segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Udo Dohler é seu empregado. Exija que faça melhor...















POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

O eleitor escolheu Udo Dohler. O voto é soberano, nada a dizer. É natural que os vencedores comemorem o resultado. Que os comissionados enviem recados para os desafetos. Que puxa-sacos espontâneos suspirem por cargos. Que integrantes da coligação queiram cobrar o preço do apoio. Faz parte do jogo. Mas é hora de olhar para a frente. Quando acabarem as comemorações, é bom o pessoal voltar ao trabalho com muito empenho, porque é preciso fazer mais e melhor.

Udo Dohler não é bobo. E sabe que a cidade de primeiro mundo apresentada na campanha é apenas falastronismo marqueteiro. Os eleitores também não são bobos. E sabem que os quatro anos da atual administração tiveram mais buracos do que queijo suíço (no sentido figurado e na realidade). Aliás, os 136 mil votos contra e alguns sustos durante a campanha são a evidência de que Joinville não é uma Shangri-la. O resultado das eleições constitui um aviso de que é preciso mudar a forma de governar.

Será que muda? É difícil. Udo Dohler traz como marca pessoal o fato de ser um autocrata pouco dado a frufrus democráticos. Além disso, o transcurso do primeiro mandato fez com que o prefeito fosse abalroado pela realpolitik, o que provocou uma mudança na rota original: a figura do gestor foi posta de lado e Udo Dohler tornou-se mais um político. E como tal passou a ter o olhar nas urnas. O oposto do que defendia em 2012. É o tipo de perfil que impede de fazer projetos para além de quatro anos.

O estilo autocrático de Udo Dohler contagiou outras instâncias de “poder” na administração pública. O autismo político levou à arrogância e ao distanciamento do povo. Fica a ideia de que os eleitores são meros figurantes no puzzle político. A sensação é a de que os ocupantes do prédio na Hermann Lepper imaginam ser donos de Joinville. Não são. De fato, são apenas empregados do cidadão. Udo Dohler é empregado dos joinvilenses. Os comissionados são empregados dos joinvilenses.

Nenhum empregador (o cidadão, repito) quer ser ignorado pelo seu empregado. É hora de exigir mais resultados e menos publicidade. Há muito por fazer. Tapar buracos, cuidar da saúde ou planear a cidade. E não é favor. É obrigaga﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽mples baba-ovos suspir Citora.e inteligente e humana iem recados para os seus desafeitos. Que simples baba-ovos suspirção. Não é hora apenas de deixar o Udo trabalhar, como ele pedia na campanha. É hora de exigir que ele trabalhe... e defenda o interesse comum. Ou seja, que defenda os interesses dos seus patrões, que são os mais de 300 mil eleitores que votam nas eleições.


É a dança da chuva.

30 comentários:

  1. Não sabes o que é um autocrata. Pior, não sabes o que é uma autocracia. Estás a confundir centralista com autocrata, que nada tem a ver com cesarismo ou poder arbitrário, até porque existe uma câmara cujos vereadores também foram eleitos pela população. Por outro lado, se o fato de um governante preferir centralizar os desígnios de seus secretários ou ministros faz dele um “autocrata”, dona Dilma Rousseff poderia ocupar o lugar de D. Maria “A Louca” ou Ranavalona I?

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    1. Se a Dilma fosse uma Ranavalona I o Brasil não estaria à mercê dos yankes.

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    2. Ainda bem que estás aqui para ensinar, Anônimo. O que seria de mim sem pessoas assim tão disponíveis. Sou gratíssimo...

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    3. “Se a Dilma fosse uma Ranavalona I o Brasil não estaria à mercê dos yankes.”

      Que bom se o Brasil estivesse à mercê dos yankes, em vez disso ele está submisso a grupelhos que representam alguma coisa que talvez esteja ligada ao marxismo ou a tirania fascista (nem eles sabem!). Mas a situação está mudando, essas eleições trataram de enterrar de uma vez por todas os discursos mentirosos da esquerda e os grupelhos perderam força. Que o Brasil volte-se para o exemplo norte-americano e passe a enterrar também essa “coisa” moribunda e desesperada que ultimamente vem usando adolescentes para invadir escolas e impedir alunos de estudar.

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    4. Se gosta tanto dos USA vai pra lá. O Trump te espera. E quanto aos marxistas no poder, Temer, Renan e Rodrigo Maia, kakakakaka.

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    5. Faço o mesmo convite para Cuba, Coreia do Norte, Venezuela...

      Prefiro Trump nos EUA a Maduro na Venezuela.

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  2. Assino embaixo.

    Esse bordão da moda, o tal do “deixa Fulano trabalhar”, é falaciosamente retrógrado.

    Ora, quem não quer que o prefeito trabalhe? Com exceção dos oportunistas que almejam um dia sentar à sua cadeira, o que a população mais quer, sobretudo os críticos à gestão municipal, é justamente ver o prefeito trabalhar.

    Vamos sim torcer para que o prefeito eleito faça a melhor gestão possível. Vamos sim fazer a nossa parte trabalhando, zelando pelo espaço público, colaborando no trânsito e, principalmente, cobrando!

    Cobrando sim... Afinal, não é o eleitor quem deve ser culpado pela inércia do eleito.

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  3. Não gosto do Udo, mas essa Frase do titulo chama atenção. Como ela tentasse inverter um sentimento de derrota, uma negação, uma tentativa de virar o jogo. Até pq o ódio do UDo é esse mesmo, ele representa o "Patrão". E a democracia para os que torciam contra ao UDo nos dava a oportunidade de despedir o "Patrão",de ir a desforra com ele, mas o que houve nos comportamos como ovelhinhas. Rss

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    1. "Não há sentimento de derrota."

      Hum... Sentiu o golpe.

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    2. Senti. Até fui a nocaute. Nem sei quando acordo...

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  4. De 372.551 eleitores (100%), Udo obteve 171.217 (55,60% dos votos válidos). Agora, se somar os 136.702 de Darci (44,40% dos votos válidos) + 39.179 abstenções (10,52%) + 18.113 votos nulos (5,43%) + 7.340 votos brancos (2,20%) = 201.334 votos. Tem muita gente insatisfeita com a atual administração, muita gente pouco se lixando e outros tantos não se importando com quem ganha (mais do mesmo).

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  5. Torcer, eu torço pra time de futebol. O negócio é exigir acertos e criticar os erros.

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  6. Aposto que o Brasil votou em massa nos candidatos do PT, pra deixar bem claro o recado da população contra o "golpe"! Foi não? KKKKKK

    A esquerda agoniza!

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  7. Duas coisas que aprendi nessa eleição:

    1) Voto de pobre só é bom se for para a Dilma ou para qualquer um da esquerda. Se o pobre votar nos partidos de direita é porque ele é "burro, miserável, fascista e tem que se f@&%#!" (Seguindo o pensamento dos militantes do PSOL – Partido Socialista do Leblon)

    2)Quem não se acha apto a votar porque é septuagenário também não é apto a receber voto.

    Eduardo, Jlle

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    1. Que lógica é essa? Achou em algum lugar ou veio da sua bunda mesmo?

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  8. Quem votou nulo ou branco não pode reclamar. Se o eleitor não tem a capacidade de ler propostas e priorizá-las ele sonha com a tirania, como sonha partidecos como o PSOL, ou como sonhou o PT antes de assumir o poder: “ou somo nós, ou não é mais ninguém”! Todos sabem o final dessa história.

    Repito, quem votou nulo ou branco NÃO TEM O DIREITO MORAL DE RECLAMAR.

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    1. Na democracia de mentirinha, voto nulo infelizmente não ANULA a eleição.

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    2. Independente de votar em alguém, em branco ou nulo, todos tem o direito de reclamar, sim! Afinal quem sustenta o sistema somos nós,com o suado dinheiro de nosso trabalho, pagando impostos. Anulei meu voto, mas vou continuar cobrando, criticando e elogiando quando for o caso. Não é meu voto que define se tenho DIREITO MORAL DE RECLAMAR OU NÃO, mas a parcela que pago de impostos em todo bem ou serviço que consumo. Ponto final.

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    3. Voto nulo (ou em branco) é um voto como outro qualquer.

      O que ele significa é algo que quem vote deve saber. O que você diz sobre esse voto não é relevante.

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  9. E prá começar a trabalhar nada como fazer a prestação de contas junto dos seus empregadores (o povo), num local público e de todos, como uma praça ou ginásio. E não na casa dos seus financiadores.

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  10. E aí Baço ?
    Quando vai pintar algum texto justificando o desaparecimento da esquerda ?
    O PSOL fazendo 2 prefeituras em 5.500 municípios que há no Brasil e o PT acabando em décimo lugar e sendo varrido no ABCD paulista.
    O único que está bem é o PC do B que fazia parte da coligação do UDO.

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