segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Ânimos incendiados, nervos à flor da pele. Quem sofre é a verdade...













POR JORDI CASTAN
Na reta final da campanha, quando os ânimos estão incendidos e os nervos à flor de pele, a verdade é a primeira vítima. Surpreendentemente o mais “honesto” é o que esta sofrendo maior desgaste a couraça da honestidade e das mãos limpas não é suficientemente forte para protegê-lo de todas as meias verdades. São essas meias verdades a maior fraqueza de uma gestão que tem se destacado por não fazer, por fazer pela metade ou por fazer mal feito. Há um desgaste natural em quem podendo fazer não fez.

A sensação que o eleitor começa a ter e de que há uma versão da verdade diferente da própria verdade. Se os candidatos tivessem que jurar dizer a verdade, poucos poderiam cumprir. E só o fariam se o texto fosse este:

“ Juro solenemente dizer a verdade como a conheço, toda a verdade como acredito que seja, e nada mais que aquilo que eu acho que vocês precisam saber.”

Só assim é possível entender a quantidade de informações desencontradas a que o eleitor esta sometido cada dia.
- Foram entregues tablets para todos os alunos ou só para alguns?
- As filas na saúde acabaram ou continuam?
- As pessoas que fazem fila de madrugada para conseguir um atendimento são insones que não tem outra coisa para fazer ou só assim que se consegue agendar?
- O restaurante popular, que foi fechado para transferir os móveis e utensílios para o outro e seria reaberto poucos meses depois, depois de três anos ainda segue fechado. Reabrirá algum dia?
- Teremos algum dia 70% da rede de saneamento básico implantada?
- O Parque Rolf Colin foi mais uma quimera?
- Existe o projeto da ponte do Ademar Garcia? Alguém viu?
- A Praça Dario Sales vai seguir com tapume quantos anos mais?
- Há vagas suficientes nos CEIs para todos ou é outra patranha?
- O ar condicionado das escolas que não tem instalação elétrica capaz de comportar a carga adicional?
- Todas as escolas tem internet?
- Há uma indústria da multa?
- Há razões técnicas que justifiquem a colocação de 2 pardais em menos de 200 metros na rua Albano Schmidt?

A lista é longa. As respostas poucas vezes respondem o que o eleitor quer saber e o resultado é que cada vez a distância entre a Joinville idílica das propagandas e a Joinville real se agiganta e hoje é intransponível.

A maioria do eleitorado de Joinville não sabe o que é uma boa gestão municipal. Não sabe porque ainda não conheceu uma. Qual foi o ultimo bom prefeito que Joinville já teve? Nas últimas décadas a cidade tem sido mal administrada o resultado é que temos nos acostumado a esta mediocridade a esta inépcia que tem se convertido no referente de quem não conhece outra coisa.

Qualidade, obra bem feita, praças bem cuidadas, aquilo que comumente se denomina zelo não existe mais. Chegamos a um ponto em que aceitamos qualquer coisa. Até acreditar que ter mãos limpas seria o motivo para eleger o próximo prefeito. As nossas expectativas são tão rasas, que estamos até concordando em aceitar quatro anos mais de nada. E já somaremos mais de 20.

Não há cidade que resista a tanta incompetência. Nem a mais resiliente das sociedades pode aceitar bovinamente calada uma praga como esta por tanto tempo. 

5 comentários:

  1. Qual foi o ultimo bom prefeito que Joinville já teve?

    Wittich Freitag, ex-empreisário e filiado ao partido PFL (atual DEM).

    Próxima!

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    1. e foi justamente essa a imagem que o udo nos vendeu em 2012 , que seria o continuidade do Freitag e que iria fazer a cidade evoluir como ela merece ... SÓ QUE NÃO, ele se mostrou como um homem público de meias palavras onde nos bairros ele falava "marcon pode providenciar isso pra amanhã" mas no gabinete não autorizada secretários e subprefeitos à fazerem as melhorias. deu no que deu,são 4 anos de atraso, de involução urbana e social

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    2. 4 anos? Só?

      Ah, tá, o tempo que Joinville ficou presa no espaço/tempo (Zona de Singularidade - Ver Buraco Negro) entre 2009 e 2013 não conta...

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  2. Pedidos da Associação de Moradores Anita Garibaldi que o prefeito Udo atendeu:
    1. Pintura da caixa amarela (local quadriculado pintado em amarelo para que veículos não parem no local) na esquina das ruas Anita Garibaldi e São Roque - Udo fez.
    2. Problema com uma casa localizada na rua Paraíba que estava sendo utilizada por mendigos e vândalos - Udo resolveu.
    3. Buraco na esquina das ruas Rio Grande do Sul e Major Navarro Lins - Udo resolveu.
    Pleitos da associação de moradores Anita Garibaldi não atendidos pelo prefeito Udo:
    1. Abertura da rua Ijuí - Udo não fez.
    2. Continuação da Gothard Kaesemodel ate a Anita Garibaldi . Udo não fez e ainda permitiu a uma construtora colocar um quiosque de vendas sobre área publica.
    3. Instalação de placas indicativas de pontos importantes do bairro - rodoviária, hospital São José, Arena, rodoviária, matetnidade, cemitério municipal, estação ferroviária- Udo não fez.
    4. Limpeza dos rios - retirada de areia e detritos do leito do rio - Udo não fez.
    5. Evitar predios de 25 andares no bairro Anita Garibaldi com a LOT que prejudicarao a mobilidade de todos e o acesso à maternidade, ao São José, ao dona Helena e aibhospital da Unimed - Udo não fez.
    O que uma Associação de Moradores espera de um administrador público ao encaminhar uma série de obras a serem realizadas:
    1. Que os pedidos sejam avaliados.
    2. Que sejam elaborados projetos para a realização das obras.
    3. Que os custos das obras sejam estimados.
    4. Que os pedidos sejam divididos entre os que podem ser feitos com recursos da Prefeitura e os que precisarão de parcerias com Estado/União ou entidades privadas.
    5. Que a Prefeitura busque junto ao Governador do estado, ao Presidente da República, aos deputados estaduais, federais e senadores da região apoio para obter recursos para as obras.
    6. Que sejam repassadas a documentação sobre os projetos para que a associação auxilie na busca dos recursos junto aos deputados estaduais/federais e senadores.

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  3. Sou do Rio de Janeiro, mas aprendi a amar Joinville. Entretanto, tem algo que eu não consigo entender e que beira a patologia de muitos: a maior liderança de Santa Catarina por muitos anos foi Luiz Henrique. Por que durante todos esses anos Joinville continuou sendo cidade relevada a último plano? Que tipo de liderança política é essa? Como é possível que um político que não fez nada por Joinville e tenha enriquecido apenas sendo político tenham tantas viúvas nessa cidade? É patológico, é crônico!

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