJ a denominação social por extenso. Caso os aspirantes a delinquentes decidam a partir de a primeira reunião dar seguimento as suas intenções delinquênciais e assim conste na ata depois de aprovado por maioria simples, será preciso registrar também as próximas reuniões nas paginas numeradas e consecutivas do mencionado livro de atas. De forma que o processo todo quede registrado e no caso improvável que os delinquentes venham a ser capturados e levados a juízo a labor da justiça fique facilitada e não surjam duvidas quanto aos fatos e à intenção do grupo.

Ainda seria importante que se registrassem todas as provas possíveis por médio magnético ou digital, tanto as imagens como as declarações de cada um dos membros do grupo. Para que sirva de inicio ao processo de combate ativo a corrupção em todo o país e para que nossa cidade sirva de exemplo proponho que a partir desta data se incluam, como projeto piloto, neste procedimento todos os encontros formais ou informais em que um ou mais vereadores se reúnam com representantes do setor imobiliário e / ou seus representantes, tanto dentro como fora da própria Camara de Vereadores, com o objetivo de debater qualquer tema referente ao plano diretor, mudanças de zoneamento ou a Lei de Ordenamento Territorial da cidade de Joinville. O objetivo desta proposta é a de garantir aos munícipes a transparência das leis de urbanismo propostas, a idoneidade das alterações propostas e a isenção e impessoalidade de cada um dos artigos e parágrafos colocados em votação e posteriormente aprovados e a garantia que todas as partes envolvidas no citado projeto de lei foram ouvidas e suas posições consideradas antes da elaboração do projeto de lei e da sua aprovação em plenário.

domingo, 11 de novembro de 2012

A tempestade e o pênis

POR ET BARTHES
E não é que o apresentador de televisão norte-americana acabou sendo enrolado com a tempestade tropical John? Para mostrar a evolução do movimento da tempestade, a coisa ficou com um aspecto meio fálico. Ou não?