POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Quem tem
acompanhado os meus textos aqui no Chuva Ácida, ao longo deste último ano, sabe
o que penso do atual quadro político em Joinville. A democracia só teria a ganhar, em termos
de qualificação, se houvesse um segundo turno entre Carlito Merss e Udo Dohler.
E não tenho dúvidas de que o inferno da democracia seria uma disputa entre
Kennedy Nunes e Marco Tebaldi. Não vou ficar aqui a repisar as razões, porque
são simples. Joinville precisa desesperadamente chegar ao século 21 e não serão
políticos da idade da pedra a liderar esse processo.
De Kennedy Nunes
já disse o que penso num texto publicado na terça-feira. E sobre Marco Tebaldi
acho que ficou patente a minha visão quando falei nos vergonhosos ataques
desferidos contra o nome de Udo Dohler, num texto chamado “O estilingue de
Tebaldi e a vidraça de Dohler”.
O problema é que
agora o estilingue foi parar às mãos de quem eu não esperava. Foi muitíssimo
infeliz a ideia da campanha do Partido dos Trabalhadores, que levou ao ar o
vídeo da mulher amarrada. Em termos teóricos, sou capaz de imaginar os
pressupostos da estratégia dos marqueteiros. Mas quando Carlito faz o mesmo que Tebaldi, o caldo
está entornado.
Ora, ganhar eleições
é uma coisa. Mas ganhar com golpes abaixo da cintura será sempre uma derrota ética.
Afinal, perder eleições é parte do jogo, perder a integridade deixa nódoas na biografia. Não sei se a
candidatura de Carlito Merss vai ganhar votos com o episódio (nunca se sabe). Mas é fácil ver o
que perdeu.
Ok... a favor de Carlito Merss tenho a dizer que ele precisaria errar muito - mas muito mais - para descer ao nível de alguns dos seus adversários.
P.S.: Sobre o episódio das mulheres amarradas, vou repetir o que digo há anos. Seria interessante se os jornalistas de hoje procurassem fontes primárias, ouvissem todos os lados e fizessem o obrigatório double-check. Porque é uma história muito mal contada. Se deixarem os fatos para os marqueteiros, a coisa degringola.
Ok... a favor de Carlito Merss tenho a dizer que ele precisaria errar muito - mas muito mais - para descer ao nível de alguns dos seus adversários.
P.S.: Sobre o episódio das mulheres amarradas, vou repetir o que digo há anos. Seria interessante se os jornalistas de hoje procurassem fontes primárias, ouvissem todos os lados e fizessem o obrigatório double-check. Porque é uma história muito mal contada. Se deixarem os fatos para os marqueteiros, a coisa degringola.