POR JORDI CASTAN
A cada dois anos - nesta época do ano - abre a temporada de
caça. De um lado, os eleitores são alvo fácil de charlatães, políticos e outros
mentirosos. Do outro, os eleitores, se convertem em caçadores e saem às ruas a procura de um candidato
honesto em quem possam votar. É uma luta desigual, inglória em que os
charlatães, embaucadores, mentirosos e trapaceiros têm todas as chances de
ganhar.
O bom senso recomenda manter distância dos trapaceiros ignorantes, uma boa distancia se equipara a gozar da proximidade de um sábio. A tarefa do eleitor é duplamente difícil: por
uma parte, não se deixar seduzir pelo canto de sereia dos candidatos, que, contando com a colaboração de marqueteiros e com recursos quase infinitos, projetam uma imagem que pouco tem a ver com a realidade. O eleitor médio tem
poucas possibilidades de não sucumbir ao encanto do discurso fácil, da imagem
editada, do sorriso falso e da roupa impecavelmente passada.
Armados com dados, pesquisas e informantes, inclusive de dentro da própria
comunidade, os candidatos dizem o que o eleitor quer ouvir. E o eleitor cai com facilidade na arapuca, atraído pela isca do verbo melífluo
daquele que mesmo não tendo feito nada, nos últimos quatro anos e sem pretender fazer, promete agora que fará
o que não fez. É hora do eleitor
aprender a reconhecer os charlatães que se escondem no meio dos políticos honestos
e sinceros. Há inclusive estudos científicos, que insistem em assegurar que há políticos
sinceros. Que mesmo pertencendo ao mundo mitológico das fadas, os gnomos, os
trolls, os dragões, o saci-pererê e a curupira eles conseguem ser indicados nas
convenções partidárias e ganham o direito de disputar eleições com chance real
de ganhar.
Evitar os charlatães é mais fácil do que parece. A melhor tática é utilizar a “via negativa” e em lugar de concentrar-nos em dizer
o que é ou como é um charlatão, focar no que não é, e proceder a um processo de
eliminação. Assim, a melhor forma de identificá-los é olhar para aqueles que
oferecem sempre visões ou mensagens positivas, aqueles que vendem a imagem que
tudo é fácil, simples, que não há problemas. Imaginemos que alguém disser que a
BR-280 estará duplicada em menos de um ano e que agora vai, que não haverá problemas
na abertura da licitação. Pronto... é tiro e queda. Só pode ser um charlatão. Pintou o mundo de cor de rosa? é charlatão.
A dica serve também para outras duplicações como a da Santos Dumont ou a Dona Francisca. Se diz que serão instaladas trocentas câmaras de segurança, com tecnologia digital de alta definição. Acertou, é outro charlatão. São todos candidatos a escrever livros tendo como título: “Como encontrar um marido em 12 passos”, ou “Como ter sucesso com as mulheres” ou “Os dez degraus para o sucesso”, ou “Como administrar Santa Catarina” ou “Como navegar na marolinha”. Reconheceu algum? Ficou fácil verdade? Para concluir, quando aparecer um candidato que fale dos problemas reais que o Estado e o país vivem, preste atenção, você pode estar frente à frente com um candidato honesto.
A dica serve também para outras duplicações como a da Santos Dumont ou a Dona Francisca. Se diz que serão instaladas trocentas câmaras de segurança, com tecnologia digital de alta definição. Acertou, é outro charlatão. São todos candidatos a escrever livros tendo como título: “Como encontrar um marido em 12 passos”, ou “Como ter sucesso com as mulheres” ou “Os dez degraus para o sucesso”, ou “Como administrar Santa Catarina” ou “Como navegar na marolinha”. Reconheceu algum? Ficou fácil verdade? Para concluir, quando aparecer um candidato que fale dos problemas reais que o Estado e o país vivem, preste atenção, você pode estar frente à frente com um candidato honesto.
A parte triste é termos aprendido, ao longo do tempo, que
nem sempre os melhores candidatos vencem. E que a maioria do eleitorado gosta de
se deixar iludir e vota em quem oferece soluções mágicas para emagrecer sem sacrifício,
para prosperar sem trabalho e para progredir sem educação.
Dilma
ResponderExcluirRaimundo Colombo
#prontofalei
A melhor forma de escolher um bom candidato é pedir ao Jordi quem é o menos pior. O nome que ele pronunciar, NAO VOTE. Este é um critério comprovadamente eficiente. Vide Joinville...
ResponderExcluir#prontofalei
A escolha se torna difícil porque as eleições, via de regra, já sepultaram o componente ideológico e partidário para a maioria das pessoas que decidem seu voto de maneira personalista, tentando achar "o melhor" candidato. Discurso esse repetido ad nausean na última eleição para prefeito em que o candidato eleito era vendido como o melhor, mais preparado e honesto descolando-o de sua linha ideológica. Deu no que deu...
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