quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Vice-ministra faz vídeo picante e é demitida


POR ET BARTHES
Karina Bolaños, a vice-ministra da Juventude da Costa Rica, decidiu fazer um vídeo mais picante para o namorado (parece que também havia um marido na história) e a coisa acabou na internet. A pobre moça acabou demitida. No filme, segundo ela feito em 2007, ela diz ao destinatário que tudo aquilo é dele.


Tebaldi na mira


Ontem as redes sociais tiveram posts questionando o candidato Marco Tebaldi. Este fala no fato de a lei da Ficha Limpa ainda não estar a valer.


Aqui não se fala diretamente no nome. Mas é questionado o fato de haver pessoas dispostas a votar num candidato com contas a acertar na Justiça.



Da buzinada, da cantada e outras gracinhas

POR AMANDA WERNER
Hoje venho tratar de um assunto que causa grande indignação à grande maioria das mulheres: a “buzinada” quando estamos andando ou praticando algum esporte ao ar livre. A tal “cantada”, como alguns exemplares do sexo masculino costumam chamar,  comportamento que se dizia ser restrito a   motoristas de caminhão e trabalhadores da construção civil, está virando febre em Joinville.


E, atualmente, é feita por alguns (muitos) motoristas de carros e motocicletas. A cidade das flores e das bicicletas está se transformando na cidade dos motoristas buzinadores desatinados. Às vezes, a buzina vem acompanhada de baixarias. E não pensem que a presença de uma mulher no banco do passageiro acanha o motorista em sua investida: para chamar a atenção da mulher que está andando e não se fazer notar pela companheira que está ao lado, ele dá sinal de luz.

Pois bem, como sei que por vezes muitos apenas replicam comportamentos aprendidos no meio, sem pensar muito nos desdobramentos que uma atitude como essa pode trazer, eu vou falar como nos sentimos quando isso acontece: inicialmente, levamos um grande susto, pois é sempre inesperado. Logo depois de passar o susto, nos sentimos com medo e extremamente desprotegidas, e por vezes, até aceleramos o passo. Após, vem o sentimento de vergonha, pois certamente a buzina não chamou somente a nossa atenção, mas também de outras pessoas circunstantes. E, por fim, nos sentimos humilhadas. Ficamos pensando se a roupa está adequada (o que não deveria justificar a atitude), se demos a entender algo diferente com o jeito de andar, e, fatalmente, nos sentimos um objeto. A mulher como coisa. Enfim, é uma grande grosseria.

Por diversas vezes já ouvi alguns se defenderem, afirmando que é um elogio, que a mulher deveria sentir-se bonita. Para estes, tenho apenas um recado: pense que a mulher na rua poderia ser a sua filha, a sua mulher ou até mesmo a sua avó. Para quem recebe a buzinada a coisa só soa de uma forma: machismo, do mais puro. E não, isso não aumenta a nossa autoestima e nem faz a nossa alegria.

As vítimas não tem padrão ou estereótipo específico. São loiras, morenas, gordas, magras, com pouca ou muita idade, bonitas, ou nem tanto. O simples fato de ser mulher já a habilita como presa.

Mas qual será a intenção dos homens que buzinam? Será que eles pensam que o simples fato de buzinar vai fazer com que a mulher diga: "para o carro e vamos fazer sexo agora mesmo?!"

É esta a pretensão? Ou será que fazem por impulso, abdicando do cérebro e confirmando a tese de que os homens por vezes agem como seres irracionais, como os animais? Eu não conheço ninguém que tenha conseguido nada além de desprezo com este tipo de atitude.

Que tipo de convenção estúpida é essa em que dirigir um automóvel dá direito a buzinar desvairadamente para as mulheres na rua?

Estou certa de que existem muitos bem-educados por aí. Bom comportamento, um dedo de boa prosa e um pouco de cultura ainda são o “must- have” para lograr êxito com o público feminino. Então, repita comigo: buzinas, sinais  de luz e outras gracinhas nunca mais! Que deselegante!

Na briga dos "coelhos", o mineiro ficou na toca!

POR GABRIELA SCHIEWE
OLIMPÍADAS - Para nós, brasileiros, os jogos começaram a todo vapor, reluzindo em todos metais. Os judocas Sarah Menezes e Felipe Kitadai garantiram medalhas de ouro e bronze respectivamente. A de prata ficou por conta do nadador Thiago Pereira que, pela primeira vez, conseguiu subir ao pódio numa Olimpíada. Com isso, por uns momentinhos lideramos o tão sonhado quadro de medalhas. Mas a nossa alegria durou bem pouco, pois a continuidade dos jogos não tem dado muitas alegrias. O joinvilense Daniel, na sua estréia olímpica, ficou em oitavo na sua bateria e não pode alçar voos mais altos. Que Londres tenha lhe servido de experiência, pois tem condições suficientes de competir aqui no Brasil, em 2016.


JEC DESPACHA COELHO MINEIRO E ESPERA TIGRE - Na briga de coelhos, o nosso tricolor foi mais ligeiro e deixou o América-MG na toca, ao acabar com a invencibilidade do time mineiro no Independência, vencendo pelo placar de 2 x 0. A vitória do Joinville foi construída toda no segundo tempo, com o primeiro gol, aos 18 minutos: após passe na medida de Marcinho, o atacante Lima mandou a redonda para o fundo das redes. E, no último minuto, de novo Marcinho deixou Jean Carlos na cara do gol para aumentar a vantagem. JEC jogou bem, mostrou personalidade e ganhou partida importante. Agora com 24 pontos e na sexta posição, a apenas 2 do G-4, mostra que pode brigar muito mais do que apenas "mini-metas". No sábado, às 16h20min, Arena lotada, com bandeirão e tudo. E que venha o Tigre!

NO CHUVEIRINHO - Coisas estranhas que só acontecem no esporte brasileiro. O futsal que mais uma vez não foi aprovado como esporte olímpico, assim como o futebol de areia, teve a sua Liga Nacional paralisada. Alguém entendeu o porquê? Não é esporte olímpico, não possui nenhuma relação com as Olímpiadas e, mesmo assim, foi decretada pausa olímpica! Nem Freud explica!

terça-feira, 31 de julho de 2012

As mães e as Olimpíadas

POR ET BARTHES
Quem disse que a publicidade não produz coisas boas? Este filme é o exemplo de uma história bem contada e que emociona. No espírito das Olimpíadas, as mães que se sacrificam pelo sucesso dos filhos atletas. E a mãe brasileira, uma das personagens, chama a atenção.


Não viu a foto? A gente repõe...



A foto fez algum sucesso no Facebook. Mas infelizmente parece que sumiu da timeline do candidato (ou está apenas difícil de achar). E como há leitores que ainda não puderam ver, o Chuva Ácida repõe a imagem. O momento em que Udo Dohler comemora o gol do Joinville, num momento de espontânea alegria.


Público e privado


POR JORDI CASTAN

O post do Guilherme, na sexta-feira, despertou uma enxurrada de comentários de um e outro lado. Curiosamente o seu texto despertou um novo exército de zumbis - na verdade, um segundo exército de zumbis, porque o primeiro está acordado e pentelhando desde umas semanas - postando como enlouquecidos, uma repetição ensandecida de mensagens que insistem em que #joinvilletem.

Mas voltando ao post do Guilherme, é evidente que quando vários comentários do mesmo teor, utilizando as mesmas expressões e postados com diferença de poucos minutos chegam ao Chuva Ácida, é fácil identificar uma articulação de um ou outro interessado em replicar ou retuitar mensagens a favor de um ou em contra de outro.

O interessante dos comentários é que vários deles abordaram o tema do que é público e do que é privado e defendem a ideia que há que saber separar as duas coisas. Este é um tema interessante e que merece um debate mais profundo. O que é o público e o que é privado? Em que momento e como separar ou diferenciar um do outro? É ainda mais interessante este debate, dependendo do papel ou da importância do envolvido ou dos envolvidos.

Primeiro ponto que deveria ficar claro é que tudo o que envolve um candidato a prefeito de Joinville deve ser público. Foi o candidato quem de forma voluntária decidiu participar da campanha e aspira a ser eleito e governar a cidade e os seus cidadãos durante os próximos quatro anos. A partir desta premissa não há duvida, nada pode ser ocultado e tudo precisa ser transparente, diáfano e deve ser informado aos cidadãos.

Se analisarmos cada um dos candidatos a partir das informações que já foram divulgadas, os que são de domínio público e as que surgem dia a dia durante a campanha, os eleitores terão a oportunidade de votar melhor. Reduzir o risco de cometer erros e escolher o melhor candidato para governar Joinville.

Um dos candidatos declara abertamente a sua simpatia com a comunidade GLBT e o faz desde uma posição militante e firme. Ao fazê-lo, sinaliza que, caso seja eleito, seu governo fará uma gestão mais inclusiva, respeitará as diferenças. Um caso claro em que o privado influencia o público.

Outro mostra de forma escancarada o seu patrimônio, evidencia sem remorso que a vida pública lhe fez bem ao seu patrimônio privado, de novo há uma permeabilidade interessante entre um e outro. O eleitor atento saberá fazer a leitura correta do que é melhor para a cidade.

Tem ainda o candidato que exibe o seu bom fazer como gestor. Os resultados estão aí e os balanços das empresas são publicados periodicamente. A forma e o modelo de gestão são também públicos. Numa cidade como Joinville o modelo de gestão de cada uma das maiores empresas da cidade é um segredo a vozes.

O grupo de zumbis que invadiu as redes sociais com dezenas de mensagens com a etiqueta #ficacarlito, #joinvilletem ou #carlito+4 insiste em querer convencer os eleitores, através da exaustão, que agora a coisa engrenou, que ter um candidato honesto é um enorme diferencial nesta campanha e que a gestão do atual prefeito merece um voto de confiança. Alguém insistir de forma estulta que a honestidade do seu candidato é o seu grande diferencial nesta campanha é uma ofensa ao bom senso. Honestidade não é um diferencial para nenhum candidato. O diferencial é a desonestidade e neste caso um diferencial negativo. Por outro lado, a capacidade para arrumar a casa parece mais algo que faria mais sentido no currículo de uma boa faxineira que no de um candidato a prefeito de uma cidade com 500.000 habitantes. Levar quase quatro anos para conseguir fazê-lo mostra ainda pouca produtividade e empenho.

Cantar, gravar vídeos e fazer da pregação um projeto de vida não tem nada de errado, cada um é livre de praticar o culto que desejar. A crítica que se pode fazer, e é pertinente, e se o vídeo este bem produzido, se a música é ruim ou se será um sucesso. Nada disso me parece importante. Me preocupa sim quando alguém perde completamente a noção do ridículo, quando não há mais referencia e parece que tudo vale para alcançar o objetivo. Passo a imaginar alguém com este perfil chegando à prefeitura.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ele mudou de ideia...








Lembram daquele texto do Felipe Silveira a dizer que não votava no Tebaldi nem que o adversário fosse Satanás? Pois nada como o tempo para trazer a conciliação entre as pessoas. E eis que o Facebook revela que afinal ele gosta do Tebaldi. Eis a prova...


Quem é esse guri?


Respeito é bom...


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Há por aqui um leitor anônimo (espero que seja apenas um, porque se houver mais já será uma burricada) que não perde uma oportunidade para me exigir uma declaração de apoio a Carlito Merss. É uma obsessão do cara. E como eu já estou de saco cheio das abobrinhas desse energúmeno, hoje vou dedicar dois dedos de prosa ao assunto.

Sim, de fato há uma coisa que me liga a Carlito Merss: eu respeito o cara. Mais do que isso, eu respeito a sua história. Não vou ficar a filosofar porque a coisa é muito simples. Eu comecei a trabalhar na imprensa diária de Joinville na década de 80 e nem preciso dizer que era um tempo em que a ditadura - já um tanto enfraquecida, vale salientar -  ainda dava cartas. Permaneciam as estruturas autoritárias e não era fácil peitar o sistema.

É bom lembrar que nesse tempo ainda funcionava a lógica que vinha do tempo dos dois partidos: o partido do “sim” e o partido do “sim senhor” (no papel, o bipartidarismo acabou em 1979, mas os partidos de esquerda só foram legalizados mais tarde). Era o autoritarismo a dominar a vida das pessoas, a impor silêncios. Se na esfera privada as pessoas pensavam em liberdade, na esfera pública pouca gente se atrevia a questionar, brigar ou correr o risco de ir contra o poder instituído.

O jornalista que quisesse fazer alguma reportagem a envolver temas políticos, mesmo os mais irrelevantes, ficava sempre numa situação incômoda. Não havia dois lados a ouvir,  porque o contraditório simplesmente não existia. E não vamos esquecer que por muito tempo Santa Catarina foi governada por oligarquias que estendiam o seu poder por toda a malha social. Mas houve um momento em que surgiu um pessoal de esquerda – Carlito estava entre eles – que tinha os tomates no lugar. Que enfrentava o autoritarismo e mostrava a cara.

É certo que a ditadura perdera muito da sua força, mas ainda havia riscos. Você podia até nem ir preso, mas bastava um simples telefonema de um poderosão e os caras podiam arruinar a sua vida (o famoso "pedir a cabeça"). Eu próprio sou testemunha de que muitos tiveram prejuízos pessoais por terem feito oposição ao sistema. Aliás, pode parecer estranho para os mais jovens, mas houve um tempo em que ter um simples adesivo do Lula no carro podia provocar problemas no trabalho. Havia ameaças de demissão, trabalhadores marcados e aquilo que hoje chamamos assédio moral.

O fato é que como jornalista aproveitei para ouvir também a versão dessas pessoas nas minhas matérias. E como cidadão passei a admirar os caras. Porque finalmente começava a aparecer na cidade uma geração que demonstrava ter coragem intelectual e coragem física para mudar a situação. Aliás, vale o comentário: se é difícil ser de esquerda no Brasil, em Santa Catarina é ainda pior. Porque o fato de uma ditadura acabar não implica no fim da lógica do autoritarismo.

Eis as minhas razões, energúmeno anônimo. Mas duvido que você entenda. Porque parece que a sua noção de militância política é sentar à frente do computador e escrever meia dúzia de besteiras. E com a covardia do anonimato, claro. Os machos do teclado não gostam das pessoas que demonstram coragem física, dão o corpo ao manifesto e vão à luta.

P.S.: Aproveito para fazer uma pergunta: vocês sabem onde estavam, naqueles tempos, muitos desses caras de uma certa comunicação social que hoje faz da crítica Carlito Merss uma profissão de fé? Eu respondo: ou estavam caladinhos como ratos (fazendo do silêncio uma conivência) ou engajados no processo autoritário e aproveitando as benesses do poder para se ajeitarem na vida.