POR JORDI CASTAN
Na reta final da
campanha eleitoral, começam a se concretizar os sonhos de uns e os pesadelos de
outros. Para dois candidatos ainda haverá um segundo turno, com o que sonhos e
pesadelos no seu caso terão uma duração adicional.
Sonhos e pesadelos se
misturam de forma anárquica no imaginário e no real de cada um. Para uns o
segundo turno com Tebaldi e Kennedy é um verdadeiro pesadelo, para outros se
fosse Udo e Carlito seria um sonho.
Para alguns candidatos
fazer o número de votos suficientes para poder pleitear um cargo de terceiro escalão
é um sonho. Assumir o cargo só se concretizará caso seu candidato a prefeito
seja eleito. Estes são os que passam a sonhar o sonho dos outros. Aqueles que
tenham participado das coligações que fiquem fora do segundo turno devem correr
para pagar contas, agradecer os apoios recebidos e analisar quais são as suas
ações de agora em diante.
Em quanto uns correrão
para tampar furos e cobrir o negativo da conta bancária, outros, mais afortunados, conseguirão embolsar
as chamadas sobras de campanha. As sobras de campanha são consideradas uma
ficção. Para alguns afortunados são uma verdadeira poupança quadrienal.
Tem aqueles para quem
o período eleitoral representa unas feria extemporâneas, uma licença remunerada
para fazer campanha e visitar amigos, um que outro cavalete, placas nas residências
dos seus parentes mais próximos e um “perfurate” no carro resolvem a parada e a
benevolente legislação eleitoral permitiu que em troca de poucos votos um grupo
de candidatos usufruíssem de uma bela licença remunerada, se for servidor
público.
Em poucos dias os
sonhos de uns se converterão em realidade e se materializarão os piores
pesadelos dos outros. Como no jogo de xadrez ao final da partida peões,
cavalos, bispos, torres, reis e rainhas voltam todos para a mesma caixa.